segunda-feira, 2 de fevereiro de 2015

Foto 476: As equipes da Goodyear em 1989

Belo pôster este feito pela Goodyear, mostrando as equipes que iriam utilizar a sua borracha durante a temporada de 1989.
Vale um quadro isso.

F1 Pré-Temporada: Jerez, Dia 2

E pelo segundo dia consecutivo, Sebastian Vettel foi quem ditou o ritmo nos testes em Jerez ao cravar a marca de 1'20''984 sendo quase dois segundos melhor que a marca que alcançara ontem. Mas desta vez o alemão dominou o dia todo, diferente de ontem quando assumiu a dianteira da tabela na parte da tarde desbancando Nico Rosberg.
Repetindo o domingo vimos uma Sauber veloz, agora nas mãos de Felipe Nasr que cravou o segundo tempo obtido na parte da tarde quando utilizava os macios. Valtteri Bottas ficou em terceiro, seguido por Lewis Hamilton. Aliás, a tônica neste momento para a Mercedes, bem diferente do que foi em 2014 neste altura, é acumular quilometragem. Os dois pilotos já somaram nestes dois dias 258 voltas, algo em torno de três GPs e apenas um problema de vazamento de água - hoje - é que foi o contratempo do time até aqui.
A Red Bull teve como piloto hoje Daniil Kvyat, mas o jovem russo pouco pôde fazer já que a asa dianteira estava danificada e mesmo assim ele foi para pista e completou 18 voltas. Isso sem contar que o carro foi montado de última hora.
Na Mclaren o calvário é praticamente idêntico ao da Red Bull ano passado e Jenson Button, à exemplo de Alonso, deu apenas seis voltas no circuito e recolheu o carro com problemas no motor Honda. Até acertar essa unidade, os dias da Mclaren tenderão a ser assim.
A Lotus conseguiu montar o seu E23 Hybrid e levou-o à pista com Maldonado, que teve um problema e ficou parado na pista, ocasionando a única bandeira vermelha do dia. Voltou mais tarde e completou 41 voltas, com a melhor marca ficando em 1'25''802.
Sebastian Vettel:  "Nós conseguimos completar muitas voltas hoje. De modo geral, podemos dizer que estamos felizes. Espero que amanhã e depois Kimi encontre a mesma confiabilidade que eu tive até agora. Falando sobre a sensação dentro do carro, posso dizer que estou contente, temos uma boa plataforma para começar a trabalhar.É uma série de mudanças para mim, mas tudo para melhor. As pessoas aqui tornam as coisas mais fáceis para mim, me dão tudo que preciso, e isso é sempre bom.Geralmente, nós optamos por uma estratégia diferente da usada pela Mercedes. Eles estão focados em fazer trechos longos e extremos, às vezes. Hoje eles não fizeram tantas voltas como ontem, mas ainda assim são os favoritos.De onde viemos, nós estamos em mudança ainda, muitas coisas novas e coisas que estamos ainda aprendendo. A este respeito, a coisa mais importante é se manter na pista e entender os dados.Vamos agora focar no simulador de corrida, para tentar maximizar as melhorias, compreendê-las e analisá-las. A equipe toda ficará bastante ocupada"
Felipe Nasr: "Foi um dia ótimo. Eu pude completar muitas voltas e fiquei feliz com tudo que vi. Já estou me acostumando com os sistemas, os procedimentos e as características do carro. É definitivamente um grande começo para entender onde estamos.Foi importante me ambientar, mas depois de um dia longo, tanto no seco quanto no molhado, eu consegui me adaptar a todas as situações. Agora vamos trabalhar nos detalhes."

Valtteri Bottas: "Foi de novo um bom dia, de zero problema e a sensação com relação ao carro é muito boa.Fizemos alguns testes aerodinâmicos pela manhã, porque estava muito mais frio e a pista não estava boa o suficiente para nenhum outro tipo de testes. Nós fizemos todos os testes aerodinâmicos que perdemos ontem hoje pela manhã, então conseguimos aprender mais e mais.Estamos progredindo, mas ainda temos um longo caminho pela frente. Eu estou realmente otimista porque o carro tem uma boa base.Não fomos porque tínhamos uma programação com os testes, e isso não se adequava com piso molhado. Na parte tarde, antes da chuva, completamos o nosso programa e avaliamos os diferentes acertos. A chuva veio atrapalhou, mas é a mesma coisa para todo mundo."

