terça-feira, 3 de abril de 2012

Grandes Atuações: Jean Pierre Beltoise, Monte Carlo 1972


Beltoise e sua condução magnífica em Monte Carlo, 1972

Após uma carreira bem sucedida em categorias menores com títulos na F2 e F3, o nome de Beltoise apareceu na F1 pela primeira vez no GP da Alemanha de 1966, disputado em Nurburgring, quando ele correu pela Matra. Naquela ocasião ele conseguiu um bom oitavo lugar e ano seguinte ele disputou outros três GPs pela Matra: Mônaco (não classificou-se); EUA e México (foi sétimo em ambas). Em 1968 ele conseguiu definitivamente a vaga de titular na Matra, mas ao seu lado, um tal de Jackie Stewart, estava pronto para tentar o seu primeiro título mundial. Assim como aconteceria com Cevert, que também foi companheiro do escocês na Tyrrell anos depois, Beltoise aprendeu com Stewart. Acumulou um punhado de pódios nos dois anos que correu junto dele e em 1970, estava liderando a equipe Matra. Quando estava pronto para iniciar a temporada de 71, foi suspenso pela FIA por ter sido considerado culpado pela morte de Ignazio Giunti que acertara a traseira do Matra que Beltoise, de forma imprudente, empurrava sem gasolina pelo meio da pista durante os 1000 km de Buenos Aires, válido pelo Mundial de Marcas. Mesmo voltando e disputando algumas corridas em 71, sem sucesso, o que lhe restou foi assinar com a BRM para a temporada de 1972.

A BRM também vinha de um ano difícil, pois havia perdido seus dois principais pilotos em acidentes em provas distintas: Pedro Rodriguez morreu em Norisring, durante uma prova de carros Sport e Jo Siffert na corrida extra-campeonato disputada em Brands Hatch, nomeada de “Victory Race”. Mesmo após estes abalos, Louis Stanley, o homem forte da BRM, aproveitou-se da entrada maciça da Marlboro na competição e colocou em alguns GPs cinco carros, o que aumentou de forma considerável o trabalho dos mecânicos nas corridas que estivessem presentes estes cinco bólidos. Desse modo Beltoise, ao lado de Peter Gethin, estava incumbido de levar a BRM de volta às vitórias e junto de Howden Ganley, Reine Wisell e Helmut Marko, formaram o quinteto. Curiosamente, mesmo com esse contingente em pista, a equipe marcou apenas catorze pontos na tabela dos construtores.


Beltoise, assim como seus outros quatro companheiros de BRM, não havia marcado nenhum ponto nas três primeiras corridas daquele ano. Mônaco era a quarta etapa daquele mundial e a previsão era de chuva no dia da corrida. O grid em Monte Carlo, que tradicionalmente acomodava 16 carros, deu um salto para 25 naquele ano devido o grande número de equipes. Corrida com chuva, 25 carros no grid e as traiçoeiras curvas do Principado, era um convite para uma prova tumultuada. Isso sem contar as mudanças no traçado.

O treino para a BRM foi promissor: Beltoise e Gethin posicionaram-se em quarto e quinto, enquanto que os outros três carros da equipe apareciam abaixo da 15ª posição. Emerson Fittipaldi tinha feito a pole, seguido por Ickx e Regazzoni. Após o término da sessão classificatória, a chuva desabou e estendeu até o domingo.

A chuva ainda era intensa antes da largada, mas isso não foi problema para Beltoise que pulverizou, naquele dia, a máxima de quem larga a primeira fila em Monte Carlo já tem 50% da vitória garantida. Jean Pierre subiu de quarto para primeiro já na largada, aproveitando a patinada do Lotus de Emerson (que caiu para quarto) e da Ferrari de Ickx (que também havia caído uma posição, mas recuperou prontamente após um erro de Regazzoni).

