quarta-feira, 14 de julho de 2021

Foto 993: Chico Landi, Daily Mail Trophy 1952

 

(Foto: Alamy Stock)

Muita, muita água... Chico Landi com o Ferrari 375 durante o II Daily Mail Trophy realizado em Boreham, no ano de 1952.

Essa prova foi realizada em 2 de agosto, um dia antes da realização do GP da Alemanha que era a sexta etapa do Mundial de Fórmula-1. O circuito de Boreham era uma antiga base área - assim como Silverstone e outras que tornaram-se pistas de corrida pela Inglaterra - e tinha 4.8 km. A prova teve um total de 67 voltas. 

Este evento foi dominado pela Ferrari de Luigi Villoresi, mas isso não privou que outros pilotos mostrassem a sua finesse. Mike Hawthorn e Chico Landi foram estes pilotos que estiveram numa tarde inspirada em Boreham, brilhando tanto na pista molhada quanto na seca. 

Villoresi marcou a pole e sustentou a liderança desde a largada - que foi feita sob chuva - e a principio o seu principal opositor parecia ser Jose Froilan Gonzalez, que estava a serviço da BRM nesta corrida. Mas o argentino largou mal e caiu para quarto e na tentativa de voltar ao segundo lugar acabou batendo num poste na terceira volta, pouco tempo depois de ultrapassar Landi na disputa pelo terceiro lugar e quando tentava alcançar Louis Rosier que ia em segundo. 

Enquanto que Villoresi continuava intocável na liderança, Rosier e Landi travavam boa disputa pelo segundo lugar e isso durou até o momento que Louis achou alguma aderência na pista molhada e começou a se afastar de Chico. Foi neste momento que o talento de Mike Hawthorn começou  a aparecer: na quarta colocação, o inglês passou a imprimir bom ritmo e em poucas voltas já estava no encalço de Landi e Rosier, ultrapassando-os nas voltas seguintes. 

O melhor rendimento de Hawthorn na pista molhada dava nas vistas e ele já estava alcançando Villoresi, que não tinha mais o mesmo rendimento de outras voltas - e isso ficou claro quando perdeu a liderança para Mike na volta 42 e já estava perdendo terreno para Rosier e Landi. 

Apesar da grande exibição, a chuva parou e a pista começou a secar rapidamente e isso passou ajudar Luigi Villoresi que recuperou a liderança na volta 53. Mike não pode se defender do maior poderio das Ferrari 375 ficando a merce de Rosier e Landi, que continuavam a batalhar intensamente - mas o francês teve problemas na ingnição e caiu para quinto.

Chico Landi livrou-se de Rosier, ultrapassou Hawthorn e foi a busca de Villoresi nas últimas sete voltas, tornando-se o piloto mais veloz do momento. Porém ele não teria tempo para descontar os dez segundos que separavam ele de Luigi, com a vitória ficando para o italiano - mas Landi teve um problema na parada de box, onde um dos pneus ficou solto na pista de rolamento e atrasando o trabalho. Muitos acreditam que, se caso não tivesse esse problema, Chico teria ótima chance de conquistar o Daily Mail Trophy. Mike Hawthorn ainda teria a sua recompensa ao terminar em terceiro. 

Chico Landi completaria 114 anos hoje.

 

terça-feira, 13 de julho de 2021

F1 Onboard Lap: Thierry Boutsen, Montreal 1990

 

(Foto: ericok/flickr)

A temporada de 1990 foi a oitava do belga Thierry Boutsen na Fórmula-1, que estreou na categoria no GP da Bélgica de 1983 pela Arrows.

Aquele ano de 1990 era o seu segundo pela Williams-Renault, onde ele ganhou seus dois primeiros GPs em 1989 nas corridas do Canadá e Austrália.

Em 1990 Boutsen venceria o GP da Hungria e encerraria o campeonato na sexta posição com 34 pontos.

No vídeo, a sua volta onboard no circuito Gilles Villeneuve na edição do GP do Canadá de 1990 – prova que ele acabou abandonando na volta 19 após um acidente com o Ligier de Nicola Larini.

Thierry Boutsen completa 64 anos hoje.

Foto 992: Sam Hanks, Indy 500 1957

 

(Foto: IMS Museum)

A premiação pela persistência... Sam Hanks recebendo o jornal com a manchete que destacava a sua vitória nas 500 Milhas de Indianápolis de 1957. 

Sam estreou no sagrado Brickyard em 1940 largando em 14º e terminando em 13º. Ele voltaria a terminar uma Indy 500 apenas em 1952 quando ficou em terceiro, posição que repetiu no ano seguinte quando compartilhou o Kurtis Kraft 4000 com Duane Carter por conta do forte calor - e nesta edição de 1953 Sam Hanks lideraria pela primeira vez a prova, ficando na primeira posição por três voltas (51-53). Ele voltou a completar novamente a prova em 1956 quando terminou em segundo, após escalar o pelotão por conta dos problemas que iam a sua frente. 

Foi em 1957 que ele, enfim, pode ir a desforra quando esteve em posse do novo Salih que tinha o motor posicionado do lado esquerdo, o que baixava o centro de gravidade e para facilitar no curvar dos ovais. Apesar de ter liderado boa parte das voltas - um total de 136 - Sam esteve sempre em grande disputa com Jim Rathman na parte final da prova, mas conseguindo abrir uma boa diferença para chegar a sua primeira e única vitória na Indy 500. 

Um fato curioso é que o carro usado por Sam nesta conquista de 1957, foi usado por Jimmy Bryan na edição de 1958 onde Jimmy acabaria por vencer.

Sam Hanks encerrou a sua carreira ao final de 1957, quando estava competindo na USAC Stock Car - que era rival da NASCAR. 

Sam Hanks completaria 107 anos hoje.

