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sábado, 21 de julho de 2012

GP da Alemanha - Classificação - 10ª Etapa

Em condições de pista seca, Alonso já é sensacional e quando as situações tornam-se difíceis, como aconteceu na classificação em Silverstone, duas semanas atrás, e hoje em Hockenheim, o piloto espanhol mostra a sua classe de sempre. Cravou um tempo excepcional faltando um minuto para o término (1'40''904), desbancando a melhor marca que era de Vettel (1'41''026). Mesmo tendo a pole garantida com Vettel, Hamilton, Schumacher que não conseguiram superar sua marca, Fernando baixou ainda mais sua marca ao passar com o cronômetro zerado em 1'40''621. Foi a sua segunda pole no ano, a 22ª da carreira. 
É interessante ver que, do mesmo modo que aconteceu em Silverstone, a chuva deu à Alonso a oportunidade de se colocar na pole e por coincidência, terá um carro da Red Bull do seu lado. Mas desta vez é Vettel quem sairá na primeira fila com o espanhol. Em condições de pista seca (que é a condição esperada para amanhã, no horário da prova), não creio em um vitória de Fernando. Claro, isso vai depender da estratégia que ele e a Ferrari optarem. Em Silverstone usaram os duros na largada e na sua primeira parada de box, deixando os macios para o fim que acabaram se deteriorando em 14 voltas, o que possibilitou a chegada de Webber, que fez o contrário do espanhol, ao usar macios no início e meio da prova e os duros no final. E quando chove, como nestas duas classificações, fica um tanto complicado saber o que usarão. Mas ao menos não enfrentaram chuva desde sexta, ao contrário do que foi o fim de semana do GP britânico. A Mclaren até que fez um bom trabalho nas duas primeiras partes do classificatório, mas se perderam na última parte e terá Jenson partindo de sexto e Lewis em sétimo. A pista seca pode ajudá-los amanhã, mas terão trabalho redobrado para passar por Schumacher, Hulkenberg e Maldonado, que estão logo a frente deles.
Massa e Senna ficaram pelo caminho. Felipe errou na sua volta na Q2 e Bruno reclamou da falta de pressão dos pneus, que o deixou há 2 segundos de diferença de Maldonado, que sairá nove posições a frente. 
Pois bem, fica assim: se continuar a chuva, dá Alonso; se a corrida for no seco, dá Vettel. Mas pode aparecer alguém e bater o dois e levar a corrida. Sabe como é, o mundial deste ano está embaralhado demais...
Alonso: segunda pole no ano e com chuva
(Foto: AP)

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA ALEMANHA - 10ª ETAPA


1º - Fernando Alonso (ESP) Ferrari - 1min40s621
2º - Sebastian Vettel (ALE) Red Bull-Renault - 1min41s026
3º - Michael Schumacher (ALE) Mercedes - 1min42s459
4º - Nico Hulkenberg (ALE) Force India-Mercedes - 1min43s501
5º - Pastor Maldonado (VEN) Williams-Renault - 1min43s950
6º - Jenson Button (GBR) McLaren-Mercedes - 1min44s113
7º - Lewis Hamilton (GBR) McLaren-Mercedes - 1min44s186
8º - Mark Webber (AUS) Red Bull-Renault - punido*
9º - Paul di Resta (GBR) Force India-Mercedes - 1min44s889
10º - Kimi Raikkonen (FIN) Lotus-Renault - 1min45s811
11º - Daniel Ricciardo (AUS) Toro Rosso-Ferrari - 1min39s789
12º - Kamui Kobayashi (JAP) Sauber-Ferrari - 1min39s985
13º - Felipe Massa (BRA) Ferrari - 1min40s212
14º - Bruno Senna (BRA) Williams-Renault - 1min40s752
15º - Jean-Eric Vergne (FRA) Toro Rosso-Ferrari - 1min16s741
16º - Heikki Kovalainen (FIN) Caterham-Renault - 1min17s620
17º - Sergio Perez (MEX) Sauber-Ferrari - 1min39s933****
18º - Vitaly Petrov (RUS) Caterham-Renault - 1min18s531
19º - Charles Pic (FRA) Marussia-Cosworth - 1min19s220
20º - Romain Grosjean (FRA) Lotus-Renault - punido**
21º - Timo Glock (ALE) Marussia-Cosworth - 1min19s291
22º - Nico Rosberg (ALE) Mercedes - punido***
23º - Pedro de la Rosa (ESP) HRT-Cosworth - 1min19s912
24º - Narain Karthikeyan (IND) HRT-Cosworth - 1min20s230

 *Punido em cinco posições por troca de câmbio, assim como Grosjean** e Rosberg***.
****Foi punido por atrapalhar Kimi e Alonso e suas voltas velozes

segunda-feira, 25 de junho de 2012

GP da Europa: Não era para ser, mas foi

Alonso quebrou a sequência de sete vencedores diferentes e
conquistou sua segunda vitória no ano, numa das belas
provas da sua carreira.
(Foto: Getty Images)
Eu não tive a sorte de ver a corrida deste fim de semana. Estava à trabalho num evento da Mini Cooper e da BMW em uma fazenda do interior de São Paulo, mas estive a par dos acontecimentos em Valência. Sabia que Vettel havia feito uma pole com sobras - algo anormal para esta temporada de resultados apertados - e que ele dividiria a primeira fila com Hamilton. Logo atrás dos dois, uma segunda fila tensa com Maldonado e Grosjean que classifiquei de "bomba relógio" assim que pus vistas na lista de largada. O que me surpreendeu foi Alonso ter ficado fora do Q3, uma vez que a Ferrari tinha conseguido um belo desempenho em Mônaco e ao correr numa pista citadina, onde não há grandes retas, era de se esperar que ele se colocasse entre os seis primeiros. Enfim, Vettel era o grande favorito seguido de perto por Hamilton e Grosjean. Não botava fé em Maldonado dessa vez, mas ele estaria no páreo por um lugar no pódio. Alonso? Este eu acreditava que teria uma tarde que suaria o macacão para conseguir, ao menos, uma boa colocação para não perder Vettel e Hamilton de vista no mundial. 
Para não dizer que não vi nada desta corrida no domingo, tive a sorte de um dos carros de test drive da BMW estar perto e uma alma bondosa ligar a TV do interior luxuoso do carro alemão para ver as voltas finais. Peguei exatamente no momento em que a corrida estava em sua volta final, em bandeira amarela, em consequência do enrosco de Hamilton com Maldonado que lutavam freneticamente pela terceira colocação. Mas antes disso, dando uma olhadelas rápidas no twitter, sabia que Vettel estava abrindo uma diferença descomunal para os restante dos concorrentes que chegava a ser de mais de um segundo por volta. Só lembro de ter fechado o celular e pensado "Já era, essa é do Sebastian e ninguém tasca!". Bom, o automobilismo, em especial esta temporada da F1, anda um tanto surpreendente e de cara quando vi que Fernando era o líder naquela volta final soltei um "Puta que pariu, mas como pode?". Sim, fiquei surpreso, mas fui ler o que aconteceu e hoje cedo tive a chance de ver o compacto da prova. Alonso guiou muito e teve sorte também. Uma bela largada, estratégia bem feita ganhando três colocações no primeiro pit-stop, uma série de ultrapassagens ousadas, Safety Car e uma bela dose de sorte que o ajudou bastante quando Vettel teve uma rara falha hidráulica no motor Renault e isso deixou o espanhol na primeira posição. Mais tarde foi a vez de Grosjean, que vinha em segundo, ter o mesmo problema. Fernando estava tranquilo na primeira posição e caminhou forte para uma vitória inimaginável até então. 
Esta corrida de Valência, para mim, por enquanto, é a corrida chave do mundial. Dependendo de como as coisas chegaram na última etapa, os acontecimentos desta oitava etapa poderá refletir para os contendores que desistiram nesta corrida. Vettel tinha uma vitória no bolso, afinal como ele vinha pilotando era de esperar que abrisse uma bela vantagem sobre Grosjean - e mais tarde Alonso - e sumiria da frente. Ele saiu zerado nesta prova e agora se vê 26 pontos atrás de Alonso. Nada alarmante, afinal uma vitória num má jornada do espanhol a diferença poderá cair para 1 ponto. Hamilton poderia ter ficado na quarta colocação, mas bateu rodas com Maldonado e acabou na barreira de pneus. Jogou 12 pontos fora, que o colocaria com 100, onze a menos que Fernando, mas agora encontra-se com os mesmos 88 de quando chegou em Valência e está 23 pontos atrás. Webber foi outro que saiu lucrando bem nesta prova ao sair de uma 19ª para chegar em 4º. Doze pontos que vieram a calhar e o australiano é o novo vice líder da temporada com 91 pontos. Ou seja, que deveria ter saído bem de Valência acabou por se dar mal. 
Mas o F2012 tem muito o que melhorar. Só o espiríto de luta, e sorte de Alonso, não basta.
A largada em Valência: Vettel já abre vantagem sobre Hamilton
(Foto: EFE)
Grosjean tinha uma boa chance de vitória em Valência, mas o motor Renault
abriu o bico deixando o franco-suiço à pé.
(Foto: Reuters)