Com a visão totalmente clara, o piloto francês abriu grande vantagem nas voltas seguintes e nem Ickx, o mestre em pista molhada, não pode alcançá-lo. Enquanto Beltoise abria caminho para uma provável vitória, seus parceiros de BRM ficavam pelo caminho: Wisell abandonara por problemas no motor; Gethin foi desclassificado após receber ajuda externa para ir aos pits após um acidente e Ganley bateu com Hailwood. Marko conseguiu sair inteiro do dilúvio e levou seu carro até a oitava posição.
Mesmo com um domínio absoluto debaixo daquele aguaceiro, Jean Pierre ainda teve alguns sustos quando, por exemplo, quase bateu de traseira na “Portier” e quando deu um toque no Surtees de Tim Schenken na Lowes. Fora estes contratempos, Beltoise conduziu sua BRM a uma vitória soberba com quase 40 segundos de vantagem sobre Ickx. Uma festa para Louis Stanley e principalmente para a Marlboro, que iniciava o seu apoio à equipes da F1. Emerson Fittipaldi, que terminou em terceiro com uma volta de atraso, saiu líder do mundial naquele dia. Mas nada disso importava, frente o que Beltoise havia conseguido naquela tarde chuvosa de 14 de maio.

No pódio, ele levantou o troféu com apenas uma mão. Algo normal, se não fosse a sua debilidade do braço esquerdo que quase perdera num acidente durante as 12 horas de Reims em 1963.
Foi a sua primeira e única vitória na F1. Para a BRM, a última.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

F1 Battles: John Watson vs Marc Surer - GP do Brasil, 1981

Enquanto que Carlos Reutemann caminhava para uma polêmica vitória no GP do Brasil de 1981 com a Williams, Watson e Surer duelavam pela quinta posição. O piloto irlandês acabou rodando algumas voltas depois e terminou em oitavo. Marc Surer levou sua Ensign ao quarto lugar.

Foto 74: Gêmea?

Ora Graham, ninguém sabia que você tinha uma irmã, digamos... gêmea!

domingo, 1 de abril de 2012

Foto 73: Irmandade italiana

A equipe Quadrifoglio: Giuseppe Campari, Enzo Ferrari (chefe da Scuderia Ferrari, que era a equipe oficial da Alfa Romeo), Tazio Nuvolari e Baconin Borzacchini horas antes do GP da Itália, disputado em 7 de setembro de 1930.
Borzacchini foi o melhor dos Alfas, ao terminar em terceiro. Os outros dois abandonaram a corrida por problemas de pneus, mas Nuvolari deixou a sua marca ao fazer a melhor volta. A prova foi vencida por Achille Varzi, que foi seguido por Ernesto Maserati fazendo, assim, a dobradinha da Maserati.
Campari e Borzacchini perderiam a vida em Monza, três anos mais tarde, num acidente que envolveu ambos. Junto deles faleceu, também, o Conde polonês Stanislav Czaikowisk, que bateu no mesmo local que tirara a vida dos dois pilotos italianos minutos antes.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Vídeo: A Fórmula-1 dos anos 60

Documentário que mostra a "adolescência" da F1 nos anos 60 que foi, na minha opinião, a mais elegante e simples destas seis décadas de existência.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Grande Prêmio da Malásia - Corrida - 2ª Etapa

O líder: Alonso comemorando a sua sensacional vitória em Sepang.
Foto: Getty Images
 

