sábado, 19 de maio de 2012

Foto 85: Pequenino


Sete exemplares do Iso Isetta foram levados para as Mille Miglia de 1954 e pilotados respectivamente por Cipolla/Brioschi (#2100); Stragliotto/Montorio (#2101); Pastori/Casiraghi (#2102); Maccarini/Salvetti (#2103); Pasqualicchio/Rontani (#2104); Zampini/Piada (#2105); Santilli/Peluso (#2106). Os Iso Isetta correram na Classe Turismo Especial 750 (T750), destinada a carros pequenos como o Citröen 2CV, Renault 4CV e FIAT 500.
Mas o desempenho dos Iso foi pífio: cinco carros completaram a prova e os outros dois, os números #2105 e #2106, abandonaram entre a 11º e 15º hora de corrida. Os demais Iso Isetta terminaram na classificação geral entre a 176º e 179º posições (#2100, #2101, #2102, #2104) e outro Isetta (#2103) na 181º posição. Na classe T750, foram 30º, 31º, 32º, 33º e 35º colocados. O vencedor dessa classe foi o Renault 4CV #2206 de Rédélé/Pons. No geral o vencedor foi Alberto Ascari, com o Lancia D24 #602.  

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A primeira vitória pela Williams


Pastor Maldonado venceu pela primeira vez na F1 a bordo de uma Williams-Renault. Não é nenhuma novidade, mas ele foi o décimo piloto a conquistar seu primeiro triunfo pelo time de Sir Frank Williams. Abaixo fica uma lista daqueles que sentiram o gosto do champanhe no lugar mais alto do pódio pelo time de Groove:

Keke Rosberg – GP da Suíça, 1982: O finlandês voador tinha em seu cartel uma vitória extra-campeonato conquistada em 1978 no Race Of Champions, disputado no encharcado circuito de Silverstone depois de uma batalha com Emerson Fittipaldi. Mas aquela vitória não contava, e então ele possuía apenas alguns segundos lugares como melhor resultado na F1. A sua vitória veio no campeonato onde teve o maior número de vencedores em uma temporada (11), derrubando a Renault de Alain Prost no circuito de Dijon-Prenois, que abrigou o GP da Suíça daquele ano. E ainda foi coroado campeão em Las Vegas.

Nigel Mansell – GP da Europa, 1985: Mansell tinha algumas poles positions assinaladas nas suas cinco temporadas que esteve a serviço da Lotus, mas nunca vencera uma corrida por causa da sua inconstância. A sua vitória veio em Brands Hatch no final de 1985, após superar Ayrton Senna. Enfim, seu talento parece ter florescido de tal forma que repetiu a dose algumas semanas depois ao repetir a façanha em Kyalami.

Thierry Boutsen – GP do Canadá, 1989: Ele sempre foi um dos bons pilotos na chuva, e isso ficou comprovado no chuvoso GP do Canadá de 1989. Em Adelaide, no final daquele ano, repetiu a dose debaixo de um dilúvio e conquistou o seu segundo triunfo no ano e na Williams.

Damon Hill – GP da Hungria, 1993: Uma série de azares impediu o filho de Graham de conquistar a sua primeira vitória mais cedo. Quando não era o motor Renault a falhar, era o pneu que estourara noutra. Mas isso desapareceu em Hungaroring quando ele ganhou de forma tranqüila em 1993. Seus rivais diretos, Prost, Senna e Schumacher, é que tiveram azares naquele dia em Budapeste.

David Coulthard – GP de Portugal, 1995: Ele apareceu de forma esporádica em algumas corridas de 1994 pela própria Williams e foi efetivado para 1995. Surpreendeu com boa velocidade ao marcar sua primeira pole em Buenos Aires, mas foi somente na 13ª etapa, no GP de Portugal, que ele mostrou que tinha aprendido bem ao marcar a pole, vencer e cravar a melhor volta. Naquela altura ele tinha perdido sua vaga na equipe para Jacques Villeneuve para o ano de 1996.

