Continuação...
45 Anos do Bicampeonato - 1ª Parte
José Carlos Pace se desligou da equipe Surtees após divergências com John Surtees. Com isso apenas Jochen Mass alinharia com o carro da Surtees, porém um acidente nos treinos impossibilitou a sua participação - e consequentemente a da equipe. Sobre as equipes, esta prova marcou a estréia de Tom Pryce na Shadow.
A Ferrari dominou os treinos, com Lauda a fazer a pole e Regazzoni em segundo. Emerson aparecia em terceiro, com Mike Hailwood em terceiro e Scheckter e Hunt logo em seguida.
A corrida foi uma passeio da Ferrari, apesar de uma rápida intromissão de Hailwood que foi logo superada por Regazzoni, que recuperou a segunda posição na segunda volta. Houve alguma disputa da terceira colocação para baixo, entre os dois Tyrrell e os dois McLaren. Niki Lauda não teve nenhum incômodo na sua liderança, terminando oito segundos a frente de Clay. Emerson Fittipaldi conseguiu superar Depailler e Hailwood para terminar em terceiro, trinta segundos atrás de Lauda. Mike Hailwood (para o piloto inglês acabou por ser os seus últimos pontos), Jody Scheckter e Patrick Depailler fecharam os seis primeiros.
Emerson Fittipaldi seguiu como líder agora com 31 pontos, um a mais que Niki Lauda; Clay Regazzoni aparecia em terceiro com 28; Jody Scheckter em quarto com 23 e Mike Hailwood em quinto com 12 pontos.
Continua...
45 Anos do Bicampeonato - Parte Final
45 Anos do Bicampeonato - 1ª Parte
O forte equilíbrio na primeira parte da fase européia
Os festejos de Lauda e Montezemolo, naquela que foi a primeira vitória do austríaco na F1 e, claro, pela Ferrari |
A Ferrari continuou a mostrar a sua força
naquela temporada. Em Jarama, para o GP da Espanha, Lauda conquistou mais um
pole e desta vez tinha Peterson ao seu lado na primeira fila. Regazzoni era o
terceiro, Emerson o quarto, Ickx o quinto e Reutemann o sexto. Pace se colocara
em 14º. Esta prova marcou o retorno da Shadow, após ter ficado de fora do GP
sul-africano devido a morte de Revson. Para o seu lugar, a equipe recrutou
Brian Redman.
A corrida teve o seu início com chuva e
Ronnie tomou o comando da prova, com as duas Ferraris em seu encalço. Isso
durou até a volta vinte, quando iniciou as trocas para pneus slick devido a
secagem da pista, foi o momento que a Ferrari brilhou em seus pit-stops
fazendo-os de modo seguro e rápido, entregando Lauda e Regazzoni nas duas
primeiras posições da corrida. Se a equipe italiana foi bem, o mesmo não pode
dizer da Lotus que até aparecia com boas hipóteses nessa corrida: Ickx saiu dos
boxes com uma chave presa em uma das rodas e Peterson perdeu um bom tempo em
sua parada. Para completar o calvário, os dois Lotus abandonariam por problemas
mecânicos. Ah, e é bom lembrar que este era o segundo GP do Lotus 76...
Stuck continuava a impressionar: tinha se
beneficiado das paradas nos boxes, para saltar de nono para terceiro entre as
voltas 18 e 26 e mantendo-se lá até a volta 59, quando foi ultrapassado por
Emerson. A quinta colocação foi de Jody Scheckter, que estreava o novo Tyrrell
007, e a sexta de Denny Hulme.
Na Bélgica o duelo entre
Emerson Fittipaldi e as duas Ferrari foi o ponto alto do final de semana. A
pista de Nivelles recebeu o GP belga pela segunda vez - a primeira foi em 1972 - e que
por muito pouco acabou por não ser realizado devido as dificuldades
financeiras. Patrick Depailler passou a ter a sua disposição o Tyrrell 007, assim como já acontecera com
com Jody Scheckter desde a prova anterior na Espanha.