Para o ferrarista mais ardoroso, aquele que sofre mesmo quando a rossa está na frente, foi difícil ver como que Alonso penou para levar aquele F2012 à um quinto lugar em Melbourne. E ao ver os treinos em Sepang, desde a sexta, era pra não ter nenhuma esperança. Nem de pódio. Tratando-se do GP da Malásia, onde o tempo é instável e a chuva pode aparecer a qualquer momento, talvez a chance de ao menos um pódio era pensável. Mas não seria nada fácil: Fernando havia posicionado sua Ferrari na nona colocação (que depois viria a ser oitavo, devido a punição de Raikkonen) e, caso pensasse em algo melhor, teria que lutar contra a Mercedes de Rosberg e a Lotus de Grosjean. Isso sem contar que seria impossível tentar algo contra os Red Bulls, Mclaren e a Mercedes de Schumacher, que ocupavam as cinco primeiras posições. Ou seja, Alonso teria que contentar-se, no máximo, com uma sexta posição. E olhe lá.
Como disse, a Malásia com seu tempo inconstante pode reservar surpresas: após oito voltas, a bandeira vermelha foi acionada e interrompendo a corrida após algumas voltas sob regime de Safety Car. "Bundões!", falariam a maioria. Mas tem que ser dito que isso é uma norma que a F1 adotou desde a prova da Bélgica de 1998. Quem tiver uma boa memória lembrará que os pilotos pediram para que a largada fosse dada com o SC, o que foi rejeitado pelos caras da FIA entendo que não era preciso. Sim, talvez eles pensassem da mesma forma chamando-os em pensamento "que maricas, tantos outros enfrentaram situações piores e saíram vivos!". Ok, mas após o famoso strike na descida após a La Source, os dirigentes perceberam que os pilotos tinham razão e passaram a escutá-los mais. Confesso que já os chamei de bundões e medrosos por isto, mas revi a minha opinião e acho válido que, caso as condições sejam as piores possíveis, largada tem que ser feita com o SC à frente do pelotão.
Voltando à corrida, após esta interrupção, pode-se ver um Alonso escalar o pelotão como é de seu costume, sem baixar os braços em nem se dar por vencido. A sua parada nos boxes para mudar de pneus de chuva para intermediários, seguindo o até então intocável líder Hamilton, fez lembrar os tempos da Ferrari de Michael Schumacher e sua trupe, com a equipe a devolver o espanhol na frente do piloto inglês.
Confesso que dali em diante esperava um ataque de Hamilton sobre o piloto espanhol, mas isso veio de quem menos se esperava: Sergio Perez com a Sauber, numa tocada precisa e brilhante, encontrava-se em segundo e estava pronto para começar a perseguir Fernando. O resto daquela tarde nublada foi de um disputa entre Alonso, carregando o piano desafinado da Ferrari, e Perez, levando uma Sauber bem concebida à uma segunda posição impensável.
Enquanto a pista esteve molhada, Fernando comandou as ações mantendo o jovem mexicano a uma distância segura, mas quando a pista passou a secar foi Perez quem passou a ser mais rápido e isso deixou a Ferrari em xeque com relação a liderança do espanhol e a Sauber exultante em pensar que poderiam vencer seu primeiro GP. Mesmo após a troca de pneus intermediários para os de pista seca, Alonso não teve refresco e Perez, em poucas voltas, tirou uma diferença que estava na casa dos sete segundos. Com o Sauber na cola da Ferrari era de se esperar que Sergio atacasse a qualquer momento, mas a sorte de Alonso, ou a impaciência do engenheiro da Sauber que falava feito uma matraca nos ouvidos de Perez, deu à Ferrari o respiro que precisa faltando quatro voltas para o fim, quando o mexicano escapou na penúltima curva do circuito fazendo com que a diferença de menos de 1 segundo, fosse para seis. Com isso, Alonso pode caminhar mais tranquilo para a sua magistral vitória em Sepang com o rápido Perez em segundo e o terceiro lugar ficando para o surpreendente regular Hamilton, que parece estar pensando mais no campeonato do que no momento em si. E digo: isso é louvável.
Foi uma conquista mágica, como a maioria classificou ontem nos textos que eu li. Para mim, Fernando acabou tirando um peso das costas que só iria aumentar conforme o Mundial fosse passando, de levar a Ferrari à uma vitória que todos sabiam que seria improvável nesta temporada devido o carro que tem. Agora poderá correr mais tranquilamente, sem esta pressão de ter que dar ao menos uma vitória para a Scuderia. E ela veio, de modo heróico e fabuloso.
Os Mclarens não foram tão bem em Sepang: enquanto que Hamilton assegurou um terceiro lugar, Button cometeu um dos seus raros erros ao quebrar parte da asa dianteira, quando estava para ultrapassar o HRT de Karthikeyan.
Foto: Reuters

Perez esteve em grande forma em Sepang e venceria se não tivesse cometido um erros à poucas voltas do fim. Foi primeiro mexicano a subir ao pódio depois de Pedro Rodriguez, que fez o mesmo no GP da Holanda de 1971, ao terminar em segundo. Coincidentemente, Rodriguez terminou atrás da Ferrari de Ickx e a prova foi disputada sob chuva.
Foto: Motorsport Retro

 Schumacher erroscou-se com Grosjean após a largada e despencou na classificação, mas salvou um ponto no final.
Foto: Reuters

Bruno Senna também foi um dos nomes da prova, ao levar a sua Williams ao sexto lugar e provar que também sabe conduzir muito bem sob chuva. Ele chegou a ocupar a última posição durante a corrida.
Foto: AFP

