quarta-feira, 30 de setembro de 2015

O calendário da Fórmula 1 pra 2016

E saiu o calendário do certame 2016 da Fórmula-1, que é o mais longo da história compreendendo 21 corridas entre 20 de março, com a abertura em Melbourne,  e o encerremento em 27 de novembro em Yas Marina.
A novidade fica por conta da entrada do Azerbaijão no calendário, com a pista citadina de Baku uma semana depois da prova em Montreal. Ela coincidirá com as 24 Horas de Le Mans.
A outra novidade passa a ser a inversão das provas da Malásia e Rússia: Sochi passará a ser a quarta prova, enquanto o de Sepang vai para depois da etapa de Cingapura. Outro detalhe é que o mês de julho terá corridas em todos os fins de semana, antecedendo o recesso do meio do campeonato que voltará apenas em 28 de agosto com o GP da Bélgica.
Sinceramente não sou um fã de campeonato tão extenso assim. Para mim o máximo deveria ser de 16/17 provas, mas como não é eu que faço o calendário, tenho que ficar na minha.
Eis o intinerário para o ano que vem da F1:
20 de março - Austrália (Melbourne)
3 de abril - Bahrein (Shakir)
17 de abril - China (Xangai)
1 de maio - Rússia (Sochi)
15 de maio - Espanha (Barcelona)
29 de maio - Monaco (Monte Carlo)
12 de junho - Canadá (Montreal)
19 de junho - Azerbeijão (Baku)
3 de julho - Austria (Red Bull Ring)
10 de julho - Grã-Bretanha (Silverstone)
24 de julho - Hungria (Budapeste)
31 de julho - Alemanha (Hockenheim)
28 de agosto - Bélgica (Spa-Francochamps)
4 de setembro - Monza (Itália)
18 de setembro - Singapura
2 de outubro - Malásia (Sepang)
9 de outubro - Japão (Suzuka)
23 de outubro - Estados Unidos (Austin)
6 de novembro - México (Hermanos Rodriguez)
13 de novembro - Brasil (Interlagos)
27 de novembro - Abu Dhabi

Foto 538: Martin Donnelly, 25 anos atrás

Para os mais jovens, que assistem a Fórmula-1 de forma livre, sem ter que mergulhar de cabeça na história da categoria, o nome de Martin Donnelly não causa nenhum tipo de curiosidade. Mas ao ver as imagens do seu acidente em Jerez, 1990, a primeira palavra a ser proferida certamente é "Morreu!" - isso se não sair um palavrão, tamanha é a força daquela imagem.  
Antes que acontecessem toda aquele fim de semana negro de abril/maio de 1994, o momento era impactante: Donnelly saiu forte de uma seção de curvas velozes à direita e espatifou a sua Lotus Lamborghini no guard-rail. A pancada foi tão violenta que o cockpit desintegrou-se e Martin, ainda preso ao banco, foi lançado para o meio da pista. Com graves lesões nas pernas e crânio esperava-se o pior - principalmente devido a forte cena -, mas o piloto irlandês teve uma longa recuperação e safou-se. Não voltou à categoria, mas Eddie Jordan ainda lhe ofereceu um teste pela sua equipe em 1993.
Martin dedicou-se a uma equipe na Fórmula Vauxhall e alguns anos depois, voltou a pilotar no turismo britânico. Em 2011, no Festival de Goodwood, Donnelly voltou ao cockpit do Lotus 102 Lamborghini que pilotou em 1990.

