segunda-feira, 3 de março de 2014

F1 Pré-Temporada: Mercedes e Williams na frente



(Foto: Abril/Quatro Rodas)

Nestes quase cinco anos de blog foram poucas as vezes que dei alguma ênfase aos testes de pré-temporada – a não ser colocar os tempos obtidos em cada dia -, por imaginar que na maioria das vezes elas são ilusórias. Alguma equipe pode dominá-las totalmente, fazendo com que imprensa e fãs apontem-a como a grande favorita e quando esta alinhasse para as primeiras corridas do ano, poderia muito bem ser um grande fiasco. Enquanto isso, aquele time que passou todo inverno vagueando pelo meio do pelotão e em quase nenhum momento mostrou algo de concreto, simplesmente domina todo - ou boa parte – das corridas e torna-se a grande sensação. É claro que faz parte do jogo você acertar ou errar, mas preferi sempre ficar observando as ações durante essa época da F1. Porém, com essa mudança de regulamentos, achei conveniente expressar a minha opinião do que vi nestes doze dias de testes entre Jerez e a dupla bateria em Sakhir.

Quem levou a melhor? Para quem acompanhou os tempos, notícias e comentários, não é novidade que os carros com motores Mercedes foram os grandes nomes desta pré-temporada. Ao todo foram onze dias com os propulsores alemães na frente (McLaren, Mercedes e Force India 3 cada; Williams 2) o outro dia ficou por conta da Ferrari, em Jerez.
A confiabilidade passada pela Mercedes, tanto para a equipe de fábrica, quanto para os clientes, foi positiva e poucos problemas relacionados ao motor foram notificados. Isso traz um bom presságio para as quatro equipes que usam este motor. A Ferrari também pode comemorar, de certa forma, já que tiveram problemas, mas nada alarmante – apenas a Marussia e Sauber é que enfrentaram contratempos, mas que foram resolvidas e ambas pôde realizar a sua programação. Pelos menos não foi nada parecido com a Renault, que enfrentou vários problemas desde Jerez com as suas equipes clientes devido a refrigeração dos seus motores. O mais grave dos problemas ainda repousa sobre a Red Bull, devido – principalmente – a um carro concebido por Adrian Newey que, como todos sabem, privilegia a aerodinâmica em sua totalidade durante a concepção do carro. Devido a isso a falta de espaço para refrigerar o propulsor francês e daí o alto número de quebras. Toro Rosso e Caterham amenizaram um pouco estes contratempos, mas não o eliminaram. A Lotus, que optou em não testar em Jerez, aparecendo apenas na segunda sessão no Bahrein, também tem feito companhia para a Red Bull neste calvário. Mas ao menos poderão alegar que tudo isso é por conta da baixa quilometragem do E22 – a Lotus, nestas duas rodadas de testes em Sakhir, completou 196 voltas, cem a menos que a Red Bull (contando apenas estes testes no Bahrein).      

O desempenho: Interessante observar a tabela dos tempos de cada dia e depois a somatória geral ao final dos quatro dias. Em Jerez, por exemplo, os pilotos estiveram impedidos de usar a potência dos motores em sua totalidade, daí o fato da melhor marca ter ficado em torno de cinco segundos mais lenta que a alcançada por Massa durante os testes de 2013 (Massa fez na casa de 1’18 contra 1’23 de Magnussen neste ano). Porém, já em pista barenita, com os pilotos podendo explorar o máximo de seus carros, a marca de Nico Rosberg foi de 1’33’’283 ficando a 0’’953 acima da pole que foi estabelecida por ele ano passado. Uma boa volta que ele mesmo admitiu ter conseguido devido a pouca gasolina no tanque. Felipe Massa, no penúltimo dia da última bateria de testes, bateria a marca de Rosberg ao fazer 1’33’’258 (0’’928 acima da pole de 2013), mostrando que os carros com motores V6 Turbo parecem não ser a catástrofe que aparentavam... Ao menos pelos lados da Mercedes.
A Ferrari ficou sempre em colocações próximas aos dos carros com motores Mercedes. Tomando em conta apenas os testes em Sakhir, a média dos tempos da “Rossa” oscilou entre 1’34 e 1’36 o que faz crer que a equipe tenha optado por trabalhar o carro para o GPs. Isso me faz imaginar as caras de poucos amigos que Alonso e Raikkonen poderão mostrar ao fim das classificações... a média de tempo entre ela e a Mercedes e Williams neste ficou na casa de um a dois segundos de desvantagem. As outras duas equipes impulsionadas pelos Ferrari, Sauber e Marussia, tiveram desempenhos quase parelhos: se em Jerez eles estiveram bem próximos nos tempos, a Sauber teve uma boa vantagem sobre a equipe russa na segunda bateria. Porém, na terceira parte dos testes, a Marussia voltou a incomodar os suíços. Numa análise fria, a equipe russa pode fazer um bom papel nestas primeiras corridas enquanto que a Sauber deve demorar a se acertar.
No panorama das equipes Renault, a coisa andou bem nebulosa nos primeiros testes, mas que aparentemente clareou uma parte nesta última rodada de testes: a Toro Rosso terminou com a melhor marca entre os Renaults e num geral, computando os resultados desde Jerez, pode-se dizer que foi a melhor das clientes – principalmente nestes últimos dias com Vergne ficando próximo do tempo de Hulkenberg e Kvyat a dois décimos de Magnussen. A Caterham conseguiu apresentar um bom ritmo até a segunda parte do programa, que veio a despencar neste último. Mas foi a equipe que mais andou com o Renault, completando 626 voltas nestes doze dias. Com relação à Red Bull talvez foi a que mais tenha sofrido com os motores franceses devido ao superaquecimento, que já dito aqui. Mas a construção do carro ajuda bastante nesta falta de refrigeração. Tão pior, ou igual a eles, a Lotus, que preferiu participar dos testes a partir da segunda rodada, enfrentou problemas a rodo em Sakhir com o motor e também na parte mecânica do carro.
Partindo para os difamados motores V6 Turbo, estes apresentaram boas performances na pista barenita, principalmente em reta. Fernando Alonso, em um destes oitos dias, chegou a cravar a marca de 336 Km/h no final de uma das retas do circuito, levando Nico Rosberg a acreditar que eles possam chegar aos 360 Km/h em Monza... seria nada mal para um motor que tem sido tão criticado. O barulho também não está todo mal: o ronco abafado e o barulho da turbina nas retomadas de velocidade são bem agradáveis – pelo menos para mim –, mas para quem gostava do barulho estridente dos saudosos V10 e V8, a crítica continuará por um bom tempo. A digiribilidade dos carros também mudou devido à baixa carga aerodinâmica, fazendo com que saia mais de traseira na saída de curva. Pelo menos a Pirelli caprichou nos pneus deste ano e talvez não vejamos aquela “farofeira” no canto das pistas e nem os pilotos andou cinco, seis voltas e correndo para trocá-los.
(Arte: Caio Signorelli)

(Arte: Caio Signorelli)



Resultado Geral
Bahrein - Circuito de Sakhir
Testes de Pré-Temporada- Terceira parte

