sábado, 18 de janeiro de 2020

Foto 822: Gilles Villeneuve, 70 anos


Louco, veloz; espetacular, inconsequente; gênio, doido... Seja lá as qualidades, defeitos, adjetivos que sejam usados para definir Gilles Villeneuve, a verdade é que a estadia do canadense entre 1977 até 1982 na Fórmula 1 foi marcada por momentos espetaculares e - infelizmente - trágicos. Podem dizer que a sua presença na Ferrari ajudou a mistificar o seu nome - o que não deixa de ser uma verdade -, mas Gilles ainda tinha aquele espírito combativo que levava uma disputa até as últimas consequências e, caso estivesse ao lado de um piloto respeitoso, entraria para a história como um dos grandes momentos do motorsport - os duelos contra René Arnoux (Dijon 1979), as inúmeras disputas contra Alan Jones e a sua condução espetacular em Jarama 1981, não deixam mentir. A foto do post é do final de semana do GP da Bélgica de 1978, disputado em Zolder, na ocasião em que ele terminou em quarto.
Hoje o "Principe da Destruição" completaria 70.
Sallut Gilles!

sexta-feira, 17 de janeiro de 2020

Foto 821: Maurice Trintignant, Monte Carlo 1964

O veterano Maurice Trintignant durante o final de semana do GP de Mônaco de 1964, com seu BRM P57. Na ocasião o francês largou na 13ª posição e abandonou na volta 53 por superaquecimento de motor.  A prova foi vencida por Graham Hill com Um BRM.
Maurice disputou 84 provas entre 1950 e 1964 e venceu duas vezes o GP de Mônaco, em 1955 (Ferrari) e 1958 (Cooper Climax), além de ter sido palco da sua estréia no mundial em 1950 quando pilotou um Simca Gordini. O “Le Petoulet” – alcunha ganha no final dos anos 40 quando descobriu que o problema em seu Bugatti particular, que havia ficado guardado num celeiro por todo período da Segunda Guerra, tinha sido causado por fezes de rato que entupiram o filtro de combustível durante a Coupé de La Liberation de 1945, e daí o apelido que significa “O Homem de Fezes de Rato” – encerrou a sua carreira no final de 1964 após o GP da Itália. Trintignant foi cuidar de seus vinhedos na cidade de Vergèze e faleceu em 2005 em Nimes, quando estava com 87 anos

quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Foto 820: Dia de Gênios



Dois dos grandes pilotos do último século.
A.J. Foyt e o Coyote Ford chegando no Victory Lane após a sua quarta e última vitória na Indy 500 de 1977, então recorde que seria igualado por Al Unser Snr. e Rick Mears no decorrer das próximas décadas.
Na outra foto, Luis Pereira Bueno no Surtees Ford Cosworth durante o GP do Brasil de 1973 disputado em Interlagos. Na ocasião ele terminou na 12a posição, quatro voltas atrás de Emerson Fittipaldi então vencedor daquele primeiro GP da Fórmula 1 aqui no país.
Foyt e Bueno nasceram no dia 16 de janeiro: enquanto o americano nasceu em 1935, o brasileiro veio ao mundo em 1937.
A.J completa hoje 85 anos e Luis Pereira Bueno completaria 83 anos.

quarta-feira, 15 de janeiro de 2020

Foto 819: GP da França, 1975


Uma das belas fotos de Paul Ricard. A foto do post é do grid de largada do GP da França de 1975, disputado em 6 de julho. Niki Lauda lidera o pelotão, com Jody Scheckter em segundo, James Hunt em terceiro, Jean Pierre Jarier em quarto, José Carlos Pace em quinto e Tom Pryce em sexto. Pace e Pryce abandonaram por problemas na transmissão, enquanto que Scheckter fechou em nono e Jarier em oitavo.
Niki Lauda venceu este GP - a quarta até então naquela temporada - seguido por James Hunt - que chegou ameaçar a conquista do piloto austríaco - e na terceira colocação Jochen Mass, que fechou em terceiro e fez a melhor volta da corrida.

