sexta-feira, 25 de abril de 2014

Foto 323: Tabelinha

E Senna devolveu o pneu para Donnelly, que acabou na barreira de pneus. E pelo que parece a pista é a de Hungaroring, em 1990.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

GP da China: Como nos anos 50

(Foto: Getty Images)
Quando a Mercedes retornou ao mundo dos Grand Prix - desta vez entitulada de F1 - em  4 de julho de 1954, o que se viu foi um domínio ainda mais amplo e assustador do que a Ferrari de Alberto Ascari tinha apresentado nas duas últimas temporadas. Comandado por Juan Manuel Fangio, Karl Kling e Hans Hermann, os W196 foram soberanos naquela prova da França realizada em Reims - naquele mesmo dia a Seleção da Alemanha derrotava o rolo compressor que era a Seleção da Hungria, do lendário Ferenc Puskas, na final da Copa do Mundo na Suíça por 3 x 2 - e começariam ali um domínio que culminaria nos dois títulos mundiais de Fangio daquele ano e no seguinte. O saldo daqueles duas temporadas onde os rivais enxergavam os carros prateados apenas na largada e chegada, foram de 9 vitórias (Fangio 8 e Moss 1); 8 poles (Fangio 7 e Moss 1) e 8 melhores voltas (Fangio 5, Moss 2 e Kling 1) - lembrando que a Mercedes disputou apenas doze das 16 corridas realizadas entre 1954 e 1955.
Passados quase 60 anos, e guardando devidas proporções por causa dos carros, época e pilotos, podemos dizer que a atual Mercedes - que não é puramente alemã, devido as suas raízes inglesas da época da Brawn GP - tem feito até aqui uma temporada irretocável. Lewis Hamilton tem traduzido bem a excelente fase da equipe e dele também com poles e vitórias maiúsculas sem deixar dúvidas que o W05 é o carro do momento e as performances de Nico Rosberg, que por mais que não seja tão brilhante que seu parceiro, tem a velocidade e regularidade à seu favor que o mantém ainda na ponta da tabela do mundial com quatro pontos de vantagem sobre Lewis (79x75). Mas a com bela fase que Hamilton tem atravessado, será difícil para o filho de Keke sustente a dianteira do campeonato.
Apesar de se esperar que alguma equipe reaja a ponto de incomodá-los, a impressão que passa é de que a Mercedes está com a artilharia pronta para reagir e contra atacar os rivais. O que deixaria ainda mais aberta a possibilidade de Hamilton e Rosberg discutirem o mundial entre eles, numa verdadeira caça da lebre contra a raposa.