Clay Regazzoni conseguiu a pole com a marca de 1'09"82, deslocando Jody Scheckter para o segundo lugar. Niki Lauda, Emerson Fittipaldi, Ronnie Peterson e Arturo Merzario, num grande trabalho com o Iso-Marlboro, aparecendo num ótimo sexto lugar. O grid contou com 31 carros, contra os 25 regulamentar da CSI.
Apesar de um desempenho forte de Regazzoni, Emerson e Niki Lauda não deixaram o piloto suíço escapar na dianteira. Ao se aproximar dos retardatários Clay se atrapalhou com o BRM de François Migault e ficando encaixotado no carro do piloto francês, foi presa fácil para Fittipaldi e Lauda que subiram para as duas primeiras posições. Regazzoni ainda conseguiu se livrar a tempo de Migault para sustentar a terceira posição. Mas a sorte abandonaria o piloto suíço na última volta, quando quebrou um duto de combustível do Ferrari fazendo-o perder o terceiro lugar para Scheckter.
Mais a frente Fittipaldi não teve vida fácil com Lauda que o pressionava volta a volta, mas Emerson consegui manter-se calmo para vencer o segundo - e último - GP realizado em Nivelles. Scheckter, Regazzoni, Jean Pierre Beltoise e Denny Hulme completaram os seis primeiros.
Esta corrida marcou algumas estreias como as da equipe Token e dos pilotos Tom Pryce (Token); Gerard Larousse (Brabham da Scuderia Finotto) e Teddy Pilette (Brabham).
Quando a Fórmula 1 chegou ao principado um velho de guerra estava presente: a Lotus havia deixado de lado o problemático Lotus 76 e trouxe de volta seu bom e velho cavalo de guerra, o Lotus 72. Seria uma forma de, ao menos, colocar a equipe de volta aos trilhos. Esta corrida também contou com a estréia dos pneus traseiros de 29 polegadas da Firestone.
O grid de largada teve a pole de Niki Lauda, com Regazzoni em segundo mostrando a força da Ferrari nos treinos classificatórios. Ronnie Peterson cravou um belo terceiro lugar, tendo ao seu lado Patrick Depailler e em seguida Jody Scheckter e Jean Pierre Jarier, fechando os seis primeiros. Emerson Fittipaldi, que contraiu uma forte gripe naquele final de semana, fez apenas o 13o tempo e tratando-se de uma corrida no ultra-travado circuito de Monte Carlo, precisaria de uma dose extra de sorte para salvar alguns pontos.
A corrida foi um show a parte de Ronnie Peterson: apesar de uma rodada na sexta
volta que o fez cair para quinto, o sueco recobrou a concentração e foi
escalando as primeiras posições para conseguir uma sensacional vitória em Monte
Carlo, mostrando que o Lotus 72 ainda tinha algo para ser extraído. Para a
Ferrari, numa tarde que poderia ser de grande sucesso, foi desanimadora: Lauda
enfrentou problemas elétricos na volta 32 e Regazzoni caiu de rendimento ainda
quando estava na liderança, permitindo a aproximação e ultrapassagem de
Peterson. O piloto suíço terminou em quarto. Jody Scheckter também esteve em
grande dia ao terminar num ótimo segundo lugar, enquanto que Jarier manteve o
terceiro lugar que já havia conseguido desde o início da prova. Emerson
Fittipaldi fez uma corrida paciente, escapando das armadilhas e sendo
beneficiado pelos que iam ficando pelo caminho - inclusive por conta do grande
acidente da largada que envolveu Beltoise, Hulme, Merzario, Redman, Pace,
Brambilla e Schenken. Para Brian Redman foi a última aparição na Fórmula 1,
sendo substituído pelo jovem galês Tom Pryce pelo restante da temporada.
Pontuação: Emerson Fittipaldi 24 pontos; Clay Regazzoni 22; Niki Lauda 21; Jody Scheckter 12; Denny Hulme 11.
