sábado, 28 de março de 2015

Crash: Jan Mardenborough, Nurburgring 2015

E as coisas não começaram nada bem na abertura do VLN em Nurburgring. Jan Mardenborough, piloto oficial da Nissan no WEC e que estava à serviço da mesma nessa prova, sofreu grave acidente após seu GT-R Nismo decolar após a passagem do trecho da Flugplatz, onde normalmente ocorrem os saltos dos carros.
A início, suspeitava-se que espectadores tinham sido atingidos por destroços do carro porém, mais tarde, veio a confirmação de um espectador morto e outros feridos que foram levados ao hospital.
Jan não sofreu nada e a corrida, que foi interrompida logo após o acidente, não foi reiniciada.


sexta-feira, 27 de março de 2015

GP da Malásia - Treino Livre - 2ª Etapa

Lewis Hamilton: "Primeiramente foi um grande trabalho feito pelo meu pessoal conseguir reconstruir o carro e recolocar o motor, o câmbio e tudo mais, e permitir que eu saísse. Estou grato por isso. Particularmente aqui, que é tão quente, é difícil para os pneus e tudo mais. Foi realmente importante sair e dar algumas voltas.
Felizmente eu consegui dar algumas voltas numa sequência mais longa ao final, mas em termos de ajuste, não fiz mudanças, então só guiei com o que eu tinha. É um pouco distante do que eu provavelmente preciso.
Sei que minha volta não foi espetacular. Como eu disse, acho que posso melhorar em algumas coisas, como equilíbrio e ajustes. Foram todos meio que trazidos da última corrida. Estou certo de que vamos mudar e melhorar um pouco.”

Kimi Raikkonen: "Hoje, nós fizemos tudo que estava planejado. Durante a manhã, a sensação no carro era melhor. Já à tarde, foi mais complicado, tivemos alguns problemas de dirigibilidade e também com o vento e o calor. Mesmo assim, os tempos de volta não foram ruins.
Infelizmente, quando nós saímos com os pneus médios, houve a bandeira vermelha. O carro ainda não está perfeito, mas tenho certeza de que vamos melhorar ainda mais amanhã. Ainda temos muito trabalho para fazer com relação ao acerto. Vamos dar o nosso melhor e ver como nos saímos na classificação"

Nico Rosberg: "Temos pneus diferentes neste ano e supostamente eles sofrem um pouco menos que os do ano passado, mas não parece assim neste momento. De novo, tivemos temperaturas recordes aqui. Estava mais de 60ºC no asfalto, e você pode imaginar que nós estamos realmente sentados no chão e dá para sentir o asfalto através do chassi. Então os 60ºC vêm direto para o cockpit.
Está extremamente quente no carro, quente demais, e não é uma boa sensação.
Tivemos problemas de confiabilidade hoje com o carro do Lewis, mas nenhum no meu até agora. Não é o ideal, com certeza. Eles vão ter que encontrar uma solução durante a noite, mas eu estou confiante. Estou bem e o ritmo é bom. Parece que a Ferrari está bem perto outra vez, então precisamos ficar de olho neles."

Daniil Kvyat: "Creio que foi uma boa sexta-feira. Ainda estamos procurando algumas melhoras durante hoje à noite porque sempre há espaço para crescer. Está parecendo bom para nós aqui. Devemos seguir trabalhando, há potencial.
As voltas foram boas da minha parte. É uma pena não conseguir dar voltas o bastante no final. Ainda assim, podemos analisar tudo e creio que está bem.
Tivemos poucos pequenos problemas, um no final com o motor, mas eu não acho que seja algo grande no momento, então tudo parece bom para nós aqui.
Eu acredito que temos um time forte. A Renault também está avançando. Reagimos, não passamos do limite, reagimos e estamos indo na direção certa. Há muito trabalho pela frente em muitas áreas, mas os passos certos estão sendo dados e é encorajador. Estamos desenvolvendo bem por hoje, e acho que o momento agora é melhor que o de Melbourne"

Valtteri Bottas: "Parece que eles (Ferrari) estão mais fortes do que esperávamos aqui. Sabemos que podemos melhorar amanhã, ainda precisamos trabalhar no equilíbrio do carro e andar com o tanque mais vazio. Agora se isso será suficiente, eu não sei"

Felipe Massa: "Tem sido um dia difícil. Os pneus sofreram muito, as condições de degradação são altas, mas é o mesmo para todos.
A meta é diminuir a distância para quem está na frente. Há tempo para isso, mas vamos estudar as informações cuidadosamente para termos certeza de que podemos tirar o melhor do carro"