Jacques Villeneuve – GP da Europa, 1996: O filho de Gilles teve uma estréia badaladíssima com pole em Melbourne e um desempenho que quase o levou a vitória. Passou algumas semanas e em Nurburgring, para a disputa do GP da Europa, é que Jacques pôde vencer após agüentar uma perseguição de Michael Schumacher nas últimas voltas. Ele venceu mais outras três e por muito pouco não ganhou o mundial daquele ano.

Heinz Harald-Frentzen – GP de San Marino, 1997: Após duas temporadas pela Sauber, o rival de longa data de Michael Schumacher tinha, enfim, um carro competitivo em mãos e não demorou muito a vencer. Aproveitou-se do abandono de Jacques e ganhou o GP de San Marino com Schumi nos seus calcanhares. Porém esse ótimo desempenho ficou por aí e ele teve uma pole em Mônaco, no mesmo ano, como bom resultado pela Williams.

Ralf Schumacher – GP de San Marino, 2001: No império que seu irmão estava a construir naquela época, Ralf aproveitou-se e tirou uma casquinha ao dominar quase que amplamente aquela corrida. Assumiu a liderança no início da corrida e foi assim até a bandeirada. Venceria mais outras duas corridas naquela temporada, mas tinha a sombra crescente de Montoya em sua vida.

Juan Pablo Montoya – GP da Itália, 2001: O colombiano era bruto na pilotagem e deixou escapar uma vitória certa em Hockenheim ao não poupar o motor quando tinha mais de 10 segundos de vantagem sobre seu parceiro Ralf. Mas não demorou muito para vencer e em Monza conquistou a sua primeira vitória pilotando da forma que mais gosta: de pé cravado no acelerador.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Fórmula-1 em forma de tubarões

Lembram-se bem da idéia de John Barnard no início dos anos 90, quando ele desenhou o Benetton B191 com seu bico em formato de "Tubarão" que logo tomou conta de todos layouts dos F1 no final daquela década. Pois bem, o artista plástico japonês Showichi Kaneda foi além e fez esculturas de tubarões inspirados em carros de F1. 



Todas as peças são feitas em acrilíco. Mais sobre o trabalho de Showichi Kaneda, você encontra no site tokio-galery.com

terça-feira, 15 de maio de 2012

Foto 84: Modernidade

O passado e presente da Ferrari em dois volantes.