Foto 991: Alberto Ascari, GP da Grã-Bretanha 1953

 

Alberto Ascari durante o GP britânico de 1953
(Foto: irishmirror)


Que excitante havia sido aquela etapa da França de semanas atrás. O confronto entre a velha guarda (Fangio) contra a nova geração (Hawthorn), tinha ganhado contornos épicos a ponto daquela corrida, por conta do duelo destes dois pilotos, ser chamada de "Corrida do Século". E não era para menos: com aquela disputa visceral com várias trocas de posições nas últimas trinta voltas, o público presente tinha sido brindado com uma exibição de gala da mais alta qualidade. Ferrari e Maserati tinham ficado no mesmo nível, o que facilitou esse duelo assim como a disputa pela terceira posição entre Gonzalez e Ascari onde o argentino acabou levando a melhor.

Agora as atenções estavam voltadas para Silverstone, cujo lugar, com uma boa série de retas, seria um lugar perfeito para que o duelo entre a irmandade do esporte a motor italiana pudesse dar continuidade a grande disputa. E para os ingleses seria uma boa oportunidade para poderem torcer por seu herói Mike Hawthorn.

Mesmo sabendo de suas limitações frente a Ferrari e Maserati, as equipes inglesas foram em peso para o seu GP caseiro ao colocar um bom contingente para esta etapa: a HWM levou quatro modelos 53 para Lance Macklin, Peter Collins, Duncan Hamilton e Jack Fairman; a Connaught teve cinco carros, sendo três modelos UMA oficiais que ficaram sob cuidados de Principe Bira, Ken McAlpine e Roy Salvadori. Os outros dois Connaught particulares eram de Tony Rolt – inscrita por Rob Walker, que tornaria-se uma das mais populares equipes particulares da categoria até os anos 70 – e outro pela Ecurie Ecosse, que foi pilotada por Ian Stewart; a Cooper não entrou como equipe oficial, o que prejudicou a participação de Stirling Moss por não terem tido tempo de recuperar o carro danificado em Reims, mas isso não impediu a equipe de ter seis carros inscritos de forma particular: Ken Wharton e Bob Gerard inscreveram dois T23 em seus nomes, enquanto que a Ecurie Ecosse alinhou um T20 para Jimmy Stewart (irmão de Jackie Stewart); Alan Brown pilotou um T23 da  RJ Chase; Peter Whitehead esteve com um T24 da Atlantic Stable; e Tony Crook inscreveu por conta própria um T20. Todos o Cooper inscritos utilizavam motores Bristol. 

A Ferrari alinhou o habitual modelo 500, o que jogou por terra a expectativa criada de que a equipe alinharia um novo carro para esta etapa inglesa. Além destes modelos 500 para Alberto Ascari, Luigi Villoresi, Giuseppe Farina e Mike Hawthorn, Louis Rosier levou o seu já tradicional Ferrari Azul inscrito pela sua equipe Ecurie Rosier. A Maserati continuou com seu modelo A6GCM e seu esquadrão de sempre com os argentinos Juan Manuel Fangio, Jose Froilan Gonzalez, Onofre Marimon e o italiano Felice Bonetto. Emmanuel de Graffenried alinhou o quinto Maserati de forma particular. 

Também era esperado um passo da Gordini que pretendia aproximar-se mais da “Irmandade Italiana”, onde os boatos indicavam um novo motor L8 para a equipe francesa a partir daquele Grande Prêmio. Mas a Gordini apareceu em Silverstone com o seu tradicional motor L6 para empurrar o Tipo 16. Ao contrario de Reims onde levaram quatro carros, apenas três foram inscritos para Jean Behra, Harry Schell e Maurice Trintignant. Louis Chiron voltou a inscrever-se com o seu OSCA modelo 20, mas o experiente piloto de Mônaco não compareceu para aquele GP britânico.

Chuva e pole para Ascari

Estes treinos em Silverstone foram marcados pelas fortes chuvas que caíram no circuito desde a quinta-feira, quando os trabalhos iniciaram. Peter Whitehead até ensaiou uma zebra ao fazer o melhor tempo na quinta com o seu Cooper, conseguindo colocar dois segundos de vantagem sobre Mike Hawthorn. Mas a possível zebra desapareceria na sexta quando, ainda com chuva, Ascari aumentou o ritmo e se impôs para cravar a pole com uma marca um segundo melhor que a de Froilan Gonzalez, que fechou em segundo. Mike Hawthorn venceu a disputa contra Fangio e se colocou em terceiro, dois décimos mais lento que Gonzalez – o que lhe valeu uma série de cumprimentos dos integrantes da Ferrari e um abraço do chefe da equipe Nello Ugolini. Fangio, Farina, Villoresi e Marimon fecharam as sete primeiras posições habituais para as duas equipes italianas. Os Gordini de Trintignant e Schell apareceram seguida e Tony Rolt, com seu Connaught, fechou os dez primeiros. Whitehead acabou ficando em 14º no  grid, sendo o melhor dos particulares.

Ascari vence de ponta a ponta

Apesar de um inicio impressionante de Fangio, que pulara de quarto para primeiro assim que contornou a Copse, este não conseguiu dar continuidade na liderança da prova quando escapou e caiu na tabela de classificação. Assim foi o único momento onde Alberto Ascari não foi líder neste GP bretão, conseguindo maximizar o poder de fogo do Ferrari 500 naquele dia a seu gosto. Porém não teve tranquilidade por um tempo, onde Gonzalez esteve em seu encalço por uma série de voltas e com grandes chances de assumir a liderança, mas sempre com Alberto respondendo as ações do argentino. Foi uma reedição do duelo que ambos tiveram em Reims semanas antes, onde Froilan Gonzalez acabou por superar o italiano ao desalojá-lo da terceira posição. Mas desta vez era a liderança da corrida que estava em jogo e após uma exibição abaixo do que já era conhecido na França, agora era uma questão de honra para Ascari mostrar que ainda tinha as coisas sobre controle. Trocaram as melhores voltas por um bom tempo até que o Maserati do argentino apresentou vazamento de óleo, o que lhe valeu uma bandeira de box. Gonzalez foi a contragosto tanto que chegou discutir com os comissários sobre tal decisão, o que lhe custou duas voltas de desvantagem para Ascari. Froilan Gonzalez conseguiu recuperar-se na corrida para terminar em quarto.

