sábado, 16 de março de 2019

GP da Austrália - Treinos Livres e Classificação - Resultados


Grande Prêmio da Austrália – 1ª Etapa – Dias 15 e 16 de Março – Treinos Livres e Classificação


1º Treino Livre – 15 de Março
Tempo:  20,6-21.3°C Seco & Ensolarado
Asfalto:  32.2-42.2°C Seco
Umidade:  49.3-52.2%
Vento: 2.0 m/s
Pressão do ar: 1.019 bar
Pos
No
Driver
Team
Lap Time
1st Gap
Laps
Tyres
1
44
1:23.599
26
Soft
2
5
1:23.637
+0.038s
18
Soft
3
16
1:23.673
+0.074s
18
Soft
4
33
1:23.792
+0.193s
22
Soft
5
77
1:23.866
+0.267s
30
Soft
6
7
1:24.816
+1.217s
18
Soft
7
26
1:24.832
+1.233s
30
Medium
8
10
1:24.932
+1.333s
23
Soft
9
20
1:24.934
+1.335s
24
Soft
10
27
1:25.015
+1.416s
11
Soft
11
99
1:25.166
+1.567s
23
Soft
12
8
1:25.224
+1.625s
18
Soft
13
23
1:25.230
+1.631s
21
Medium
14
55
1:25.285
+1.686s
19
Soft
15
18
1:25.288
+1.689s
26
Medium
16
11
1:25.498
+1.899s
21
Medium
17
3
1:25.634
+2.035s
16
Soft
18
4
1:25.966
+2.367s
31
Soft
19
88
1:27.914
+4.315s
25
Medium
20
63
1:28.740
+5.141s
25
Medium

2º Treino Livre – 15 de março
Tempo: 22,2-21.7°C Seco & Ensolarado
Asfalto: 44-8-38°C Seco
Umidade:  54.3-57.1%
Vento: 2.7-1.9 m/s
Pressão do ar: 1.017.8 bar
Pos
No
Driver
Team
Lap Time
1st Gap
Laps
Tyres
1
44
1:22.600
33
Soft
2
77
1:22.648
+0.048s
33
Soft
3
33
1:23.400
+0.800s
33
Soft
4
10
1:23.442
+0.842s
31
Soft
5
5
1:23.473
+0.873s
35
Soft
6
7
1:23.572
+0.972s
40
Soft
7
27
1:23.574
+0.974s
37
Soft
8
3
1:23.644
+1.044s
31
Soft
9
16
1:23.754
+1.154s
35
Soft
10
8
1:23.814
+1.214s
37
Soft
11
26
1:23.933
+1.333s
36
Soft
12
20
1:23.988
+1.388s
27
Soft
13
18
1:24.011
+1.411s
38
Soft
14
55
1:24.133
+1.533s
26
Soft
15
99
1:24.293
+1.693s
37
Soft
16
11
1:24.401
+1.801s
34
Soft
17
23
1:24.675
+2.075s
40
Soft
18
4
1:24.733
+2.133s
26
Soft
19
63
1:26.453
+3.853s
32
Soft
20
88
1:26.655
+4.055s
33
Soft

3º Treino Livre – 16 de Março
Tempo:  21.9°C  Ensolarado e Seco
Asfalto:  42.4°C Seco
Umidade:  63.1%
Vento: 2.9 m/s
Pos
No
Driver
Team
Lap Time
1st Gap
Laps
Tyres
1
44
1:22.292
12
Soft
2
5
1:22.556
+0.264s
12
Soft
3
16
1:22.749
+0.457s
12
Soft
4
8
1:23.112
+0.820s
17
Soft
5
20
1:23.334
+1.042s
15
Soft
6
10
1:23.367
+1.075s
17
Soft
7
77
1:23.422
+1.130s
17
Soft
8
26
1:23.442
+1.150s
16
Soft
9
33
1:23.481
+1.189s
19
Soft
10
3
1:23.695
+1.403s
14
Soft
11
27
1:23.737
+1.445s
15
Soft
12
99
1:23.831
+1.539s
16
Soft
13
55
1:24.049
+1.757s
21
Soft
14
11
1:24.082
+1.790s
18
Soft
15
23
1:24.328
+2.036s
15
Soft
16
18
1:24.345
+2.053s
16
Soft
17
7
1:24.402
+2.110s
18
Soft
18
4
1:24.568
+2.276s
16
Soft
19
63
1:25.944
+3.652s
14
Soft
20
88
1:26.589
+4.297s
16
Soft

