sábado, 23 de julho de 2011

Foto 28: Jacques Villeneuve, Nurburgring 1997

O olhar de concentração de Jacques Villeneuve antes da largada para o GP de Luxemburgo, antepenúltima etapa temporada de 1997. Villeneuve venceu a corrida, seguido por Alesi e Frentzen. Foi a última vitória do canadense na F1 e da parceria Williams Renault.

GP da Alemanha- Classificação- 10ª Etapa

Mark Webber passou as duas primeiras partes do treino classificatório timidamente abaixo dos três primeiros lugares do grid. Na Q3 ele foi o terceiro a sair para a pista e garantir seu tempo. Os demais, incluindo seu companheiro Vettel, tentaram bater a sua marca (1’30’’079), mas nenhum deles conseguiu. O pior é que Hamilton fez uma bela volta e no final fisgou a segunda posição no grid, jogando Sebastian para a terceira colocação. É a primeira vez desde o GP da Itália que Vettel não larga na primeira fila de uma corrida. Ao seu lado vem Alonso que, aparentemente, sofreu um pouco com o não aquecimento adequado dos pneus, mas quando esteve com pneus macios sempre teve bom desempenho. Massa fez um quinto tempo, ficando 0’’468 de diferença para o espanhol.
A princípio, com esta formação com que irão largar amanhã, acredito que teremos uma corrida no mínimo interessante mesmo que a chuva não venha. Webber largará pela terceira vez na pole, mas em nenhuma ocasião aproveitou-se dessa vantagem tanto que nem liderou uma volta se quer. Com Vettel largando logo atrás, ele terá uma oportunidade de tentar a vitória amanhã. Mas ao seu lado sairá Hamilton que fez uma ótima volta e saiu dessa disputa animado. A volta do difusor aquecido nesta prova melhorou bastante o desempenho do carro e isso ajudará o piloto britânico. Não é de estranhar que ele ataque com tudo Webber na largada, e isso será um ponto crucial na prova. Caso chova, arrisco nele para a vitória e no seco, principalmente na largada, tem que se preocupar com Vettel que vai largar num lugar mais limpo. Sebastian não ficou satisfeito, claro, com a sua classificação, mas ao menos ele tem esse trunfo de largará numa parte mais limpa. Permanecendo em terceiro após a largada, ou até caindo de posições, será legal ver a suas reações em tentar recuperá-las durante a corrida pois, como todos sabem, imagino, esse é o ponto fraco de Vettel em tentar ultrapassagens. Alonso, ao contrário de Silverstone, não o vejo com tantas possibilidades afinal o grande problema da Ferrari é aquecer os pneus e em Nurburgring o tem estado muito frio. E para piorar ainda tem a possibilidade de chuva, que aniquilaria de vez qualquer chance dele tentar algo. Seu otimismo em dizer que a possibilidade de vitória é de 25% para cada um dos quatros primeiros, no meu ver, é exagerado exatamente pelas circunstâncias que acabei de citar. A não ser que faça um sol de rachar amanhã no circuito alemão, aí si as suas chances aumentarão.
No mais, acredito que a corrida seja interessante com pista seca e na chuva uma loucura e tanto. Ainda mais se ela for e vir durante a prova, ficará ainda mais divertido.


GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA ALEMANHA- 10ª ETAPA

1º Mark Webber (AUS/Red Bull): 1min30s079
2º Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1min30s134
3º Sebastian Vettel (ALE/Red Bull):1min30s216
4º Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min30s442
5º Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min30s910
6º Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min31s263
7º Jenson Button (ING/McLaren): 1min31s288
8º Adrian Sutil (ALE/Force India):1min32s010
9º Vitaly Petrov (RUS/Lotus-Renault): 1min32s187
10º Michael Schumacher (ALE/Mercedes):1min32s482
11º Nick Heidfeld (ALE/Lotus-Renault): 1min32s215
12º Paul di Resta (ESC/Force India): 1min32s560
13º Pastor Maldonado (VEN/Williams): 1min32s635
14º Rubens Barrichello (BRA/Williams): 1mins33s043
15º Sergio Pérez (MEX/Sauber): 1min33s176
16º Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso): 1min33s546
17º Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso): 1min33s698
18º Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): 1min33s786
19º Heikki Kovalainen (FIN/Team Lotus): 1mins35s599
20º Timo Glock (ALE/ Virgin): 1min36s400
21º Karun Chandhok (IND/Team Lotus): 1min36s422
22º Jérome D''Ambrosio (BEL/Virgin):1min36s641
23º Daniel Ricciardo (AUS/Hispania):1min37s036
24º Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania):1min37s011*
*Perdeu posições no grid por trocar a caixa de câmbio