Vettel era um dos candidatos a vencer em Sepang, devido a sua estratégia de largar com pneus duros enquanto os demais do top dez largariam com os médios. A chuva destruiu essa sua aposta e ainda por cima, o bi-campeão teve o azar de ter um pneu furado após o toque com Karthikeyan que lhe tirou a chance de pontuar.
Foto: Reuters

E a equipe Lotus serviu, em nome de Kimi Raikkonen, sorvetes para a imprensa. O piloto finlandês terminou em quinto, após mais uma bela apresentação.
Foto: Motorsport Retro

Grande Prêmio da Malásia - 2ª Etapa 
Circuito de Sepang - 56 voltas 
25/03/2012 

1 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 2h44min51s812
2 - Sergio Perez (MEX/Sauber) - a 2s263
3 - Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 14s591
4 - Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 17s688
5 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 29s456
6 - Bruno Senna (BRA/Williams) - a 37s667
7 - Paul Di Resta (ESC/Force India) - a 44s412
8 - Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - a 46s985
9 - Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - a 47s892
10 - Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 49s996
11 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 1min15s527
12 - Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - a 1min16s800
13 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 1min18s500
14 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 1min19s700
15 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 1min39s300
16 - Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - a 1 volta
17 - Timo Glock (ALE/Marussia) - a 1 volta
18 - Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - a 1 volta
19 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 2 voltas
20 - Charles Pic (FRA/Marussia) - a 2 voltas
21 - Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 2 voltas
22 - Pedro de la Rosa (ESP/Hispania) - a 2 voltas

Não completaram: 
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber)
Romain Grosjean (FRA/Lotus)

sábado, 24 de março de 2012

Grande Prêmio da Malásia - Classificação - 2ª Etapa

Hamilton garantiu a sua segunda pole consecutiva
FOTO: Getty Images 
A volta de Lewis, assim como na semana passada em Melbourne, foi certeira: 1'31''219 e deixou para que os demais corressem atrás. Button até que chegou perto, baixando a diferença para 0''149 que foi insuficiente para tirar a pole de seu companheiro. Com isso, a Mclaren continua 100% nas classificações até aqui.
Por outro lado o domínio apresentado em Melbourne, com os Mclarens a colocar mais de meio segundo sobre os demais, não se repetiu neste treino. De Lewis para Rosberg, que largará em sétimo, a diferença foi de 0''442 e isso sugere que a prova possa ser bem interessante, uma vez que o desempenho em prova dos prateados de Woking não é tão formidável assim. Schumacher e Webber, que aparecem em terceiro e quarto, ficaram à menos de três décimos do duo da Mclaren, mostrando que poderiam ter brigado, ao menos, pela segunda posição. Isso até aconteceu quando Jenson superou Schumacher disputa do segundo posto.
Raikkonen fez um treino primoroso e sairia em quinto se não fosse a troca de câmbio que lhe custou cinco posições, jogando-o para décimo. Grosjean sai em sexto e, salvo problemas, a Lotus pode colocar seus dois carros na casa dos pontos. Perez fez o nono tempo e está logo atrás de Alonso, que deu apenas uma volta para garantir o oitavo tempo. Segundo ele, era o que dava para tirar do carro da Ferrari naquele momento. Vettel sairá em quinto, mas é preciso observá-lo nesta corrida com atenção: ele é o único dos dez primeiros que largará com pneus duros, já que o próprio disse que não tinha ficado à vontade com o desempenho do carro com pneus médios durante o Q2, optando pelos duros no Q3. Mesmo com o alto desgaste que é previsto para amanhã, será interessante ver quando que o alemão irá fazer sua parada de box para colocar os médios, e nessa altura os pilotos da dianteira estarão usando os duros. Daí veremos se é ou não um blefe por sua parte.
Os brasileiros foram medianos: Massa garantiu o 12º tempo, com cerca de quatro décimos de desvantagem para Alonso. Bem melhor do que tomar mais de 1 segundo, como aconteceu semana passada na Austrália. Bruno vai partir do 13º posto, duas posições depois de seu compenheiro Maldonado. Assim como Felipe, ele conseguiu diminuir a diferença para o seu parceiro ficando à 2 décimos.
Com o tempo que é habitualmente instável por aquelas bandas, o GP malaio deve interessante por causa, também, dos pneus. Quem souber poupá-los estará próximo de vencer por lá. E com isso Button já sai com uma pequena vantagem para amanhã.

