terça-feira, 20 de março de 2012

Pace, 35 anos atrás

"A ambição de um piloto deveria ser retirar-se no topo, quando campeão, e o mais cedo possível. Jovem, poderá ainda fazer outras coisas na vida. Isto porque esta vida de piloto é francamente desgastante e absorvente, não nos deixando tempo e atenção para fazermos tanta outra coisa interessante que o mundo nos reserva. Claro que gosto de ser piloto porque senão não o seria. Isto de me retirar não é uma intenção, mas apenas uma ambição para o futuro. Não gostaria de continuar sempre a perder tanta coisa maravilhosa fora dos automóveis.
"Até quando penso correr? Julgo que posso ir até aos 34 ou 35 anos e então retirar-me. Essa é uma idade em que ainda se podem fazer muitas coisas. Será naturalmente uma decisão muito difícil. Por que esta é uma profissão de que gosto profundamente. Sabe, nesta atividade, como em tudo na vida, o importante é ser feliz e gostar do trabalho que se faz" 
Este é um pequeno trecho de uma entrevista concedida ao jornalista português Francisco Santos, do qual já extraí outras duas partes, originalmente publicada no anuário "Motores 75/76".
Francisco perguntou à Pace sobre a suas ambições após aquela temporada de 1975, onde ele terminou na sexta posição com 24 pontos assinalados e uma vitória conquistada no GP do Brasil, à 26 de janeiro.
Infelizmente o "Moco" não pode desfrutar da sua vida como tanto queria e planejava. Desapareceu em 18 de março de 1977 num acidente de helicóptero na Serra da Cantareira, num momento que estava iniciando a sua temporada como principal piloto na Brabham, após a saída de Carlos Reutemann para a Ferrari.

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