Foto 83: A decisão de Brian Redman, Mônaco 1974


Redman em Mônaco, 1974. A sua última corrida terminou antes que completasse a primeira volta
(Foto: Flickr/F1 Prints)
Redman havia assinalado a décima sexta posição no grid para o GP de Mônaco de 1974, a bordo de sua Shadow DN3 #16. Posição ruim, diga-se, uma vez que ultrapassar em Monte Carlo, como a maioria sabe, é quase impossível. Se quisesse algo de concreto naquela tarde de 26 de maio, teria que depender da desistência de outros concorrentes. Mas isso não aconteceu. O enrosco entre Hulme e Beltoise, na subida do Cassino após a largada, deixou pouco espaço e quem veio atrás acabou colidindo também: Pace, Merzario, Brambilla e Redman, também se envolveram naquele acidente fazendo com que todos eles desistissem da corrida.
Brian tinha sido chamado por Alan Rees para substituir Peter Revson, que havia morrido em testes na pista de Kyalami em março. Redman, que já havia feito uma corrida pela mesma Shadow em Watkins Glen em 1973, estava em sua terceira prova por aquela em 74: em Jarama havia sido sétimo e em Nivelles abandonou por problemas. Mas Redman não parecia feliz. Sentia-se mais realizado no mundo do Endurance e nas corridas da F-5000, onde ele reinava quase que absoluto. Na cruel arena da F1, Brian já havia tentado por várias vezes algo: estreou pela Lola no verão de 1967 (no GP da Alemanha), passando por Cooper, De Tomaso, Surtees, McLaren, BRM e Shadow de forma esporádica. Conquistou o seu melhor resultado em 1968, quando foi terceiro em Jarama com a Cooper. Fora isso, os demais resultados não eram tão animadores.
O piloto inglês caminhou até os boxes de Mônaco, chamou Don Nichols (então dono e fundador da Shadow) e pediu para que o liberasse do seu contrato. Nichols, que já conhecia bem Redman das provas de Can-Am e F-5000, liberou-o sem muitos questionamentos. Foi algo de muita coragem e percepção por parte do piloto inglês. Primeiramente não é qualquer piloto que chegaria a um dono de equipe e lhe pediria para ser mandado embora, e segundo o próprio Redman havia chegado à conclusão de que aquele mundo da F1 não era para ele e de que não valia muito à pena continuar tentando mais correr por ali. Foram sete anos de idas e vindas e enfim, Redman pôde seguir seu caminho, indo correr com protótipos e os F-5000. Para o seu lugar, Alan Rees foi buscar o jovem galês que havia vencido a corrida suporte da F-3 em Mônaco naquele fim de semana: Tom Pryce, que tinha estreado na F1 em Nivelles pela equipe Token.
A atitude honesta de Redman, que confesso, deveria ser tomada, sem nenhum tipo de vergonha, por outros pilotos que ficam tentando algo em categorias sem conseguir nenhum sucesso, rendeu à Pryce um lugar na Shadow aonde viria brilhar.
Ainda sobre Brian, ele conquistou naquele ano o título da F-5000 norte americana após um duelo ferrenho com Mario Andretti. Podem acreditar: ele estava mais feliz por lá.

segunda-feira, 14 de maio de 2012

Grande Prêmio da Espanha - Corrida – 5ª Etapa



Maldonado tornou-se o 104º piloto a vencer na F1 e o 11º sul-americano a subir no lugar mais alto do pódio
(Foto: Reuters)