Outro de quem se esperava muito – principalmente a torcida local – e não conseguiu grande coisa, foi Hawthorn. Depois de uma qualificação sensacional onde ganhou ainda mais a confiança da Ferrari, o piloto inglês teve um sábado atribulado que iniciou ainda na largada ao despencar de terceiro para sexto. As coisas piorariam quando ele rodou forte na Woodcote e caiu na classificação, mas o golpe final nas suas pretensões para o seu GP caseiro foi quando chegou nos boxes e descobriu um vazamento de  óleo que acabou sendo o causador de sua rodada na volta anterior. A exemplo de Gonzalez, Mike viu sua oportunidade arruinada ao perder três voltas, mas conseguiu retornar ao GP para terminar em quinto após um belo duelo com Tony Rolt, que vinha em bom ritmo com seu Connaught e enfrentou de igual para igual Mike. Porém é preciso salientar que Hawthorn acabou herdando duas posições que podiam tê-lo deixado de fora da casa dos pontos: Marimón estava em boa forma nesta corrida em Silverstone, brigando fortemente contra Farina pela quinta posição já havia umas voltas quando o motor do seu Maserati estourou. Quase que no mesmo instante, foi a vez de Villoresi dar adeus ao GP por problemas no eixo do Ferrari. Isso possibilitou a ida de Froilan Gonzalez para terceiro, mas que foi logo superado por Farina.

Além de Tony Rolt, outro destaque no pelotão intermediário foi Jimmy Stewart: o piloto escocês foi muito bem na sua primeira aparição no campeonato mundial, mostrando que não era apenas o seu macacão xadrez que chamava atenção. Jimmy, que havia diputado freneticamente contra Bira as posições naquele GP e vencido o desafio,  ia a frente de Felice Bonetto, que tivera de fazer três paradas nos boxes – coisa que alguns fizeram, no máximo, apenas uma parada para reabastecimento – quando acabou rodando na curva Copse no momento que a chuva era forte em todo circuito, já no final do GP e ficando de fora.

Como já foi mencionado, a chuva que havia caído nos treinos de quinta e sexta voltou logo no final da corrida. Enquanto que muitos diminuíram a velocidade quando a tempestade – acompanhada por granizo – chegou, Ascari continuou apertando o ritmo até conseguir abrir uma diferença de um minuto sobre Fangio que havia herdado a posição de Gonzalez quando este teve o seu vazamento de óleo. Mas o argentino não chegou ser uma grande ameaça a Alberto, o que facilitou ainda mais o trabalho do italiano.

Ascari passou para vencer o GP da Grã-Bretanha seguido por Fangio – que foi o único a não levar volta de Alberto – Farina, Gonzalez e Hawthorn fechando as posições pontuáveis. Bonetto conseguiu ainda uma sexta colocação enquanto que Principe Bira levou o Connaught ao sétimo lugar, sendo o melhor dos carros ingleses. O melhor entre os particulares foi Ken Wharton que terminou em oitavo com o Cooper.

Alberto Ascari completaria 103 anos hoje.

Foto 990: Jarno Trulli, GP da Alemanha 1997

 


Jarno Trulli durante o GP da Alemanha de 1997 a bordo do Prost JS45. Era a sua terceira prova pela equipe de Alain Prost, tendo estreado no GP da França em substituição a Olivier Panis que havia se acidentado durante o GP do Canadá. Trulli havia feito a primeira parte do mundial pela Minardi. 

Neste GP da Alemanha, então 10ª etapa do mundial, ele largou na 11ª posição e após o complemento da primeira volta já estava em sétimo logo atrás da Williams de Jacques Villeneuve. Por boa parte da prova os dois estiveram próximos, com o italiano sempre com 1 segundo ou menos de atraso para o canadense. Apenas na 23ª volta, por conta das paradas de boxes que iam à frente, Jarno chegou ocupar a terceira posição e voltaria para sétimo na volta 25 quando fez a sua parada de box e reiniciando a sua disputa com Villeneuve. 

Na volta 34 é que acontece o ataque de Jarno contra Jacques, quando ele ultrapassa o canadense que acaba rodando e ficando atolado na brita enquanto que italiano assumia o quinto posto. Trulli ainda teria a oportunidade de chegar em terceiro - ele subiria para quarto após o abandono de Giancarlo Fisichella - quando estava se aproximando de Mika Hakkinen, mas problemas nos freios acabaram deixando de lado essa oportunidade. 

Enquanto que Gerhard Berger reencontrava a vitória - que viria ser a última dele na Fórmula-1 -, com Michael Schumacher em segundo e Hakkinen em terceiro, Trulli marcava seus primeiros pontos na categoria com o quarto lugar conquistado. O jovem italiano explicaria mais tarde a seu ótimo desempenho no veloz circuito alemão: “Não estou surpreso”, diz Trulli, “Hockenheim sempre sorriu para mim na F3: ganhei seis vezes em 95 e 96! Esses pontos me permitem agradecer a Alain Prost por me dar a minha chance sem colocar nenhuma pressão sobre mim.” Com estes três pontos conquistados Jarno fechou o mundial na 15ª posição.

Jarno Trulli completa hoje 47 anos.

domingo, 11 de julho de 2021

Vídeo: Pedro Rodriguez, Oulton Park 1971

 


O Spring Trophy, intitulado Rothmans Daily Express, foi uma prova extra campeonato realizado em Oulton Park. A corrida aconteceu em 9 de abril de 1971.