A corrida

Certamente a turma ficou empolgada pela magistral corrida que nos foi apresentada no Bahrein semanas atrás, e isso fez com que todos esperassem por algo igual ou melhor na corrida chinesa. Mas tirando a largada, com algumas trocas de esbarrões, onde as Williams de Massa e Bottas mais pareceram aquelas bolinhas de Pinball, a prova de Xangai foi sonolenta porque ninguém chegou próximo de Lewis Hamilton que efetuou uma corrida ainda mais tranquila do que aquela da Malásia. Nico Rosberg só conseguiu se livrar dos Red Bulls de Ricciardo e Vettel e mais a Ferrari de Alonso, na parte final quando não podia fazer mais nada para alcançar seu companheiro de equipe. Mas ao menos serviu para pudesse sustentar a dianteira do mundial.
Para a Ferrari foi um dia positivo com o inesperado - ou não - pódio de Fernando Alonso nesta etapa, uma vez que quinze dias atrás as coisas tinham beirado a catástrofe em terras barenitas. Mas o próprio Fernando havia alertado que as modificações que viriam à partir da China, dariam oportunidade de brigar pelo pódio. Uma pena que Raikkonen ainda não tenha se encontrado neste seu retorno à "Rossa", mas com a chegada da fase européia é de se esperar que ele esteja no encalço de Alonso, já que se mostrou muito confiante frente ao resultado alcançado pelo espanhol.
Na Red Bull, onde a maioria esperava que um dos carros estivesse no pódio, foi uma corrida até frustrante. Mas a o valor de Ricciardo tem mantido a equipe em alta até agora e seu ótimo ritmo tem sido motivo de bons comentários por aqueles lados, principalmente pelo fato de estar na frente de Vettel nestas últimas etapas. O tetra-campeão não tem se sentido confortável neste novo carro e sua pilotagem tem ficado muito abaixo daquilo que nós conhecemos e na China parece que ficou ainda mais evidente, apesar de ter tido problemas com desgastes de pneus. Assim, à exemplo de Kimi, a fase no Velho Continente pode ser uma boa para ele.
A Mclaren teve um final de semana para esquecer, afinal seus dois carros pouco figuraram entre os dez neste final de semana. Por outro lado, a Force India, pelo menos com Hulkenberg, esteve bem e pontuou mais um vez para eles e Sergio Perez, fazendo uma corrida de recuperação, ainda conseguiu salvar um nono lugar. Destaque mais uma vez para Dani Kvyat que vem batendo consistentemente Vergne nesta luta interna na Toro Rosso.
O que mais me impressionou foi o alto desgaste dos pneus numa corrida onde a temperatura esteve baixa desde os primeiros treinos. A farofa localizada em boa parte do circuito, lembrou aquela de várias corridas do ano passado, onde acostumamos a chamar os Pirelli de "Pneus de Farinha". Outro ponto que foi motivo de conversa é a pressa dos comissários durante o GP, que culminou no término dessa em duas voltas a menos. Um erro de informação entre a central e o cara do PSDP (Posto de Sinalização e Direção de Provas) pode ter dado nisso. É claro que pode acontecer em qualquer lugar do mundo - até mesmo aqui no Brasil, onde a equipe de sinalização e resgate é sempre elogiada pela FIA -, mas um pouco mais de preparo nestes locais onde mal existe automobilismo, viria a calhar.
Depois desta excursão por Oceania, Oriente Médio e Ásia, a F1 terá um hiato de três semanas até igressar na parte européia. Espera-se que todos apresentem melhoras significativas - em especial Red Bull, Ferrari, Mclaren e Williams - para que possam fazer frente à Mercedes. Mas visto que os carros prateados estão num nível acima, e que também levarão melhoras para esta jornada na Europa, começo a achar que não será tão fácil alcançá-los.

sábado, 19 de abril de 2014

GP da China - Classificação - 4a Etapa

Vettel deu uma dica bem humorada de como tirar a grande vantagem da Mercedes neste início de mundial, dizendo que a instalação de chicanes nas retas seria uma solução. Brincadeiras à parte, a Mercedes, especialmente com Hamilton, foi mais uma vez espetacular na classicação ao obter a quarta pole consecutiva. Lewis sobrou no Q3 e nem mesmo a aparente ameaça da Red Bull foi páreo para ele.
Aliás, essa é uma boa chance para o time dos rubro-taurino tentarem algo na prova de amanhã, isso caso ela venha a ser disputada em pista molhada. O problema é que o cara que vai à frente deles, é um exímio piloto nestas condições climáticas. O valor que Ricciardo tem mostrado até agora - é a terceira vez que larga na frente de Vettel no ano - e mais a forma indiscutível de Sebastian, pode dar algum trabalho ao piloto inglês. E não podemos nos esquecer de Nico Rosberg, que apesar de ter errado bastante na classificação, tem um belo carro nas mãos e pode muito bem oferecer um bom espetáculo partindo da quarta colocação no que se diz a respeito de duelos com os outros três ponteiros.
Fernando Alonso arrancou um bom quinto lugar, o máximo que a sua Ferrari pode proporcionar. Massa saí logo em sexto e espera-se mais uma de suas ótimas largadas para amanhã. Destaque mais que positivo - e heróico - foi a passagem de Romain Grosjean para o Q3 com a ratoeira da Lotus. Sem dúvida um trabalho louvável do piloto francês.
Acredito que será uma corrida interessante se esta for disputada sob chuva, mas a previsão é de que a corrida possa ser feita com o tempo seco e com baixa temperatura. Se for assim, e não tiver contratempos, a vitória ficará mais uma vez nas mãos de Hamilton.