Lewis Hamilton: “É bom ver em apenas dois dias quanta quilometragem nós já temos. Foi um excelente começo, mas vamos continuar trabalhando duro para sermos ainda mais confiáveis.O W06 é a mesma coisa que o W05. Um pouquinho mais de downforce, mas, de resto, é exatamente a mesma coisa.Não vou dizer que foi um dia divertido. Nunca é. Essa época não é exatamente a que o piloto mais gosta. O piloto gosta de correr. Mas sabemos bem que isso aqui é vital e é assim que vamos nos preparar para a temporada.No mais, foi um dia satisfatório, deu para sentir quase tudo do que vamos trazer no carro. O balanço poderia ser um pouco melhor, mas essa parte nós só vamos trabalhar mais tarde. A prioridade segue sendo fazer quilometragem. Continuar acumulando volta atrás de volta”

Max Verstappen: "Na parte da manhã, nós tivemos algumas dificuldades em aquecer os freios, mas conseguimos resolver isso rapidamente. Depois disso, conseguimos um imprimir um ritmo forte, e isso me ajudou a compreender o carro. À tarde, choveu um pouco, mas foi útil para experimentar os pneus intermediários. É bom finalmente começar a trabalhar e estou feliz com esse meu primeiro dia de testes aqui em Jerez."

Pastor Maldonado: "Foi fantástico estar atrás do volante na primeira volta de um novo carro. Mesmo que ainda seja o primeiro dia, nós conseguimos muitas coisas hoje. Foi emocionante sentir o potencial do carro e não vejo a hora de voltar para a pista amanhã."
 Nós paramos as atividades mais cedo, mas começou a chover, então todos também voltaram aos boxes, quer dizer, não há um grande drama. De qualquer forma, o carro parece fantástico e sei temos enorme potencial para esta temporada."

Jenson Button: "Nós já esperávamos que os testes fossem ser complicados. Nós próximos dois dias provavelmente tudo não vai sair de vento em popa. As pessoas têm memória curta, mas no primeiro teste de 2014 também foi difícil para todo mundo. Então, não há agora grandes preocupações. Nós apenas esperamos resolver todos os nossos problemas.
 E posso dizer que, no fim do dia, me pareceu que conseguimos solucionar algumas falhas. Por isso, acho que amanhã será um pouco mais fácil. Seria bom também conseguir obter mais voltas com o motor e começar a conhecê-lo, para iniciar todo o processo de avaliação e desenvolvimento do carro.
 Esta é uma unidade de potência muito complicada, mas o pacote todo é inacreditável e não tivemos qualquer problema de temperatura. Isso é bastante positivo para nós. E representa um grande trabalho da Honda. Há uma atmosfera muito positiva na equipe. Aqui não é só a McLaren ou só a Honda, aqui é McLaren-Honda. Todos unidos."

Daniil Kvyat: “Eu tive de ser bem cuidadoso. Claro que tinham alguns pontos da pista em que eu não podia acelerar da maneira como eu gostaria. Nós não pudemos testar tudo, então foi bom, mas não tão bom quanto se tivéssemos a asa, claro.Pudemos ver que o motor funcionou bem, por exemplo. Mas ainda há algumas coisas que nós precisamos testar nos próximos dias.Não foi a coisa ideal, mas acidentes acontecem”

 Os resultados deste segundo dia em Jerez

PosPilotoCarroTempoDifVol
1Sebastian VettelFerrari1m20.984s-89
2Felipe NasrSauber/Ferrari1m21.867s0.883s88
3Valtteri BottasWilliams/Mercedes1m22.319s1.335s61
4Lewis HamiltonMercedes1m22.490s1.506s91
5Max VerstappenToro Rosso/Renault1m24.167s3.183s73
6Pastor MaldonadoLotus/Mercedes1m25.802s4.818s41
7Jenson ButtonMcLaren/Honda1m54.655s33.671s6
8Daniil KvyatRed Bull/Renault--18

F1 Pré-Temporada: Jerez, Dia 1

Sebastian Vettel: "Nós tivemos alguns problemas com a telemetria, mas no geral acho que podemos sair hoje daqui felizes. A primeira impressão foi muito boa.
O que vi de Maranello até agora é realmente impressionante. Há muito que fazer ainda, mas a motivação é grande. É claro que não andamos tudo hoje, mas com o que fizemos já é um bom ponto de partida. Também é muito cedo para dizer mais que isso.
A referência continua sendo a Mercedes e seria uma surpresa se eles não estiverem tão fortes quanto no ano passado.”