Vettel era o grande favorito para esta prova, mas a falha hidráulica o privou de
uma vitória quase certa no GP da Europa.
(Foto: AP)

Massa até que vinha bem, brigando por colocações intermediárias e atacando seus
oponentes, até que um toque com Kobayashi arruinou su prova. Fechou em 16º.
(Foto: AFP)

Webber fez uma bela prova de recuperação e saiu de décimo nono para uma
quarta colocação neste GP. É o novo vice-líder do mundial.
(Foto: AFP)

Pódio de respeito: Dez títulos mundiais
(Foto: AP)

Resultado Final
 Grande Prêmio da Europa
 Circuito de rua de Valência
 57 voltas 8º Etapa
 24/06/2012

1 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari)
2 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus)
3 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
4 - Mark Webber (AUS/Red Bull)
5 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India)
6- Nico Rosberg (ALE/Mercedes)
7 - Paul Di Resta (ESC/Force India)
8 - Jenson Button (ING/McLaren)
9 - Sergio Pérez (MEX/Sauber)
10 - Bruno Senna (BRA/Williams)
11 - Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso)
*12 - Pastor Maldonado (VEN/Williams)
13 - Vitaly Petrov (RUS/Caterham)
14 - Heikki Kovalainen (FIN/Caterham)
15 - Charles Pic (FRA/Marussia)
16 - Felipe Massa (BRA/Ferrari)
17 - Pedro de la Rosa (ESP/Hispania)
18 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania)
 
Não completaram
Lewis Hamilton (ING/McLaren)
Romain Grosjean (FRA/Lotus)
Sebastian Vettel (ALE/Red Bull)
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber)
Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso)
* Punido com a perda de duas posições por causa do acidente com Hamilton.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

GP do Canadá - Corrida - 7ª Etapa



Lewis não vencia desde o GP de Abu Dhabi do ano passado.
Agora ele é o sétimo vencedor do ano e líder isolado do mundial.
(Foto: AP)
Esqueça das últimas 60 voltas. Aquelas onde Hamilton, Alonso e Vettel, na maioria delas, ficaram medindo os passos um do outro com diferenças mínimas no cronômetro. Não que tenha sido chato, ao contrário: foi interessante porque nenhum deles conseguiu abrir uma vantagem maior que quatro segundos, e por isso este trio manteve-se vivo o suficiente para tentar a vitória em Montreal. Lewis parecia o mais tranqüilo: tinha uma diferença de quase três segundos para Alonso na passagem número 51, mas ele foi para os boxes trocar os pneus, não que estes estivessem desgastados, mas arriscar ficar com eles para as últimas voltas poderia por em risco uma vitória quase certa. Fernando e Vettel ficaram na pista, um marcando o outro. Se ele for aos boxes, também irei. Tinha uma diferença de sete pontos em jogo naquele momento. Mas, e os pneus dos dois? Agüentaria até o final? Alonso havia feito a sua troca para macios na volta 19 e Vettel, para o mesmo composto, na volta 16. E os dois, até aquele momento, tinham um bom desempenho com aquele jogo de pneus. Era impressionante, pois Montreal tem uma fama de consumir muito os pneus e freios. Quem deu mostras de que aqueles pneus eram resistentes, foi Felipe Massa que os trocou na volta 14 e estava em quinto naquela parte final de corrida, com um ritmo satisfatório. Ou seja, a Ferrari tinha dado o pulo do gato até aquele momento. Mas Felipe perdeu rendimento faltando doze voltas para o fim e derrepente, despencou de quinto para oitavo num piscar de olhos. Os pneus macios tinham ido para o ralo e agora ele precisava fazer uma parada urgente, faltando dez voltas para o término. Um sinal que a Ferrari não quis captar e apostou que não aconteceria o mesmo com Alonso. O problema é que Hamilton estava com menos de dez segundos de desvantagem para Fernando, e seus tempos de voltas rodavam em torno de um segundo a um segundo e meio. A vitória para o inglês era possível.
Com o ritmo de Alonso e Vettel despencando, Hamilton passou pelo alemão faltando seis voltas, momento em que Sebastian aproveitou para ir aos boxes, e Lewis apertou o passo e duelou com Alonso por meia volta até conseguir efetuar a ultrapassagem na reta após o hairpin. McLaren na frente, enfim, e Lewis abriu caminho para a sua primeira vitória no ano. Fernando ainda tentou tourear o seu Ferrari nas últimas quatro voltas, mas os pneus, altamente desgastados, não tinham a mínima aderência e isso permitiu a aproximação rápida de Grosjean e Pérez que o ultrapassaram com facilidade. Vettel, que havia feito sua parada a seis voltas do fim, estava destruindo a volta mais rápida em cada passagem e pôde, também, passar Alonso com tranquilidade na freada para o grampo. Foram dez voltas finais de cortar a respiração.
A Ferrari sobrepujou o fato de aquela pista detonar pneus, acreditando que os macios resistiriam até o final. Não é à toa que Massa, na sexta, chegou a dizer que era possível fazer a prova inteira com apenas uma parada de box. Por um momento isso até pareceu possível, pois Alonso diminuiu o ritmo para poupar borracha, apertando a velocidade em alguns momentos para não distanciar-se totalmente de Hamilton. Apesar de Alonso dizer que eles correram para vencer, o erro em Montreal foi totalmente do time, incluindo o próprio, que apostou em algo suicida. A entrada de Massa nos boxes, faltando dez voltas para o fim com os pneus em frangalhos, foi uma mensagem bem clara ao time. Talvez a vitória tenha escapado por pura soberba.
Por outro lado não tem como não elogiar a corrida que Hamilton fez no Canadá. Teve paciência durante os duelos e efetuou-os bem na reta onde era permitido o uso do DRS, e aparentemente, conseguiu poupar bem os pneus. Se a McLaren errou feio com ele em outras provas, esta beirou a perfeição dando ao inglês a chance de tornar-se o sétimo vencedor diferente em sete corridas. Grosjean e Pérez subiram ao pódio com performances elogiáveis na tarde, com o francês a andar bem durante toda a corrida entre os dez e Pérez poupando pneus, que é a sua especialidade, por mais de 40 voltas.
Massa apresentou um início de corrida forte, atacando Rosberg em todas as curvas, mas após efetuar a ultrapassagem e estar na caça de Webber, rodou na saída da primeira curva, despencando de quinto para 12º. Apesar de ter mostrado uma boa velocidade e de estar ocupando a quinta posição a dez voltas do fim, os pneus não agüentaram mais o forçou a para nos boxes, jogando-o para décimo. Mas para quem estava penando no meio do pelotão a duas corridas atrás, essa recuperação mostrada já em Mônaco, já é um lucro e tanto. Bruno foi mal. Passou toda a prova disputando posições entre a 15ª e 17ª e sofreu um bocado com os pneus, principalmente os traseiros e fechou em décimo sétimo. Button foi outro que andou muito mal por lá e acabou em 16º.
Mais uma vez Montreal nos presenteou com uma maravilhosa corrida, precisamente as últimas 10 voltas, e deu à Hamilton a oportunidade de vencer em um local que é especial para ele. Foi lá, em 2007, que vencera a sua primeira corrida. E dessa vez ele venceu mais uma vez, tornando-se o sétimo vencedor diferente e a liderança do campeonato no bolso. Valência é a próxima parada. Pista chata, diga-se, mas que pode dar uma chance a Ferrari de tentar mais uma vitória por tratar-se de um circuito de rua de baixa para média velocidade. E os vermelhos não são bons de reta. Isso pode ajudar.
A largada foi tranquila, com Vettel a sustentar a liderança, que foi tomada por Hamilton na 15ª passagem
(Foto: Reuters)