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA MALÁSIA - 2ª ETAPA


1: Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min36s219
2: Jenson Button (ING/McLaren) - 1min36s368
3: Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min36s391
4: Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min36s461
5: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min36s634
6: Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1min36s658
7: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min36s664
8: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min37s566
9: Sergio Perez (MEX/Sauber) - 1min37s698
10: Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - 1min36s461*
11: Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1min37s589
12: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min37s731
13: Bruno Senna (BRA/Williams) - 1min37s841
14: Paul di Resta (ESC/Force India) - 1min37s877
15: Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - 1min37s883
16: Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - 1min37s890
17: Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min38s069
18: Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - 1min39s077
19: Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - 1min39s306
20: Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - 1min39s567
21: Timo Glock (ALE/Marussia) - 1min40s903
22: Charles Pic (FRA/Marussia) - 1min41s250
23: Pedro de la Rosa (ESP/Hispania) - 1min42s924
24: Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - 1min43s655

*Punido em cinco posições por trocar o câmbio

sexta-feira, 23 de março de 2012

Vídeo: Documentário dos testes da Williams, em novembro de 1992

Foi a grande época dos carros eletrônicos e a Williams estava na frente dessa vanguarda. O documentário, produzido pela BBC, é sobre o dia a dia na fábrica até os primeiros testes na pista do Estoril em novembro de 1992. Inicialmente com o FW15, que fora campeão com Mansell naquele ano e depois com o novo bólido que seria usado na temporada de 1993: o FW15C. 


quarta-feira, 21 de março de 2012

Ayrton Senna, 52 anos

Ayrton conduzindo a bela Mclaren MP4/8 em Monte Carlo 1993, prova que viria vencer pela sexta vez. O "Rei de Mônaco" faria 52 anos hoje.

Foto 72: Em três rodas


Nuvolari e sua Alfa Romeo 12C-36 em Brno, 1937
E não era apenas Gilles Villeneuve que tinha o dom de correr em três rodas. Tazio Nuvolari havia mostrado como fazer isso em Brno, 1937, durante o GP da Tchecoslováquia.
O piloto italiano chegou em quinto, com uma volta de atraso para o vencedor Rudolf Caracciola

terça-feira, 20 de março de 2012

Pace, 35 anos atrás

"A ambição de um piloto deveria ser retirar-se no topo, quando campeão, e o mais cedo possível. Jovem, poderá ainda fazer outras coisas na vida. Isto porque esta vida de piloto é francamente desgastante e absorvente, não nos deixando tempo e atenção para fazermos tanta outra coisa interessante que o mundo nos reserva. Claro que gosto de ser piloto porque senão não o seria. Isto de me retirar não é uma intenção, mas apenas uma ambição para o futuro. Não gostaria de continuar sempre a perder tanta coisa maravilhosa fora dos automóveis.
"Até quando penso correr? Julgo que posso ir até aos 34 ou 35 anos e então retirar-me. Essa é uma idade em que ainda se podem fazer muitas coisas. Será naturalmente uma decisão muito difícil. Por que esta é uma profissão de que gosto profundamente. Sabe, nesta atividade, como em tudo na vida, o importante é ser feliz e gostar do trabalho que se faz" 
Este é um pequeno trecho de uma entrevista concedida ao jornalista português Francisco Santos, do qual já extraí outras duas partes, originalmente publicada no anuário "Motores 75/76".
Francisco perguntou à Pace sobre a suas ambições após aquela temporada de 1975, onde ele terminou na sexta posição com 24 pontos assinalados e uma vitória conquistada no GP do Brasil, à 26 de janeiro.
Infelizmente o "Moco" não pode desfrutar da sua vida como tanto queria e planejava. Desapareceu em 18 de março de 1977 num acidente de helicóptero na Serra da Cantareira, num momento que estava iniciando a sua temporada como principal piloto na Brabham, após a saída de Carlos Reutemann para a Ferrari.