Esta prova marcou a derradeira vitória de Pedro Rodriguez a bordo de um carro da Fórmula-1, com o mexicano conquistando esta com o BRM P160 após largar da terceira posição. Jackie Stewart (Tyrrell) foi o pole, mas perdeu as duas primeiras posições para Rodriguez e Peter Gethin (Mclaren).

A última vitória oficial de Pedro Rodriguez remonta aos 1000km de Zeltweg realizado em junho do mesmo ano válido pelo Mundial de Marcas, em parceria com Richard Attwood.

O mexicano acabou falecendo semanas depois durante uma prova da Interserie em Norisring, quando estava pilotando uma Ferrari 512S da equipe de Herbert Muller há exatos 50 anos.

Pedro tinha 31 anos.


Foto 989: Rolf Stommelen, 750km de Nurburgring 1974

 


Rolf Stommelen com o Alfa Romeo T33/TT/12 da Autodelta que ele dividiu com Carlos Reutemann durante os 750km de Nurburgring, terceira etapa do Mundial de Marcas de 1974.

Por conta da crise do petróleo os tradicionais 1000km foi reduzido para 750km, ato que se tornou até comum em algumas categorias naquele ano. Além desta redução na quilometragem da prova em Nurburgring, a etapa de Paul Ricard também desceu de 1000km para 750km. 

Essa edição dos 750km de Nurburgring acabou ficando para a Matra com os "Jean Pierre" Jarier e Beltoise levando a vitória após o outro Matra MS670C de Gerard Larousse/ Henri Pescarolo ter apresentado problemas de motor ao funcionar apenas onze dos doze cilindros - este problema voltaria acontecer em Watkins Glen com Larousse/ Pescarolo e a vitória ficando Jarier/ Beltoise.

Ainda em Nurburgring, a Alfa Romeo ocupou as outras duas posições do pódio ficando em segundo com Stommelen/ Reutemann e em terceiro com Andrea De Adamich/ Carlo Facetti. O outro Alfa de Arturo Merzario/ Brian Redman ficou apenas em nono. 

A temporada de 1974 do Mundial de Marcas foi um passeio da Matra, tendo vencido nove das dez etapas e a Alfa Romeo ficando apenas com a vitória nos 1000km de Monza que abriu o campeonato com Arturo Merzario/ Mario Andretti conseguindo esta conquista. 

Rolf Stommelen ficou na Autodelta de 1970 até 1974, sem conquistar nenhuma vitória na geral (mas vencendo duas em classe, nos 1000km de Buenos Aires e 12 Horas de Sebring em 1971) e com um punhado de segundos lugares como melhores resultados. 

Quando ele juntou-se a Autodelta a equipe tinha o T33/3 em fase de desenvolvimento e por isso com falta de confiabilidade, levando-o a falar "Somos lentos, mas somos divertidos". Outra piada interna envolvia ele e os outros dois pilotos da casa, Andrea De Adamich e Masten Gregory que, assim como Rolf, usavam óculos e dessa forma a equipe passou a ser chamada de "Os três cegos".

Rolf Stommelen completaria 78 anos hoje. 

sábado, 10 de julho de 2021

F1 Battles: Jean Pierre Jarier vs Mario Andretti, GP da Alemanha 1981

 


O Grande Prêmio da Alemanha de 1981 foi a 10ª etapa daquele mundial. A pole ficou para Alain Prost (Renault) com a marca de 1’47’’50.

Na corrida ele teve uma boa disputa contra as Williams de Alan Jones e Carlos Reutemann, mas estes dois enfrentam problemas mais tarde: Carlos abandonou com problemas de motor na volta 27 e Alan também acabaria por ter falhas no motor, que tirou do australiano a chance de vencer.

Melhor para Nelson Piquet (Brabham) que assumiu a liderança na volta 39 para vencer o GP alemão, com Prost em segundo e Jacques Laffite (Ligier) em terceiro.

O vídeo a seguir destaca a disputa entre Jean Pierre Jarier (Osella) e Mario Andretti (Alfa Romeo) pelas posições 8 e 9 na corrida.

Jean Pierre Jarier completa 75 anos hoje.


quinta-feira, 8 de julho de 2021

Foto 988: Adeus, Carlos Reutemann

 

Apesar do semblante sempre sério e por muitas vezes melancólico, tudo isso desaparecia quando
o argentino estava em ação

Alguns pilotos nascem com o signo do azar ou das más escolhas em sua vida e isso impera por toda sua carreira, como se fosse uma penalização por coisas feitas em encarnações passadas. Na Fórmula-1, especificamente, tivemos um dos casos mais conhecidos que foi o de Stirling Moss: o britânico dispensa maiores apresentações, já que foi um dos mais brilhantes da década de 1950 e início dos anos 1960. Mas ele carregava o azar de ter pilotado por boa parte da primeira década da categoria ao lado de Juan Manuel Fangio e ter perdido para o "El Chueco" em 1955, 1956 e 1957. Com a aposentadoria de Fangio no ínicio de 1958, parecia que, enfim, ele entraria para o grupo dos campeões até que viesse a perder o título de 1958 para seu compatriota Mike Hawthorn que havia feito um campeonato muito mais regular que o de Moss, mesmo que Stirling tenha vencido quatro provas contra uma de Mike. Infelizmente ele não teria mais nenhuma chance clara de ser campeão do mundo, apesar de seu enorme talento estar sempre em evidência com uma pilotagem elegante, conseguindo vitórias magistrais como em Mônaco e Alemanha no ano de 1961. O acidente em Goodwood 1962 encerrou de vez a chance de Moss chegar ao seu título mundial. Guardada as devidas proporções, Carlos Reutemann era como Stirling Moss: um piloto de grande excelência com talento suficiente para ser campeão uma vez ou até mais, mas que levava consigo o signo dos azares e más escolhas.  