Classificação – 16 de março
Tempo:  23.3-22.8°C  Ensolarado e Seco
Asfalto:  39.6-34.4°C Seco
Umidade:  69.7-70%
Vento: 1.2-1.7 m/s
Pressão do ar: 1.016.8 bar
Pos
No
Driver
Team
Q1
Q2
Q3
Laps
1
44
1:22.043
1:21.014
1:20.486
18
2
77
1:22.367
1:21.193
1:20.598
19
3
5
1:22.885
1:21.912
1:21.190
16
4
33
1:22.876
1:21.678
1:21.320
17
5
16
1:22.017
1:21.739
1:21.442
17
6
8
1:22.959
1:21.870
1:21.826
17
7
20
1:22.519
1:22.221
1:22.099
18
8
4
1:22.702
1:22.423
1:22.304
21
9
7
1:22.966
1:22.349
1:22.314
17
10
11
1:22.908
1:22.532
1:22.781
15
11
27
1:22.540
1:22.562
no time
10
12
3
1:22.921
1:22.570
no time
12
13
23
1:22.757
1:22.636
no time
14
14
99
1:22.431
1:22.714
no time
14
15
26
1:22.511
1:22.774
no time
13
16
18
1:23.017
no time
no time
6
17
10
1:23.020
no time
no time
6
18
55
1:23.084
no time
no time
6
19
63
1:24.360
no time
no time
9
20
88
1:26.067
no time
no time
8