Clay Regazzoni conseguiu a pole com a marca de 1'09"82, deslocando Jody Scheckter para o segundo lugar. Niki Lauda, Emerson Fittipaldi, Ronnie Peterson e Arturo Merzario, num grande trabalho com o Iso-Marlboro, aparecendo num ótimo sexto lugar. O grid contou com 31 carros, contra os 25 regulamentar da CSI.
Emerson vencendo em Nivelles |
Apesar de um desempenho forte de Regazzoni, Emerson e Niki Lauda não deixaram o piloto suíço escapar na dianteira. Ao se aproximar dos retardatários Clay se atrapalhou com o BRM de François Migault e ficando encaixotado no carro do piloto francês, foi presa fácil para Fittipaldi e Lauda que subiram para as duas primeiras posições. Regazzoni ainda conseguiu se livrar a tempo de Migault para sustentar a terceira posição. Mas a sorte abandonaria o piloto suíço na última volta, quando quebrou um duto de combustível do Ferrari fazendo-o perder o terceiro lugar para Scheckter.
Mais a frente Fittipaldi não teve vida fácil com Lauda que o pressionava volta a volta, mas Emerson consegui manter-se calmo para vencer o segundo - e último - GP realizado em Nivelles. Scheckter, Regazzoni, Jean Pierre Beltoise e Denny Hulme completaram os seis primeiros.
Esta corrida marcou algumas estreias como as da equipe Token e dos pilotos Tom Pryce (Token); Gerard Larousse (Brabham da Scuderia Finotto) e Teddy Pilette (Brabham).
Quando a Fórmula 1 chegou ao principado um velho de guerra estava presente: a Lotus havia deixado de lado o problemático Lotus 76 e trouxe de volta seu bom e velho cavalo de guerra, o Lotus 72. Seria uma forma de, ao menos, colocar a equipe de volta aos trilhos. Esta corrida também contou com a estréia dos pneus traseiros de 29 polegadas da Firestone.
O grid de largada teve a pole de Niki Lauda, com Regazzoni em segundo mostrando a força da Ferrari nos treinos classificatórios. Ronnie Peterson cravou um belo terceiro lugar, tendo ao seu lado Patrick Depailler e em seguida Jody Scheckter e Jean Pierre Jarier, fechando os seis primeiros. Emerson Fittipaldi, que contraiu uma forte gripe naquele final de semana, fez apenas o 13o tempo e tratando-se de uma corrida no ultra-travado circuito de Monte Carlo, precisaria de uma dose extra de sorte para salvar alguns pontos.
A grande vitória de Peterson em Monte Carlo |
Pontuação: Emerson Fittipaldi 24 pontos; Clay Regazzoni 22; Niki Lauda 21; Jody Scheckter 12; Denny Hulme 11.
O Grande Prêmio da Suécia, em Anderstorp,
contou com algumas novidades nas inscrições: o piloto local Bertil Roos foi
escalado para pilotar pela Shadow, em substituição ao recém aposentado da Fórmula-1
Brian Redman, e Leo Kinnunen, a bordo do Surtees, conseguiu a sua primeira
qualificação para o GP depois de ter falhado nos treinos para o GP da Bélgica.
Com isso, Kinnunen tornou-se o primeiro finlandês a largar num Grande Prêmio. E
equipe de Frank Williams não teve a sua dupla de pilotos titulares nessa etapa:
enquanto que Richard Robarts substituiu Arturo Merzario que estava doente, Tom
Belso assumiu o lugar de Gijs Van Lennep. A BRM também levou novidades para
esta corrida, ao disponibilizar uma nova P201 para Henri Pescarolo que vinha
utilizada a já defasada P160.
O final de semana foi inteiro para a
Tyrrell, que voltou a desfrutar de um domínio amplo com seus
dois jovens
pilotos. Patrick Depailler cravou a pole, com Jody Scheckter logo em segundo.
Lauda, Regazzoni, Peterson e Hunt fecharam as seis primeiras colocações.
Emerson Fittipaldi aparecia em sétimo, com Reutemann logo ao seu lado.