Fórmula-1 – Soma dos tempos



1.  Felipe Massa   (BRA/Williams-Mercedes)      1m33.258
2.  Lewis Hamilton     (ING/Mercedes)           1m33.278
3.  Nico Rosberg       (ALE/Mercedes)           1m33.484
4.  Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes)     1m33.987
5.  Fernando Alonso    (ESP/Ferrari)            1m34.280
6.  Sergio Pérez (MEX/Force India-Mercedes)     1m35.290
7.  Kimi Raikkonen     (FIN/Ferrari)            1m35.426
8.  Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes)  1m35.577
9.  Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso-Renault)   1m35.701
10.Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault)       1m35.743
11.Kevin Magnussen (DIN/McLaren-Mercedes)   1m35.894
12.Daniil Kvyat (RUS/Toro Rosso-Renault)    1m36.113
13.Adrian Sutil   (ALE/Sauber-Ferrari)      1m36.467
14.Max Chilton    (ING/Marussia-Ferrari)    1m36.835
15.Jenson Button  (ING/McLaren-Mercedes)    1m36.901
16.Jules Bianchi  (FRA/Marussia-Ferrari)    1m37.087
17.Esteban Gutierrez (MEX/Sauber-Ferrari)   1m37.303
18.Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault)  1m37.468
19.Marcus Ericsson (SUE/Caterham-Renault)   1m38.083
20.Kamui Kobayashi (JAP/Caterham-Renault)   1m38.391
21.Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault)      1m39.302
22.Pastor Maldonado (VEN/Lotus-Renault)     1m40.599

Com relação às marcas alcançadas por cada piloto e destacando a ótima performance dos clientes da Mercedes, a única dúvida que fica nestas “Flying Laps” é se eles conseguiram elas em poucas voltas ou tiveram uma longa sequência no mesmo segundo. Isso indicaria, por exemplo, se de fato o carro é forte suficiente até mesmo durante a corrida ou se apenas essas marcas podem ser alcançadas em classificações. Mas baseando-se no que disse Rosberg sobre a sua melhor marca na segunda bateria de testes, é bem provável que seja desempenho para classificação.
 

O que esperar nestas primeiras corridas? Acredito que Mercedes e Williams serão as mais fortes nas classificações e os tempos delas nas tabelas das três sessões de testes mostram bem isso. Talvez eu possa inserir a McLaren nessa batalha também, mas a última bateria de testes mostrou uma equipe mais apática devido, quem sabe, por estarem trabalhando em ritmo de corrida. A Ferrari está em pé de igualdade com a Force India neste quesito de velocidade pura. Portanto é provável que sejam estas as cinco equipes presentes no Q3 destas primeiras corridas. O restante deve sair nos tapas para quem sobe até o Q2...
Olhando para as corridas, já acho que essa vantagem de Mercedes e Williams não será tão latente. McLaren, Force India e até a Ferrari pode embolar a briga pela dianteira tornando a corrida totalmente imprevisível. E ficarei atento a Ferrari, principalmente neste quesito...
A verdade é que a Formula-1, com todas essas mudanças, trouxe de volta a categoria o fator da imprevisibilidade que ficou cravada nos anos 90. Não estranhem se houver muitas quebras em Melbourne, no dia 16 de março. E muito menos se o vencedor da corrida seja aquele ninguém apostava um centavo furado...



domingo, 2 de março de 2014

F1 Pré-Temporada: Bahrein (2ª parte) 4° Dia

E chegou ao fim a pré-temporada da Fórmula-1 com Lewis Hamilton - que enfrentou problemas no W05 na primeira parte - dominando o dia em Sakhir e se colocando à frente de Bottas, que havia feito o melhor tempo pela manhã. Como de costume, Fernando Alonso ficou próximo dos carros com motores Mercedes ao colocar a Ferrari em terceiro.
Ao que aparenta foi um dia tranquilo para a Red Bull, tanto que Sebastian Vettel conseguiu andar 77 voltas e marcar o nono tempo. Jean-Éric Vergne foi o melhor dos carros movidos com motores Renault ao ficar em quinto com a Toro Rosso.


Resultado  
Bahrein - Circuito de Sakhir
Testes de Pré-Temporada  

Fórmula-1 - Dia 4

 1.  Lewis Hamilton     Mercedes              1m33.278s           69
 2.  Valtteri Bottas    Williams-Mercedes     1m33.987s  +0.709s  108
 3.  Fernando Alonso    Ferrari               1m34.280s  +1.002s  74
 4.  Nico Hulkenberg    Force India-Mercedes  1m35.577s  +2.299s  74
 5.  Jean-Eric Vergne   Toro Rosso-Renault    1m35.701s  +2.423s  74
 6.  Adrian Sutil       Sauber-Ferrari        1m36.467s  +3.189s  91
 7.  Max Chilton        Marussia-Ferrari      1m36.835s  +3.557s  61
 8.  Esteban Gutierrez  Sauber-Ferrari        1m37.303s  +4.025s  86
 9.  Sebastian Vettel   Red Bull-Renault      1m37.468s  +4.190s  77
10.  Jenson Button      McLaren-Mercedes      1m38.111s  +4.833s  22
11.  Kamui Kobayashi    Caterham-Renault      1m38.391s  +5.113s  106
12.  Romain Grosjean    Lotus-Renault         1m39.302s  +6.024s  32

sábado, 1 de março de 2014

WEC: Resumo da Temporada 2013

Um resumo do que foi a temporada 2013 do World Endurance Championship. Divirtam-se!

F1 Pré-Temporada: Bahrein (2ª parte) 3° Dia

Felipe Massa: “É claro que você sempre fica feliz em ver seu nome no topo da tabela de tempos, mas além da performance, hoje foi bom para adquirir mais quilometragem e confiabilidade, pois sabemos que isso será necessário na Austrália  
“Acho que o que fizemos neste teste foi importante não apenas para chegar ao final da corrida, mas para sabermos que teremos uma boa performance também.”
Depois de dois dias em que a Force India ditou o ritmo em Sakhir, hoje foi a vez da Williams com Felipe Massa a comandar os testes na pista barenita e cravar o melhor tempo desta bateria e também no geral até aqui, somando os tempos da semana passada. Nico Rosberg foi o segundo e Kimi Raikkonen o terceiro.
Se ontem foi um dia de flores para a Red Bull, a equipe voltou a fase negra e desta vez com certa crueldade, já que desta vez era Vettel quem comandaria o RB10 neste penúltimo dia de teste. Comandaria... isso se o carro não apresentasse problemas na sua simulação de prova, com apenas meia volta, e quando tentou sair para a pista o carro quebrou ao final do pit-lane... Sebastian não fez nenhum tempo.
Problemas também para Sauber e Lotus: Sutil, com a Sauber, teve problemas de motor e Grosjean - Lotus - ficou de fora do teste após o E22 apresentar falhas na parte elétrica.