quinta-feira, 14 de março de 2019

A Septuagésima da Fórmula 1

Quando as luzes vermelhas para o GP da Austrália forem apagadas, a temporada de número 70 da história da categoria terá se iniciado sob a sombra da grande expectativa que até aqui se acumula: como será o embate entre Mercedes e Ferrari pelo derradeiro campeonato dessa década.
A impressão que fica até aqui é que este mundial é o mais esperado da década, simplesmente por esperaram se de fato a Ferrari conseguirá quebrar a hegemonia da Mercedes ou se os alemães darão mais uma vez as cartas, ampliando ainda mais um domínio que já um dos maiores da história.
A julgarmos pelo foi visto nos testes, a Ferrari chega muito melhor para estas primeiras etapas. O desempenho de Vettel e Leclerc sugerem que a máquina italiana esteja cerca de três até cinco décimos mais veloz que a Mercedes. Isso deixa os fãs da equipe italiana - em especial os de Sebastian - com uma alta carga de esperança de que agora consigam bater os alemães, já que nos últimos dois anos os inícios foram animadores e finais extremamente frustrantes.
Por mais que saibamos que o seus cronogramas de testes são mais concentrados em testar incansavelmente a durabilidade de seus componentes, boa parte da imprensa - para não dizer 100% - ficou com a dúvida implantada por ver nenhum dos carros prateados aparecerem com frequência entre os três melhores dos oito dias testes - sendo apenas no oitavo e derradeiro que Hamilton e Bottas puderam dar carga total no acelerador, ao marcarem o segundo e terceiro respectivamente. Tecnicamente isso não é uma grande novidade no metódico trabalho mercediano, uma vez que seus pilotos passam a andar forte exclusivamente nos dois últimos dias de testes, após trabalharem incansavelmente nos mais variados programas de desenvolvimento do carro nos outros dias. Mas claro que declarações de Toto Wolff, Lewis Hamilton e Valtteri Bottas, dizendo que a Ferrari está a frente tanto em ritmo de treino quanto no de corrida, mais a falta de resultados nos tempos finais de cada dia dos testes - isso sem contar a dificuldade com os pneus por conta do desgaste - acabou gerando a tal "pulga atrás da orelha" que levou muitos acreditarem que realmente a Mercedes esteja em desvantagem frente a Ferrari. A verdade é que em quilometragem, a Mercedes liderou quase todos os dias, ficando cerca de cem voltas a frente da rival italiana. Se a durabilidade é forte, a melhora do carro poderá vir em breve.
A Red Bull teve um bom trabalho neste início de "casamento" com a Honda, fazendo bons tempos e entregando uma confiabilidade até interessante nessa parceria. Eles acreditam - leia-se Helmut Marko - que possam estar até mesmo a frente da Mercedes neste momento em ritmo de corrida, o que lhes daria uma posição privilegiada para desafiar a Ferrari - levando Marko a acreditar que possam vencer até mesmo cinco corridas nesta temporada (e sempre com Verstappen), dando ao piloto holandês a oportunidade de disputar fortemente o título mundial. Com Adrian Newey trabalhando diretamente no carro, como nos velhos tempos, pode dar uma idéia de que a equipe possa compensar a falta de potência do motor Honda com a aerodinâmica refinada do projetista inglês.
A verdade, para este primeiro escalão da F1, é que para neutralizar bem a Mercedes é preciso ficar de olho no desenvolvimento que eles fazem durante a temporada: tanto em 2017, quanto em 2018, a equipe alemã iniciou a temporada bem, mas não tanto quanto gostariam, porém o acumulo de pontos nas primeiras quatros corridas e mais as informações obtidas, ajudaram a desenvolver o "antídoto" para igualar e até mesmo passar a Ferrari já na prova da Espanha. E a segunda parte do Mundial também tem sido crucial para a melhora da Mercedes, dando a Lewis Hamilton condições de "estilingar" suas performances rumo aos títulos. Uma artimanha bem conhecida e bem feita pela Red Bull nos anos de 2010 e 2012 - principalmente neste último - deixando Vettel a vontade para embolsar uns bons pontos e iniciar uma sequência importante de vitórias que resultariam em seus títulos. A Mercedes e Hamilton tem feito isso com perfeição nestes dois últimos anos, o que valoriza ainda mais o grande trabalho dos engenheiros na fábrica e de toda a equipe nas pistas.
Mas o campeonato não ficará restrito a essa batalha pela dianteira: o meio do pelotão também nos dará uma boa dose de disputas, o que tem sido um campeonato a parte nos últimos anos devido a disparidade técnica dessa turma frente as três principais equipes.
Alfa Romeo e Toro Rosso foram destaques positivos nos testes e podem até mesmo embaralhar as ações no decorrer do campeonato, uma vez que suas ajudas no campo técnico - e até mesmo estratégico - para as suas equipes principais (Ferrari e Red Bull) serão de grande valia. A Haas é outra que também pode contribuir nesse campo, a exemplo da Alfa Romeo, com a Ferrari. As armas estão na mesa para derrubar o poderio da Mercedes.
O restante da turma é onde mora a incógnita: Renault e Racing Point não tiveram grandes destaques o que sugere uma temporada bem atribulada. Por outro lado, a McLaren deixou no ar a dúvida de que se realmente achou um caminho ou foi apenas fogo de palha, com os bons tempos apresentados por Sainz e o novato Norris. Para encerrar, o calvário da Williams não podia ser pior: um carro que começou os testes com atraso de um dia; um desenvolvimento lento desde a fábrica - que resultou no atraso na pista; tempos de voltas bem abaixo do segundo escalão; uma suspensão dianteira que precisou ser revisada após a FIA entender que estava fora do regulamento e Paddy Lowe afastado, mostra o quanto que a equipe que já reinou na categoria está fora do eixo. E os sinais de melhora não devem aparecer tão cedo.
A verdade é que este septuagésimo mundial de Fórmula 1 e último dessa década, pode ser o melhor deste período de era turbo híbrida e daí é que poderemos ver a tomada da Ferrari para o campeonato mundial ou a continuidade absoluta da Mercedes neste cenário que tão bem domina desde 2014.
E a brincadeira começará em instantes.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...