(Foto: Reuters)

Massa fez uma boa largada e estava em quinto, alcançando Webber quando rodou. Recuperou-se,
chegou andar em quinto e fechou em décimo no final.
(Foto: Reuters)

Vettel teve uma chance de vencer, mas trocou de pneus tarde num momento em que
Hamilton já estava longe. Ao menos ficou à frente de Alonso no final.
(Foto: Getty Images)

Alonso foi o grande perdedor da tarde ao apostar numa tática que parecia certa, há dez
voltas do fim. Mas os pneus não aguentaram e ele despencou de primeiro para
quinto em cinco voltas.
(Foto: Charles Coates/LAT)


Grande Prêmio do Canadá
Circuito Gilles Villeneuve – Montreal
70 voltas – 7ª Etapa – 10/6/2012

1: Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1h32min29s586
2: Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 2s513
3: Sergio Pérez (MEX/Sauber) - a 5s260
4: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 7s295
5: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 13s411
6: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 13s842
7: Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 15s085
8: Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 15s567
9: Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 24s432
10: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 25s272
11: Paul Di Resta (ESC/Force India) - a 37s693
12: Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - a 46s236
13: Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 47s052
14: Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - 1min04s475
15: Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - a uma volta
16: Jenson Button (ING/McLaren) - a uma volta
17: Bruno Senna (BRA/Williams) - a uma volta
18: Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - a uma volta
19: Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - a uma volta
20: Charles Pic (FRA/Marussia) - a duas voltas

Não completaram:
Timo Glock (ALE/Marussia) - a 13 voltas/problema mecânico
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 36 voltas/problema na asa móvel
Pedro de la Rosa (ESP/Hispania) - a 45 voltas/problema mecânico
Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 47 voltas/problema mecânico


sábado, 9 de junho de 2012

GP do Canadá - Classificação - 7ª Etapa

Hamilton é um baita piloto e quando se corre em Montreal, ele melhora ainda mais a sua performance. Ele havia dominado com total folga as duas primeiras sessões de treinos livres na sexta. Era fácil apontá-lo como possível pole. Eu, por exemplo, apostava nele. Mas Vettel foi brilhante no terceiro treino e credenciou-se para a luta da pole. O Q3 definiu a parada à favor de Sebastian: 1'13''784. Bang! Hamilton nãofoi tão constante em todas as fases do calssificatório, mas apareceu bem no final ao roubar de Alonso uma quase garantida segunda colocação. Em quarto aparece Webber, ficando assim os quatro primeiros colocados do mundial distribuídos nas duas primeiras filas para o GP canadense. Massa fez mais um bom treino ao se classificar em sexto, sua melhor posição de largada até aqui. Bruno não foi tão bem e marcou apenas o 16º tempo, mas aposta numa única parada para a corrida. Se levar em conta que tem um bom ritmo, pode pensar em pontos.
Como é habitual termos corridas caóticas em Montreal, é de se esperar uma prova movimentada. Mas uma coisa pode atrapalhar que é uma possível estratégia de apenas uma parada de box. É estranho pensar nessa possibilidade, afinal nos últimos dois anos as paradas de box aconteceram antes da corrida atingir dez voltas.
Favoritos? A príncipio Vettel tem uma boa chance saindo da pole, uma vez que ultrapassar naquela pista não seja tão fácil assim, mas confesso que aposto em Hamilton para a vitória em Montreal. 
Foi a 32ª pole da carreira de Vettel. A segunda no ano
(Foto: AP)

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DO CANADÁ - 7ª ETAPA

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault) - 1min13s784
2. Lewis Hamilton (GBR/McLaren-Mercedes) - 1min14s087
3. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min14s151
4. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault) - 1min14s346
5. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min14s411
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min14s465
7. Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - 1min14s645
8. Paul di Resta (GBR/Force India-Mercedes) - 1min14s705
9. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min14s812
10. Jenson Button (GBR/McLaren-Mercedes) - 1min15s182
11. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1min14s688
12. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) - 1min14s734
13. Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) - 1min14s748
14. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso-Ferrari) - 1min15s078
15. Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1min15s156
16. Bruno Senna (BRA/Williams-Renault) - 1min15s170
17. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - 1min15s231
18. Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault) - 1min16s263
19. Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault) - 1min16s482
20. Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso-Ferrari) - 1min16s602
21. Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth) - 1min17s492
22. Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth) - 1min17s901
23. Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth) - 1min18s255
24. Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth) - 1min18s330

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Grande Prêmio de Mônaco - Corrida - 6ª Etapa