domingo, 12 de janeiro de 2020

Foto 818: Fittipaldi, Óscar Galvez 1975


Um dos momentos mais importantes do motorsport brasileiro na Fórmula 1. Wilson Fittipaldi Jr. no comando do Fittipaldi FD-01 no final de semana do GP da Argentina , que marcou o início do campeonato de 1975 da F1.
Um final de semana onde se viu que muita coisa ainda estava por melhorar num carro que foi testado a exaustão em 1974, mas que agora era posto a prova contra os melhores do mundo. Apesar das dificuldades encontradas por conta da juventude do FD-01, Wilsinho ainda teve o prazer de duelar contra Graham Hill pela 17a colocação daquele GP argentino. Infelizmente a corrida durou apenas 13 voltas, com Wilsinho rodando e batendo no guard rail por conta de uma quebra de suspensão traseira. O acidente ainda foi acompanhado de incêndio, que consumiu o FD-01 após a saída de Fittipaldi. Apesar do desaire, a história já havia sido feita: um Fórmula 1 brasileiro havia largado num GP do Mundial. Pessoas como o próprio Wilson Fittipaldi Jr., passando por Ricardo Divila, Yoshiatsu Itoh, Darci Medeiros, Odilon Costa Franco Jr. e tantos outros que contribuíram para aquele sonho viesse a realidade, merecem toda reverência pela eternidade.
Aquela aventura de uma Equipe Brasileira na Fórmula 1 teve início há exatos 45 anos, no já distante e quente verão de Buenos Aires de 12 de janeiro de 1975.

sexta-feira, 10 de janeiro de 2020

Foto 817: Ignazio Giunti, Spa Francorchamps 1970


A estréia de uma promessa. Ignazio Giunti já era conhecido no meio dos Sportscar exatamente pelos serviços prestados a Ferrari no Mundial de Marcas.
Na foto a sua estréia no Campeonato Mundial de Fórmula 1 no GP da Bélgica em Spa-Francorchamps. Foi um início promissor, onde Giunti conseguiu colocar a Ferrari 312B #28 na oitava colocação do grid e terminar a corrida em quarto - sem contar que ainda houve um erro da direção de prova ao mostrar a bandeira preta para ele, acreditando que era o Ferrari de Giunti que espalhara óleo pelo circuito, mas que depois verificaram que o vazamento vinha do BRM de Jackie Oliver que acabou por abandonar. A prova, a última da F1 no antigo traçado de Spa Francorchamps, foi vencida por Pedro Rodríguez com a BRM.
Hoje completa 49 anos do acidente que tirou a vida do piloto italiano, durante os 1000km de Buenos Aires válidos pelo Mundial de Marcas de 1971.

quinta-feira, 9 de janeiro de 2020

Foto 816: Ferrari, Targa Florio 1972


Arturo Merzario em ação com a Ferrari 312PB durante a 56a Edição da Targa Florio de 1972, na qual ele dividiu o comando da protótipo com Sandro Munari.
Foi a ocasião em que a Ferrari levou apenas este protótipo para a clássica corrida em Madonie, enfrentando uma horda de Alfa Romeo T33 (Ninno Vaccarella/ Rolf Stommelen; Vic Elford/ Gijs Van Lennep; Andrea De Adamich/ Tony Hezemans; Nanni Gali/ Helmut Marko). O ponto alto foi a perseguição de Marko a Merzario na última volta, conseguindo descontar uma desvantagem de mais de um minuto para dezoito segundos nos quilômetros finais. Mas Arturo conseguiu administrar a vantagem e vencer aquela edição em parceria com Munari. Para consolo de Marko, este conseguiu fazer a melhor volta da prova em 33min41s000 exatamente na derradeira volta que realizou essa caçada ao Ferrari de Merzario/ Munari.
Foi a última vitória da Ferrari na Targa Florio.

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...