terça-feira, 10 de junho de 2014

Foto 355: Os últimos

Um dos mais belos carros que já passaram pela mítica pista de Sarthe. O Peugeot 905 EVO 1B LM #1 de Yannick Dalmas, Derek Warwick e Mark Blundell durante uma das inúmeras visitas ao box da edição de 1992 das 24 Horas de Le Mans.
O trio venceu a prova, com o Toyota TS010 #33 (Pierre-Henri Raphanel / Kenny Acheson / Masanori Sekiya) da equipe Tom ficando em segundo e outro Peugeot 905 EVO #2 (Philippe Alliot / Mauro Baldi / Jean-Pierre Jabouille) terminando em terceiro.
Foi a última edição das 24 Horas de Le Mans válida pelo Sportscar World Championship que seria extinto no final daquele ano. Derek Warwick e Yannick Dalmas foram os campeões somando juntos 98 pontos, 34 a mais que a dupla Philippe Alliot e Mauro Baldi que fecharam em segundo. A Peugeot Talbot Sport foi a campeã no geral e a Chamberlain Engineering na FIA Cup. 

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Foto 354: Possibilidade

Como frisou o jornalista John Dagys no seu site Sportscar 365, a Ferrari pode anunciar o seu projeto para um retorno ao Endurance pela classe principal, a LMP1. Essa cogitação já havia sido acenada por Luca de Montezemolo já no ano passado, visando um possível regresso da marca às provas de longa duração até 2016. E no próximo final de semana Fernando Alonso, junto de Allan McNish, dará a largada para as 24 Horas de Le Mans e a presença do espanhol em Sarthe não é tratado como uma coincidência frente a este possível anúncio.
A última vez que a Ferrari teve um protótipo em Sarthe, remonta à 1998 quando Eric Van de Poele, Wayne Taylor e Fermin Velez levaram o SP333 da equipe Doyle Risi Racing a vitória na classe LMP1 (8º no geral), que na época ficava abaixo da classe GT1.
Na foto que abre o post, o SP333 de Didier Theys. Gianpaolo Moretti e Max Papis, que terminaram em terceiro (6º no geral) na classe LMP das 24 Horas de Le Mans de 1997.

GP do Canadá: Montreal não decepciona

Acredito que os pilotos quando entram na pista de Montreal, ficam imbuídos com o espiríto de Gilles Villeneuve. E isso tem sido a cada ano. Quando você imagina que aquela corrida de determinado ano foi espetacular, a primeira coisa que vem à cabeça é "será que veremos outra dessa novamente?". Assim foi com aquelas voltas finais de 2012, com Button atacando de forma impiedosa Vettel e ano passado, com aquelas voltas finais que pareciam mais pareciam uma loteria infidável, era de se imaginar que fatalmente demoraríamos a ver isto novamente por aquelas bandas. Principalmente com este domínio avassalador dos dois Mercedes.
Mas Montreal não apenas carrega o nome de Gilles Villeneuve, mas também o seu espiríto de luta. Impossível você ver um piloto não estar pronto para defender ou atacar uma posição. Até mesmo pilotos mais burocráticos, que optam pela discrição ao invés de uma performance mais acrobática, mandam às favas este estilo conservador e atacam seus oponentes como se fosse a última oportunidade na corrida. Jenson Button é um desses caras e foi assim que ele venceu em 2012 de forma lendária e ontem, quando surgiu num quarto lugar impensável. Montreal tem o dom de transformar estes caras.
E o que falar de Daniel Ricciardo, que estava levando uma sova de Vettel desde o primeiro treino livre e passou toda a corrida apenas "cozinhando o galo", para definir tudo nas últimas cinco voltas? Atacou Perez numa das mais belas ultrapassagens do ano na entrada do S, para depois atacar impiedosamente um indefeso Rosberg que se arrastava com um problemático Mercedes. Foi uma primeira vitória categórica, maiúscula de um cara que até o ano passado era questionado e que para muitos seria presa fácil para Sebastian Vettel. E as coisas tem sido diferente até agora.
Montreal renovou por mais dez anos a sua permanência no calendário da F1. Mas na verdade deveria ser efetivada de vez na categoria.