Resultado geral na soma dos dois treinos livres em Sepang:

1: Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1min39s790 
2: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min40s124 
3: Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - 1min40s163 
4: Daniil Kvyat (RUS/Red Bull) - 1min40s346 
5: Valtteri Bottas (FIN/Williams) - 1min40s450 
6: Felipe Massa (BRA/Williams) - 1min40s560 
7: Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - 1min40s652 
8: Max Verstappen (HOL/Toro Rosso) - 1min41s220 
9: Marcus Ericsson (SUE/Sauber) - 1min41s261 
10: Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1min41s453 
11: Carlos Sainz Jr. (ESP/Toro Rosso) - 1min41s596 
12 :Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull) - 1min41s787 
13: Pastor Maldonado (VEN/Lotus) - 1min41s877 
14: Felipe Nasr (BRA/Sauber) - 1min41s988 
15: Sergio Pérez (MEX/Force India) - 1min42s242 
16: Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - 1min42s330 
17: Fernando Alonso (ESP/McLaren) - 1min42s506 
18: Jenson Button (ING/McLaren) - 1min42s637 
19: Rafaelle Marciello (ITA/Sauber) - 1min42s993 
20: Will Stevens (ING/Manor Marussia) - 1min45s704 
21: Roberto Merhi (ESP/Manor Marussia) - 1min47s229

domingo, 22 de março de 2015

Foto 494: Agora só falta mais uma

Interessante observar a carreira de Christian Fittipaldi fora dos monopostos. Os números são ótimos, se compararmos com pilotos de sua geração que optaram por outros caminhos – que foi o seu caso – principalmente no endurance.
Christian venceu em 1993 às 24 Horas de Spa-Francorchamps a bordo de Porsche 911 RSR, carro que dividiu com o alemão Uwe Alzen e com o velho de guerra Jean Pierre Jarier. Em 1994, nas Mil Milhas, conquistou uma vitória pra lá de especial ao dividir o volante de um Porsche 911 NSR com seu pai Wilson.
Após um período onde concentrou forças na F1 e Indycar, aventurou-se na NASCAR e Stock Car para depois seguir caminho no endurance, onde passou a obter resultados que o revelaram como um dos melhores pilotos de longa duração do mundo. A dupla conquista em Daytona (2004-2014), é um exemplo claro da sua habilidade neste tipo de competição onde, ao lado do português João Barbosa, tem formado uma dupla fortíssima no certame do TUSC (Tudor SportsCar). No ano passado veio o título nesta categoria, a serviço da Action Express, onde conquistou, também, uma vitória inédita nas 6 Horas de Watkins Glen.
A vitória de Christian Fittipaldi nas 12 Horas de Sebring, junto de João Barbosa e Sébastian Boudais, é mais um triunfo para a história do automobilismo brasileiro e também para o clã Fittipaldi, tão conhecido de todos pelas conquistas pioneiras de Emerson na Europa e EUA. E para seu sobrinho Christian, é mais um para o seu cartel de grandes conquistas no endurance.
Após essa grande marca alcançada, falta apenas as 24 Horas de Le Mans, que é um nível acima, para fechar a marcas de grandes conquistas em provas de longa duração. Afinal de contas, para você vencê-la, terá que estar a serviço de uma das grandes equipes de fábricas. Neste caso abrem-se, mais uma vez, as chances de Lucas Di Grassi tentar alcançar este feito histórico em junho com a Audi.
E ele está num lugar onde as pessoas entendem muito - e mais um pouco - sobre a arte de vencer em Sarthe.

sábado, 21 de março de 2015

Foto 493: Senna, 55

Até entendo o fato de algumas pessoas não gostarem ou até mesmo ficarem incomodadas por tamanho culto que existe em torno de Ayrton Senna, mas creio que as homenagens - sendo feitas de modo simples sem muito blá, blá, blá, deixando de lado daquela velha rixa de quem foi o melhor de todos os tempos ou até mesmo dos feitos que este teve no automobilismo, que são elevados à níveis estratosféricos que colocam a sua imagem como a forma de um deus - são sempre bem vindas.
Como escrevi num texto de 2014, apenas quero lembrar da sua pilotagem. E isso já basta!

terça-feira, 17 de março de 2015

Foto 492: Eau Rouge, 1985

A imponência e perigo da velha Eau Rouge durante o final de semana do GP da Bélgica de 1985, ainda ladeada pelos guard-rails.
Uma pancada, durante uma largada, seria um desastre de proporções dramáticas.
Mais um belo trabalho de Dale Kistemaker. 

