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quinta-feira, 24 de março de 2011

Grandes Atuações: Ayrton Senna, Interlagos, 1991

“Achei que não ia ganhar. A partir da 20ª volta fiquei sem a 4ª marcha, depois sem 4ª e 5ª, e nas últimas sete voltas só tinha a 6ª. Foi um martírio. Só pensava que tinha de dar. Foi ai que Ele me deu forças para conseguir aquele esforço físico. À chegada tive um espasmo muscular devido às câimbras. Esta foi a vitória mais apetecida de todas, só comparável à primeira, o Estoril, e à do Japão em 1988 Agora o meu objetivo é o tri.”
Estas foram as falas de Senna logo após a mais sofrível e magistral vitória de sua carreira até então. O corpo encolhido devido ao esforço quase sobre humano ao segurar uma máquina com mais de 700cv por sete voltas com apenas uma marcha funcionando, transformou aquele ato de vontade e coragem em uma lenda, da qual até hoje é alvo de dúvidas. Como que um piloto, com apenas a sexta marcha, pode se sustentar por tanto tempo na pista? Para Nelson Piquet aquilo foi uma “cascata”, principalmente quando lhe falaram que Ayrton havia feito uma volta com o tempo de 1’24 rodando apenas com sexta velocidade. Por essa ótica, realmente era impossível um piloto fazer um tempo desses travado naquela marcha. Mas Akimasa Yasuoka, um dos responsáveis da Honda, tratou de dizer que quando foi desmontada a caixa de câmbio esta se encontrava travada na sexta marcha e o mesmo já apontavam os computadores de bordo da Honda. Isso é ainda mais reforçado quando até hoje, nos inúmeros vídeos que existem dessa vitória no Youtube, é possível ver que Ayrton não tira a mão do volante em momento algum para trocar as marchas nas voltas finais.
Ayrton procurava redimir-se do erro que tirou sua vitória certa em 90, quando enroscou rodas ao tentar dobrar Nakajima no Bico de Pato. Mas junto disso tinha também o sonho de vencer em casa, em Interlagos, pista da qual ele participou diretamente nas reformas que levaram a F1 de volta à São Paulo. A pole de sábado veio com sua volta canhão, como era sua marca registrada, bem no final do treino. Na corrida a concorrência forte das Williams começava a preocupar o piloto brasileiro, mas o Mclaren Honda ainda era um carro a ser batido naquele momento. Senna teve a companhia de Mansell até a volta 59 quando o leão abandonou a prova com problemas de câmbio ao rodar no “S”. Mas o que parecia ter sido um alívio com a desistência de Mansell, virou tensão: Senna também já sofria com câmbio ao perder a terceira e mais tarde a quarta e quinta e com aproximação perigosa de Patrese, tudo parecia estar perto de se perder. A leve chuva que caiu nas últimas duas voltas deu mais dramaticidade, mas para a sorte de Senna, Patrese também sofria com o câmbio de sua Williams. E isso foi o suficiente para que o italiano não pudesse se aproximar tão rapidamente do brasileiro. Senna cruzou a linha de chegada e foi retirado de seu Mclaren logo em seguida, com o corpo quase todo paralisado pelas câimbras.
Foi uma vitória épica e seu esforço ao levar um carro com apenas uma marcha virou lenda. Isso serviu para mistificar o piloto brasileiro. Não apenas aqui no Brasil, mas também fora dele de tal forma que até hoje os fãs mais ardorosos do tri-campeão citem esse desempenho em qualquer roda de discussão para dizer quem foi o melhor. 
Só para registrar, foi uma tarde mágica em Interlagos e mesmo para quem estava lá ou de casa sabe que foi um momento especial, tanto para o nosso automobilismo quanto para a história da F1. Como o próprio Senna disse, numa das suas máximas de efeito, “Foi Ele que me deu forças para vencer”. Realmente para quem viu todo seu esforço, Deus estava presente naquele dia.


domingo, 9 de janeiro de 2011

F1 Battles- Ayrton Senna vs Ricardo Patrese vs Nigel Mansell, GP da Itália 1991


A batalha no GP da Itália de 1991, foi reservada a três pilotos: Senna, Mansell e Patrese. Com a intenção de preservar pneus, planejando um futuro ataque à Senna, Mansell deixa Patrese passá-lo para atacar o piloto brasileiro sem nenhuma cerimônia. Patrese pressionou Ayrton por várias voltas, até consegui-lá porém, voltas mais tarde com uma diferença confortável, o piloto italiano roda na saída da primeira perna da curva Ascari deixando com que Senna e Mansell subissem de posições.
Ayrton e Nigel travaram um ótimo duelo, com o piloto brasileiro se defendo como podia dos ataques do leão, que nitídamente, tinha um carro muito superior. Mas o Mclaren também já estavm com os pneus no fim, e isso possibilitava ainda mais Nigel atacar sem dó.
Mansell emparelha com Senna na reta que antecede a Ascari e efetua a ultrapassagem, assumindo a liderança para vencer em Monza.

sábado, 3 de julho de 2010

Leão em ação

Duas belissímas poles de Nigel Mansell em Silverstone. A primeira com Ferrari em 1990, cravando um tempo 0''643 superior ao de Ayrton Senna.


A segunda dele com a Williams FW15B quando truscidou seu companheiro Patrese na luta pela pole do GP da Inglaterra de 1992. Sua marca foi de 1min18s965, colocando assim 1'919 de vantagem sobre Ricardo. Uma volta genial, se lembrarmos que ambos tinham o mesmo carro.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

GP do Canadá, 1991

Quando as Mclarens abandonaram a prova antes da metade e com Patrese tendo que fazer uma parada longa para substituir um pneu furado, Mansell viu a grande chance para vencer o GP do Canadá quinta etapa. Ele havia liderado a prova toda, tomando na largada a primeira posição do seu companheiro de Williams Ricardo Patrese e abrindo grande vantagem que o deixou tranquilo para vencer sua primeira prova no ano e acabar com a invencibilidade de Senna, que havia vencido as quatro primeiras etapas do mundial com a Mclaren-Honda.

Mais atrás estava Piquet, com a sofrível Benetton-Ford. Ele tinha lutado contra as Ferraris de Prost e Alesi e vencido ambos e com os abandonos das Mclarens e após o problema de Ricardo, ele se encontrava em segundo com mais de 40 segundos de desvantagem para Nigel. Já era um ótimo resultado para ele, mas o inesperado estava a seguir.
Mansell abriu a última volta dando tchauzinhos para a câmera e a fez com todo cuidado. Quando saiu do hairpin do Cassino, encostou lentamente seu Williams-Renault com problemas no câmbio. Ele tinha feito a volta com as rotações do motor muito baixa e isso desativou o programa eletrônico do câmbio semi-automático do seu carro, assim o sistema não pôde ler mais as trocas de marcha.

Nelson Piquet acabou agradecendo a mancada do seu rival e passou para vencer a sua última prova na F1 e da Pirelli. Stefano Modena também subiu ao pódio, em segundo e Patrese completou em terceiro.

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...