Marcus Ericsson: “Foi um dia muito bom. Primeiro de tudo, sempre é bom voltar depois da pausa do inverno. Acho que temos bons motivos para estarmos felizes. Pudemos completar muitas voltas e experimentamos bastantes coisas diferentes no acerto, fazendo todas as instalações necessárias. Não houve grandes problemas no carro, o que era o principal. No geral, o dia foi bom e estou ansioso para o resto da semana. Espero que a gente continue assim.Em comparação ao ano passado, podemos ver uma grande evolução”

Nico Rosberg: “Foi um grande começo dos testes de inverno. No começo, tudo se concentra na confiabilidade, e conseguimos rodar muita quilometragem. Os caras nas fábricas construíram um carro completamente novo e fizeram um trabalho fantástico. Eu pude completar longas sequências de voltas no primeiro dia, e isso é incrível.Nossa equipe é ótima e me deixa muito feliz. E como piloto, você sempre quer saber o quanto rápido você está em relação aos demais – mas nós vamos ter de esperar até a classificação em Melbourne. É lá que vale. Os próximos dias vão servir para garantir que conhecemos o carro do avesso, mas começamos muito bem nisso.O objetivo era fazer quilometragem. Estou com dor aqui e ali, o pescoço dói. Voltas demais para o primeiro dia. Mas foi o primeiro dia, deste ponto de vista foi muito bom acumular toda essa quilometragem. É preciso descobrir se há algo errado”

Daniel Ricciardo: “Foi um começo bem positivo para o time. Não foram muitas voltas, mas a primeira impressão do carro foi boa, vamos ver nos próximos dias como vai ser. Já consigo ver uma evolução. Não entrarei em detalhes, mas garanto que já vejo. Sobre o número de voltas: não foram muitas, mas, com certeza, mais que ano passado! No geral, tudo estava como esperávamos. Claro que tivemos alguns problemas, mas dá para dizer que foi um bom dia com sinais de evolução.”

Valtteri Bottas:  "O dia começou um pouco lento, mas acabou de forma muito boa. Após um revés inicial, não tivemos qualquer problema com o FW37, o que é realmente impressionante para o primeiro dia com o carro novo. Nós começamos andando em stints mais curtos e depois, à tarde, o ritmo foi maior. E isso é muito significativo.
O carro estava consistente, por isso realmente é um bom começo de semana e estamos satisfeitos, pois representa também que é um passo à frente. Há uma série de pontos fortes neste carro e nós fizemos progressos importantes em apenas um dia, então estou satisfeito."

Carlos Sainz Jr.: “Temos muitas coisas positivas para tirar deste nosso primeiro contato com o STR10, mesmo com poucas voltas concluídas. Trabalhamos corretamente como um time e isso nos forneceu muita informação para usarmos amanhã, quando Max vai para a pista. Senti que estava bem no carro e vejo que evoluí volta após volta."

Fernando Alonso: “Foi dentro do esperado. Vimos no ano passado como é difícil completar muitas voltas com esses motores, especialmente nos primeiros dias. Precisamos de tempo.O carro é agressivo e inovador. Vamos aos poucos descobrir mais sobre ele. Claro que o que andamos hoje não é o bastante, mas estamos empolgados. Confio no projeto e temos muito a fazer”

Os resultados deste primeiro dia em Jerez

Pos
Piloto
Carro
Tempo
Dif
Vol
1
Sebastian Vettel
Ferrari
1m22.620s
-
60
2
Marcus Ericsson
Sauber/Ferrari
1m22.777s
0.157s
73
3
Nico Rosberg
Mercedes
1m23.106s
0.486s
157
4
Daniel Ricciardo
Red Bull/Renault
1m23.338s
0.718s
35
5
Valtteri Bottas
Williams/Mercedes
1m23.906s
1.286s
73
6
Carlos Sainz Jr.
Toro Rosso/Renault
1m25.327s
2.707s
46
7
Fernando Alonso
McLaren/Honda
1m40.738s
18.118s
6

domingo, 1 de fevereiro de 2015

Vídeo: O Nissan GT-R LM Nismo

Enfim a grande jóia da Nissan foi revelada: eis o teaser do Nissan GT-R LM Nismo que competirá este ano no Mundial de Endurance, medindo forças contra Toyota, Porsche e Audi.

