Continuação...
O desafio da Ferrari, chances para Tyrrell, ascensão da Brabham e Emerson bicampeão
Ronnie vencendo o seu segundo GP na temporada |
O GP da França, disputado em
Dijon-Prenois, deu início a segunda parte de um campeonato que prometia ser
equilibrado exatamente pela crescente da Ferrari que parecia conseguir traduzir
a sua inquestionável velocidade nas qualificações também nas corridas. Seria um
desafio e tanto para a McLaren de Emerson Fittipaldi, que tinha a seu favor a
confiabilidade e a regularidade do piloto brasileiro. Mas não podia-se
descartar a velocidade do jovem duo da Tyrrell - Scheckter e Depailler - assim
como a eficiência de Ronnie Peterson no comando do Lotus 72. Isso sem contar em
Carlos Reutemann, que também era um candidato a roubar valiosos pontos com a
sua Brabham.
A única novidade entre os pilotos foi a aparição de José Carlos Pace com o Brabham da equipe Hexagon, mas infelizmente não obteve qualificação por problemas mecânicos. Neste GP apenas 22 carros - de um total de 30 inscritos - foram permitidos no alinhamento.
O treino classificatório viu mais uma vez Niki Lauda ficar com a pole e ao seu lado Ronnie Peterson, extraindo mais uma vez o máximo do Lotus 72. Tom Pryce foi a grande sensação da qualificação ao fazer o terceiro tempo com a Shadow. Regazzoni, Fittipaldi e Hailwood fecharam os seis primeiros.
A corrida começou de forma caótica a partir do momento que Pryce teve uma má largada e no momento que era engolido pelo grid, acabou sendo acertado pelo Brabham de Reutemann. Hunt e Pescarolo também se envolveram no acidente. Reutemann ainda continuou na corrida, fazendo duas visitas aos boxes para verificações na suspensão dianteira para depois rodar e abandonar definitivamente na volta 25.
Niki Lauda parecia estar forte neste GP, mas fortes vibrações num dos pneus o forçou a descer para o segundo lugar. Ronnie Peterson assumiu a liderança para vencer a sua segunda corrida no ano, seguido por Lauda e Regazzoni. Emerson Fittipaldi estava em quarto quando o motor Cosworth explodiu. Jody Scheckter terminou em quarto, com Ickx em quinto e Hulme em sexto.
Com estes resultados Niki Lauda era o novo líder do campeonato com 36 pontos, seguido por Regazzoni com 32; Emerson Fittipaldi caía para terceiro; Jody Scheckter em quarto com 26 e Ronnie Peterson aparecia em quinto com 19 pontos.
A única novidade entre os pilotos foi a aparição de José Carlos Pace com o Brabham da equipe Hexagon, mas infelizmente não obteve qualificação por problemas mecânicos. Neste GP apenas 22 carros - de um total de 30 inscritos - foram permitidos no alinhamento.
O treino classificatório viu mais uma vez Niki Lauda ficar com a pole e ao seu lado Ronnie Peterson, extraindo mais uma vez o máximo do Lotus 72. Tom Pryce foi a grande sensação da qualificação ao fazer o terceiro tempo com a Shadow. Regazzoni, Fittipaldi e Hailwood fecharam os seis primeiros.
A corrida começou de forma caótica a partir do momento que Pryce teve uma má largada e no momento que era engolido pelo grid, acabou sendo acertado pelo Brabham de Reutemann. Hunt e Pescarolo também se envolveram no acidente. Reutemann ainda continuou na corrida, fazendo duas visitas aos boxes para verificações na suspensão dianteira para depois rodar e abandonar definitivamente na volta 25.
Niki Lauda parecia estar forte neste GP, mas fortes vibrações num dos pneus o forçou a descer para o segundo lugar. Ronnie Peterson assumiu a liderança para vencer a sua segunda corrida no ano, seguido por Lauda e Regazzoni. Emerson Fittipaldi estava em quarto quando o motor Cosworth explodiu. Jody Scheckter terminou em quarto, com Ickx em quinto e Hulme em sexto.
Com estes resultados Niki Lauda era o novo líder do campeonato com 36 pontos, seguido por Regazzoni com 32; Emerson Fittipaldi caía para terceiro; Jody Scheckter em quarto com 26 e Ronnie Peterson aparecia em quinto com 19 pontos.