Sobre a corrida
(Foto: Reuters)
Se havia algo que pudesse confrontar as Mercedes nesse ano, não seria nenhuma equipe ou algum piloto que andasse além do carro. Os problemas mecânicos apareceram de forma brutal nos dois carros. Inicialmente com perda de potência e depois nos freios, exatamete no momento que Rosberg e Hamilton duelavam ferozmente pela primeira posição e logo depois pela segunda posição. O abandono de Lewis foi um breve alívio para Nico, mas a presença constante de Perez, Ricciardo, Vettel e Massa colocou em prova a resistência mental do piloto alemão. Nico aguentou como pôde a pressão Ricciardo até que foi ultrapassado. Para a sorte da Mercedes, Perez segurou bem aquela trio e se não fosse isso, Rosberg nem teria chegado ao pódio.
A Red Bull chegou a sua primeira vitória no ano se aproveitando bem dos problemas com a Mercedes. Mas o mais importante foi a atitude de Ricciardo em resolver a parada nas cinco voltas finais, com uma ultrapassagem memorável sobre Perez e depois caçando Nico para conseguir ultrapassá-lo e chegar a sua primeira vitória na F1. Foi importante aquela manobra sobre o piloto mexicano que mais parecia um tampão para os carros rubro taurinos. Vettel fez uma bela corrida também, mas não esperava que voltasse atrás de seu companheiro após seu último pit stop, o que privou o tetra-campeão de tentar a sua primeira conquista no ano. A parada tem sido dura para ele este ano.
A Williams esteve em grande forma nesta corrida, e confesso que quando Massa disse que poderia desafiar as Mercedes em Montreal, achei de um otimismo exagerado. Mas eles foram bem, muito bem. E foi Felipe quem teve a grande oportunidade de dar um pódio à equipe, e quem sabe, se tivessem ousado mais ou não errado no seu primeiro pit stop, poderiam até ter conquistado a vitória em Montreal. Massa fez uma das melhores corridas de sua carreira nos últimos quatro anos e não fosse o assustador acidente com Perez, poderia muito bem ter discutido o terceiro lugar com Vettel naquela volta final.
Com relação a Ferrari, parece que a cada corrida o carro anda mais para trás. Dessa vez Alonso e Raikkonen lutaram incessantemente contra as Toro Rosso nas posições intermediárias. Tem sido penoso ver Fernando e Kimi lutarem com um carro que tem tido uma queda de performance absurda durante os GPs. A dor de cabeças naqueles lados tende a aumentar ainda mais.
Gostei da Force India neste GP. Seus dois pilotos souberam bem administrar o consumo dos pneus e caso tivessem passado para o Q3 poderiam ter discutido a vitória nesta corrida. E Jenson Button apareceu do nada para surgir em quarto.
A próxima parada será no revitalizado A1Ring, que agora se chama Red Bull Ring. E como todos sabem, é uma pista de alta velocidade e a tendência é que tenhamos uma boa prova por lá também.

sábado, 7 de junho de 2014

Foto 353: Langheck

O belo Porsche 917 LH da J.W. Automotive Engineering durante as 24 Horas de Le Mans de 1971. Derek Bell e Jo Siffert estavam no comando do carro #17 e marcaram a terceira colocação no grid, mas abandonariam por problemas mecânicos.
A vitória foi da outra Porsche com a versão "K" da equipe Martini com Gijs Van Lennep e Helmut Marko ao volante do #22. O pódio foi completado pelo Porsche 917K da J.W com Richard Attwood/ Herbert Müller e pelo Ferrari 512S da NART com Sam Posey e Tony Adamowicz.

GP do Canadá - Classificação - 7ª Etapa

Nico Rosberg, aos poucos, parece estar a dominara Lewis Hamilton pelo menos no que se diz respeito a classificações. Desta vez, sem nenhum tipo de polêmica, Rosberg conseguiu bater seu companheiro pela segunda vez consecutiva na briga pela pole. Claro que as coisas podem reverter à favor de Lewis amanhã, principalmente se ele conseguir partir melhor que Nico, porém o filho de Keke tem conseguido fazer boas largadas e isso pode animar um pouco o GP canadense que está fadado a mais um dominio prateado.
Mas ao menos a batalha pelo resto das posições parece ser o grande atrativo desta corrida. Red Bull, Williams e Ferrari estão bem próximas e, se estiver numa boa jornada, a Mclaren de Button pode entrar na jogada.
Vettel conseguiu, enfim, superar Ricciardo pela segunda vez em classificações este ano e sairá na terceira colocação enquanto que seu companheiro partirá da sexta posição. Mas vale olhar a tabela de tempos para perceber que Sebastian precisou tirar um coelho da cartola para ficar à frente do australiano, uma vez que quando iniciou a sua última tentativa estava quatro décimos atrás e conseguiu ficar 0''041 centésimos de Daniel, que ainda melhorou a sua volta no fim, mas não superando o duo da Williams.
Falando no time de Frank Williams, os seus carros estiveram bem desde o Q3 quando Massa foi o "melhor do resto" ao se posicionar em segundo. Na classificação a possibilidade de ficar na segunda fila com seus dois carros foi bem grande, porém Vettel estragou essa possibilidade no final ao terminar dois milésimos mais veloz que Bottas. Mas o presságio para a corrida de amanhã é positivo, uma vez que seus dois carros estão bem velozes em retas - em contraponto da Red Bull. A chance de pódio para um de seus dois pilotos é bem grande.
A Ferrari pareceu bem nos treinos livres, mas como de costume falhou na classificação e terá Alonso saindo em sétimo e Kimi em décimo. A equipe por inteiro terá que fazer mágica se quiser algo de bom em Montreal. Vergne conseguiu um bom oitavo lugar para a Toro Rosso e Button sairá na nona colocação.