Resultado  
Bahrein - Circuito de Sakhir
Testes de Pré-Temporada  

Fórmula-1 - Dia 3

1. Felipe Massa (Williams-Mercedes): 1m33s258 (99 voltas)
2. Nico Rosberg (Mercedes): 1m33s484 +0s226 (103)
3. Kimi Raikkonen (Ferrari): 1m35s426 +2s168 (87)
4. Kevin Magnussen (McLaren-Mercedes): 1m35s894 +2s636 (88)
5. Daniil Kvyat (STR-Renault): 1m36s113 +2s855 (81)
6. Nico Hulkenberg (Force India-Mercedes): 1m36s205 +2s947 (115)
7. Jules Bianchi (Marussia-Ferrari): 1m37s087 +3s829 (78)
8. Marcus Ericsson (Caterham-Renault): 1m38s083 +4s825 (117)
9. Romain Grosjean (Lotus-Renault): 1m42s166 +8s908 (33)
10. Adrian Sutil (Sauber-Ferrari): sem tempo (1)
11. Sebastian Vettel (RBR-Renault): sem tempo (0)

Nico Rosberg encerrou a sua pré-temporada com a segunda melhor marca do dia...

...enquanto que Kimi Raikkonen levou a F14T ao terceiro posto, a 2''168 segundos do tempo de Massa. Mas os problemas no carro atrapalharam seu dia, principalmente pela manhã: “Eu esperava fazer mais voltas, mas não foi um dia fácil. Perdemos algum tempo pela manhã, quando tivemos que consertar alguma coisa no carro, mas depois conseguimos compensar uma parte disso na parte da tarde.”
Sebastian Vettel: “É difícil dizer quanto tempo vai levar para encontrarmos a solução. Acho que algumas coisas têm a ver com o fato de que em duas semanas teremos muitas novas peças no carro. Fomos atrapalhados devido aos problemas que tivemos e porque as peças não ficam prontas de uma hora para a outra, então olhando por esse lado as coisas vão melhorar.”


Adrian Sutil enfrentou problemas no motor Ferrari do Sauber e a equipe optou por trocá-lo para amanhã. O piloto alemão, que teria o dia todo de testes neste sábado, terá que dividir o domingo com Esteban Gutierres: “É por isso que testamos. É claro que eu gostaria de pilotar o máximo possível, mas você precisa olhar para o quadro todo, e o time decidiu focar em se preparar para o último dia de testes amanhã. Eu preferiria ter esses problemas aqui do que em um fim de semana de corrida. Isso mostra o quão complexos são o novo carro e a unidade de força e estamos explorando os limites. Apesar de as portas do box estarem fechadas, os engenheiros e os mecânicos trabalharam muito duro e esperamos ter um bom dia amanhã.”

sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

F1 Pré-Temporada: Bahrein (2ª parte) 2° Dia

Sergio Pérez: “É uma sensação muito boa ter um dia inteiro e completar tantas voltas“O trabalho de acerto hoje foi muito útil, porque tentamos algumas coisas diferentes para ter uma direção melhor para a primeira corrida. Tudo correu como o planejado e conseguimos completar todos os long-runs na parte da tarde” 

Sergio Pérez voltou a colocar a Force India no topo da tabela de tempos desse segundo dia de testes em Sakhir. Além dele, Fernando Alonso esteve bem próximo do seu tempo e a melhor notícia do dia - ao menos para os lados de Milton Keynes - é que a Red Bull, com Ricciardo ao volante, conseguiu fazer um treino muito bom colocando o carro dos rubro taurinos na terceira posição, à 0''173 décimos da marca de Pérez. Algo de bom pelo menos para eles, que marcaram a nona colocação pela manhã com o tempo na casa de 1'40...
Os papéis inverteram neste dia no Bahrein: se a Red Bull teve um dia de paz, a Mercedes enfrentou problemas. Lewis Hamilton encerrou cedo as sua atividades devido a problemas de câmbio. Jenson Button também enfrentou problemas pela manhã. Lotus e Caterham tiveram principio de incêndio em seus carros e assim seus pilotos, Maldonado e Marcus Ericsson, respectivamente, ficaram nas duas últimas colocações.
Felipe Massa e Jules Bianchi tiveram um dia proveitoso colocando seus carros - Williams e Marussia - entre os seis primeiros. O brasileiro trabalhou no acerto do FW36 de manhã e a tarde numa simulação de prova, enquanto que o piloto francês ficou em quarto pela manhã e sexto na parte da tarde.

Resultado  
Bahrein - Circuito de Sakhir
Testes de Pré-Temporada  
Fórmula-1 - Dia 2

1) Sergio Pérez (MEX/Force India-Mercedes) 1m35s570 (108 voltas)
2) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) 1m35s634  +0s064 (122)
3) Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault) 1m35s743  +0s173 (66)
4) Felipe Massa (BRA/Williams-Mercedes) 1m36s507  +0s937 (103)
5) Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) 1m36s901  +1s331 (52)
6) Jules Bianchi (FRA/Marussia-Ferrari) 1m38s092  +2s522 (75)
7) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) 1m39s041  +3s471 (89)
8) Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Renault) 1m39s636  +4s066 (61)
9) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber-Ferrari) 1m39s976  +4s406 (106)
10) Pastor Maldonado (VEN/Lotus-Renault) 1m41s613  +6s043 (31)
11) Marcus Ericsson (SUE/Caterham-Renault) 1m42s516  +6s946 (55)

Fernando Alonso: “600 km são sempre bem-vindos, mas ainda é muito cedo para dizer que estamos 100% prontos para Melbourne“Pela manhã, fizemos alguns trabalhos no acerto do carro, o que nos ensinou qual era a melhor direção para seguir, enquanto na parte da tarde, conseguimos completar uma simulação de corrida. Cada volta que completamos pode ser adicionada à fase de aprendizagem, o que é a situação normal para os testes de inverno.”

Daniel Ricciardo:“Hoje foi muito melhor. Pela manhã, foi importante ter a equipe de corrida aqui para fazer os pit-stops, pois eles não tiveram oportunidade de se familiarizar com o carro ainda, por isso, não fiz muitas voltas na parte da manhã“No entanto, no período da tarde, fizemos algumas coisas boas. Tivemos mais ação com os pneus macios, o que foi bom para ver como o carro reage com um pouco mais de aderência. Também fizemos um ‘long run’ no final, o que foi muito importante”

Felipe Massa: “Foi realmente o meu primeiro dia de pilotagem, depois de trabalhar apenas metade de um dia, na semana passada. Então, ainda estou ansioso para entender mais amanhã e fazer tudo o que puder fazer para estar o mais preparado possível para a primeira corrida.”