Brands Hatch sediou o GP da
Grã-Bretanha e nesta corrida pode-se ver a presença recorde da temporada com 34
inscritos. Destaque para a aparição de carros da Lyncar e Maki que foram
pilotadas por John Nicholson e Holden Ganley, respectivamente - porém não
classificadas para a corrida. José Carlos Pace estreou pela Brabham em
substituição a Rikky Von Opel, que se retirou da categoria. Derek Bell assumiu
o posto num dos carros da Surtees, posto que ficaria até o GP do Canadá. Peter
Gethin também assumiu um lugar no grid, ao substituir o acidentado Guy Edwards
- que quebrou o pulso numa prova da F-5000 - na equipe Embassy Hill. Lella Lombardi apareceu com
um Brabham da equipe Allied Polymer Group com o #208, por conta do patrocínio da Rádio de Luxemburgo que tinha
suas ondas de alcance em 208 metros - algo em torno de 1439kHz. O grid foi formado com
25 participantes.
Niki Lauda continuou a sua grande performance nas qualificações ao fazer a
pole, porém teve ao seu lado Ronnie Peterson que igualou seu tempo no treino
(1'19"7). Jody Scheckter, Carlos Reutemann, Tom Pryce e James Hunt
fecharam os seis primeiros. Outros dois candidatos ao título, Emerson e Clay,
apareciam na quarta fila em sétimo e oitavo respectivamente.
A corrida foi praticamente um passeio de Niki Lauda, que dominou quase que todo GP de ponta a ponta. Seus rivais mais próximos enfrentaram problemas, como Reutemann que acidentou na volta 38; Peterson e Regazzoni sofreram furos nos pneus e isso forçaram a sua ida aos boxes, perdendo terreno. Até a volta 73 Niki Lauda parecia que estava próximo de vencer - apesar da aproximação de Scheckter - mas o furo no pneu de seu Ferrari, procedente dos destroços do acidente de Hans Stuck da curva Dingle Dell, aumentou e ele teve que parar no box. Quando estava prestes a voltar, foi impedido e por comissários que alegavam que a prova estava prestes a terminar. Com isso Lauda perdeu o quinto lugar, que só foi recuperado algum tempo depois que a Ferrari entrou com recurso na CSI.
Jody Scheckter vencia, assim, o seu segundo GP com Emerson Fittipaldi, que soube aproveitar os infortúnios daqueles que iam à sua frente para chegar a um ótimo segundo lugar. Jacky Ickx conquistou o terceiro lugar, repetindo o seu melhor resultado naquela temporada - foi terceiro no Brasil; Regazzoni, Lauda e Reutemann fecharam os seis primeiros.
Niki Lauda continuou na liderança do campeonato, agora com 38 pontos; Emerson Fittipaldi aparecia em segundo com 37; Jody Scheckter e Clay Regazzoni apareciam empatados com 35 pontos; e na quinta colocação Ronnie Peterson com 19 pontos.
Scheckter aproveitou bem a chance para vencer em Brands Hatch |
A corrida foi praticamente um passeio de Niki Lauda, que dominou quase que todo GP de ponta a ponta. Seus rivais mais próximos enfrentaram problemas, como Reutemann que acidentou na volta 38; Peterson e Regazzoni sofreram furos nos pneus e isso forçaram a sua ida aos boxes, perdendo terreno. Até a volta 73 Niki Lauda parecia que estava próximo de vencer - apesar da aproximação de Scheckter - mas o furo no pneu de seu Ferrari, procedente dos destroços do acidente de Hans Stuck da curva Dingle Dell, aumentou e ele teve que parar no box. Quando estava prestes a voltar, foi impedido e por comissários que alegavam que a prova estava prestes a terminar. Com isso Lauda perdeu o quinto lugar, que só foi recuperado algum tempo depois que a Ferrari entrou com recurso na CSI.
Jody Scheckter vencia, assim, o seu segundo GP com Emerson Fittipaldi, que soube aproveitar os infortúnios daqueles que iam à sua frente para chegar a um ótimo segundo lugar. Jacky Ickx conquistou o terceiro lugar, repetindo o seu melhor resultado naquela temporada - foi terceiro no Brasil; Regazzoni, Lauda e Reutemann fecharam os seis primeiros.
Niki Lauda continuou na liderança do campeonato, agora com 38 pontos; Emerson Fittipaldi aparecia em segundo com 37; Jody Scheckter e Clay Regazzoni apareciam empatados com 35 pontos; e na quinta colocação Ronnie Peterson com 19 pontos.
Nurburgring recebeu algumas
mudanças para melhorar a segurança, especialmente com adição de guard-rails e
áreas de escape com bancada de areia. O GP da alemão foi bem movimentado desde
os treinos, quando Ronnie Peterson acidentou-se com a Lotus 72 nos treinos
livres a deixando inutilizável. Dessa forma o piloto sueco teve que utilizar a
76, enquanto que Jacky Ickx ficou com a 72; a Ferrari estreou novos aerofólios,
enquanto que a BRM conseguiu eliminar 20kg de peso dos P201. Howden Ganley acidentou com o Maki e machucou gravemente
os pés, forçando o seu retiro da categoria.