Desde a sua aparição impressionante em Buenos Aires 1972, na prova de abertura do mundial daquele ano, quando ele foi o pole, deixou uma boa impressão do que o argentino poderia fazer ao volante de um carro mais competitivo. A sua evolução na Brabham no decorrer dos anos resultou em quatro vitórias e o terceiro lugar no mundial de 1975, mas a troca pelos motores da Alfa Romeo a partir de 1976 acabou minando qualquer chance tentar, ao menos, disputar diretamente o titulo mundial. Isso resultou apenas em três pontos em 1976 e uma saída para a Ferrari a partir do GP Itália - que acabou sendo a sua última corrida naquela temporada. 

Mas estas escolhas de Reutemann acabariam sendo a sua marca registrada, não por serem as mais corretas, mas pelo fato de serem feitas em momentos que não lhe dariam as reais chances de vencer o mundial: a equipe da Ferrari ainda estava voltada a Niki Lauda em 1977, o que resultou no segundo campeonato para o austríaco, mas a partir do momento que ele saiu da equipe ao final daquele ano Reutemann passou a ser o primeiro instantaneamente. Apesar do Ferrari 312T3 de 1978 ser um bom carro e em situações normais até que poderia levá-lo ao olimpo, Carlos encontrou pela frente uma afinadíssima Lotus com seu modelo 79 que arrasou aquele mundial e colocou Mario Andretti e Ronnie Peterson - este de forma póstuma - nas duas primeiras posições do mundial de pilotos, enquanto que o argentino, que dominara seu jovem companheiro e futura estrela na categoria Gilles Villeneuve, ficava em terceiro repetindo o mesmo resultado de três anos antes. 

A sua estadia na Ferrari deteriorou-se e em 1979 ele mudara para a Lotus, então campeã, mas a sua renovada esperança em ser campeão esbarrou num fraco desempenho do repaginado Lotus 79 que foi superado de forma rápida pelos rivais em pouco tempo. Isso significava que ele precisaria de novos ares para tentar seu tão sonhado título - que ironicamente acabou ficando com Jody Scheckter que o substituiu na Ferrari...

A Williams era a equipe do momento, mas ao mesmo tempo o território de Alan Jones: em 1980 Carlos foi o terceiro, apenas comboiando a batalha entre Jones e Nelson Piquet pelo título daquela temporada que acabou ficando para o bravo australiano. Mas 1981 seria o ano onde Carlos Reutemann teria a sua grande oportunidade, a mais real entre todas que ele teve em quase dez anos de categoria. Porém, a sua desavença com Alan Jones a partir do chuvoso GP do Brasil, onde ele ignorou veementemente as ordens da Williams em inverter as posições com Jones, acabaria por selar seu destino naquela temporada: o final melancólico do argentino no derradeiro GP daquele ano, realizado no estacionamento do Caesar's Palace, foi a amostra de como ele ficou sozinho no naquele embate que foi criado dentro da equipe Williams após os eventos de Jacarepaguá. Mesmo que sua reclamações sobre o péssimo carro que tivera naquele último GP, onde o câmbio não estava em melhores condições, a sua queda na classificação - que iniciara da melhor forma possível com a obtenção da pole - foi enterrando suas chances de conquistar o campeonato que ficou nas mãos de Nelson Piquet. E, para piorar, seu desafeto Alan Jones venceu tranquilamente com direito a grande festa por parte da Williams - e este sentimento só pioraria mais quando, se olharmos para o inicio do mundial, a corrida realizada em Kyalami, que deveria ser a prova de abertura e foi tida como extra-oficial, Reutemann venceu e teve Piquet em segundo e isso lhe daria dois pontos à frente do brasileiro e garantiria seu título. Um azar e tanto...

A sua retirada repentina logo após o GP do Brasil foi uma tremenda surpresa para todos, mas logo depois ele explicaria: "Achei que estava me recuperando, mas me senti cansado. Começar na mesma equipe não me motivou. Eu estava cercado pelo mesmo ambiente em que não me sentia confortável. Eu estava olhando para o rosto de (Frank) Williams, para o de (Patrick) Head, e inevitavelmente eu estava vendo Las Vegas (derradeira etapa de 1981). Parar de correr parceia a melhor coisa para mim". Como em algumas de suas atitudes anteriormente na categoria, aquele seu rompante acabaria por dar chance ao seu novo companheiro Keke Rosberg chegar ao título daquele ano por conta da melhor regularidade numa temporada tão complicada e aberta como foi aquela de 1982. Para muitos, caso Reutemann tivesse ficado, ele teria reais chances de chegar ao título. Coisas da vida...

Carlos Reutemann foi um dos mais populares de sua geração. Esteve nas melhores equipes, mas nem sempre no melhor momento dessas ou, então, tendo que travar alguma batalha com o "o dono do pedaço" nestas. Mas as suas qualidades nunca foram postas em dúvida: sempre muito técnico, regular e veloz quando era preciso, ele se destacou numa era onde a Fórmula-1 começava a se transformar passando de uma época romântica para outra mais profissional, técnica, ambiciosa, internacional, algo como um adolescente que acabara de virar adulto e estava pronto para ganhar o mundo. E Reutemann ainda estava em forma no meio desta transformação toda.

Apesar deste título nunca ter chegado, o carinho conquistado pela torcida argentina, que via nele um sucessor de Juan Manuel Fangio, nunca arrefeceu. Talvez aí tenha morado o seu principal titulo, de ter sido respeitado e reconhecido como um dos grandes da Fórmula-1 por todo período que esteve presente. 