Jules Bianchi conseguiu um bom dia a bordo de sua Marussia ficando sempre os seis primeiros desde a parte da manhã

Lewis Hamilton completou 89 voltas neste segundo dia de treinos, sendo prejudicado por problemas no ERS pela manhã e câmbio a tarde

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

F1 Pré-Temporada: Bahrein (2ª parte) 1° Dia

Sergio Pérez: “Conseguimos completar várias voltas, tentamos diferentes compostos e mapeamentos, e foi um dia fantástico em termos de aprender sobre o carro. Amanhã é o meu último dia no carro antes da temporada começar e espero que possamos ter mais um dia sólido para ficarmos em boa forma para Melbourne”
O início da terceira e última parte das sessões de testes na pista do Bahrein viu, mais uma vez, um carro com motor Mercedes na ponta da tabela: Sergio Pérez, com uma marca alcançada ainda pela manhã, foi o melhor deste primeiro dia em Sakhir com a sua Force India e Valtteri Bottas acompanhou o ritmo do mexicano no comando da Williams, ao anotar a segunda colocação. A Ferrari foi a intrusa - como tem sido em algumas ocasiões - entre os carros com motores alemães, com Kimi Raikkonen cravando o terceiro tempo.
Apesar de um bom presságio pela manhã, quando Daniel Ricciardo conseguiu se posicionar em quinto, a Red Bull enfrentou problemas de superaquecimento no motor Renault e viu a parte da tarde ser desperdiçada. A Lotus, com Pastor Maldonado, também enfrentou contratempos, mas nada ligado ao motor e sim devido a falhas no novo escapamento. A Toro Rosso teve falhas no seu carro, assim como a Caterham.
Dessa vez, ao menos, a Renault não teve grande parcela de culpa nos problemas dos seus clientes...

Resultado  
Bahrein - Circuito de Sakhir
Testes de Pré-Temporada  
Fórmula-1 - Dia 1


1) Sergio Pérez (MEX/Force India-Mercedes)  1m35s290 (105 voltas)
2) Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes)  1m36s184  +0s894  (128)
3) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) 1m36s432  +1s142  (54)
4) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 1m36s624  +1s334  (89)
5) Adrian Sutil (ALE/Sauber-Ferrari) 1m37s700  +2s410  (89)
6) Kevin Magnussen (DIN/McLaren-Mercedes) 1m37s825  +2s535  (109)
7) Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault) 1m37s908  +2s618  (39)
8) Max Chilton (ING/Marussia-Ferrari) 1m38s610  +3s320  (44)
9) Daniil Kvyat (RUS/STR-Renault) 1m39s242  +3s952  (56)
10) Pastor Maldonado (VEN/Lotus-Renault) 1m40s599  +5s309  (31)
11) Kamui Kobayashi (JAP/Caterham-Renault) 1m42s285  +6s995  (19)

Valtteri Bottas: “Temos muitos dados para analisar nesta noite, depois de fazer trabalhos aerodinâmicos durante a manhã e uma simulação de corrida e acertos à tarde. Fizemos testes interessantes e ainda há muitas coisas para melhorar, então vamos continuar nos esforçando”


Kimi Raikkonen: “O carro está bem melhor do que estava no início do ano. Mas ainda temos muito a fazer neste final de testes. Nós só vamos descobrir qual é a nossa real condição na primeira corrida”

Nico Rosberg testou novas peças no W05 e viu seu treino terminar mais cedo, após a equipe descobrir pequenos problemas no carro

Apesar dos problemas na parte da tarde, Daniel Ricciardo viu alguma melhora no Red Bull RB10 exatamente pelo desempenho pela manhã quando ele conseguiu uma marca melhor que a alcançada pelo time na semana passada

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

F1 Pré-Temporada: Um pouco do quarto dia de testes no Bahrein

Um vídeo onde mostra alguns lances do quarto dia de testes na pista Sakhir, na segunda rodada da Pré-Temporada da F1. Além de poder conferir com mais atenção ao barulho dos motores - que não é tão mal assim como -, a beleza dos carros em movimento também pôde ser vista. Sem dúvida o visual do Mercedes W05 é o mais decente.
No final do vídeo ainda podemos ver a panca de Kimi Raikkonen e a sua entrevista, junto de Nico Rosberg.

terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Foto 308: Livorno, 1937

Após a sensacional vitória de Tazio Nuvolari na Coppa Ciano de 1936, os italianos levaram o GP da Itália para as ruas de Livorno tirando assim a prova de Monza, que vinha sendo realizada de forma ininterrupta desde 1922.
Mas a edição de 1937 acabou por ser dominada pelos carros alemães que não deram qualquer chances aos italianos: Rudolf Caracciola venceu com a Mercedes W125, seguido por Hermann Lang (Mercedes W125) e Bernd Rosemeyer ( Auto Union C).
Na foto, Nuvolari (Alfa Romeo 12C-36 #22) persegue Hermann Müller (Auto Union C). Tazio terminou em sétimo e Müller em quinto.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

Foto 307: A dinastia Vettel



Texto originalmente publicado na edição 6 da Revista Speed
A dinastia Vettel

Em cinco anos de Fórmula-1, três títulos mundiais e uma série de recordes na conta. E assim o novo rei da categoria vai trilhando o seu caminho para ser um dos maiores recordistas da história. E ele tem apenas 25 anos.