A Ferrari deu as cartas mais uma vez na classificação, com Lauda fazendo a sua sétima pole no ano e Regazzoni logo em seguida. Emerson Fittipaldi, Scheckter, Depailler e Reutemann fecharam os seis primeiros.
A corrida foi dominada amplamente por Clay Regazzoni, que liderou todas a voltas do GP reencontrando uma vitória que não vinha desde o Grande Prêmio da Itália de 1970. Niki Lauda acabou batendo ainda no início da corrida quando tentou superar Jody Scheckter. Este GP também
revelou-se desastroso para a McLaren: enquanto que
Emerson Fittipaldi e Denny Hulme se acidentaram ainda no grid, após o
brasileiro ficar parado por problemas na embreagem e ser acertado por Hulme -
Denny ainda tentou usar o carro reserva, mas foi desclassificado -, Mike
Hailwood teve um forte acidente na volta 13 quando passou pelo trecho da
Pflanzgartem indo de frente ao guard-rail. Mike teve uma das pernas quebrada e
igual ao que acontecera com Ganley, acabou encerrando a sua carreira na Fórmula
1. Outros pilotos se acidentaram, mas sem gravidade como foram os casos de
Jacques Laffite (Iso), John Watson (Brabham) e Depailler (Tyrrell).
Jody Scheckter, Carlos Reutemann, Ronnie Peterson, Jacky Ickx e Tom Pryce, que conquistou seu primeiro ponto na categoria, fecharam os seis primeiros.
Com a vitória, Regazzoni assumiu a liderança do mundial com 44 pontos enquanto que Scheckter subiu para segundo com 41 pontos. Niki Lauda continuou com seus 38 pontos, agora em terceiro; Emerson caiu para quarto com seus inalterados 37 pontos e Ronnie Peterson continuava em quinto, agora com 22 pontos.
A Ferrari deu as cartas mais uma vez na classificação, com Lauda fazendo a sua sétima pole no ano e Regazzoni logo em seguida. Emerson Fittipaldi, Scheckter, Depailler e Reutemann fecharam os seis primeiros.
A corrida foi dominada amplamente por Clay Regazzoni, que liderou todas a voltas do GP reencontrando uma vitória que não vinha desde o Grande Prêmio da Itália de 1970. Niki Lauda acabou batendo ainda no início da corrida quando tentou superar Jody Scheckter. Este GP também
Regazzoni conseguiu encaixar um bom final de semana e venceu em Nurburgring |
Jody Scheckter, Carlos Reutemann, Ronnie Peterson, Jacky Ickx e Tom Pryce, que conquistou seu primeiro ponto na categoria, fecharam os seis primeiros.
Com a vitória, Regazzoni assumiu a liderança do mundial com 44 pontos enquanto que Scheckter subiu para segundo com 41 pontos. Niki Lauda continuou com seus 38 pontos, agora em terceiro; Emerson caiu para quarto com seus inalterados 37 pontos e Ronnie Peterson continuava em quinto, agora com 22 pontos.
O GP da Áustria trouxe algumas
novidades para o pelotão. A McLaren recorreu a David Hobbs para substituir o
convalescente Mike Hailwood; Guy Edwards ainda não estava em condições de
voltar a pilotar e isso forçou Graham Hill ir atrás de Rolf Stommelen para
assumir o comando do Lola-Ford da equipe Embassy; Jochen Mass deixou a equipe
Surtees e junto levou o principal patrocinador da equipe, a Bang & Olufsen.
Jean Pierre Jabouille substituiu o piloto alemão. Aproveitando que a prova era
em território austríaco, dois pilotos locais estrearam: Dieter Quester alinhou
um Surtees TS16 da equipe Memphis Team International, enquanto que Helmut
Koinnig ficava a cargo do Brabham BT42 da Elan Racing Team. A principal
ausência remontava a BRM, que alinhou apenas o carro de Jean Pierre Beltoise. O
segundo carro que era de Henri Pescarolo acabou ficando de fora por problemas
no fornecimento de motor.
Niki Lauda fez a pole, acompanhado por Carlos Reutemann na primeira fila.
Emerson Fittipaldi e Carlos Pace formaram uma segunda fila brasileira, enquanto
que Jody Scheckter e Ronnie Peterson formavam a terceira fila. Clay Regazzoni
aparecia em oitavo, logo atrás de James Hunt.