Vídeo: A epopéia da Triumph nas 24 Horas de Le Mans de 1961

A fábrica britânica levou três de seus novos Standard Triumph TR4 para competir nas 24 Horas de Le Mans de 1961. Marcel Becquart (Fra)/ Michael Rotschild (EUA) no carro #25; Les Leston (GB)/ Rob Stolemaker (Hol) no #26 e Peter Bolton (GB)/ Keith Ballisat (GB) no #27 representaram o time britânico nesta prova.
Apesar de não ter vencido a prova (esta honra ficou com a dupla da Ferrari Olivier Gendenbien/ Phil Hill), os três Triumph chegaram ao final: Bolton/ Ballisat terminaram em nono; Leston/ Stolemaker em 11º e Becquart/ Rotschild na 15º posição no geral. Na categoria em que competiam, a S 2.0, foram 4º, 5º e 6º. A vitória nessa classe foi da Porsche com a dupla americana Masten Gregory/ Bob Holbert com um modelo 718 RS61/4 Spyder.
Os Triumph brilharam mais tarde nos EUA, onde conquistaram vitórias na classe GT das 12 Horas de Sebring e 24 Horas de Daytona.

Desempenho das duplas - Grande Prêmio da Austrália

McLaren – Button e Hamilton estiveram muito próximos desde os primeiros treinos, mostrando que a McLaren estava um degrau acima das demais em Melbourne. O erro de cálculo do time privou Lewis de atacar Jenson e por a equipe deixou fazer uma dobradinha nesta primeira etapa.

Treino Livre 1:
1. Jenson Button: 1min27s560
2. Lewis Hamilton: 1min27s805

TL 2:
15. Jenson Button: 1min33s039
16. Lewis Hamilton: 1min33s252

TL 3:
1. Lewis Hamilton: 1min25s681
4. Jenson Button: 1min25s906

Treino classificatório:
1. Lewis Hamilton: 1min24s922
2. Jenson Button: 1min25s074

Melhor Volta:
1. Jenson Button: 1:29.187
4. Lewis Hamilton: 1:29.538

Velocidade de reta:
1. Lewis Hamilton: 313.8
17. Jenson Button: 300,7


Red Bull – Nos treinos Webber esteve melhor que Sebastian, mas como diz o ditado treino é treino, e o alemão virou a mesa no domingo durante a prova. Mesmo assim foi equilibrado o duelo destoando apenas no TL 1, onde Mark foi 1.323s mais veloz que Sebastian.

Treino Livre 1:
5. Mark Webber: 1min28s467
11. Sebastian Vettel: 1min29s790

TL 2:
10. Sebastian Vettel: 1min32s194
11. Mark Webber: 1min32s296

TL 3:
3. Mark Webber: 1min25s900
7. Sebastian Vettel: 1min26s211

Treino classificatório:
5. Mark Webber: 1min25s651
6. Sebastian Vettel: 1min25s668

Melhor Volta:
2. Sebastian Vettel: 1min29s417
3. Mark Webber: 1min29s438

Velocidade de Reta:
15. Sebastian Vettel: 303.4
16. Mark Webber: 303.1


Ferrari – Foi uma lavada impiedosa de Alonso frente Massa. Talvez a maior desde que os dois dividem o mesmo espaço na Ferrari. Em média Fernando foi 1.5 mais rápido que Felipe desde a sexta. Ou seja, a Scuderia pareceu correr com apenas um carro na pista.

Treino Livre 1:
4. Fernando Alonso: 1min28s360
18. Felipe Massa: 1min30s743

TL 2:
4. Fernando Alonso: 1min30s341
7. Felipe Massa: 1min31s505

TL3:
16. Fernando Alonso: 1min27s323
18. Felipe Massa: 1min28s023

Treino Classificatório:
12. Fernando Alonso: 1min26s494
16. Felipe Massa: 1min27s497

Melhor Volta:
7. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min30s277
15. Felipe Massa: 1min31s940

Velocidade de Reta:
13. Felipe Massa: 305.8
14. Fernando Alonso: 304.0


Sauber – Kobayashi e Perez dispõem-se de um carro muito bom, pelo menos é a impressão que ficou nesta primeira etapa. Poderiam ter levado a Sauber até o Q3, mas falharam. Foi bem equilibrado a disputa entre eles.