Em que volta Maldonado irá bater? Será que ele agüentará a pressão de Alonso por toda a corrida? E a Williams, não apresentará nenhum problema? As perguntas eram infindáveis, mas de certa forma coerentes. Quem não se lembra de um Maldonado enchendo o muro em Melbourne, na última volta? Ou então do motor Renault, do mesmo Maldonado virando fumaça em Sepang? O bom de tudo isso, é que elas foram dissipadas como poeira no vento e o que pôde ser visto foi um Maldonado pilotando de forma séria e em nenhum momento, cometendo uma das suas atrocidades com o carro, como jogá-lo no muro ou rodar e ficar atolado na caixa de brita. Ao contrário, ele foi formidável numa tarde onde a Fórmula-1 viu um quinto piloto diferente vencer com uma quinta máquina diferente no início de temporada mais equilibrado desde 1983.
Vale dizer que a corrida da Espanha, disputado no sempre modorrento circuito da Catalunha, foi melhor do que podíamos esperar. Sim, tivemos ultrapassagens, duelos, batida, rusgas, xingamentos, punições e uma ardente, no mais literal sentido da palavra, vitória da Williams. Aliás, posso gabar-se de ter estado naquela tarde amena de 24 de outubro de 2004, quando Juan Pablo Montoya cravou a última vitória da Williams na F1. Foi uma vitória conquistada depois de um duelo épico contra Raikkonen nos... boxes, ao fazerem quase todo pit Lane lado a lado. E no pódio, Montoya deu uma garrafada na cabeça de Rubens Barrichello, que completara em terceiro. Foi um baita dia aquele. Mas voltando aos dias de hoje, a vitória de Maldonado veio acompanhado de um duelo particular com Alonso. Mesmo perdendo a primeira posição para o espanhol, Pastor manteve-se perto do Ferrari durante todo período antes e depois do primeiro pit-stop. O pulo do gato foi quando a janela do segundo pit foi aberto e a Williams mandou o venezuelano parar antes que Fernando, e com sem tráfego pela frente, Pastor mandou ver na sua pilotagem tresloucada, andando rápido o suficiente para passar à frente de Alonso quando este saísse do seu pit. Dito e feito. Fernando saiu atrás, com sete segundos de desvantagem para Maldonado. Uma coisa que aprendi naqueles tempos de domínio enjoativo do Schumi, é observar a corrida pelo lado da estratégia. Isso dá uma visão diferente da corrida e, talvez, você não achará ela tão chata quanto parece ser (se bem que tem umas corridinhas safadas que não tem jeito mesmo, de tão ruins que são). Essa diferença postada por Maldonado foi perfeita e mesmo com Alonso descontado-a até chegar à casa dos quatro segundos, foi o suficiente para que o venezuelano, mesmo com uma troca demorada da Williams por causa da porca da roda traseira esquerda que demorou a ser apertada, ficasse na frente de Alonso quando este parasse. E assim aconteceu. As últimas voltas foram de perseguição no melhor estilo gato e rato, com Alonso a ameaçar Maldonado no final da grande reta, mas sem sucesso, pois o Ferrari perdia para a Williams na reta e quando chegava ao ponto de ultrapassagem, não tinha a distância necessária para efetuar a manobra. Por mais que Raikkonen, que estava na liderança provisoriamente naquelas voltas finais, atrasasse Maldonado, Alonso não conseguiu chegar perto o suficiente para conseguir algo. Quando Raikkonen foi para os boxes e voltou em terceiro, com vinte segundos de desvantagem para Maldonado faltando cerca de 16 voltas para o fim, Alonso estava no auge das suas tem tentativas de passar Maldonado. Mas nas últimas sete voltas de prova, os pneus da Ferrari já estavam bem desgastados forçando Fernando a abrandar o ritmo e deixar com que Kimi ficasse apenas 0.6s de atraso e Maldonado ficar mais aliviado para cruzar a linha de chegada e vencer pela primeira vez na F1.
Esta vitória de Maldonado foi a 114º da história da Williams, 65º com motor Renault. Pastor tornou-se o 104º piloto a vencer na F1 e o 11º piloto sul-americano a subir no lugar mais alto do pódio. Os números são apenas para mostrar o quanto que esta vitória foi importante para um time que era dado já com os dias contados após a sua péssima apresentação no ano passado. A conquista de Maldonado em Barcelona foi festejada e muito bem vinda, e nem mesmo o incêndio que destruiu todo box da equipe após a comemoração, tendo ficado alguns feridos nesta, não abalou o espírito desta equipe fundada por Frank Williams há 40 anos. Claro, e esta vitória também é um presente ao seu patrono pelos seus 70 anos de idade completados no dia 16 de abril. Vida longa a Frank e seu time.
Alonso assumindo a primeira colocação após a largada: o espanhol bem que tentou,
mas a Williams pegou a Ferrari na estratégia e aniquilou as chances do time vermelho
em Barcelona. Alonso divide a liderança do mundial com Vettel, somando 53 pontos

(Foto: AFP)

Kimi subiu ao pódio mais uma vez, porém chegou a ter possibilidades de vencer ontem.
Descontou 20s nas últimas 16 voltas e por muito pouco não ganhou a segunda posição de Alonso.

(Foto: AFP)

A batida: Bruno Senna mudou a trajetória e Schumi acertou-o em cheio no final da reta dos boxes. Apesar
da braveza do alemão, que chegou dizer que o brasileiro era um idiota, ele foi punido com a perda de 5 posições no grid para o GP de Mônaco.
E o velho Michael vai pagando seus pecados neste seu retorno à F1, que está na 3ª temporada.
(Foto: Reuters)

Dia difícil: Vettel terminou em sexto, mas teve que recuperar-se por causa de uma punição por ter passado de pé cravado
na zona do acidente entre Senna e Schumacher, que estava com bandeiras amarelas. A Red Bull não foi bem nesta corrida, tendo problemas de aerodinâmica, que ficou evidente nas duas trocas de bico que fizeram nos carros de Sebastian e Webber.
(Foto: AFP)