Webber foi mais rápido que Vettel em todo fim de semana em Mônaco e mereceu a
vitória. Agora divide a vice-liderança com o próprio Vettel, somando 73 pontos cada
(Foto: AP)
Apesar de todas as rezas, torcidas, mandingas, figas para que a chuva caísse, a prova de Mônaco foi chata? Não. Talvez não tenha sido fantástica, o que não foi, mas teve um tom interessante que era saber quando a chuva viria ou, então, se a turma da frente, Webber, Rosberg e Alonso, se agüentariam com aqueles jogos de pneus macios, que haviam colocado quando a prova ainda rodava na casa das 20 voltas, até o fim. Isso era a grande questão, já que Vettel, que largara apenas em nono, tinha liderado um bom par de voltas e agora se encontrava na quarta posição faltando menos de 20 voltas para o término. Se os líderes parassem, Sebastian sairia para uma vitória sensacional, uma vez que ele havia saído de uma quinta fila para derrubar os favoritos daquela prova que tinham largado nas duas primeiras filas. Ou então prevalecia a máxima de Mônaco e ele teria que contentar-se com aquela quarta colocação. De fato, a segunda opção foi o que acabou por se concretizar. A única chance de modificar algo naquelas últimas voltas era, no máximo, uma chuva que só veio após o fim da corrida, quando pilotos e engenheiros já estavam reunidos em seus boxes discutindo os resultados prós e contras daquela corrida em Monte Carlo.
Mark Webber tornou-se o sexto vencedor diferente neste campeonato, correndo em boa parte da prova com Nico Rosberg muito próximo. Principalmente nas últimas sete voltas, quando não apenas Nico, mas Alonso, Vettel, Hamilton e Massa estiveram separados apenas três segundos por algumas voltas. Apesar de uma chuva mais pesada não ter aparecido para bagunçar a corrida, os fracos pingos que caíram nas voltas finais, umedeceram alguns pontos da pista, em especial a freada a chicane do Porto e a Rascasse, dois locais críticos daquele traçado. Um erro de Webber poderia resultar num engavetamento ou num acidente que tiraria muita gente boa que vinha atrás dele. Mas todos eles, sem exceção, estavam cautelosos. Alonso preferiu resguardar-se e não atacou Rosberg, assim como Vettel também não foi incisivo para cima do espanhol e Hamilton procurou ficar atento a um possível ataque de Massa, que fez a sua melhor corrida nesta temporada e também desde o GP da Alemanha de 2010. Portanto, eles pensaram muito mais nos pontos que ganhariam do que em tentar arriscar e dar com a cara no guard rail. Ainda mais num campeonato tão embaralhado como este, perder um mísero ponto complicará bastante a no final da temporada.  
Se você estava afim de alguma emoção, deveria cobrar dos caras da FOM que manejam as câmeras. Lá no fundo do pelotão o pau comeu solto, principalmente com Sergio Perez que veio barbarizando, literalmente, ganhando posições como podia ao bater rodas, rodar, ultrapassar na marra. Fez de tudo. Kovalainen também foi sensacional ao não dar chances a Button, que fez uma das suas mais apagadas corridas no ano, quando disputavam posições no pelotão intermediário. Algo que fez lembrar o duelo entre Coulthard e Bernoldi, lá mesmo em Mônaco no ano de 2001, quando o brasileiro segurou o escocês por inúmeras voltas. Isso rendeu reclamações fortes por parte de David e Ron Dennis. Dessa vez só Button que falou algo sobre o desempeno do finlandês, que tem sido constante com esse carro desde 2010.  
Com Alonso liderando o mundial com três pontos de avanço sobre o duo da Red Bull, Vettel e Webber, a F1 estará em Montreal daqui algumas semanas. Pista que costuma ser surpreendente e reservar grandes doses adrenalina para quem assiste ou trabalha nesta corrida. Talvez possamos conhecer o sétimo vencedor diferente por lá. E lembre-se: Hamilton é genial naquele traçado.
Enquanto que Webber sustenta a primeira posição, Grosjean se enrosca com Alonso
e Schumi. O suiço acabou por abandonar.
(Foto: AP)

Kobayashi acertou o carro de Grosjean e também abandonou por problemas
na suspensão traseira.
(Foto: Reuters)

Maldonado tinha grande expectativa para esta prova, que comeou a desmoraonar-se no
sábado ao ficar em último por causa de punições. Enroscou-se com De La Rosa e abandonou em seguida.
(Foto: AP)

Alonso teve a presença de Massa por um bom tempo na corrida. O espanhol terminou
em terceiro e Felipe foi sexto, na sua melhor corrida dos últimos dois anos.
(Foto: Reuters)

Vettel teve possibilidades de até vencer em Monte Carlo, caso a chuva tivesse caído.
Mas acabou em quarto e está três pontos atrás de Alonso na classificação.
(Foto: AP)

Resultado Final
Grande Prêmio de Mônaco - 6ª Etapa
Circuito de Monte Carlo
78 Voltas - 27/052012

Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1h46min06s557
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 0s643
Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 0s947
Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 1s343
Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 4s101
Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 6s195
Paul di Resta (ESC/Force India) - a 41s500
Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - a 42s500
Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 44s000
Bruno Senna (BRA/Williams) - a 44s500
Sergio Pérez (MEX/Sauber) - a 1 volta
Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso) - a 1 volta
Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - a 1 volta
Timo Glock (ALE/Marussia) - a 1 volta
Narain Karthikeyan (IND/HRT) - a 2 voltas

Não completaram
Jenson Button (ING/McLaren)
Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso)
Charles Pic (FRA/Marussia)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
Vitaly Petrov (RUS/Caterham)
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber)
Pedro de la Rosa (ESP/HRT)
Pastor Maldonado (VEN/Williams)
Romain Grosjean (FRA/Lotus)

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Grande Prêmio da Espanha - Corrida – 5ª Etapa



Maldonado tornou-se o 104º piloto a vencer na F1 e o 11º sul-americano a subir no lugar mais alto do pódio
(Foto: Reuters)


Em que volta Maldonado irá bater? Será que ele agüentará a pressão de Alonso por toda a corrida? E a Williams, não apresentará nenhum problema? As perguntas eram infindáveis, mas de certa forma coerentes. Quem não se lembra de um Maldonado enchendo o muro em Melbourne, na última volta? Ou então do motor Renault, do mesmo Maldonado virando fumaça em Sepang? O bom de tudo isso, é que elas foram dissipadas como poeira no vento e o que pôde ser visto foi um Maldonado pilotando de forma séria e em nenhum momento, cometendo uma das suas atrocidades com o carro, como jogá-lo no muro ou rodar e ficar atolado na caixa de brita. Ao contrário, ele foi formidável numa tarde onde a Fórmula-1 viu um quinto piloto diferente vencer com uma quinta máquina diferente no início de temporada mais equilibrado desde 1983.
Vale dizer que a corrida da Espanha, disputado no sempre modorrento circuito da Catalunha, foi melhor do que podíamos esperar. Sim, tivemos ultrapassagens, duelos, batida, rusgas, xingamentos, punições e uma ardente, no mais literal sentido da palavra, vitória da Williams. Aliás, posso gabar-se de ter estado naquela tarde amena de 24 de outubro de 2004, quando Juan Pablo Montoya cravou a última vitória da Williams na F1. Foi uma vitória conquistada depois de um duelo épico contra Raikkonen nos... boxes, ao fazerem quase todo pit Lane lado a lado. E no pódio, Montoya deu uma garrafada na cabeça de Rubens Barrichello, que completara em terceiro. Foi um baita dia aquele. Mas voltando aos dias de hoje, a vitória de Maldonado veio acompanhado de um duelo particular com Alonso. Mesmo perdendo a primeira posição para o espanhol, Pastor manteve-se perto do Ferrari durante todo período antes e depois do primeiro pit-stop. O pulo do gato foi quando a janela do segundo pit foi aberto e a Williams mandou o venezuelano parar antes que Fernando, e com sem tráfego pela frente, Pastor mandou ver na sua pilotagem tresloucada, andando rápido o suficiente para passar à frente de Alonso quando este saísse do seu pit. Dito e feito. Fernando saiu atrás, com sete segundos de desvantagem para Maldonado. Uma coisa que aprendi naqueles tempos de domínio enjoativo do Schumi, é observar a corrida pelo lado da estratégia. Isso dá uma visão diferente da corrida e, talvez, você não achará ela tão chata quanto parece ser (se bem que tem umas corridinhas safadas que não tem jeito mesmo, de tão ruins que são). Essa diferença postada por Maldonado foi perfeita e mesmo com Alonso descontado-a até chegar à casa dos quatro segundos, foi o suficiente para que o venezuelano, mesmo com uma troca demorada da Williams por causa da porca da roda traseira esquerda que demorou a ser apertada, ficasse na frente de Alonso quando este parasse. E assim aconteceu. As últimas voltas foram de perseguição no melhor estilo gato e rato, com Alonso a ameaçar Maldonado no final da grande reta, mas sem sucesso, pois o Ferrari perdia para a Williams na reta e quando chegava ao ponto de ultrapassagem, não tinha a distância necessária para efetuar a manobra. Por mais que Raikkonen, que estava na liderança provisoriamente naquelas voltas finais, atrasasse Maldonado, Alonso não conseguiu chegar perto o suficiente para conseguir algo. Quando Raikkonen foi para os boxes e voltou em terceiro, com vinte segundos de desvantagem para Maldonado faltando cerca de 16 voltas para o fim, Alonso estava no auge das suas tem tentativas de passar Maldonado. Mas nas últimas sete voltas de prova, os pneus da Ferrari já estavam bem desgastados forçando Fernando a abrandar o ritmo e deixar com que Kimi ficasse apenas 0.6s de atraso e Maldonado ficar mais aliviado para cruzar a linha de chegada e vencer pela primeira vez na F1.
Esta vitória de Maldonado foi a 114º da história da Williams, 65º com motor Renault. Pastor tornou-se o 104º piloto a vencer na F1 e o 11º piloto sul-americano a subir no lugar mais alto do pódio. Os números são apenas para mostrar o quanto que esta vitória foi importante para um time que era dado já com os dias contados após a sua péssima apresentação no ano passado. A conquista de Maldonado em Barcelona foi festejada e muito bem vinda, e nem mesmo o incêndio que destruiu todo box da equipe após a comemoração, tendo ficado alguns feridos nesta, não abalou o espírito desta equipe fundada por Frank Williams há 40 anos. Claro, e esta vitória também é um presente ao seu patrono pelos seus 70 anos de idade completados no dia 16 de abril. Vida longa a Frank e seu time.
Alonso assumindo a primeira colocação após a largada: o espanhol bem que tentou,
mas a Williams pegou a Ferrari na estratégia e aniquilou as chances do time vermelho
em Barcelona. Alonso divide a liderança do mundial com Vettel, somando 53 pontos