FOTOS:

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Grandes Atuações- Mika Hakkinen, Nurburgring 1998

Chegando ao final de uma temporada que deveria ter sido fácil, Hakkinen e a Mclaren estavam atordoados com a crescente da Ferrari na segunda parte do mundial de 98. Isso era preocupante, pois Mika havia marcado apenas 4 pontos nas ultimas três provas enquanto que Schumi vencera duas delas (Hungria e Itália). Ambos abandonaram em Spa: Hakkinen saiu da prova na segunda largada (após o histórico strike na descida da La Source) e Schumi abandonou na metade da corrida (no famoso acidente entre ele e Coulthard) quando era líder. No fim das contas Mika estava quatro pontos à frente de Michael na tabela de pontos. Uma diferença pífia frente aos 16 que ele tinha quando venceu no GP da Alemanha, dois meses antes. Quando a F1 deslocou-se até Nurburgring para a realização do GP de Luxemburgo, 15ª e penúltima etapa, o clima prometia ser chuvoso. Era a situação perfeita para a Ferrari e altamente desanimador para Mclaren.
No treino classificatório Schumacher marcou a pole e, para piorar o desespero da Mclaren, Irvine fez a segunda marca formando assim a primeira e única dobradinha da Ferrari no ano em grid daquele ano. Hakkinen aparecia em terceiro e agora, mais do nunca, teria que fazer algo de excepcional na corrida do dia seguinte.
No domingo o céu estava cinzento, mas a previsão de chuva era mínima. Talvez isso tenha animado o finlandês naquela manhã, pois acabou fazendo o melhor tempo no warm-up (1’20’’396) sendo 1’’119 mais veloz que Schumi. Er5a um diferença respeitável visto que neste treino os carros já andavam com a configuração a ser usada na corrida de logo mais. Já na corrida a largada foi sem problemas, mas na dianteira ia a outra a Ferrari, a de Irvine, que saíra melhor que Schumacher. Na chegada da chicane Veedol, o irlandês errou (ou deixou?) e Michael ultrapassou-o. O cenário era bom para a Scuderia: com Schumacher na frente, Irvine teria o trabalho de retardar o máximo que pudesse Hakkinen. Algo parecido como fizera com Villeneuve um ano antes no Japão. Curiosamente Michael não abriu grande vantagem e quando Mika passou Irvine na chicane, na 14ª volta, a diferença era de 7,7 segundos. Dez voltas depois a vantagem tinha despencado para 5,2 no momento exato que Schumi foi aos boxes pela primeira vez. Hakkinen, assim como Hill e Villeneuve no passado, tinha experimentado o desgosto de perder uma corrida para o alemão numa estratégia de box. Com Michael voltando 16;3 segundos atrás, Mika mandou ver e virou voltas extremamente velozes. Quatro voltas após a parada do ferrarista, foi vez do finlandês fazer o seu pit. Tinha um ar de suspense, pois Mclaren, nesse quesito, sempre tomou uma sova da Ferrari. Mas o dia era dos prateados e Mclaren fez um pit stop irretocável e entregou Hakkinen na ponta da corrida com Michael colado no câmbio do belo MP4- 13. Pelas 11 voltas seguintes Mika agüentou firme pressão exercida por Schumacher, não fraquejando em momento algum. Na passagem 47 Michael parou e na seguinte foi à vez de Hakkinen. As colocações se mantiveram e o piloto da Mclaren aumentou a vantagem até os 5 segundos para vencer a corrida de modo magistral.
Enquanto que Schumacher e a Ferrari reclamavam dos pneus Goodyear e procuravam achar alguma solução para a corrida de Suzuka, Hakkinen e Mclaren festejavam e saiam fortalecidos daquela batalha de nervos que fora a corrida em Nurburgring. Mais do que nunca, Mika mostrou que, além da sua indiscutível velocidade, ele era a antítese dos outros pilotos: quanto mais a pressão aumentava, mais ele melhorava. E vimos isso na corrida do Japão de 1999, mas isso é um papo para um outro dia.
Mika Hakkinen era um piloto de decisões, de grandes decisões.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