Treino Livre
1: 10. Kamui Kobayashi: 1min29s722
15. Sergio Perez: 1min30s124

TL 2:
3. Sergio Perez: 1min30s199
5. Kamui Kobayashi: 1min30s709

TL 3:
9. Sergio Perez: 1min26s632
13. Kamui Kobayashi: 1min26s755

Treino Classificatório:
13. Kamui Kobayashi: 1min26s590
22. Sergio Perez: 1min26s596

Melhor Volta:
10. Kamui Kobayashi: 1min30s620
12. Sergio Perez: 1min30s843

Velocidade de Reta:
2. Kamui Kobayashi: 313.6
3. Sergio Perez: 311,9


Lotus - Assim como a Sauber, a Lotus apresentou um carro muito bom Melbourne e deu è Grosjean e Raikkonen a possibilidade de marcar pontos. Romain foi mais rápido que Kimi, como era de se esperar e isso foi comprovado com excelente 3º lugar conquistado por ele na classificação. Raikkonen foi bem durante a corrida, e marcou pontos e teve a 11ª melhor volta.

Treino Livre 1:
9. Kimi Raikkonen: 1min29s565
16. Romain Grosjean: 1min30s515

TL 2:
14. Romain Grosjean: 1min32s822
18. Kimi Räikkönen: 1min34s275

TL 3:
2. Romain Grosjean: 1min25s758
12. Kimi Räikkönen: 1min26s737

Treino Classificatório:
3. Romain Grosjean: 1min25s302
17. Kimi Räikkönen: 1min27s758

Melhor Volta:
11. Kimi Raikkonen: 1min30s759
21. Romain Grosjean: Sem tempo

Velocidade de Reta:
5. Kimi Raikkonen: 310.2 21.
Romain Grosjean: 291.4


Toro Rosso – Ricciardo pode até ter conseguido marcar seus primeiros, o que dá um certo destaque, mas Vergne esteve no seu encalço desde o TL2. A disputa entre os dois novatos da Toro Rosso deve ser bem interessante pela temporada.

Treino Livre 1:
7. Daniel Ricciardo: 1min28s908
19. Jean-Eric Vergne: 1min31s178

TL 2:
20. Jean-Eric Vergne: 1min34s485
21. Daniel Ricciardo: 1min34s604

TL 3:
10. Daniel Ricciardo: 1min26s723
11. Jean-Eric Vergne: 1min26s733

Treino Classificatório:
10. Daniel Ricciardo: Sem tempo
11. Jean-Eric Vergne: 1min26s429

Melhor Volta:
6. Jean-Eric Vergne: 1min30s274
8. Daniel Ricciardo: 1min30s592

Velocidade de Reta:
7. Daniel Ricciardo: 308.4
8. Jean-Eric Vergne: 308.4


Force India – Confesso que quando vi a tabela do TL1 na quinta, acreditava que a disputa entre Hulkenberg e Di Resta seria apertadíssima durante o fim de semana. Foi apenas uma ilusão. Nico dominou totalmente o piloto escocês com uma margem de 0.5s de vantagem nas melhores voltas. Di Resta, no fim, foi o piloto que levou o time aos pontos, mas esteve sumido desde a sexta.

Treino Livre 1:
12. Nico Hulkenberg: 1min29s865
13. Paul di Resta: 1min29s881

TL 2:
2. Nico Hulkenberg: 1min29s292
6. Paul di Resta: 1min31s466

TL 3:
14. Nico Hulkenberg: 1min27s029
17. Paul di Resta: 1min27s428

Treino Classificatório:
9. Nico Hulkenberg: 1min26s451
15. Paul di Resta: 1min27s086

Melhor Volta:
9. Paul di Resta: 1min30s605
22. Nico Hulkenberg: Sem tempo

Velocidade de Reta:
11. Paul di Resta: 306.8
22. Nico Hulkenberg: 239.3


Mercedes – Michael esteve em grande forma e talvez tenha sido o primeiro fim de semana que andou mais tempo na frente de Rosberg. A saída prematura de Schumi na prova privou a Mercedes de conquista um pódio, já que Nico esteve abaixo do esperado em Melbourne.