As Tyrrell comandaram as ações em Anderstorp |
A corrida foj uma extensão do domínio
apresentado pela Tyrrell: Scheckter conseguiu uma melhor partida que Depailler,
que se viu em terceiro após presenciar uma bela largada de Ronnie Peterson que
pulou de quinto para segundo. Infelizmente o herói local não conseguiu dar
combate as Tyrrells, já que eixo do Lotus 72 acabou quebrando. Com a vida
facilitada, tanto Scheckter quanto Depailler tiveram apenas o trabalho de
manterem suas posições – se bem que ainda tivesse algumas intervenções por pare
de Ken Tyrrell, que lhes pediu para que abrandassem o forte ritmo. Enquanto que
os dois Tyrrell desfilavam pelo circuito, Niki Lauda travou grande duelo contra
um surpreendente James Hunt, que enfim teve um bom final de semana com a sua
Hesketh. Hunt venceu a disputa com Lauda, que mais uma vez sofreu com problemas
na Ferrari (câmbio), tendo que abandonar na volta 70. Regazzoni já saíra antes,
na volta 23, por conta do mesmo problema. James Hunt passou a ter alguma chance
de vencer ao conseguir descontar a desvantagem para o duo da Tyrrell em até
dois segundos por volta, mas isso foi logo respondido pelos “Tyrrell Boys’, que
tinham a prova sob controle. Jody Scheckter venceu o GP sueco tornando-se o
primeiro sul-africano a conquistar uma vitória na categoria; Patrick Depailler
fechou em segundo com apenas três décimos de atraso, enquanto que Hunt ficou a
três segundos em terceiro, fechando um pódio jovem e promissor. Emerson
Fittipaldi, em mais uma corrida feita com total paciência, terminou em quarto;
Jean Pierre Jarier foi o quinto e Graham Hill, que não conquistava pontos desde
1972, fechou em sexto com o Lola da sua equipe Embassy Racing. Foi o seu
derradeiro ponto na categoria.
A classificação do campeonato mostrava
Emerson Fittipaldi com 27 pontos; Clay Regazzoni 22; Niki Lauda e Jody
Scheckter 21; Denny Hulme11.
Como preparação para o GP
holandês, a Lotus levou o 76 para Zandvoort para que Ronnie Peterson
pudesse testar. Infelizmente uma falha nos freios acabou por causar um grave
acidente do piloto sueco, que teve a suspeita de traumatismo craniano que logo
foi rechaçada. Com isso, o piloto foi liberado para o GP e a Lotus optou por
continuar com o modelo 72, já que Jacky Ickx também testou o modelo 76 sem
grande sucesso.José Carlos Pace se desligou da equipe Surtees após divergências com John Surtees. Com isso apenas Jochen Mass alinharia com o carro da Surtees, porém um acidente nos treinos impossibilitou a sua participação - e consequentemente a da equipe. Sobre as equipes, esta prova marcou a estréia de Tom Pryce na Shadow.
A Ferrari dominou os treinos, com Lauda a fazer a pole e Regazzoni em segundo. Emerson aparecia em terceiro, com Mike Hailwood em terceiro e Scheckter e Hunt logo em seguida.
A corrida foi uma passeio da Ferrari, apesar de uma rápida intromissão de Hailwood que foi logo superada por Regazzoni, que recuperou a segunda posição na segunda volta. Houve alguma disputa da terceira colocação para baixo, entre os dois Tyrrell e os dois McLaren. Niki Lauda não teve nenhum incômodo na sua liderança, terminando oito segundos a frente de Clay. Emerson Fittipaldi conseguiu superar Depailler e Hailwood para terminar em terceiro, trinta segundos atrás de Lauda. Mike Hailwood (para o piloto inglês acabou por ser os seus últimos pontos), Jody Scheckter e Patrick Depailler fecharam os seis primeiros.
Emerson Fittipaldi seguiu como líder agora com 31 pontos, um a mais que Niki Lauda; Clay Regazzoni aparecia em terceiro com 28; Jody Scheckter em quarto com 23 e Mike Hailwood em quinto com 12 pontos.
Niki Lauda dominou amplamente o GP holandês |
45 Anos do Bicampeonato - Parte Final
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