Massa fez uma das suas costumeiras largadas foguetes, saindo de 16º e virando a primeira volta em 11º. Mas não aguentou o ritmo e despencou, principalmente por ter recebido a mesma punição de Vettel, pelo mesmo motivo.
Chegou apenas em 15º.
(Foto: AFP)
Hamilton fez uma parada a menos que os demais e pôde marcar alguns pontos nesta corrida, que talvez tivesse tudo para ser dele, caso não tivesse sido punido por deixar o carro na pista após o treino que lhe deu a pole.
Saiu em último e conseguiu um belo oitavo lugar.
(Foto: Getty Images/Brasil)

Resultado Final 

Grande Prêmio da Espanha 

Circuito da Catalunha - 66 Voltas - 13/05/2012


1 - Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - 1h39min9s145
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 3s195
3 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) - a 3s884
4 - Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - a 14s799
5 - Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - a 1m14s641
6 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - a 1m17s576
7 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1m27s919
8 - Lewis Hamilton (ING/McLaren-Mercedes) - a 1m25s200
9 - Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) - a 1m28s100
10 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) a 1 volta
11 - Mark Webber (AUS/RBR-Renault) a 1 volta
12 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Ferrari) a 1 volta
13 - Daniel Ricciardo (AUS/STR-Ferrari) a 1 volta
14 - Paul Di Resta (ESC/Force India-Mercedes) a 1 volta
15 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) a 1 volta
16 - Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault) a 1 volta
17 - Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault) a 1 volta
18 - Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth) a 2 voltas
19 - Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth) a 3 voltas


Abandonaram:
Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) na 38ª volta
Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth) na 36ª volta
Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth) na 23ª volta
Bruno Senna (BRA/Williams-Renault) na 13ª volta
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) na 13ª volta

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Foto 82: Nelson Piquet, 20 anos atrás

O carro 27 "enterrado" no muro de Indianápolis: Piquet quase perdeu o pé esquerdo, mas voltou inteiro
para correr a Indy 500 de 1993
Lembro apenas de ter visto a matéria no Jornal Nacional, da Globo: “Nelson Piquet sofre grave acidente em Indianápolis”. Mais ou menos assim que eu lembro. Confesso que naquela época, com nove anos de idade, já tinha certa noção de como as coisas em Indianápolis funcionavam. Uma pancada, independentemente de como fosse, machucava e muito. Tinha visto as provas de 89, 90 e 91 (não por inteiras, diga-se) e sabia que os muros brancos não perdoavam.
Quando vi o acidente só me lembro de ter soltado um palavrão “cara...” e ter sido repreendido no ato pelo meu pai. Não era pra menos. A cacetada tinha sido feia e Piquet havia “moído” as pernas, principalmente o pé esquerdo.
Semanas e mais semanas de cirurgias e tratamentos, e Nelson pôde voltar a andar, ainda com o auxilio de muletas. Ao menos o seu bom humor não sumiu naquela batida. Em uma das várias cirurgias no pé esquerdo, ele chegou a dizer “que ainda poderia ser bailarino” e numa consulta para tirar os pinos ortopédicos ele escondeu o alicate dos médicos, escondendo-o debaixo do sofá. Tiveram uma segunda consulta para efetuar a retirada dos pinos.
Passou um ano e Nelson estava lá, novamente no Indianapolis Motor Speedway, a bordo do Lola-Buick #77 do Team Menard, pelo qual havia se espatifado em 1992.
Classificou-se em 13º, largando da quinta fila. Foi o melhor dos quatro carros que a Menard colocou nas 500 Milhas, ficando na frente de gente que conhecia muito bem aquele território (Gary Bettenhausen 18º; Geoff Brabham 29º; Eddie Cheever 33º).
A aventura de Piquet terminou na 38º volta, quando o motor Buick perdeu o fôlego e cedeu. Mas ao menos o velho Nelson havia realizado sua vontade e mostrado que ainda estava em forma.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...