(Foto: AFP)

Kimi subiu ao pódio mais uma vez, porém chegou a ter possibilidades de vencer ontem.
Descontou 20s nas últimas 16 voltas e por muito pouco não ganhou a segunda posição de Alonso.

(Foto: AFP)

A batida: Bruno Senna mudou a trajetória e Schumi acertou-o em cheio no final da reta dos boxes. Apesar
da braveza do alemão, que chegou dizer que o brasileiro era um idiota, ele foi punido com a perda de 5 posições no grid para o GP de Mônaco.
E o velho Michael vai pagando seus pecados neste seu retorno à F1, que está na 3ª temporada.
(Foto: Reuters)

Dia difícil: Vettel terminou em sexto, mas teve que recuperar-se por causa de uma punição por ter passado de pé cravado
na zona do acidente entre Senna e Schumacher, que estava com bandeiras amarelas. A Red Bull não foi bem nesta corrida, tendo problemas de aerodinâmica, que ficou evidente nas duas trocas de bico que fizeram nos carros de Sebastian e Webber.
(Foto: AFP)

Massa fez uma das suas costumeiras largadas foguetes, saindo de 16º e virando a primeira volta em 11º. Mas não aguentou o ritmo e despencou, principalmente por ter recebido a mesma punição de Vettel, pelo mesmo motivo.
Chegou apenas em 15º.
(Foto: AFP)
Hamilton fez uma parada a menos que os demais e pôde marcar alguns pontos nesta corrida, que talvez tivesse tudo para ser dele, caso não tivesse sido punido por deixar o carro na pista após o treino que lhe deu a pole.
Saiu em último e conseguiu um belo oitavo lugar.
(Foto: Getty Images/Brasil)

Resultado Final 

Grande Prêmio da Espanha 

Circuito da Catalunha - 66 Voltas - 13/05/2012


1 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - 1h39min9s145
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 3s195
3 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) - a 3s884
4 - Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - a 14s799
5 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 1m14s641
6 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - a 1m17s576
7 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1m27s919
8 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 1m25s200
9 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 1m28s100
10 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) a 1 volta
11 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) a 1 volta
12 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Ferrari) a 1 volta
13 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) a 1 volta
14 - Paul Di Resta (ESC/Force India-Mercedes) a 1 volta
15 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) a 1 volta
16 - Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault) a 1 volta
17 - Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault) a 1 volta
18 - Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth) a 2 voltas
19 - Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth) a 3 voltas


Abandonaram:
Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) na 38ª volta
Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth) na 36ª volta
Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth) na 23ª volta
Bruno Senna (BRA/Williams-Renault) na 13ª volta
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) na 13ª volta

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Uma tempestade sobre algo que sabemos e conhecemos bem

O ser humano, em sua maioria, tem uma mania de se incomodar com algo que ele sabe que está errado, mas teima em fechar os olhos e tapar os ouvidos quando isso é proferido de alguém que vem de fora. E quando é falado por alguém importante, isso soa mais forte e acaba sendo como um soco no estômago. Mais ou menos assim é o que tem acontecido nas últimas horas com a declaração de Sebastian Vettel, que disse que “Quando vamos ao Brasil, não é o lugar onde queremos estar, dependendo da área. Mas não é um grande problema". Não tiro a razão dele, afinal de contas quem gostaria de estar no meio de uma manifestação não pacifica, ou numa guerra civil? A diferença é que por aqui, em especial São Paulo não está numa guerra civil, mas a violência acontece a todo o momento. Quantas pessoas param seus carros em um farol e não são assaltadas e/ou mortas? Em condomínios de luxo, quantas vezes este ano não aconteceram arrastões? Pedestres que são assaltados em plena luz do dia nas ruas, principalmente pelo lado do centro de SP? Acho que todos daqui desta cidade estão mais do que calejados de tanto saber os problemas que esta megalópole enfrenta e tem enfrentado.
A critica de Vettel é a mesma de outro tanto de turistas que vem ao Brasil para passar férias, festas, visitar familiares e afins. A diferença é que Sebastian é um cara conhecido, superstar da F1, bicampeão da categoria e então sua declaração soou forte demais. Mas como disse, não foge muito do que é ouvido pelos turistas que freqüentam este país todo santo ano. Porque acham que o Brasil perde milhões e milhões durante o ano com o turismo? Por causa da violência das grandes cidades. Sempre há alguma notícia sobre assaltos e até assassinatos de estrangeiros nos períodos de férias e o máximo que é falado pelas autoridades, é “uma fatalidade”. Fatalidade que entra ano e saí ano e ninguém faz nada para que este tipo de coisa não ocorra. E não digo apenas para fazer algo pela segurança dos que vem de fora, mas também para os que estão aqui. Um pai de família que recebe seu mísero salário e é assaltado assim que vira a esquina, não tem o respaldo da segurança pública para que isto não acontecesse. Isso quando não perde a vida, e a família é consolada por um “sinto muito”. Talvez se tivessem mais rigor com os bandidos, os crimes cairiam por mais pela metade. Mas como todos sabem, por aqui há uma máfia tanto dentro quanto fora polícia. E isso não é só em São Paulo. Enquanto isso não for erradicado, infelizmente será assim. E por muito tempo.
No autódromo de Interlagos, por exemplo, há sempre casos de assaltos por aquelas redondezas. Não é muito recomendável sair do autódromo após as sete, oito da noite em diante, porque corremos o risco de sermos assaltados. Confesso que quando saio de lá nestas horas, principalmente quando há algum evento noturno como provas de endurance (que não acontecesse faz tempo, diga-se), o cuidado é redobrado. Dificilmente você vê carros de polícia no perímetro daquele local, e olha que um pouco acima do portão sete do autódromo, que é o principal, tem uma base da polícia militar. Nos dias de GP até que a polícia é ativa, mas já houve casos de roubos assim que saíram de raio de ação dos homens da lei. Foi numa dessas que Button, em 2010, foi assaltado. Portanto Interlagos, não importando qual que seja o evento, não é uma lugar recomendado para sair muito tarde de lá.
Vettel gosta do Brasil, como ele já disse no passado, mas como um bom cidadão, ele sabe dos problemas que este país enfrenta. E certamente eu não gostaria de estar numa guerra civil e nem ficar por horas e horas com uma arma apontada pela cabeça vagueando pela cidade, como acontece sempre. Temos nossos problemas e precisamos cobrar sempre das nossas autoridades para que as coisas melhorem, para que os de lá fora falem bem não apenas das nossas belezas naturais, mas também do cuidado dos órgãos públicos com saúde, educação e segurança. E isso é o que nós todos queremos.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Análise dos dez primeiros - GP da China - 3ª Etapa