Quando o treino classificatório para o GP do Brasil de 2007 terminou, havia uma festa da torcida em Interlagos pela pole de Massa e a expectativa de como seria a batalha entre os três postulantes ao título mundial Hamilton, Raikkonen e Alonso, que saiam próximos no grid de largada. Os carros foram estacionados e após uma breve saudação de Felipe para a torcida, os pilotos desapareceram em meio à multidão de mecânicos e imprensa. Do meio daquela confusão, surgia o Toro Rosso nº 19 sendo empurrado por alguns mecânicos e pelo seu jovem piloto Sebastian Vettel. Um dos mecânicos deu um tapinha nas costas de Sebastian e lhe disse algo, talvez dizendo a ele “vá descansar, deixe conosco!”, mas o alemão deu um sorriso, falou em seguida e continuou a empurrar o carro junto deles. Vettel marcou naquela classificação o 13ª tempo, 0’’192 mais veloz que seu companheiro de equipe, o italiano Vitantonio Liuzzi, que vinha em 14º. A corrida de Sebastian não foi muito longa – abandonou na 34ª volta por problemas hidráulicos – e ficou dos boxes acompanhando o desfecho da corrida, e do campeonato, a favor de Kimi Raikkonen. Semanas antes, durante a visita da F1 à Ásia, para as disputas dos GPs do Japão e China, Vettel havia mostrado a sua classe: estava em quarto quando bateu com Webber durante uma das entradas do Safety Car no chuvoso GP japonês e conseguiu chegar em quarto na prova chinesa. Nada mal para um garoto de apenas 20 anos.
Sebastian teve a sua primeira chance num carro de F1, durante um final de semana de GP, em agosto de 2006 quando a categoria foi para a Turquia. Robert Kubica tinha sido promovido a piloto titular depois que Peter Sauber demitira Jacques Villeneuve por falta de resultados. Naquela ocasião Vettel estava com a cabeça voltada para os estudos. Tinha prestado vestibular para ingressar em alguma faculdade de engenharia mecânica e passava alguns dias de descanso na Grécia, quando recebeu um telefone de Mario Theyssen, então chefe da BMW, chamando-o para pilotar o BMW-Sauber nos treinos livres para o GP turco. "Nós decidimos colocá-lo no carro para os treinos livres da Turquia, e nós faremos o novo banco depois de amanhã." Disse Theyssen pelo telefone. Sebastian prontamente respondeu com um “Ok!” e arrumou as malas rumo a Suíça, onde fica a fábrica da Sauber. Naquela época as equipes que ficavam abaixo das 4 primeiras na tabela de pontos dos construtores do ano anterior, podiam alinhar um terceiro carro nas sextas-feiras de cada GP para testes. Em 24 de agosto Vettel já estava em pista turca para os primeiros treinos livres sob a chancela de piloto de testes.
Foi uma bela oportunidade para o garoto de Heppenheim. Suas voltas velozes nos treinos de sexta agradaram bastante a cúpula da BMW e também da Red Bull, que o
vinha apoiando desde os tempos do Kart. Seu nome, junto do brasileiro Ricardo Zonta, na época piloto de testes da Toyota, figurava sempre na ponta da tabela de tempos das sextas. Assim, como acontecera com Kubica no passado, Vettel era elogiado ao extremo pela imprensa.
Sebastian continuou como piloto de testes da BMW Sauber em 2007, alinhando o terceiro carro nos treinos de sexta, e como no restante de 2006, continuava a ser o mais veloz na maioria das práticas. A chance de pilotar num GP apareceu após o pavoroso acidente de Kubica na corrida canadense. Por recomendação médica Robert ficou de fora do GP dos EUA, em Indianápolis, e Sebastian pôde correr o seu primeiro Grande Prêmio, tornando-se o mais jovem da história a largar com apenas 19 anos. Claro, a corrida ficou lembrada pelo duelo particular entre Hamilton e Alonso, dois companheiros de Mclaren que parecia reeditar a batalha Senna-Prost que estremeceu o time de Woking e a F1. Lewis venceu o desafio e Vettel, que largara de uma ótima sétima colocação, conquistou um ponto com o oitavo lugar.
A Toro Rosso procurava um piloto vencedor no início do ano. Montoya, Hakkinen e Bourdais foram nomes que rondaram a equipe de Faenza, mas eles decidiram apostar em Vitantonio Liuzzi e Scott Speed. Duas pratas da casa que eram apoiados pela Red Bull desde os tempos de garotos. Dois pilotos medianos, diga-se, mas eram em Speed que estavam concentradas as esperanças de algo melhor no futuro. Os resultados da dupla no decorrer da primeira parte de 2007 não foi animador: nenhum dos dois marcou pontos e o pior deles era Scott, que acabou sendo demitido ao virar da primeira parte do mundial. Dessa forma, o nome de Vettel surgiu naqueles lados. O bom trabalho do jovem alemão já havia chamado bastante a atenção e ele foi substituir o piloto americano no GP da Hungria. Foi apenas o início da aprendizagem: naquele GP, ele marcou o 20º tempo na classificação e completou em 16º.
Não demorou muito para que ele mostrasse do que era capaz, ao largar na frente de Liuzzi no GP de Monza. Mas foi em Fuji que ele conquistou uma notável nona colocação no grid ficando a poucos milésimos do Red Bull de Webber, que saía em oitavo. A corrida, que teve a aula de Lewis pilotando magistralmente debaixo do dilúvio que foi aquela corrida, deu ao público uma idéia de quem era o garoto novato da Toro Rosso: Vettel escalou o pelotão, dirigindo com segurança e precisão, para estar em terceiro até que um erro de cálculo pôs fim à corrida dele e de Webber, que ocupava a segunda posição no momento, ao bater na traseira do Red Bull do australiano. Sebastian voltou chorando para os boxes e seu erro desencadeou a ira de Mark, que soltou os cachorros quando voltava a pé para os boxes “São crianças, eles f *** tudo” “Vettel estava sonhando acordado e isso custou pontos a nós dois.”. Mas as coisas mudaram de figura e num cenário quase igual ao de Fuji, mas com muito menos água, Vettel conseguiu levar o Toro Rosso do 17º lugar para o quarto na classificação final do GP da China. “É apenas uma vara idiota com um pedaço de pano amarrado. Uma coisa pequena, mas que significa muito quando se passa por ela.” respondeu ele quando foi perguntado o que significava aquele resultado. Vettel foi levado nos ombros pelos mecânicos da Toro Rosso. Os cinco pontos de Sebastian na corrida, mais os três de Liuzzi, que fechou em sexto no mesmo GP, garantiram oito pontos e a sétima colocação para time no mundial de construtores. Em pouco tempo o garoto já havia conquistado a equipe.
O entusiasmo em volta de Sebastian estava em alta em 2008. O STR 03 parecia bem melhor que o antecessor e isso foi confirmado com belas performances de Vettel com aquele carro, principalmente na segunda parte do mundial, onde ele emplacou um série de quatro corridas consecutivas na casa dos pontos. Giorgio Ascanelli, então diretor técnico da Toro Rosso, falou sobre evolução de Sebastian naquela temporada: "De repente, Vettel entendeu rapidamente algo sobre como é pilotar um carro de F1. Ele fez uma enorme evolução - não apenas n a velocidade, que ele pôde melhorar, mas também à sua capacidade de fazê-lo de forma consistente”. Essa melhora de Sebastian que Ascanelli se refere, é de talvez a sua falta de confiança nas primeiras corridas do ano. Ele não conseguia transformar a sua velocidade, que era evidente, em algo concreto. A melhor posição de largada do piloto alemão nas cinco primeiras etapas tinha sido a nona colocação na prova de abertura em Melbourne. E isso não melhorou até que conquistasse a oitava posição no GP da Grã-Bretanha, a nona do ano. Acidentes nas largadas e problemas mecânicos, privaram-no de tentar algo no decorrer das corridas, mas a segunda parte da temporada foi de flores para os dois lados. O STR 03 melhorou de performance e Sebastian passou a freqüentar o Q3 com mais assiduidade. O ponto alto de tudo foi em Monza, quando de forma surpreendente, levou o Toro Rosso à pole do GP da Itália em condições terríveis, devido à forte chuva que abatera na pista italiana. E a coroação foi no domingo, ao vencer a corrida de cabo a rabo, sem ter a ameaça de ninguém. Enquanto que os olhos estavam voltados para a batalha titânica entre Hamilton e Massa, que escalavam o pelotão devido uma série de contratempos, Sebastian abria caminho em meio à água e retardatários para se distanciar cada vez mais de Kovalainen e tornar-se o mais jovem a ganhar uma corrida na F1. Ainda com a euforia em alta devido à vitória do seu team, Gerhard Berger foi profético em sua análise sobre a pilotagem de seu piloto: "Como ele provou hoje, ele pode ganhar corridas, mas ele vai ganhar campeonatos mundiais. Ele é um cara legal". Dias depois um dos membros da equipe disse que Sebastian havia ganhado a corrida de Monza com acerto para pista seca, o que valorizava ainda mais o feito do jovem alemão. A temporada terminou com Vettel marcando 35 pontos e ajudando a Toro Rosso a terminar o Mundial de Construtores com 39 pontos, dez a mais que o time principal, a Red Bull.
A Toro Rosso estava ficando pequena para Sebastian e no meio do ano a sua ida para a Red Bull, para a temporada de 2009, foi anunciada em substituição à Coulthard que se aposentaria ao final de 2008. Perguntado o que significava aquela mudança, ele respondeu: “Eu estou muito satisfeito por essa chance que foi me dada e feliz por continuar trabalhando com a Red Bull. Fui apoiado por eles desde que eu era criança, em 1999, quando eu estava entrando no programa Red Bull Junior. Claro que é sempre bom saber com antecedência suficiente o que você vai fazer no próximo ano, onde vai ser e agora, portanto, posso me concentrar cem por cento nesta temporada. A maneira que eu cresci, o quanto minha família me ensinou coisas sobre a vida, aprendi a fazer tudo passo a passo. Agora o mais importante é focar neste ano e no restante desta temporada. Nós temos nove corridas restantes e o alvo agora é marcar quantos pontos pudermos.” O ciclo de aprendizagem já estava ficando no passado. Agora era hora de encarar a realidade e subir as apostas no jogo.