E junto, um vídeo do primeiro piloto confirmado pela fábrica: Marc Gené.

quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Foto 475: O último dos dianteiros


Com a aparição avassaladora dos motores traseiros no fim da primeira metade dos anos 60, pouco se viu de carros dotados de motor dianteiro no final daquela década. Os Rodsters, que haviam dominado as competições na terra dos ianques dos anos 1950 até metade dos 1960, tinham sido aniquilados por aqueles carros pequeninos e elegantes, mas alguns entusiastas ainda mantinham viva a chama por estes carros de motor dianteiro. Jim Hurtubise, um dos ótimos pilotos americanos das décadas de 50 e 60, foi o último a classificar um carro deste tipo para a Indy 500 de 1968, depois de ter falhado em 1967. Mesmo assim, continuou a tentativa de alinhar estes carros durante boa parte dos anos 1970 com variações do seu Herk Mallard (ele mesmo que havia construído), cujo carro ele alinhou pela primeira vez em 1964.

Com a aparência de um dragster, devido a enorme distância entre-eixos, o Herk Mallard dotava do poderoso motor Offenhauser e desde a sua criação em 1964 até a sua ultima aparição em Indianápolis - em 1981- sofreu inúmeras mudanças no chassi, desde o formato em cunha na frente até a adoção de asas dianteiras e traseiras. Jim Hurtubise sempre esteve à frente deste carro e conseguiu qualificá-lo para a primeira 500 Milhas de Pocono de 1971 na 33ª posição e terminando em trigésimo. Assim como na Indy de 1968, foi a última vez que um Roadster fez parte de um grid para uma corrida da Indy.

Hurtubise continuou a tentar classificá-lo para a Indy 500 até 1971, sem obter nenhum sucesso. Em 1972, quando conseguiu o 13º lugar com um Coyote Ford, levou o Herk Mallard para a linha de classificação e quando chegou a sua vez o horário limite para tal havia expirado (18:00 horas), mas em seguida ele abriu a carenagem do motor para mostrar a todos que não havia nenhum propulsor ali, mas cinco caixas cheias de cerveja Miller que o patrocinava e que foram distribuídas para os teams que ali estavam. Na corrida, ele abandonou na volta 94.

Além de 1972, ele tentou outras qualificações para a Indy 500 entre os anos de 1973 à 1975 com carros de motor traseiro, mas conseguiu um lugar no grid em 1974 quando obteve a 28ª posição com um Mclaren Offenhauser. Na corrida ele acabaria abandonando na volta 31 com problemas no motor. 

Apesar dessa curta aventura com carros de motor traseiro, Hurtubise não havia desistido de colocar o seu Mallard no grid da famosa prova. Tentativas frustradas em 1976 e 1977 não o desencorajaram e em 1978 ele teria uma situação bem constrangedora - para ele e o público. 

A situação se deu no Bump Day de 21 de maio quando ele e demais pilotos tentavam as últimas vagas no grid. Jim foi impedido de fazer a sua tentativa pela USAC que alegava dele não ter atingido a marca minima de 180 Mph (290 Km/h) que foi estabelecida pela entidade para que o piloto pudesse tentar ingressar nas qualificações. Apesar de alguns indicarem que Hurtubise teria conseguido essa marca - atingindo 184 Mph (296 Km/h), mas foi rechaçada pela USAC que aferiu a marca de 175 Mph (282 Km/h) e desse modo tirando dele a oportunidade de entrar na disputa. Isso despertou a ira do piloto do Mallard #56, que passou a indicar que aquela situação era um complô entre USAC, Goodyear e IMS para que ele não fosse à pista tentar o seu sonhado lugar no grid com um carro de motor dianteiro após tantos anos. Após uma discussão com Tom Binford - que era o Comissário Chefe da Indy 500 e também estava à frente da USAC, cargo que ele ficou até 1995, e ele tentaria a presidência da FISA naquele ano, perdendo a votação para Jean Marie Balestre - Jim partiu para uma pequena rebelião ao subir no Eagle Offy de Bob Harkley que estava para fazer sua tentativa. Harkley conseguiu entrar em seu carro e ligá-lo, mas Hurtubise ficou em frente do Eagle e saiu de lá apenas quando alguns seguranças o tiraram de lá. 