Grid de largada para o Grande Prêmio da China -  4a Etapa

1) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) 1m53s860
2) Daniel Ricciardo (AUS/RBR-Renault) 1m54s455 +0s595
3) Sebastian Vettel (ALE/RBR-Renault) 1m54s960 +1s100
4) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 1m55s143 +1s283
5) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) 1m55s637 +1s777
6) Felipe Massa (BRA/Williams-Mercedes) 1m56s147 +2s287
7) Valtteri Bottas (FIN/Williams-Mercedes) 1m56s282 +2s422
8) Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) 1m56s366 +2s506
9) Jean-Eric Vergne (FRA/STR-Renault) 1m56s773 +2s913
10) Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) 1m57s079 +3s219
11) Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) 1m56s860
12) Jenson Button (ING/McLaren-Mercedes) 1m56s963
13) Daniil Kvyat (RUS/STR-Renault) 1m57s289
14) Adrian Sutil (ALE/Sauber-Ferrari) 1m57s393
15) Kevin Magnussen (DIN/McLaren-Mercedes) 1m57s675
16) Sergio Pérez (MEX/Force India-Mercedes) 1m58s264
17) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber-Ferrari) 1m58s988
18) Kamui Kobayashi (JAP/Caterham-Renault) 1m59s260
19) Jules Bianchi (FRA/Marussia-Ferrari) 1m59s326
20) Marcus Ericsson (SUE/Caterham-Renault) 2m00s646
21) Max Chilton (ING/Marussia-Ferrari) 2m00s865
22) Pastor Maldonado (VEN/Lotus-Renault) sem tempo

quinta-feira, 17 de abril de 2014

Foto 322: Matra M630

Não dá para identificar nem a pista e muito menos o piloto que está ao volante do carro da lendária equipe de Marcel Chassagny, mas o destaque em si é a beleza do Matra M630-BRM.
Este carro, que competiu entre 1967 até 1969, passou pelas mãos de Jean-Pierre Jaussaud, Johnny Servoz-Gavin, Jean-Pierre Beltoise, Henri Pescarolo, Robert Mieusset, Jean Guichet e Nino Vaccarella. A melhor posição do M630 nas provas do World SportsCar Championship foi nas 24 Horas de Le Mans de 1969, quando Guichet/ Vaccarella chegaram em quinto.
Este carro ainda leva a marca da tragédia, sendo que o piloto francês Jacques Robert Weber, mais conhecido como Robby Weber, veio a morrer durante um teste quando estava ao volante do M630 em Le Mans no mês de abril.

quarta-feira, 16 de abril de 2014

Foto 321: Monte Carlo, 1979

A largada para o GP de Mônaco de 1979. Jody Scheckter puxando o pelotão, com Niki Lauda e Gilles Villeneuve na sua cola.
A prova foi vencida por Jody, que foi seguido por Clay Regazzoni e Carlos Reutemann. Villeneuve e Lauda não completaram a prova (Gilles teve um problema de câmbio na volta 54 e Lauda acidentou-se com Pironi na volta 21), mas o canadense aplicou um bela ultrapassagem sobre o austríaco ainda nas primeiras voltas na freada para a St. Devote.

terça-feira, 15 de abril de 2014

Foto 320: Dutch

Jackie Stewart duelando com Graham Hill durante o GP da Holanda de 1968, prova marcou a primeira conquista de Stewart pela Matra. Ele repetiria a dose em Nurburgring e em Watkins Glen.
Graham Hill abandonou na volta 81 após um erro. Jean Pierre Beltoise, com a outra Matra, garantiu a dobradinha para a marca francesa e Pedro Rodriguez, com a BRM, ficou em terceiro.

quarta-feira, 9 de abril de 2014

F1 Teste: Bahrein - 2º Dia

Lewis Hamilton: “Foi um longo dia, correndo volta após volta para analisar os pneus, mas pilotar um F1 nunca é chato. Claro, por ser um teste de pneus, não descobrimos nada em particular no sentido de melhorar o carro, mas foi útil para a Pirelli, portanto é útil para nós a longo prazo
Eles apenas me deram conjuntos diferentes, e eu lhes disse como cada um funcionava. O plano era só completar o máximo de voltas que pudéssemos. Os tempos não significam nada, cada um teve seu próprio programa a ser executado.”
 
Daniel Ricciardo: “Tivemos alguns problemas nesta manhã, o que limitou nosso trabalho, mas à tarde foi muito melhor. Recolhemos uma grande quantidade de dados para os caras da aerodinâmica, por isso não fizemos verdadeiros testes de desempenho. Ao final do dia, andamos com pneus médios e testamos algumas mudanças, como ontem. Então, não foi realmente um dia para ser rápido, mas para as pessoas na fábrica e para os caras por trás dos laptops.”