Foto 491: Agora só em Le Mans

O imponente GT-R LM Nismo LMP1: agora só em Sarthe
Todo aquele furor em torno da volta da Nissan à classe principal do endurance, recebeu uma bom balde d'água gelada na esperança dos fãs e entusiastas de verem o GT-R LM Nismo LMP1 em ação contra Toyota, Porsche e Audi: devido aos problemas de performance e do carro não ter passado pelo crash test da FIA, a cúpula da equipe resolveu retirar o carro das duas próximas corridas - 6 Horas de Silverstone (12/4) e 6 Horas de Spa (2/5) - para tentar resolver os problemas e se preparar melhor para as 24 Horas de Le Mans. Além deste problema no crash test, o carro já havia sofrido um trincamento no chassi durante os testes em Sebring, realizados semanas atrás. E nestes mesmos testes, com os tempos sendo comparados ao da Audi, que andou como seu modelo R18, as marcas do protótipo da fábrica nipônica era de dez segundos acima. Uma eternidade dentro da classe LMP1.
Interessante é que os dois retornos mais aguardadas do motorsport para este 2015, tem levado as cabeças pensantes a fervilharem o cérebro neste início de temporada: Honda (F1) e Nissan (WEC), tem enfrentado inúmeros problemas em seus novos desafios.
Mas ao menos, a Nissan poderá "matar" os testes em Paul Ricard e as duas corridas iniciais para melhor se preparar, enquanto que a Honda, em parceria com a Mclaren, terá que resolver os problemas na frente das câmeras. 

segunda-feira, 16 de março de 2015

Foto 490: Nada do que foi, será...

Muitos motores ainda serão estourados, mas acredito que a Mclaren voltará para a briga
(Foto: Autosport)
Desde que a parceria McLaren Honda foi anunciada, foram inúmeros vídeos, fotos, matérias e comentários, exaltando a retomada da velha parceria que rendeu aos dois fabricantes nada mais que oito títulos em quatro anos (quatro de pilotos e quatro de construtores). Nada mais justo que relembrar tudo isso e tentar fazer uma projeção do que poderá ser no futuro. Mas a McLaren não teria exagerado na dose?
Acredito que, talvez, tenham tentando reviver em suas mentes o que se sucedeu em 1988 com aquele inicio brutal onde Prost e Senna praticamente pulverizaram a concorrência a pó com performances eletrizantes, mostrando ao mundo da F1 um domínio tão forte quanto o da Alfa Romeo em 1950 e da Mercedes em 1955. O motor V6 Turbo ajustou-se perfeitamente ao MP4/4 concebido por Steve Nichols e Gordon Murray a ponto de dar ao duo franco-brasileiro, uma facilidade na pilotagem tamanha o equilíbrio do conjunto. A diminuição na pressão do turbo para 2.5 bar, naquela que foi o último ano dos turbos na categoria, ajudou bastante na preservação do motor que apresentou poucos problemas naquela temporada. E mesmo com a mudança de regulamento para 1989, quando a categoria passou a adotar motores atmosféricos de 3.500cc, o domínio, apesar de não ter sido o mesmo do ano anterior, continuou firme.
Mas a McLaren acreditava num cenário parecido? Acredito que não, mas talvez em algo mais tranqüilo para que conseguissem cravar alicerces e aí sim partir para um novo domínio. Os inúmeros problemas enfrentados, que são bem maiores que as demais equipes tiveram em 2014, quando iniciou a era dos turbo híbridos, assusta um pouco e que faz agora as duas partes terem os pés no chão. Não que antes tivessem um ar de arrogância, mas no fundo acreditavam numa nova parceria com águas mais calmas para serem navegadas.
As tempestades enfrentadas desde a pré-temporada e que foram mostradas ao vivo no domingo na prova de abertura, será o grande desafio a ser superado para que voltem ao topo. Naquele ano de 1988, o Honda era o melhor motor que havia disponível e o sucesso foi estrondoso no primeiro ano de parceria, mas para atingir aquele nível os nipônicos tiveram que gastar muitos motores com a Spirit em 1983 e posteriormente com a Williams, até chegar ao primeiro título em 1987 com a equipe do Tio Frank.

E agora será a vez da McLaren ter esse trabalho duro para que ambas as partes cheguem ao topo, mas para isso muitos motores irão pelos ares. 

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...