O mestre Sid Mosca

Infelizmente, nestes meus 9 anos que estou envolvido com automobilismo, não tive a chance, de ao menos, conhecer Sid Mosca pessoalmente. Lembro-me vagamente de uma matéria, ainda nos anos 90, que a Rede Globo fez com ele sobre a pintura no capacete de Ayrton Senna, a mais famosa delas e desde então passei a conhecer que era o mestre nesta arte de desenhar tão belos capacetes. Nesta madrugada ele nos deixou, aos 74 anos de idade após ter travado uma luta incessante contra um cancêr na bexiga. Na foto acima três das suas criações que mais conhecidas no mundo do automobilismo, os capacetes de Emerson Fittipaldi, Nélson Piquet e Ayrton Senna. Os três campeões mundiais usaram os cascos pintados por Sid, numa época em que o capacete era a segunda face, ou vezes, a primeira de um piloto. Agora Deus o chamou e ele vai pintar capacetes por lá. Valeu Sid!

terça-feira, 19 de julho de 2011

Grande Prêmio de Dallas, 1984- Vídeo

Eis a prova de Dallas de 1984, disputado em 8 de julho. A prova foi vencida por Keke Rosberg, seguido por René Arnoux e Elio de Angelis. A corrida ficou mais conhecida pelo forte calor em que foi disputada naquele dia e por isso o horário da prova fora adiantado para as 11 da manhã. O asfalto, que já não era grande coisa, acabou por ser destruido após a corrida dos carros da Can Am. Com a pista a desintegrar-se, até cogitaram seu cancelamento que não acabou não acontecendo. Para completar o final de semana um tanto conturbado, Mansell, que largara na pole, acabou por completar a corrida empurrado sua Lotus Renault até a linha de chegada para garantir o sexto lugar desmaiando logo em seguida. Foi a última aparição da F1 naquele lugar.

sábado, 16 de julho de 2011

Foto 27: Jackie Stewart, Crystal Palace F2 1970

Nos bons tempos da F2, vários pilotos de F1 participavam das corridas. Em Crystal Palace não era diferente. Entitulado como London Trophy, esta corrida trazia a nata do automobilismo europeu tornando-se, junto do Gran Premio della Loteria de Monza e do GP do ADAC disputado em Nurburgring, uma das mais importantes da temporada. Na corrida de 1970 Jackie Stewart, a bordo de um Brabham BT30 do Team John Coombs Racing Organisation, aniquilou seus concorrentes ao marcar a pole, vencer e marcar a melhor volta. Clay Regazzoni e Emerson Fittipaldi completaram o pódio dessa prova. 

terça-feira, 12 de julho de 2011

Foto 26: Peterson e Cevert

A foto é de Anderstorp, com Ronnie Peterson formando a primeira fila com François Cevert para o GP da Suécia de 1973. Pode-se dizer que esta foi uma fila dos "segundos pilotos", pois eles largaram exatamente à frente de seus companheiros Jackie Stewart e Emerson Fittipaldi que sairam em terceiro e quarto, respectivamente. A vitória ficou com Denny Hulme, que largou da sexta posição. Peterson e Cervert completaram em segundo e terceiro; Stewart foi quinto e Emerson abandonou na volta 76 com problemas de câmbio. 
Foi a única vez que o sueco e o françês dividiram uma primeira fila numa prova da F1. 

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...