Jules Bianchi: "Foi um dia muito positivo, estou satisfeito em ter conseguido tanta milhagem  a segunda maior entre todos os times. O que aprendemos será útil agora e no futuro, mas estou esperançoso de ver um bom resultado já na China, pois estamos fazendo pequenas mudanças e dando passos importantes. Temos de continuar avançando assim."

Giedo van der Garde: “Em suma, foi um dia positivo. Infelizmente, só pudemos completar algumas voltas antes da pausa para o almoço. No entanto, no período da tarde, pudemos começar nosso programa de testes, e acho que fizemos muito trabalho hoje. Para mim, foi bom estar de volta ao carro. Tive a chance de pilotá-lo durante todo o dia, em comparação com as 20 voltas que fiz no treino livre 1 na última sexta-feira. Estou satisfeito com onde estamos agora. Além disso, acho que o desempenho em long runs também foi muito bom. Estou feliz por ter a chance de guiar o C33 de novo, e estou ansioso para voltar ao carro para o TL1 na China.”

Marcus Ericsson: “Foi uma sessão boa pela manhã, trabalhando em um programa que começou com avaliação aerodinâmica e, em seguida, passou por alguns trabalhos sobre o sistema de freios, o que nos deu muitas informações interessantes. Realmente não tivemos nenhum problema, por isso fomos capazes de realizar a maior parte do programa pela manhã. Na parte da tarde, fizemos alguns testes na asa traseira, com mais trabalho aerodinâmico, e depois fizemos long runs, mas em minha 13ª saída tivemos um problema que fez o carro parar na curva oito. Identificamos um problema elétrico no ERS, mas não tivemos tempo suficiente para corrigi-lo e sair de novo, então foi o fim do teste. Mesmo com este problema, todos estão razoavelmente satisfeitos com o que conseguimos. Temos muito mais informações para trabalhar na fábrica antes da China.”

Felipe Nasr: “Hoje dedicamos nosso dia ao trabalho com os pneus Pirelli da próxima temporada. Trabalhamos com muitos compostos novos, e foi mais um dia produtivo para que eu aprendesse os processos e a sensação de pilotar um carro de F1. Fazer um teste de pneus significa que você pode leva-los ao extremo, o que foi uma boa experiência. Também experimentei as diferenças entre cada tipo de composto e como eles afetam o carro e o equilíbrio. Guiar um F1 sem usar os cobertores térmicos nos pneus foi uma das coisas mais interessantes, já que é muito difícil levá-los até a temperatura ideal, mesmo no calor do Bahrein, o que será ainda mais desafiador em pistas como Silverstone ou Spa-Francorchamps.”

Romain Grosjean: “Estávamos esperando por um bom dia de testes hoje, com um programa baseado no trabalho aerodinâmico. Infelizmente, lutamos com problemas na unidade de força desde o início, mesmo quando o carro foi capaz de correr. Felizmente, conseguimos realizar alguns trabalhos aerodinâmicos, então coletamos alguns dados úteis. No entanto, ficou muito aquém do que queríamos alcançar. Vamos analisar os dados coletados para nos ajudar a obter uma melhor compreensão do carro, para que possamos avançar na China.”
Resultado  
Bahrein - Circuito de Sakhir
Testes de Temporada  

Fórmula-1 - Dia 2


Pos  Piloto               Equipe                  Tempo       Dif   Voltas
 1.  Lewis Hamilton       Mercedes              1m34.136s           118
 2.  Jean-Eric Vergne     Toro Rosso-Renault    1m35.557s  +1.421s  63
 3.  Kevin Magnussen      McLaren-Mercedes      1m36.203s  +2.067s  26
 4.  Sergio Perez         Force India-Mercedes  1m36.586s  +2.450s  62
 5.  Daniel Ricciardo     Red Bull-Renault      1m37.310s  +3.174s  65
 6.  Jules Bianchi        Marussia-Ferrari      1m37.316s  +3.180s  93
 7.  Giedo van der Garde  Sauber-Ferrari        1m37.623s  +3.487s  77
 8.  Fernando Alonso      Ferrari               1m37.912s  +3.776s  12
 9.  Marcus Ericsson      Caterham-Renault      1m39.263s  +5.127s  66
10.  Felipe Nasr          Williams-Mercedes     1m39.879s  +5.743s  64
11.  Romain Grosjean      Lotus-Renault         1m43.732s  +9.596s  16

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...