1. Nico Rosberg - Fez uma pole numa volta impecável que dificilmente seria batida por alguém, mas não era favorito para a prova justamente por causa do alto desgaste dos pneus. Esse problema não apareceu de forma tão latente como se esperava, e quem teve esse azar foram seus concorrentes diretos. Manteve uma boa distância de Schumi no início e mais tarde sobre Button, que era o seu oponente mais perigoso. Foi uma merecida vitória.

2. Jenson Button – Pulou de quinto para terceiro na largada, o que facilitou bastante a sua vida, e isso parecia ajudar-lhe quando as Mercedes começassem a ter os problemas de pneus. Isso não aconteceu, mas ele estava com chances de vencer quando fez a sua última para de box. Ali ele perdeu a oportunidade quando um mecânico atrasou-se na colocação de um dos pneus. Perdeu tempo atrás de Raikkonen e Vettel e isso lhe custou uma possível chance de brigar contra Rosberg pela vitória.

3. Lewis Hamilton – Tinha carro para largar na primeira fila, como ele demonstrou no sábado, mas a punição pela troca de câmbio relegou-o para sétimo. Fez uma corrida cautelosa e não se afobou no duelo que teve com Pérez pela terceira posição. Aliás, ele terminou nesta mesma colocação, repetindo o resultado das duas corridas anteriores e com isso, é o líder do mundial. Tem tido desempenhos bem administrados, o que é elogiável.

4. Mark Webber – Nestas primeiras etapas, onde a Red Bull tem apresentado algumas dificuldades, ele tem sido bem regular. Largou em sexto, teve um bom ritmo, duelou com Alonso, Button e Hamilton por posições e terminou a corrida em quarto podendo até, caso os pneus tivessem agüentado, conquistado um pódio. Mostrou que o carro rubro taurino, em corridas, é bem melhor que nos treinos ao andar próximo das Mclarens em quase toda a corrida.

5. Sebastian Vettel – Falhou na classificação ao ficar de fora do Q3, fato que não acontecia desde o GP do Brasil de 2009. Recuperou-se bem e chegou brigar pelo pódio enquanto seus pneus agüentaram. Apesar de algumas critícas que tem recebido, mostrou uma boa velocidade e garra na prova chinesa.

6. Romain Grosjean – Enfim marcou os seus primeiros pontos no ano. Andou muito bem durante todo certame e levou o seu carro inteiro ao final. Protagonizou com Maldonado uma dos melhores duelos da corrida, ao bater rodas em algumas curvas quando disputavam posições na casa dos pontos. Com mais calma, poderá estar presente mais vezes na casa dos pontos neste ano, pois o carro da Lotus é muito bom.

7. Bruno Senna – Saiu em 14º e teve uma tarde trabalhosa no meio do pelotão, ao batalhar contra Saubers, Force Índias, Ferraris e Red Bull por um lugar na zona de pontos. Teve um toque na traseira do Ferrari de Massa, que poderia ter arruinado com a sua corrida. Fora isso, esteve bem e por pouco não chegou em sexto, perdendo-a nas últimas voltas para Grosjean. Precisa apenas melhorar nas classificações.

8. Pastor Maldonado – Assim com seu parceiro Bruno, escalou o pelotão para levar o outro Williams à casa dos pontos. Mostrou o espírito combativo de sempre ao duelar contra Alonso e Grosjean de forma dura e crua, o que vem agitando bastante aquele pelotão intermediário nas últimas corridas. E este desempenho só reforça que o carro é muito bom e que a dupla da Williams, que era criticada por ser pagante, tem dado conta do recado.

9. Fernando Alonso – Dificilmente repetiria o desempenho da Malásia, e ele próprio sabia disso. Mas lutou como sempre e chegou em nono, mesma posição que largara. O carro ainda tem muito que melhorar.

10. Kamui Kobayashi – Esperava-se mais dele após o belo treino que fizera no sábado, ao colocar a Sauber em terceiro. Mas a péssima largada, despencado para sétimo na primeira volta, arruinou uma possível chance de pódio. Marcou a melhor volta e bateu o badalado Pérez no duelo que tiveram na pista. Ao menos demonstrou que não ficou abatido com toda a atenção que o mexicano atraiu para si após a bela apresentação da Malásia.


Grande Prêmio da China - Corrida - 3ª Etapa

Rosberg, enfim, chegou à sua primeira vitória na F1.
FOTO: REUTERS
A pole de Rosberg havia sido recebida com alegria, mas ainda tinha uma corrida para ser realizada e todos na Mercedes sabiam bem que as limitações do carro, por causa do alto desgaste de pneus, era grande e isso poderia prejudicar-lhes durante as 56 voltas. Mas a cada volta que se passava o jogo melhorava à favor de Nico: inicialmente a desistência de Schumacher, após um erro do mecânico durante o seu primeiro pit-stop, deixou Rosberg mais isolado na frente e nem a proximidade de Button, em laguns momentos, o abalou. Os pneus, que eram o principal ponto fraco dos Mercedes, resistiram e Nico foi um dos poucos, se não o único, a não sentir tanto os efeitos do desgaste que pegou os outros pilotos de calças curtas, principalmente nas últimas 20, 16 voltas quando os duelos pelas posições, mais precisamente da segunda para trás, foi de uma intensidade tremenda. E isso deu à corrida um interesse, até porque estava modorrenta e dependente apenas das estratégias dos times. Button também foi vitíma do erro de um mecânico no seu último pit stop, e juntando o fato de ter ficado retido por voltas e voltas atrá de Raikkonen, isso acabou atrapalhando-o na tentativa de buscar a liderança de Nico.
Os pneus Pirelli determinaram o passo da corrida, mas isso só ficou mais latente quando a prova caminhava para o seu final. As disputas ficaram mais intensas e ferozes, como no duelo entre Grosjean vs Maldonado vs Alonso vs Pérez, que por algum momento chegaram a tocar rodas. Pérez não limitou-se à essa disputa. Travou rodas por várias vezes ao defender a sua terceira posição contra Hamilton por duas voltas e nas últimas voltas, esteve discutindo com seu companheiro Kobayashi. O trenzinho formado por Raikkonen, que ocupava a segunda posição à 16 voltas do fim, ajudou para houvesse ótimos duelos na casa dos pontos também atrasou Button em tentar chegar em Rosberg. Raikkonen despencou várias posições quando os seus pneus não aguentaram mais, Seguindo este exemplo de Kimi, que ficou apenas com duas paradas de box, Vettel conseguiu andar em segundo por algumas voltas, mas cairia para quinto no final após seus pneus desgastarem. Hamilton fechou em terceiro, repetindo a mesma colocação que conquistara nas duas provas iniciais e com isso, está liderando o mundial. Um feito interessante por sua parte, pois tem tido atuações sólidas deixando a afobação de lado, que o tanto prejudicou nos últimos anos.
Rosberg venceu e tirou um peso das costas. Da sua geração, de pilotos bem sucedidos em categorias menores, ele era o único que não havia marcado pole e nem vencido. Robert Kubica, Heikki Kovalainen, Lewis Hamilton e Sebastian Vettel, já estavam com vitórias e até títulos nas costas. Nico, que estreara em 2006 no Bahrein pela Williams marcando um ponto e fazendo a melhor volta, passou épocas difíceis na equipe do tio Frank e achou na Mercedes um lar em que poderia, enfim, mostrar o seu trabalho e pensar seriamente em vencer corridas. Demorou, mas ela veio. 
E com essa vitória, a Mercedes se dá a oportunidade de pensar alto neste ano.
Button teve chance de tentar a vitória em Xangai, que foi arruinada por um erro no último pit stop e depois pelo atraso que tivera atrás de Raikkonen e Vettel em disputas por posições.
FOTO: AP