A chegada na Red Bull – Os erros e a glória

Adrian Newey havia deixado a McLaren no final de 2005. Já não se sentia tão bem na equipe que ele havia ajudado com carros excepcionais em 1998, 1999 e 2000. Os últimos anos em Woking foram terríveis: erro grave na concepção do MP4/18, que resultou na reprovação deste nos crash-tests da FIA, e depois uma releitura do mesmo MP4/18 com a letra A adicionada logo depois do dezoito, não surtiu grande efeito em 2004 e era possível ver Raikkonen e Coulthard batalhando feito loucos para levar ele para pelotão principal. Um terceiro carro, um pouco mais eficiente, deu ao time uma lufada de ar fresco e deu a chance da dupla de pilotos melhorarem as performances na parte final do campeonato, tanto que Kimi pôde honrar o time ao conquistar a vitória no GP da Bélgica daquele ano. Um MP4/20, muito melhor e balanceado, foi entregue ao finlandês e a Juan Pablo Montoya em 2005, mas uma série de problemas mecânicos minou as chances de Raikkonen vencer o mundial, ficando este para Fernando Alonso.
A sua saída para a Red Bull, uma equipe mediana que havia comprado toda a estrutura da Jaguar, podia ser entendido com um tiro no pé, mas o que atraiu Adrian foi a juventude da equipe. É de se imaginar que o trabalho seria pesado e mais desgastante do que na McLaren, mas foi totalmente o contrário: Newey tem toda a liberdade para contratar quem ele quiser naquele time para compor o corpo técnico, e isso conta muito. Moldar a parte técnica ao seu estilo é algo importante.
Depois da chegada de Newey no time, as coisas melhoraram gradualmente: um túnel de vento foi feito; o número de funcionários aumentou, os carros tiveram uma melhora considerável, mas nada que fosse tão impactante. Coulthard, Klien e Webber eram bons pilotos, mas nada fora do comum. Apenas pilotos velozes. A vinda de Sebastian Vettel em 2009 foi como a peça que faltava na engrenagem. O entusiasmo dele, que havia contagiado o time da Toro Rosso no último um ano e meio, também “infectou” a Red Bull de imediato.
A mudança radical que os carros da Fórmula-1 sofreram para 2009, foi um ponto importante para a nova fase da Red Bull. Newey pôde colocar sua genialidade na prancheta ao desenhar o RB5, mas a falta de velocidade no início mais a alta competitividade que o carro da novata BrawnGP, erguida do que restou da Honda, tirou dos rubro taurinos a chance de conquistar o mundial de pilotos pela primeira vez. Uma melhor leitura nos novos regulamentos levou Ross Brawn a projetar o BGP01 baseado num difusor duplo que se mostrou extremamente eficaz, dando a Jenson Button e Rubens Barrichello uma vantagem absurda nas etapas iniciais. Enquanto Button colecionava vitórias, Vettel mostrava velocidade, mas a inconstância nos primeiros resultados no ano o privou de conquistar o mundial. Erros em Melbourne, Malásia Mônaco e Turquia, tiraram dele um punhado de pontos que fizeram muita falta no final, uma vez que ele terminou apenas onze pontos atrás de Jenson. A sua parte naquele mundial, com o Red Bull devidamente acertado, foi bem melhor que e ele marcou 21 pontos a mais que Button nas últimas dez corridas do ano (55x34). Sem dúvida os erros foram fatais. No início de 2010 Christian Horner foi enfático quando perguntado sobre os erros de seu novato: “Sebastian aprendeu com os erros e estará mais forte este ano. O que falta a ele é experiência e não existe atalho para isso. Mas ele melhorou tanto no ano passado que acho que agora está pronto. É hoje um piloto completo.” De certa forma ele estava certo, mas demorou um pouco para que Sebastian, de fato, mostrasse a maturidade que Horner já via nele. 2010 foi um ano ambíguo para o futuro campeão.
O RB6 não era nada mais que uma evolução do bom chassi que tinha sido o RB5 em 2009, e isso foi facilmente percebido nos testes de pré-temporada com os garotos de Milton Keynes a fazerem bons tempos em Valência, Jerez e Bahrein. Mas Vettel, que era apontado como um dos grandes favoritos sabia da parada dura que teria naquele ano: "Temos Ferrari, McLaren, Mercedes e Red Bull. São quatro equipes e oito pilotos. No momento, é difícil saber quem está no topo, mas um de nós vai terminar em primeiro e outro vai terminar em oitavo. "E nós temos essa competição interessante entre companheiros de equipe. Você tem dois pilotos britânicos em uma equipe britânica, com (Lewis) Hamilton e (Jenson) Button na McLaren, e eu não acho que vai ser fácil para Jenson. Lewis é muito rápido e ele conhece esta equipe há muitos anos. Você pode ver o que ele fez em 2007, quando Fernando Alonso estava na por lá. Então, eu estou muito interessado em ver McLaren e Ferrari (onde Alonso e Felipe Massa terão seus momentos de conflito). "Obviamente, na Alemanha, as pessoas estão mais interessadas em Michael e Nico (Rosberg) e numa rivalidade entre dois pilotos alemães. Muitas coisas podem acontecer em todas estas equipes. Então eu acho que a combinação mais espetacular seja eu e Mark (Webber), porque todos sabem que não temos problemas. É claro que eu quero vencê-lo o tempo todo, e ele quer me vencer, mas nos damos bem.” De fato tinha uma série de variáveis no ar: como seria a relação dos dois últimos campeões do mundo, Hamilton e Button na McLaren? Alonso, voltando a uma equipe de ponta, lideraria a Ferrari de volta as vitórias? E sua relação com Massa, que voltava de uma convalescença de meses, seria boa? E o que esperar de Michael Schumacher, que estava de volta à F1 depois de três temporadas: Ele ainda era o mesmo? Voltaria arrasando ou seria massacrado? Perguntas e mais perguntas que foram respondidas minuciosamente durante aquele ano.
Mas o que surpreendeu mesmo foi a falta de confiabilidade mecânica da Red Bull nas primeiras etapas. Sebastian perdeu as duas corridas iniciais por problemas: no Bahrein despencou de primeiro para quarto, após ter saído da pole e liderado boa parte da corrida até que a uma vela danificada fez o carro perder potência e deixá-lo na mão. Na Austrália, no meio ao caos que foi a corrida, Vettel parecia imune a isso até uma porca de uma das rodas se soltou e ele perdeu a prova. Ele venceria sem problemas na Malásia, mas isso seria apenas uma lufada de ar fresco frente ao inferno que estava prestes a entrar. Os pavorosos erros dele, onde bateu com Webber no GP da Turquia, o erro de cálculo na distância para o Safety Car na Hungria que lhe rendeu uma punição quando liderava, deixando caminho aberto para Webber vencer e mais acidente com Button na chicane em Spa, foram os pontos negativos que teve ano e por muito pouco não lhe saíram caro. As critícas pesadas, vindo principalmente da imprensa, soaram forte e a capacidade do garoto de ouro foi posta em cheque. Sebastian agüentaria a pressão, uma vez que seu companheiro de equipe estava em grande forma? O desafio tinha sido lançado.
As coisas mudaram de figura a partir do GP da Itália. Na verdade a atitude de Vettel é que mudou naquela tarde em Monza. Enquanto que Button, Alonso e Massa disputavam a liderança como caça do gato contra o rato, a dupla da Red Bull sofria problemas nas retas de Monza por não ter um carro tão veloz naquele tipo de circuito. Por isso, foi normal ver Vettel e Webber próximos durante uma parte do GP, sempre com o alemão na frente. Eles ocupavam a sétima e oitava colocações e num certo momento, via rádio, Horner pediu para que Sebastian cedesse a posição para Webber, devido um possível problema de motor que o jovem alemão teria no futuro. Vettel não gostou muito, mas cedeu a posição para seu companheiro. Sem que o tal problema de motor se manifestasse, Sebastian voltou ao seu ritmo normal e partiu para uma estratégia suicida. Todos pararam e ele subiu de oitavo para quarto e a uma volta do fim, ele parou nos boxes e trocou seus pneus, voltando ainda na quarta colocação. Conseguira naquela tarde transformar os três pontos de uma oitava posição, em doze de uma inesperada, porém calculada, quarta colocação. Isso foi motivador e pareceu que uma chave interna tinha sido ligada em Vettel. Os erros desapareceram e ele passou a pilotar o fino do automobilismo, ganhando três das últimas cinco provas e conquistando um título que parecia impossível até então. A Fórmula-1 curvava-se a um novo alemão.
O RB7 apareceu como uma obra de arte sobre rodas. Não era muito diferente dos seus antecessores, mas com o passar do ano, guiada brilhantemente por Sebastian, tornou-se implacável. Vettel casou bem com o carro e assim como outros mestres do passado, como Fangio, Clark, Lauda, Senna e Schumacher, ele destroçou a concorrência sem piedade. Foram onze vitórias, com 15 poles e 3 melhores voltas, sem contar as inúmeras voltas que liderou nas 19 corridas de 2011. Ele marcou 392 pontos, 122 a mais que Jenson Button. Uma temporada dos Deus para ele o time. "Tivemos um ano fantástico", diz Vettel. "Você não tem esse tipo de temporada muito frequentemente. Mesmo se você olhar para as temporadas que tinha Michael (Schumacher), quando era dominante, foi algo especial. Estatísticas não são importantes, mas é ótimo quando as pessoas lembram-se de você por isso ou aquilo. Mas não é por isso que estamos correndo. Você precisa de paixão para ter sucesso.”
Paixão. Vettel usou uma palavra que resume bem tudo que você precisa para se dar bem na vida. Se apaixonado pelo que faz já é um bom início e isso consequentemente ajuda muito no seu processo de desenvolvimento profissional. Por isso que em suas vitórias Sebastian faz questão de agradecer os membros da equipe, pelo trabalho que foi feito durante todo fim de semana e antes também. Não que os outros pilotos não façam, eles fazem, mas Vettel consegue trazer todo o time com ele e isso faz lembrar bastante os dias de glória da Ferrari, onde que Schumacher conseguia inflar a equipe com seu entusiasmo pelo trabalho.
Em 2012 foi possível ver isso. Ao contrário de uma temporada destruidora, a Red Bull se viu “jogada” na boca dos leões após a perda do seu difusor soprado, que tinha sido a grande cartada do RB7 em 2011. Sebastian precisou usar da sua paciência para construir seu terceiro título mundial e não cair nos erros que quase o aniquilaram em 2010. Os problemas mecânicos e um carro que não era tão competitivo em outras provas serviram, e muito, para mostrar o quanto que Vettel estava mais tranqüilo, tarimbado. Os dois mundiais toda serenidade para trabalhar com essas adversidades, fazer o carro a ser do seu gosto – o RB8 tendia muito a sair de frente, coisa que Sebastian não é muito fã, mas conseguiu domar a fera e trazê-lo para sair de traseira – e ser muito frio para não cair no jogo psicológico de Fernando Alonso, que por que tenha uma faceta controversa, foi um formidável adversário para ele este ano. Vettel ganhou o seu terceiro mundial de forma magistral, em condições terríveis de tempo que foi o GP do Brasil o que serviu para coroar um trabalho de toda equipe e não apenas dele. Foi um tricampeonato épico, numa temporada que valeu a pena.