Carlos Reutemann faleceu no último dia 7 de julho aos 79 anos, após uma longa batalha contra um câncer no fígado e também de uma hemorragia no estomago. 

quarta-feira, 7 de julho de 2021

Video: Jo Siffert, GP da Áustria 1971

 


O Grande Prêmio da Áustria foi a oitava etapa do mundial de Fórmula-1 de 1971. Esta corrida foi dominada amplamente pelo suíço Jo Siffert que marcou um Grand Chelem – o único de sua carreira na categoria – ao fazer a pole, melhor volta, vencer e liderar todas as 54 voltas da prova austríaca.

A segunda posição ficou para Emerson Fittipaldi e a terceira para Tim Schenken, nesta que a foi a sua única aparição num pódio na Fórmula-1. Essa prova também marcou a estréia de Niki Lauda na categoria, competindo pela March.

Hoje Jo Siffert completaria 85 anos


Foto 987: Jo Schlesser, Daytona 500 1964

 


Jo Schlesser com o seu Ford'64 no final de semana das 500 Milhas de Daytona de 1964. Foi a sua única aparição numa prova da NASCAR. 

Esta edição da Daytona 500 contaria com a estréia do novo motor da Chrysler 426ci Hemi, mas os dirigentes da NASCAR acabaram rejeitando o uso deste ainda nos primeiros treinos por conta grande superioridade aos demais. Dessa forma, as equipes da Chrysler tiveram que guardá-los antes do inicio dos treinos seguintes e qualificação. 

Essa prova teve a vitória ficando para Richard Petty com o seu '64 Plymouth mostrando um grande domínio da prova ao liderar 184 voltas das 200 programadas, colocando um recorde que vigora até hoje. Para ele foi a primeira vitória na tradicional prova, igualando seu pai Lee Petty que venceu a edição de 1959. Richard ainda venceria outras seis vezes. 

Para Jo Schlesser, ele fez uma boa prova e terminou em 13º com oito voltas de atraso para Petty. 

Hoje completa 53 anos da morte de Jo Schlesser durante o GP da França de 1968.

Foto 986: Alessandro Nannini, GP do Brasil 1988

 


Alessandro Nannini com o Benetton B188 Ford durante o final de semana do GP do Brasil de 1988, que abria a temporada da Fórmula-1. Para o piloto italiano, era a sua estréia na Benetton após duas temporadas a serviço da Minardi. 

Mas o final de semana de Nannini não foi dos mais tranquilos: ele teve problemas eletrônicos em seu carro e ficou apenas em 12º, enquanto que seu parceiro de equipe, Thierry Boutsen, ficava em sétimo. 

Na corrida, Alessandro ocupava a sétima posição após uma ótima largada que significava uma boa chance de marcar seus primeiros pontos na Fórmula-1, mas o motor Ford acabou deixando o italiano na mão na volta sete. Ele teria que esperar até a corrida seguinte, em San Marino, para marcar seu primeiro ponto ao terminar em sexto. 

Nannini teve uma boa carreira na equipe italiana ao marcar um total de 65 pontos nas três temporadas em que esteve na Benetton. Ele ainda venceria o controverso GP do Japão de 1989, nesta que foi o seu único triunfo na categoria. 

Infelizmente a carreira de Nannini para a Fórmula-1 foi interrompida num acidente de helicóptero já perto do fim da temporada de 1990, sendo substituído por Roberto Pupo Moreno. Porém, ele ainda teve uma boa carreira no DTM/ ITC competindo pelo esquadrão da Alfa Romeo com o mítico Alfa 155. 

Alessandro Nannini completa 62 anos hoje.

terça-feira, 6 de julho de 2021

Foto 985: Luigi Musso/ Olivier Gendebien, Targa Florio 1958

 

(Foto: Bernard Cahier)

A belíssima foto de Bernard Cahier do Ferrari 250 TR conduzido por Luigi Musso durante o Targa Florio de 1958. Ele dividiu a condução do Ferrari com o belga Olivier Gendebien. 

A Targa Florio retornava ao calendário do Mundial de Carros Sport após três anos de recesso, uma vez que as provas de estrada na Itália continental estavam proibidas - um reflexo do desastre em Le Mans 1955. 

Para esta edição - a 42ª da história - a Ferrari escalou quatro 250 TR para as duplas Mike Hawthorn/ Wolfgang von Trips, Luigi Musso Olivier/ Gendebien, Phil Hill/ Peter Collins e Gino Munaron/ Wolfgang Seidel. Os principais rivais para aquele ano remontavam a Aston Martin, que levou apenas um DBR1 para Stirling Moss/ Tony Brooks, e a Porsche que inscreveu três modelos diferentes: o 356A Carrera para Alfonso Tiele (que não participou), um 550 RS para Giorgio Scarlatti/ Edgar Barth e um 718 RSK que foi dividido entre Jean Behra e Giorgio Scarlatti que faria, assim, uma dupla jornada nos carros alemães.

A prova foi um passeio do Ferrari #106 de Musso/ Gendebien, onde a dupla parecia estar alheio a tudo enquanto que seus companheiros sofriam dos mais diversos problemas: von Trips bateu seu Ferrari e precisou fazer um longo caminho até chegar aos boxes para os reparos; Hill escapou em um dos trechos chegando a cair numa vala, onde perdeu bastante tempo; Munaron/ Seidel abandonaram na penúltima volta. 

Se os outros Ferrari apresentaram ou enfrentaram problemas, Musso fez quatro primeiras voltas num ritmo alucinante até entregar o carro para Gendebien. A grande ameaça a dupla era por conta do Aston Martin conduzido por Moss, que estava no encalço ao realizar, assim como fizera Musso, voltas alucinantes - com direito a cravar a melhor volta na ocasião com a marca de 42 minutos e 17s -, mas o câmbio do DBR1 não aguentou e quebrou na quarta volta. 

A condução de Gendebien foi precisa, por mais que não fosse brilhante como fizera Musso, mas foi o suficiente para deixar o mais longe possível o Porsche de Jean Behra que fazia uma grande prova até ali ocupando o segundo lugar. A boa vantagem construída por Luigi e muito bem administrada por Olivier, dava uma grande tranquilidade para a dupla. 