Quando as coisas pareciam controladas, já com Bob Harkley tentando a sua qualificação, Jim Hurtubise reapareceu para continuar o seu protesto, agora com o agravante de tentar entrar na pista e atrapalhar as voltas de Bob. Ele foi contido por John Martin - que também estava na luta para tentar uma vaga - e alguns policiais. Essa atitude de Jim Hurtubise o fez ficar de fora de algumas provas como suspensão e automaticamente, o deixou em más lençóis com o público que o sempre apoiou em suas tentativas com o Mallard. 

Sua última tentativa foi para a edição de 1981, quando o motor do Mallard pifou em sua tentativa.
 
Jim Hurtubise morreu em 1989 aos 56 anos - coincidentemente o número que ele usava em seus carros - após uma parada cardíaca.


O Herk Mallard Offenhauser com Jim Hurtubise na última corrida de um Roadster numa prova de 500 Milhas, em Pocono 1971



segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Foto 474: A maior festa de Interlagos

Fico imaginando tamanha festa que foi aquele ensolarado e caloroso 26 de Janeiro de 1975, quando ocorreu a segunda etapa do Mundial de F1 em Interlagos. Se inicialmente a vitória parecia caminhar para as mãos de Jean Pierre Jarier com a sua Shadow, que estava num passo incrivelmente espetacular, igualmente a de dias atrás em Buenos Aires, a cena voltou-se a repetir com o carro negro estacionando lentamente na curva do Sol com uma avaria no motor e deixando o azarado Jarier, mais uma vez, com o gosto de quase vitória na boca.
Foi a deixa para que Interlagos presenciasse uma das maiores festas que o automobilismo já teve, com a vitória de um cara que era querido por muitos e que certamente sabiam que aquela conquista viria com o passar do tempo, devidamente por sua velocidade pura e habilidade. Mas, como costumam dizer, os deuses do autombilismo deu uma ajudinha para que fosse exatamente naquele território que ele tão bem conhecia. José Carlos Pace administrou bem a vantagem para Emerson Fittipaldi, dosando a velocidade nas últimas voltas para que não tivesse a surpresa de uma quebra ou até mesmo de um erro. Venceu com um pouco mais de cinco segundos para Fittipaldi, formando assim a primeira dobradinha de pilotos brasileiros na F1 numa corrida, e exatamente no solo onde foram formados. Pace, ao chegar nos boxes, não foi retirado do carro, mas sim "arrancado" de lá pela multidão que estava presente na área dos boxes e foi carregado nos braços por eles. E no pódio, mesmo desgastado fisicamente devido o forte calor, Pace ainda teve fôlego para festeja aquela merecida conquista. Uma cena histórica e devidamente registrada em fotos.
Passados quarenta anos fico com a impressão de que foi a maior festa que Interlagos teve. Sim, as vitórias de Ayrton Senna foram emocionantes, conseguidas à fórceps, mas aquela de Pace era muito mais saborosa, ainda mais por ser a primeira da sua carreira e na frente do seu povo, na sua casa.
E esse sentimento é reforçado quando dois anos após esse grande dia, Pace desapareceu num acidente de avião na Serra da Cantareira, numa altura em que a sua carreira parecia florescer para grandes conquistas na F1.   

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

Vídeo: Footwork em Snetterton, 1992

Ainda numa época em que as equipes podiam testar à vontade e até mesmo em locais pouco usuais para a F1, a Footwork Arrows levou seus dois FA13 para a (ótima) pista de Snetterton para testes e aproveitou para fazer uma bela filmagem, ao instalar várias câmeras no carro de Aguri Suzuki.
O mais interessante são os posicionamentos destas, que anos mais tarde, em vídeo games mais avançados, mostrariam exatamente - ou quase todas - as visões que temos nos jogos atuais.
Michele Alboreto também esteve nos testes, como podem ver nas filmagens.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...