O Chapman/Clark da era moderna e a sua relação com a equipe e o público
Uma das coisas que percebi, principalmente este ano, é a relação de Sebastian com Newey. Há mais de vinte anos que acompanho a F1 e esta é a primeira vez que um piloto conquista um tricampeonato pilotando um carro construído pelo genial Adrian. Hakkinen passou perto disso em 2000, quando perdeu a chance conseguir o terceiro mundial consecutivo pilotando um carro com a assinatura Newey, mas dessa vez as coisas transcorreram naturalmente e a meu ver, Adrian achou o piloto certo que consegue extrair o máximo das suas obras de arte.
Apesar de haver uma turma que ainda credite o sucesso que Vettel especialmente aos carros projetados por Newey, a temporada de 2012 foi de certa forma uma constatação de que todo esse sucesso é uma conjuntura de gênios. Newey faz, e Sebastian executa. Simples, mas esta temporada foi bem mais trabalhosa. O RB8 teve que evoluir constantemente durante a temporada, enfrentando as melhorias de Ferrari e McLaren no decorrer de um campeonato onde qualquer ponto perdido poderia resultar na perda do mundial. Talvez o recesso de meio de ano, quando eles ficam um mês de fora das pistas, tenha sido deveras importante para a equipe. Os estudos do DRS Duplo que foram aperfeiçoados para o RB8, apareceram em Cingapura e já era possível notar o quanto que Vettel estava próximo das Mclarens. É de se lembrar que a Red Bull tinha tomado três sovas do time prateado anteriormente (Hungria, Bélgica e Monza) e ressurgiram fortemente nas corridas asiáticas, onde Sebastian voltou a mostrar a sua classe de sempre ao vencer quatro corridas seguidas destroçando os tempos de voltas nelas.
Não tem como você não associar essa era com aquela de Colin Chapman e Jim Clark, onde o primeiro fazia carros fabulosos e o outro detonava os rivais com uma pilotagem impressionante e hipnotizante. A grande vantagem daquela época, é que a imaginação para criar não tinha limites e nem proibições. Chapman criava e entregava nas mãos de seu protegido, que transformava os bólidos em máquinas vencedoras. Os dias de hoje são bem diferentes, com a FIA praticamente entregando o carro “semi-pronto” para as equipes e limitando o máximo as criações dos projetistas, fazendo com que estes leiam nas entrelinhas do regulamento e achem brechas para que possam desenvolver um novo carro. E Newey tem feito isso com perfeição nos últimos anos.
E ele fala um pouco sobre Vettel: "Ele é um rapaz muito inteligente que pensa muito sobre o que está fazendo, e tento aprender com tudo o que ele faz. Como alguns dos outros grandes nomes, ele vai sentar-se à noite e passar tudo que ele fez naquele dia, fazendo anotações, olhando para todos os ângulos e tentar ver como ele pode adaptar as coisas de acordo com o seu estilo de condução.” A outra grande qualidade Sebastian é o entusiasmo honesto. Ele é amável, sincero e honesto em suas opiniões, o que para um rapaz jovem é notável. Alguns pilotos não têm esse nível de confiança até que atinja seus trinta e poucos anos.”
Mas Newey rechaça quando dizem que o sucesso de Vettel é devido aos seus carros: “É uma das coisas que marca os pilotos verdadeiramente bons que neste caso resulta numa grande combinação entre homem e máquina, que é o mais importante no esporte motorizado, em que tudo funciona em equipe. Não se deve relativizar a importância de cada aspecto” Adrian ainda destacou que Sebastian tem uma “rara combinação de velocidade pura com bons dotes de compreensão técnica do material” o que faz toda a diferença. Vettel se importa pelo lado técnico e isso é uma dádiva. Fica horas e horas após o dia de trabalho procurando novas informações, transmitindo as que têm e ajudando o time a melhorar mais e mais. "Eu me sentiria mal se eu sair mais cedo - mesmo que seja apenas um teste entre tantos. Só porque você sabe como ganhar um campeonato, não significa que você esqueça todos os pequenos passos que já fez.”  
Certa vez ele foi chamado de “Baby Schumi”, devido a sua velocidade e o poder de reunir o time ao redor de si, mas foi Giorgio Ascanelli quem foi mais além ao ver em Sebastian algumas semelhanças com Senna: “Não posso fazer uma comparação isenta, pois Ayrton já era tricampeão quando comecei a trabalhar com ele, enquanto que Sebastian estava em sua primeira temporada. Mas posso afirmar que Vettel tem a mesma capacidade de Ayrton de manter um alto nível de concentração. Ele tem uma memória muito boa para os detalhes.” Ascanelli foi engenheiro de Senna na McLaren, portanto sabe do que está falando. E do mesmo modo que Michael e Ayrton, Vettel consegue ser popular dentro da equipe os motivando a cada vitória, a cada conquista de título. Não à toa que ele foi direto para a fábrica da Red Bull, em Milton Keynes, para cumprimentar todos aqueles que não estavam no GP do Brasil deste ano pelo belo trabalho que fizeram. Certamente, para aqueles que trabalham na Red Bull, é um presente ser cumprimentado e agradecido pelo cara que ganhou os últimos três mundiais de F1.
O estilo dele também cativa o público. O jeito despojado de se vestir, com a barba por fazer em algumas vezes, a atenção em atender a imprensa, com respostas bem feitas e sempre com um sorriso no rosto, traz a impressão de que Sebastian é um cara legal, daqueles de sair pra tomar uma cerveja e falar abobrinhas durante um bom tempo. Ele também faz questão de aprender alguma palavra no idioma dos fãs, para se sentir mais próximos deles. Foi dessa forma que alguns amigos, quando lhe pediram um autógrafo após o GP do Brasil de 2008, foram surpreendidos com um “Tudo bem!” “Obrigado!” por parte do alemão. Também é de lembrar que ele gosta de apelidar os seus carros com nomes de garotas: Julie, Kate, a irmã suja de Kate, Liz Luscious, Kinky Kylie, Randy Mandy e Abbey são os nomes dados aos carros que ele já pilotou neste tempo na categoria. “Ele tem que ter o nome de uma menina, porque eu acho que o carro é sempre agradável, bonita e sexy." E isso chama bastante a atenção da imprensa e do público.