O que esperar da prova?

Nada mais que uma vitória de um dos dois Mercedes. Aliás, a batalha promete ser mais intensa que em Mônaco devido a característica de Montreal em oferecer bons pontos de ultrapassagens e Lewis pilotar impecavelmente naquela pista. E o desejo de vencer Rosberg após aquele acontecimento em Monte Carlo, pode ajudar... Como também pode atrapalhar.
No restante das posições, será aquela briga de foice para quem ficará com as migalhas. Acredito num pódio para a Williams, mas não posso descartar Vettel dessa briga. Mas o alemão terá que se valer da estratégia da Red Bull do que da velocidade de seu carro para superar os carros de Tio Frank. E ficar de olho nos outros carros com motores Mercedes que podem muito escalar o pelotão.

Grid de Largada para o Grande Prêmio do Canadá - Montreal  7ª Etapa

Pos Piloto                Equipe                 Tempo     Dif   
 1. Nico Rosberg          Mercedes             1m14.874s         
 2. Lewis Hamilton        Mercedes             1m14.953s  +0.079s 
 3. Sebastian Vettel      Red Bull-Renault     1m15.548s  +0.674s 
 4. Valtteri Bottas       Williams-Mercedes    1m15.550s  +0.676s 
 5. Felipe Massa          Williams-Mercedes    1m15.578s  +0.704s 
 6. Daniel Ricciardo      Red Bull-Renault     1m15.589s  +0.715s 
 7. Fernando Alonso       Ferrari              1m15.814s  +0.940s 
 8. Jean-Eric Vergne      Toro Rosso-Renault   1m16.162s  +1.288s 
 9. Jenson Button         McLaren-Mercedes     1m16.182s  +1.308s 
10. Kimi Raikkonen        Ferrari              1m16.214s  +1.340s 
11. Nico Hulkenberg       Force India-Mercedes 1m16.300s  +1.246s
12. Kevin Magnussen       McLaren-Mercedes     1m16.310s  +1.256s
13. Sergio Perez          Force India-Mercedes 1m16.472s  +1.418s
14. Romain Grosjean       Lotus-Renault        1m16.687s  +1.633s
15. Daniil Kvyat          Toro Rosso-Renault   1m16.713s  +1.659s
16. Adrian Sutil          Sauber-Ferrari       1m17.314s  +2.260s
17. Pastor Maldonado      Lotus-Renault        1m18.328s  +2.578s
18. Max Chilton           Marussia-Ferrari     1m18.348s  +2.598s
19. Jules Bianchi         Marussia-Ferrari     1m18.359s  +2.609s
20. Kamui Kobayashi       Caterham-Renault     1m19.278s  +3.528s
21. Marcus Ericsson       Caterham-Renault     1m19.820s  +4.070s
22. Esteban Gutierrez     Sauber-Ferrari       no time

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Foto 352: Fogo

Um pequeno contratempo para a Ferrari. Willy Mairesse, que dividia o volante da Ferrari 250P #23 com John Surtees durante as 24 Horas de Le Mans de 1963, teve um princípio de incêndio que obrigou a sua retirada quando liderava a prova em Sarthe.
A vitória ainda ficou para a Ferrari, com Lorenzo Bandini / Ludovico Scarfiotti a comandar o #21 da equipe oficial. A fábrica italiana ocupou as seis primeiras posições, sendo duas para a equipe oficial (1º e 2º) e o restante para as equipes particulares.

Vídeo: Bem vindo, Porsche!

É como se você pegasse o seu carro e fosse à casa de seu conhecido de longa data e que agora estava de volta, após um longo período fora de combate.
Assim foi a homenagem da Audi para com a Porsche, que volta à Le Mans pela classe principal após 15 anos.
Ficou demais!

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...