Alonso fez o que pôde com o seu Ferrari, mas acabou termindo onde largou: em nono. Webber levou o seu Red Bull até a quarta colocação e teve bons duelos durante a prova.
FOTO: REUTERS

Nico e Schumacher conseguiram sustentar as suas posições após a largada, algo que Kobayashi não fez ao despencar de terceiro para sétimo.
FOTO: REUTERS


Bruno fez outra boa corrida ao terminar em sétimo, logo à frente de Maldonado. Poderia ter conseguido a sexta posição, mas perdeu-a para Grosjean durante as batalhas das últimas voltas.
FOTO: REUTERS


De terceiro em terceiro...: Hamilton repetiu a mesma colocação final nestas três corridas do campeonato, até aqui disputadas e é o novo líder do mundial. É a prova de que está pensando mais no campeonato do que na corrida em si. Teve um duelo dos bons com Sérgio Pérez, que o segue nesta foto.
FOTO: AP


Massa até que conseguiu um bom desempenho no início da corrida e a estratégia parecia ser boa, visando a casa dos pontos no final da corrida. Parecia. Ele terminou em 12º, à frente de Raikkonen que sofreu com o desgaste dos pneus e despencou de 2º para 13º no final. Koba marcou 1 ponto, mas esperava-se mais dele nesta prova depois da bela classificação do sábado.
FOTO: REUTERS


Grande Prêmio da China
Circuito de Xangai - 56 voltas
15/04/2012 - 3ª Etapa

1. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1h36min26s929
2. Jenson Button (ING/McLaren) - a 20s626
3. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 26s012
4. Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 27s924
5. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 30s483
6. Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 31s491
7. Bruno Senna (BRA/Williams) - a 34s597
8. Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 35s643
9. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 37s256
10. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 38s720
11. Sergio Pérez (MEX/Sauber) - a 41s066
12. Paul Di Resta (ESC/Force India) - a 42s273
13. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 42s700
14. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 50s500
15. Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - a 51s200
16. Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - a 51s700
17. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - a 1min03s100
18. Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - a 1 volta
19. Timo Glock (ALE/Marussia) - a 1 volta
20. Charles Pic (FRA/Marussia) - a 1 volta
21. Pedro de la Rosa (ESP/Hispania) - a 1 volta
22. Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 2 voltas
23. Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - a 3 voltas             

sábado, 14 de abril de 2012

Grande Prêmio da China - Classificação - 3ª Etapa

Rosberg, à caminho da sua primeira pole
FOTO: Getty Images/Brasil
Diferentemente do que vimos nos dois treinos classificatórios até aqui realizados, não tínhamos uma idéia precisa de quem seria o pole. Hamilton, que foi o pole-man nas duas últimas corridas, já estava fora de combate desde a sexta quando a Mclaren trocou o câmbio de seu carro e assim, conforme a regra, ele perderia 5 posições no grid. Mas mesmo assim ele esteve forte, e mostrou que poderia ter conquistado mais uma pole neste sábado. O difícil mesmo é saber se ele seria páreo para Nico Rosberg, que enfim, cravou a sua primeira pole depois de 110 GPs disputados. Rosberg fez uma bela marca logo no início do Q3, 1'35''121, colocando mais de meio segundo sobre Hamilton e Schumacher. E isso foi até o fim sem que ele fosse incomodado por nenhum deles. Com a punição de Hamilton, que sairá em sétimo, a Mercedes marca a sua primeira fila desde o GP da Holanda de 1955, quando Fangio e Moss fizeram 1-2 naquela classificação. A última pole foi pelas mãos de Fangio, em Monza, no mesmo ano.
Kamui Kobayashi fez um belo treino ao colocar a sua Sauber em terceiro, e terá a compania de Raikkonen que ficou com o quarto posto para a Lotus, mostrando que os dois anos que ficou de fora não lhe afetou em nada. E digo mais, o Rallye o ajudou bastante. Button ficou com quinta posição  e terá ao seu lado Webber, que foi o melhor das duas Red Bull. Vettel falhou na sua classificação e ficou de fora da última parte do treino, ao marcar apenas a 11ª posição. Pérez, Alonso e Grosjean fecharam em oitavo, nono e décimo. Massa chegou a ter alguma chance de passar ao Q3, mas ficou em 12º. Bruno andou próximo de Maldonado e largará em 14º, logo atrás do venezuelano. Com o bom ritmo que a Williams tem apresentado nas corridas e possível chance de chuva, pode dar ao time do velho Frank uma oportunidade de levar os dois carros à casa dos pontos. Mas isso acontecerá, claro, se nenhum dos dois errarem e se o motor Renault aguentar o tranco.
Para a corrida não acredito muito na Mercedes. O carro tem uma lto desgaste de pneus e isso limitará uma possível chance de um dos dois tentar uma vitória amanhã. Kobayashi pode fazer uma bela prova e não estranhem se ele pular para a ponta no início da corrida, uma vez que ele sempre faz belas largadas. Kimi também pode fazer bonito e dependendo da estratégia, e das nuances dessa corrida, quem sabe, pode subri ao pódio. Mas acredito mesmo é que uma das Mclarens vença amanhã. Button anda muito bem em Xangai, à exemplo de Hamilton, e isso credência o time de Woking a sair com uma vitória amanhã. Porém algo tem que ser dito: o ritmo de provas deles não é tão bom assim, e Webber pode entrar nessa disputa já que o carro da Red Bull, em corrida, tem tido um bom desempenho.
Agora é esperar pela madrugada.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA CHINA - 3ª ETAPA

1: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min35s121
2: Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min35s691
3: Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min35s784 
4: Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - 1min35s898
5: Jenson Button (ING/McLaren) - 1min36s191
6: Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min36s290
7: Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min35s626*
8: Sergio Perez (MEX/Sauber) - 1min36s524
9: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min36s622
10: Romain Grosjean (FRA/Lotus) - sem tempo
11: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min36s031
12: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min36s255
13: Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1min36s283
14: Bruno Senna (BRA/Williams) - 1min36s289
15: Paul Di Resta (ESC/Force India) - 1min36s317
16: Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - 1min36s745
17: Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - 1min36s956
18: Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - 1min37s714
19: Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - 1min38s463
20: Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - 1min38s677
21: Timo Glock (ALE/Marussia) - 1min39s282
22: Charles Pic (FRA/Marussia) - 1min39s717