E o que será dele daqui para frente?
Apesar da pouca idade, Sebastian já conquistou números impressionantes em apenas cinco anos de F1. Normalmente os pilotos atingem o ápice de sua pilotagem na faixa dos trinta anos para frente, coisa que aconteceu naturalmente com os ases do passado.
Sair da Red Bull? Talvez em 2016, o que o levaria – quem sabe – para a Ferrari a partir de 2017, mas isso são apenas hipóteses. Como já foi dito antes, ele se sente bem dentro da equipe o que o faz ainda mais importante por lá. A presença de Horner, Marko e Newey foi boa para que ele mantivesse a cabeça no lugar após os tropeços de 2010 e hoje ele pode caminhar com as suas próprias pernas e não ter medo de errar.
O bom preparo físico dele nos dá a idéia que pode continuar por muito tempo na categoria, algo mais que dez anos. E isso seria um tempo perfeito para ele ampliar as suas marcas e atingir os números estratosféricos que Schumacher estabeleceu nos anos 2000. Outra coisa interessante é que o sucesso de Vettel incentivará os garotos alemães – e porque não dizer do mundo – a entrarem no automobilismo. E sem dúvida ele já é uma fonte de inspiração para muitos deles.
A década da F1 só está começando e ainda faltam outros sete anos para que acabe, e caso continue nessa toada, ele arrematará todos, ou quase todos os recordes de Michael. O garoto que estava empurrando alegremente o carro da Toro Rosso em 2007 pelos boxes de Interlagos, hoje é o melhor da turma. E o bom de tudo é que a história está sendo feita diante de nossos olhos, portanto vamos aproveitar essa grande oportunidade.

O que esperar dele em 2014? - Falar de um cara que dominou amplamente a F1 nestes últimos anos, é chover no molhado. Sua temporada de 2013 foi quase perfeita, conseguindo ser melhor que a de 2011, mas 2014 começou, ao menos nos testes, sob o signo da incerteza para ele e a equipe. Os problemas com os motores Renault e a construção do novo RB10, que não tem muito espaço para refrigeração do propulsor francês, vão fazer com que ele e a Red Bull quebrem a cabeça para tentar colocar este carro ao menos entre os primeiros ainda nesta primeira parte do campeonato. Valerá, e muito, do seu entusiasmo e força para manter esta equipe animada em tentar algo neste 2014.
Caso contrário, terão que pensar em 2015 mais cedo do que imaginavam...

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...