Treino Livre 1:
3. Michael Schumacher: 1min28s235
6. Nico Rosberg: 1min28s683

TL 2:
1.Michael Schumacher: 1min29s183
9. Nico Rosberg: 1min32s184

TL 3:
5. Nico Rosberg: 1min25s929
6. Michael Schumacher: 1min26s078

Treino Classificatório:
4. Michael Schumacher: 1min25s336
7. Nico Rosberg: 1min28s686

Melhor Volta:
14. Nico Rosberg: 1min30s931
18. Michael Schumacher: 1min33s693

Velocidade de Reta:
4. Nico Rosberg: 311.0
18. Michael Schumacher: 297.6


Williams – Assim como Alonso x Massa, Maldonado massacrou Bruno neste primeiro confronto entre eles. Apesar de que em alguns treinos Senna tenha ficado com tempos bem próximos ao de Pastor, o venezuelano esteve sempre entre os dez primeiros e o brasileiro vagueando entre a décima e a décima quinta posição.

Treino Livre 1:
8. Pastor Maldonado: 1min29s415
14. Bruno Senna: 1min29s953

TL 2:
17. Pastor Maldonado: 1min34s108
19. Bruno Senna: 1min34s312

TL 3:
8. Pastor Maldonado: 1min26s470
15. Bruno Senna: 1min27s119

Treino Classificatório:
8. Pastor Maldonado: 1min25s908
15. Bruno Senna: 1min26s663

Melhor Volta:
5. Pastor Maldonado: 1min30s254
13. Bruno Senna: 1min30s855

Velocidade de Reta:
6. Pastor Maldonado: 308.9
10. Bruno Senna: 307.2


Marussia – Pelo fato de ser estreante, era normal que Pic tomasse tempo de Glock. E foi o que aconteceu. Em média Timo quase, ou mais, de 2 segundos melhor que Charles. E a diferença deve se manter nisso, até que a F1 chegue na Europa onde terá pistas que o piloto francês já conhece.

Treino Livre 1:
21. Timo Glock: 1min34s730
22. Charles Pic: 1min40s256

TL 2:
12. Timo Glock: 1min32s632
22. Charles Pic: 1min34s770

TL 3:
21. Timo Glock: 1min30s728
22. Charles Pic: 1min31s225

Treino Classificatório:
20. Timo Glock: 1min30s923
21. Charles Pic: 1min31s670

Melhor Volta:
19. Timo Glock: 1min34s253
20. Charles Pic: 1min35s011

Velocidade de Reta:
19. Charles Pic: 295.8
20. Timo Glock: 294.5

Caterham – Heikki esteve na frente e em algumas situações, chegou a colocar mais de 1.4 de vantagem sobre Vitaly. Com o passar dos treinos, o russo foi sentindo-se melhor no carro e melhorou sua performance a ponto de fazer volta mais rápida que Kovalainen durante a corrida. É outro duelo que promete ser legal.

Treino Livre 1:
17. Heikki Kovalaine: 1min30s586
20. Vitaly Petrov: 1min31s983

TL 2:
8. Heikki Kovalainen: 1min31s932
13. Vitaly Petrov: 1min32s767

TL 3:
19. Heikki Kovalainen: 1min28s341
20. Vitaly Petrov: 1min28s702

Treino Classificatório:
18. Heikki Kovalainen: 1min28s679
19. Vitaly Petrov: 1min29s018

Melhor Volta:
16. Vitaly Petrov: 1min33s214
17. Heikki Kovalainen: 1min33s693

Velocidade de Reta:
9. Heikki Kovalainen: 307.4
12. Vitaly Petrov: 306.7


Hispania – Nem tem o que dizer muito de uma equipe que terminou de montar o carro de De La Rosa na sexta, fazendo-o perder os dois treinos livres. No pouco que andaram o espanhol foi melhor que Karthikeyan, mas ficaram de fora da prova.

Treino Livre 1:
23. Narain Karthikeyan: sem tempo
24. Pedro de La Rosa: sem tempo

TL 2:
23. Narain Karthikeyan: 1min42s627
24. Pedro de La Rosa: sem tempo

TL 3:
23. Pedro de la Rosa: 1min33s114
24. Narain Karthikeyan: 1min33s261

Treino Classificatório:
23. Pedro de la Rosa: 1min33s495
24. Narain Karthikeyan: 1min33s643

4 Horas de Interlagos - Solidariedade e vitória para Queirolo e Muffato

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