domingo, 27 de setembro de 2015

GP do Japão: Chutando a porta na casa da Honda

Sabe-se que Fernando Alonso é um cara hábil e não apenas dentro da pista, mas também fora dela. Trabalhar com o piloto espanhol quando a situação é favorável, deve ser das melhores. No entanto, quando não saem a seu gosto, tende a ser um inferno.
Não culpo o piloto espanhol por suas palavras hoje durante o GP em Suzuka, quando bateu forte na tecla relacionada ao motor japonês ao chamá-lo de "motor de GP2" devido a falta de performance frente a outros concorrentes.
Alonso foi bem até: subiu para nono após a largada, mas o rendimento do seu conjunto não o possibilitou sustentar ou até mesmo avançar o pelotão. Talvez sentisse que aquele momento era propício para ganhar mais uns pontinhos, mas a falta de potência e aderência não deixaram. Mesmo assim, ainda deu combate a Sainz, Kvyat e Verstappen até onde pôde e terminou em 11o. Apesar de ter sido uma boa atuação frente a essa atual situação, sabe-se que a paciência foi ralo abaixo e toda a suas declarações foram ao ar pela FOM, que sabe bem o tamanho do estrondo que as palavras proferidas por Fernando podem causar, pro bem ou pro mal.
A verdade mesmo é que ninguém ali da Mclaren está satisfeito, mas cada um agi do jeito que lhe convém: enquanto que Ron Dennis escreve uma carta para a Honda cobrando atitude, Button critica de uma forma mais "lordesca" possível, Alonso chuta a porta para o mundo ver.
Não se esqueçam: ele é de sangue latino e como tal, agirá assim sempre. Sem rodeios.

GP do Japão: A normalidade se restabelece

Sem dúvida alguma aquela prova de Cingapura tinha sido um ponto fora da curva, e essa corrida de Suzuka era uma possibilidade de vermos se tudo aquilo que acontecera semana passada era apenas acontecimento pontual, ou que as coisas haviam invertido.
Ao final dessas 53 voltas do GP japonês, pode-se ver uma Mercedes de volta a sua forma habitual. Apenas Rosberg é quem teve um maior trabalho para se recuperar após cair para quarto, depois de uma breve disputa com Hamilton pela liderança. Mas a forma como recuperou-se, mostrou bem como a equipe alemã estava de volta ao jogo.
Hamilton não teve nenhum incômodo e apenas Rosberg é que lhe deu algum trabalho na saída da segunda curva após a largada. Mas fora isso, foi mais um passeio para chegar a sua 41a vitória na F1 igualando a marca de Senna.
A verdade mesmo é que as coisas caminham para o terceiro título de Hamilton e um domínio brutal da Mercedes nestas etapas finais.

GP do Japão: O que esperar?

Os pilotos tiveram pouco tempo de pista seca em Suzuka, devido a forte chuva que esteve presente nas duas sessões de treinos na sexta. Isso atrasou, e muito, a busca por um melhor acerto para as condições de pista seca, que só foram encontradas no terceiro treino livre e na classificação. Portanto será uma prova bem interessante, pois sem ninguém ter idéia do tamanho dos desgastes no compostos, a corrida ganha um grande interesse.
Apesar da Mercedes ter voltado ao topo nesta classificação, a diferença de Rosberg até Vettel, que saí em quarto, é de sete décimos e sabendo que o ritmo da Ferrari tende a ser melhor em corrida, essa desvantagem pode despencar em certas voltas. Apesar da Williams ter Bottas em terceiro e Massa em quinto, não creio que ambos ameacem os carros vermelhos apesar de que esta pista se afeiçoe mais ao carro inglês. A Red Bull teve uma melhora consideravel e isso pode ajudar a apimentar essa disputa por aquele miolo das posições pontuáveis.
Acredito que a prova seja vencida por Lewis Hamilton, seguido por Vettel e Rosberg. Agora caso a chuva apareça, a loteria estará instalada.

sábado, 26 de setembro de 2015

Crash: Daniil Kvyat - Suzuka 2015

Botar um dos pneus ou os dois no grama num trecho de alta velocidade, é um convite ao muro. Daniil Kvyat provou dessa experiência durante a fase final da classificação em Suzuka, quando aproximava-se do hairpin. 
O piloto russo saiu bem do mega acidente e o treino teve o seu término antecipado sob bandeira vermelha.

