domingo, 27 de julho de 2014

GP da Hungria: Atacar é preciso

E que belas foram estas voltas finais em Hungaroring, não? Observando as atitudes dos três primeiros na luta intensa que foi pela vitória, Ricciardo mais uma vez, a exemplo do que acontecera no Canadá, atacou no momento certo e fez duas belas ultrapassagens em Hamilton e depois em Alonso para vencer a sua segunda corrida na F1. Fernando era uma aposta certeira para que tivesse de fazer mais uma parada de box devido o longo tempo que estava usando os macios, mas preferiu arriscar em vista de que não tem nada a perder. E quase ganhou... . Lewis sem dúvida foi o cara da prova e quando passou por Vergne, eu botava fé que ele chegaria em Alonso. Me enganei. Teve que passar pelo constrangimento de ouvir da Mercedes a mensagem para deixar Rosberg passar - sendo que este nem ameaçou - e depois se aproximar de Alonso em passo de formiga. Talvez ele estivesse poupando os pneus para um ataque no final, que nunca veio. Não chegou atacar o piloto da Ferrari com veemência a ponto de tentar fazer com ele errasse ou fizesse a manobra na marra, bem ao seu estilo. Daniel, que havia trocado os pneus nas últimas 15 ou 13 voltas finais, se aproximou e esperou para ver o que acontecia... e não aconteceu nada. Daí a sua atitude de atacar os dois veteranos.
Daniel tem a mesma raça de Hamilton, mas sabe usá-la em momentos certos como aconteceu em Montreal e hoje em Hungaroring. É como aquela raposa que vigia o galinheiro e num momento de distração que a porta ficou aberta, ela vai lá e ataca sem dar a mínima chance para a sua presa.
Daniel foi espetacular nestas voltas finais e mostrou mais uma vez o seu valor. E sem dúvida é o piloto do ano até aqui.

A corrida
Foto: Darko Vojinovic / AP

Aquelas provas enfadonhas de Hungaroring deram uma trégua hoje - ok, em algumas situações os "trenzinhos" foram formados, mas tem que se dizer que o uso do DRS num grupo que tenha três carros, ou mais, anula o proveito do piloto que está logo atrás. Foi assim que se manteve aquele grupo formado por Vergne, Alonso, Rosberg, Vettel e Hamilton.
A aposta numa chuva que não chegou no restante da prova, matou as poucas chances da Mclaren fazer um bom resultado na pista húngara, com seus dois pilotos arriscando com pneus intermediários após a saída do primeiro SC.
A Williams também se deu mal, mas talvez pelas estratégias que usou para Bottas e Massa. Creio que com alguma boa cartada, principalmente com Valtteri, a equipe poderia colocado-o na briga pela vitória. Fica para Spa e Monza, onde creio que a equipe terá uma boa chance de vencer.
Raikkonen teve uma boa prova até, fazendo dois pit-stops e se aguentando por 32 voltas com pneus macios. Até pensei que ele conseguiria chegar mais à frente, mas se meteu numa dura batalha com Massa e assim ficou até o fim, terminando em sexto.
Vettel estava muito bem e também tinha hipóteses de uma vitória, visto que tinha um bom ritmo e aguentando bem a pressão de Hamilton. Mas uma rodada na entrada da reta dos boxes e escapando milagrosamente de uma batida - que seria bem parecida com que Perez sofrera minutos antes -, tirou as suas possibilidades de um lugar no pódio.
E não posso esquecer de mencionar Vergne que fez, talvez, a sua melhor corrida na F1 com um belo desempenho e dando combate a Alonso, Rosberg e Hamilton.
E a F1 voltará em agosto, bem no seu finalzinho, com o GP belga. E até lá especulações e mais especulações numa série de campos da categoria.
Assunto não vai faltar

Um comentário:

  1. Pra acabar com a história de que não se passa na Hungria.
    Foi um corridão.

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