Mas numa corrida longa como essa, é quase impossível realizá-la sem ter um problema: quando faltava três voltas para o fim, Musso teve um vazamento de fluído de freios o que o fez diminuir bastante o ritmo por conta da falta de freios - chegando perder até quatro minutos em uma volta para Behra. Ele foi aos boxes, fez os reparos e entregou o carro para Gendebien que ainda retornou com três minutos de avanço. Nas voltas restantes, o piloto belga voltou ao ritmo e ampliou de três para cinco minutos a vantagem sobre Behra/ Scarlatti para conquistar uma grande vitória. A terceira posição ficou para a Ferrari de Von Trips/ Hawthorn. 

Hoje completa exatos 63 anos da morte de Luigi Musso, que aconteceu durante o GP da França de 1958 realizado em Reims.

segunda-feira, 5 de julho de 2021

Vídeo: Os 40 anos da primeira vitória de Alain Prost, Dijon 1981

 


O Grande Prêmio da França foi a oitava etapa do mundial de 1981 e foi palco da primeira vitória de Alain Prost na Fórmula-1. Ele largou da terceira posição, mas acabou herdando a liderança após a interrupção da prova por conta das fortes chuvas.

A segunda posição ficou para John Watson (Mclaren) e a terceira para Nelson Piquet (Brabham), que havia feito uma primeira parte de corrida excepcional.

Foi a primeira vitória de uma das carreiras mais bem sucedidas da história da Fórmula-1


domingo, 4 de julho de 2021

GP da Áustria - Território de Max

 




Foi apenas uma extensão do que foi visto na semana passada, quando o circuito austríaco sediou o GP da Estíria. Talvez tenha sido ainda mais contundente do que fora uma semana atrás, com Max Verstappen dominando todas as voltas de ponta a ponta e cravando a melhor volta - isso sem contar a pole position.

Max dominou amplamente e não havia nenhuma chance para os demais nesta tarde no Red Bull Ring, com o holandês abrindo boa vantagem já nas primeiras voltas. E ficando alheio a qualquer ameaça, ele teve apenas o trabalho de fazer uma condução agressiva aproveitando tudo que o carro da Red Bull lhe oferecia. Executou da melhor forma possível para marcar seu primeiro Grand Chelem (pole, melhor volta, todas voltas lideradas e vitória). Uma corrida solitária, mas que de todas as formas mostrou o real estado deste campeonato.

A Mercedes esperava algo para hoje, mas não contavam com um Lando Norris inspirado que segurou Lewis Hamilton por um bom par de voltas e quando o heptacampeão conseguiu assumir o segundo posto, a seu atraso para Max já beirava os dez segundos. Daí em diante a diferença apenas aumentava e as coisas para Lewis, especificamente, só piorou após ele ter uma queda de rendimento que deu a Bottas - com aval da Mercedes - para atacar Lewis que não deu resistência. Valtteri garantiu o segundo posto, enquanto que Hamilton, mesmo parando pela segunda vez, não achou ritmo para conseguir avançar.

Não tem como negar que Lando Norris foi o nome do final de semana desde que passou perto de fazer a pole, perdendo por 48 milésimos para Verstappen. A sua prova frente Hamilton foi excelente, respondendo a qualquer investida que Lewis pudesse fazer até que o Mercedes o ultrapassasse. Mas a sua disputa contra Sergio Perez é que, por muito pouco, não arruinou a sua corrida ao tomar uma punição de cinco segundos após disputar com o mexicano na curva três. A escapada de Sergio na brita foi julgada pelos comissários que entenderam que Lando não deu o devido espaço. Mas isso foi apenas um detalhe, já que ele pagou a punição e continuou em quarto, sempre próximo das Mercedes e acabou contando com o problema de Lewis para subir ao terceiro lugar e garantir mais um pódio. 

Para os demais foi um misto de emoções: Perez tomou duas punições de dez segundos após lances com Charles Leclerc, onde ele também foi julgado por não dar o devido espaço para o piloto d Ferrari que acabou indo para a brita em duas situações. Marko não perdoará...

Carlos Sainz esteve em grande forma, mais uma vez escalando bem o pelotão e chegando em quinto ao superar um combativo Charles Leclerc que também esteve muito bem, mesmo que tenha batido rodas com Perez em duas situações que podia muito bem ter lhe custado muito caro.

Daniel Ricciardo este bem também, sempre disputando fortemente as posições e tendo um fim de semana, ao menos, decente frente aos outros que tivera anteriormente.

Pierre Gasly teve um final de semana ao menos, já que na última semana nem fez a primeira volta completa após abandonar com o eixo traseiro esquerdo arrebentado. Teve boa disputa com Daniel Ricciardo, onde acabou por perder. Mas salvou bons pontos, enquanto que seu companheiro Yuki Tsunoda cometeu dois erros graves e primários ao queimar a linha de entrada dos boxes duas vezes, deixando de lado uma boa chance de marcar pontos.

Fernando Alonso pode ter ficado furioso com o acontecido na qualificação, quando perdeu a chance de fazer uma boa volta e teve que batalhar pelos pontos. Seu duelo com George Russell foi ótimo e as duas gerações deram uma aula de como disputar e dar espaço para os demais, sem comprometer a corrida do adversário. Alonso levou o último ponto da corrida nas voltas finais, tirando de Russell a oportunidade de marcar pontos com a Williams - já que na última semana ele também tinha a chance, mas problemas na sua parada de box tirou essa chance.

A corrida ainda teve o lance final entre Vettel e Raikkonen que se enroscaram após a curva três, com Kimi acertando Sebastião num acidente que podia ter alguma gravidade.

Estes dois GPs foram dominantes para a Red Bull e, claro, para Max Verstappen, que somou o máximo possível de pontos e que sai agora com uma boa vantagem sobre Lewis.