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

Foto 537: Um pódio simbólico

Há exatos dez anos o GP do Brasil era realizado em Interlagos e que sediava pela primeira vez na sua história, a possibilidade de um piloto sagrar-se campeão do mundo. Engraçado que hoje o tempo aqui em São Paulo está bem parecido com o daquela ocasião: nublado, abafado e com chuvas em alguns locais. Naquele dia, pela manhã, a chuva havia caído de  forma moderada, mas na hora da largada a pista estava bem seca, com pequenos pontos ainda úmidos.
O desfecho daquela edição do GP do Brasil acabou por coroar Fernando Alonso, que conquistava o seu primeiro mundial e tornara-se o mais jovem até então a vencer o campeonato, desbancando uma marca que era de Emerson Fittipaldi que durava 32 anos. Completaram o pódio, Juan Pablo Montoya - que vencera a prova - e Kimi Raikkonen em segundo, que lutava diretamente contra Alonso pelo título daquele ano. Um pódio formado por três caras que tinham muito a oferecer e a conquistar na Fórmula-1 pelos anos seguintes.
Não há como negar que olhando naquela época, qualquer um poderia dizer que os três poderiam dominar a categoria mesmo com a presença de Schumacher: velocidade pura e crua, habilidade nas mais diversas condições e extremamente arrojados, fazia daquele trio que estreara em 2001 um dos mais promissores para o futuro. Mas os caminhos foram  ficando tortuosos: se Fernando Alonso voltaria ao final de 2006, no mesmo Interlagos, para selar o seu segundo mundial derrubando nada mais que Michael Schumacher, Kimi Raikkonen teve que amargar um ano dificil na Mclaren naquele ano para apossar do lugar de Michael na Ferrari em 2007, para enfim chegar ao seu primeiro e único título na categoria. Já Montoya, com seu jeito explosivo, entrou em rota de colisão com os homens da Mclaren (leia-se Ron Dennis) e deixou a equipe no meio do campeonato daquele ano para voltar aos EUA e correr na NASCAR em empanturrar-se de fast foods e churrascos.
A verdade é que a carreira dos três passaram - ou ainda passam - por momentos nada animadores, mas talvez apenas Juan Pablo Montoya é quem ainda tenha motivos para sorrir: voltou aos monopostos ano passado pela Indycar na Penske e este ano esteve muito perto de vencer o campeonato, que perdera no final para Scott Dixon. Mas ainda sim conseguiu mais uma Indy 500 para a sua carreira, algo que não conquistava desde 2000. Kimi Raikkonen teve suas aventuras no Rally após a sua breve aposentadoria na F1, mas ao voltar em 2012 pela Lotus, mostrou que ainda estava com os reflexos em dia ao fazer ótimas apresentações naquele ano e em 2013. O seu retorno à Ferrari em 2014 talvez não tenha sido das melhores escolhas e não tem sido nem sobra do velho Raikkonen de outros tempos. O temperamento dificil de Fernando Alonso o privou de uma continuidade na Mclaren, onde ele abriu fogo contra o time de Ron Dennis, e sua volta para a Renault em 2008 serviu apenas de trampolin para que conseguisse a tão sonhada vaga na Ferrari à partir de 2010. Apesar de exibições marcantes no carro vermelho e com possibilidades claras de vencer os mundiais de 2010 e 2012, Alonso e a Ferrari nunca estiveram em grande sintonia e ambos os lados só ouvia mais farpas do que elogios. Os seus dias na Mclaren, atualmente, não rendem boas perspectivas.
A verdade é que estes três pilotos aproveitaram como puderam os seus bons momentos na categoria, mas passados dez anos parece que, enquanto um vive um bom momento do outro lado do Atlântico, a linha final da carreira dos outros dois parece chegar ao fim, mas de toda a forma foram grandes naquela época. 

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...