*Marcou o segundo posto, mas perdeu cinco posições por troca de câmbio

segunda-feira, 26 de março de 2012

Grande Prêmio da Malásia - Corrida - 2ª Etapa

O líder: Alonso comemorando a sua sensacional vitória em Sepang.
Foto: Getty Images
 

Para o ferrarista mais ardoroso, aquele que sofre mesmo quando a rossa está na frente, foi difícil ver como que Alonso penou para levar aquele F2012 à um quinto lugar em Melbourne. E ao ver os treinos em Sepang, desde a sexta, era pra não ter nenhuma esperança. Nem de pódio. Tratando-se do GP da Malásia, onde o tempo é instável e a chuva pode aparecer a qualquer momento, talvez a chance de ao menos um pódio era pensável. Mas não seria nada fácil: Fernando havia posicionado sua Ferrari na nona colocação (que depois viria a ser oitavo, devido a punição de Raikkonen) e, caso pensasse em algo melhor, teria que lutar contra a Mercedes de Rosberg e a Lotus de Grosjean. Isso sem contar que seria impossível tentar algo contra os Red Bulls, Mclaren e a Mercedes de Schumacher, que ocupavam as cinco primeiras posições. Ou seja, Alonso teria que contentar-se, no máximo, com uma sexta posição. E olhe lá.
Como disse, a Malásia com seu tempo inconstante pode reservar surpresas: após oito voltas, a bandeira vermelha foi acionada e interrompendo a corrida após algumas voltas sob regime de Safety Car. "Bundões!", falariam a maioria. Mas tem que ser dito que isso é uma norma que a F1 adotou desde a prova da Bélgica de 1998. Quem tiver uma boa memória lembrará que os pilotos pediram para que a largada fosse dada com o SC, o que foi rejeitado pelos caras da FIA entendo que não era preciso. Sim, talvez eles pensassem da mesma forma chamando-os em pensamento "que maricas, tantos outros enfrentaram situações piores e saíram vivos!". Ok, mas após o famoso strike na descida após a La Source, os dirigentes perceberam que os pilotos tinham razão e passaram a escutá-los mais. Confesso que já os chamei de bundões e medrosos por isto, mas revi a minha opinião e acho válido que, caso as condições sejam as piores possíveis, largada tem que ser feita com o SC à frente do pelotão.
Voltando à corrida, após esta interrupção, pode-se ver um Alonso escalar o pelotão como é de seu costume, sem baixar os braços em nem se dar por vencido. A sua parada nos boxes para mudar de pneus de chuva para intermediários, seguindo o até então intocável líder Hamilton, fez lembrar os tempos da Ferrari de Michael Schumacher e sua trupe, com a equipe a devolver o espanhol na frente do piloto inglês.
Confesso que dali em diante esperava um ataque de Hamilton sobre o piloto espanhol, mas isso veio de quem menos se esperava: Sergio Perez com a Sauber, numa tocada precisa e brilhante, encontrava-se em segundo e estava pronto para começar a perseguir Fernando. O resto daquela tarde nublada foi de um disputa entre Alonso, carregando o piano desafinado da Ferrari, e Perez, levando uma Sauber bem concebida à uma segunda posição impensável.
Enquanto a pista esteve molhada, Fernando comandou as ações mantendo o jovem mexicano a uma distância segura, mas quando a pista passou a secar foi Perez quem passou a ser mais rápido e isso deixou a Ferrari em xeque com relação a liderança do espanhol e a Sauber exultante em pensar que poderiam vencer seu primeiro GP. Mesmo após a troca de pneus intermediários para os de pista seca, Alonso não teve refresco e Perez, em poucas voltas, tirou uma diferença que estava na casa dos sete segundos. Com o Sauber na cola da Ferrari era de se esperar que Sergio atacasse a qualquer momento, mas a sorte de Alonso, ou a impaciência do engenheiro da Sauber que falava feito uma matraca nos ouvidos de Perez, deu à Ferrari o respiro que precisa faltando quatro voltas para o fim, quando o mexicano escapou na penúltima curva do circuito fazendo com que a diferença de menos de 1 segundo, fosse para seis. Com isso, Alonso pode caminhar mais tranquilo para a sua magistral vitória em Sepang com o rápido Perez em segundo e o terceiro lugar ficando para o surpreendente regular Hamilton, que parece estar pensando mais no campeonato do que no momento em si. E digo: isso é louvável.
Foi uma conquista mágica, como a maioria classificou ontem nos textos que eu li. Para mim, Fernando acabou tirando um peso das costas que só iria aumentar conforme o Mundial fosse passando, de levar a Ferrari à uma vitória que todos sabiam que seria improvável nesta temporada devido o carro que tem. Agora poderá correr mais tranquilamente, sem esta pressão de ter que dar ao menos uma vitória para a Scuderia. E ela veio, de modo heróico e fabuloso.
Os Mclarens não foram tão bem em Sepang: enquanto que Hamilton assegurou um terceiro lugar, Button cometeu um dos seus raros erros ao quebrar parte da asa dianteira, quando estava para ultrapassar o HRT de Karthikeyan.
Foto: Reuters

Perez esteve em grande forma em Sepang e venceria se não tivesse cometido um erros à poucas voltas do fim. Foi primeiro mexicano a subir ao pódio depois de Pedro Rodriguez, que fez o mesmo no GP da Holanda de 1971, ao terminar em segundo. Coincidentemente, Rodriguez terminou atrás da Ferrari de Ickx e a prova foi disputada sob chuva.
Foto: Motorsport Retro

 Schumacher erroscou-se com Grosjean após a largada e despencou na classificação, mas salvou um ponto no final.
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Bruno Senna também foi um dos nomes da prova, ao levar a sua Williams ao sexto lugar e provar que também sabe conduzir muito bem sob chuva. Ele chegou a ocupar a última posição durante a corrida.
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Vettel era um dos candidatos a vencer em Sepang, devido a sua estratégia de largar com pneus duros enquanto os demais do top dez largariam com os médios. A chuva destruiu essa sua aposta e ainda por cima, o bi-campeão teve o azar de ter um pneu furado após o toque com Karthikeyan que lhe tirou a chance de pontuar.
Foto: Reuters

E a equipe Lotus serviu, em nome de Kimi Raikkonen, sorvetes para a imprensa. O piloto finlandês terminou em quinto, após mais uma bela apresentação.
Foto: Motorsport Retro

Grande Prêmio da Malásia - 2ª Etapa 
Circuito de Sepang - 56 voltas 
25/03/2012 

1 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 2h44min51s812
2 - Sergio Perez (MEX/Sauber) - a 2s263
3 - Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 14s591
4 - Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 17s688
5 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 29s456
6 - Bruno Senna (BRA/Williams) - a 37s667
7 - Paul Di Resta (ESC/Force India) - a 44s412
8 - Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - a 46s985
9 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - a 47s892
10 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 49s996
11 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 1min15s527
12 - Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - a 1min16s800
13 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1min18s500
14 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 1min19s700
15 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1min39s300
16 - Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - a 1 volta
17 - Timo Glock (ALE/Marussia) - a 1 volta
18 - Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - a 1 volta
19 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 2 voltas
20 - Charles Pic (FRA/Marussia) - a 2 voltas
21 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 2 voltas
22 - Pedro de la Rosa (ESP/Hispania) - a 2 voltas

Não completaram: 
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber)
Romain Grosjean (FRA/Lotus)

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...