Para Silverstone, onde terá a realização da Sprint Race para a definição do grid, será um palco importante para ver onde que a Mercedes estará já que eles levarão atualizações para tentar, pelo menos, igualar a Red Bull.

A batalha será interessante no velho aeródromo.

Foto 984: Jan Magnussen, Laguna Seca 1996

 


O jovem Jan Magnussen a bordo do Penske Mercedes da Hogan Penske Racing durante a etapa de Laguna Seca, a última etapa do campeonato da CART de 1996.

Magnussen foi escalado pela Penske para substituir Paul Tracy na prova de Mid-Ohio, já que o canadense havia machucado a sexta vértebra em Michigan. O caminho de Magnussen para ocupar o lugar de Tracy naquela prova foi ajudado pela Mercedes, uma vez que o dinamarquês fazia parte do Mercedes-Benz Junior Team - e por coincidência ele havia estreado na Fórmula-1 em 1995 também em substituição a Mika Hakkinen na McLaren. 

Na época Roger Penske comentou sobre a chegada do jovem Jan a equipe: "Desde os incidentes no Marlboro 500, tivemos tempo de nos reunir como uma equipe e formular um plano para seguir em frente. Temos a sorte de ter alguém do calibre de Jan para preencher para os nossos pilotos (Tracy e Emerson Fittipaldi). Jan tem uma vasta experiência em circuitos e estamos ansiosos por trabalhar com ele até ao final da temporada. ".

Jan estreou em Mid-Ohio largando na 18ª posição e terminando na 14ª posição, com duas voltas de atraso para o vitorioso Alex Zanardi, que na época já iniciava a sua caminhada para dominar a categoria pelos próximos anos. 

Em seguida, Magnussen seguiu para a equipe Hogan onde ficou no lugar de Emerson Fittipaldi que iniciava a sua recuperação do terrível acidente de Michigan - que mais tarde selaria de vez a sua aposentadoria da CART. Jan fez uma boa qualificação em Road America ao fazer o décimo tempo, mas a sua prova não duraria muitas curvas ao ficar atolado na brita logo após a largada; em Vancouver fez o 19º no grid, mas abandonou na volta 48 após um principio de incêndio.

O seu melhor resultado na ocasião remonta ao GP de Laguna Seca, onde terminou em oitavo após largar em 16º. 

Magnussen voltaria à CART em 1999 pela Patrick Racing ao fazer sete provas (Detroit, Mid-Ohio, Chicago, Vancouver, Laguna Seca, Houston e Queensland). Seu melhor resultado nestas provas foi apenas em Vancouver ao terminar na sétima colocação. 

Jan Magnussen completa 48 anos hoje. 

Vídeo: René Arnoux Vs Jacques Laffite, Áustria 1981

 


Grande Prêmio da Áustria foi a 11ª etapa do mundial de Fórmula-1 de 1981.

A prova foi vencida por Jacques Laffite a bordo do Ligier JS17 Matra, com René Arnoux em segundo e Nelson Piquet em terceiro.

Mas antes de chegar a esta vitória, que era a quinta de sua carreira, Laffite travou um bom duelo com seu compatriota Arnoux.

René Arnoux completa 73 anos hoje.


sexta-feira, 2 de julho de 2021

Foto 983: Reg Parnell, Swedish Winter GP 1947

 


Um sorridente Reg Parnell ainda em seu ERA Type A após vencer o Swedish Winter GP, realizado no aeroporto militar de Rommehed localizado em Borlänge. A prova aconteceu em 9 de fevereiro de 1947. 

Essa prova contaria com quinze participantes, mas houve um grande problema: o navio que traria alguns destes carros - onze ao todo - ficou encalhado no gelo, o que desfalcou o grid. Apenas quatro carros estiveram presentes para aquela corrida em Rommehed: Reg Parnell com ERA, Gustav Nobelius com um Bugatti 35, Leslie Brooke com um ERA Type B e George Abecassis com ERA Type A. A pista recebeu uma cobertura de areia sobre o gelo e a temperatura da prova estava de 29 graus negativos.

A prova foi realizada com vinte voltas e chegou apenas três carros: foi vencida por Parnell, seguido por Leslie Brooke - que ainda fez a melhor volta - e George Abecassis. Gustav Nobelius abandonou na terceira volta como motor quebrado. 

Com o Swedish Winter GP sendo um grande fisco, o promotor fez uma outra etapa na Suécia com o nome de Grande Prêmio de Estocolmo realizado em 23 de fevereiro, e desta vez com o grid um pouco mais cheio num total de onze participantes - incluindo alguns que ficaram presos no gelo da corrida anterior. A pista estava localizada em Vallentuna e tinha um total de 4,99 km, com a prova sendo feita num total de 25 voltas. 

Assim como havia sido na prova anterior, esta foi vencida por Parnell que usou de uma boa estratégia para conseguir mais aderência em meio ao gelo do circuito: ele usou rodas traseiras duplas para conseguir gerar o máximo possível de grip. Alguns pilotos protestaram, mas em seguida retiraram as reclamações após consultarem o regulamento da prova e não constatarem nenhum empecilho para o tal uso. A segunda posição ficou para George Abecassis (ERA) e Eugène Chaboud (Delahaye). A corrida foi realizada com 15 graus negativos. 

Reg Parnell participou de seis GPs na Fórmula-1 tendo como melhor resultado o terceiro lugar no GP da Grã-Bretanha de 1950, o primeiro GP da história da Fórmula-1. Ele marcaria nove pontos ao todo durante a sua estadia na categoria, onde participou de algumas provas. 

Ele esteve no comando da primeira aparição da Aston Martin na Fórmula-1 e depois comandou a sua própria equipe, a Reg Parnell Racing, que ficaria mais conhecida como Yeoman Credit Racing Team. 

Reg Parnell completaria 120 anos hoje.