A corrida foi resumida a uma prova de sobrevivência: Reutemann teve uma melhor saída e assumiu a liderança, enquanto que Lauda ficava em segundo. A corrida do piloto argentino foi a mais tranquila possível liderando a corrida de ponta a ponta, mas da segunda posição para trás foi de problemas e mais problemas para os pilotos que disputavam o título: Jody Scheckter abandonou na volta 9 com problemas no câmbio; Niki Lauda ficou de fora com o câmbio quebrado na volta 17; enquanto que Fittipaldi abandonou pelo mesmo problema, na volta 38. Pace era segundo e estava prestes a subir pela primeira vez ao pódio, quando a pressão do óleo fez o motor Cosworth falhar na passagem 42. Ronnie Peterson assumiu a segunda posição do brasileiro, mas quatro voltas depois apresentou problemas na transmissão.
Denny Hulme voltou ao pódio na segunda posição, James Hunt foi o terceiro, John Watson o quarto, Clay Regazzoni foi o único dos quatro candidatos ao título a completar a corrida, ainda que tenha sido em quinto e contado um pouco com a sorte, pois teve um furo num dos pneus traseiros de precisou trocá-lo, e a sexta colocação ficou para Vittorio Brambilla.
Os dois pontos conquistados por Regazzoni foram importantes para deixá-lo um pouco mais confortável na liderança da tabela com 46 pontos; Jody Scheckter em segundo com 41; Niki Lauda terceiro com 38; Emerson Fittipaldi em quarto com 37; e Carlos Reutemann subindo para quinto com 23 pontos.
Reutemann aproveitou bem dos problemas dos favoritos para vencer em Osterreichring |
A corrida foi resumida a uma prova de sobrevivência: Reutemann teve uma melhor saída e assumiu a liderança, enquanto que Lauda ficava em segundo. A corrida do piloto argentino foi a mais tranquila possível liderando a corrida de ponta a ponta, mas da segunda posição para trás foi de problemas e mais problemas para os pilotos que disputavam o título: Jody Scheckter abandonou na volta 9 com problemas no câmbio; Niki Lauda ficou de fora com o câmbio quebrado na volta 17; enquanto que Fittipaldi abandonou pelo mesmo problema, na volta 38. Pace era segundo e estava prestes a subir pela primeira vez ao pódio, quando a pressão do óleo fez o motor Cosworth falhar na passagem 42. Ronnie Peterson assumiu a segunda posição do brasileiro, mas quatro voltas depois apresentou problemas na transmissão.
Denny Hulme voltou ao pódio na segunda posição, James Hunt foi o terceiro, John Watson o quarto, Clay Regazzoni foi o único dos quatro candidatos ao título a completar a corrida, ainda que tenha sido em quinto e contado um pouco com a sorte, pois teve um furo num dos pneus traseiros de precisou trocá-lo, e a sexta colocação ficou para Vittorio Brambilla.
Os dois pontos conquistados por Regazzoni foram importantes para deixá-lo um pouco mais confortável na liderança da tabela com 46 pontos; Jody Scheckter em segundo com 41; Niki Lauda terceiro com 38; Emerson Fittipaldi em quarto com 37; e Carlos Reutemann subindo para quinto com 23 pontos.
Monza e sua atmosfera festiva por
conta dos tiffosi, que costumam lotar as arquibancadas do tradicional circuito
italiano, recebeu a antepenúltima etapa daquele mundial de 1974. Apesar dos inúmeros
problemas enfrentados nos últimos GPs, a esperança da torcida - e imprensa -
italiana é que a Ferrari recuperasse a confiabilidade e partisse para uma
conquista arrebatadora que lhes pudessem dar o ânimo necessário para uma
conquista que não vinha desde 1964.
A Lotus repetiu a sua formação, ao entregar o 72 para Peterson - agora com a dianteira do carro voltando ao seu formato original - e o 76 para Ickx; a Brabham cedeu o BT44 reserva para John Watson.
A esperança dos ferraristas aumentaram quando Niki Lauda anotou mais uma pole para a sua coleção, formando a primeira fila com Carlos Reutemann - assim como acontecera no Osterreichring. Carlos Pace e John Watson alinharam as outras duas Brabham na segunda fila, mostrando o bom rendimento que aqueles carros da equipe de Bernie Ecclestone estavam atingindo naquela fase final. Emerson Fittipaldi e Clay Regazzoni ocupavam a terceira fila. Jody Scheckter fez apenas o 12o tempo.
O decorrer do GP foi um sonho de uma noite de verão para os italianos, que chegaram a vislumbrar
uma possível dobradinha: Lauda conseguiu sustentar a
liderança e na segunda volta Regazzoni já superava Reutemann na briga pela
segunda posição, deixando um cenário animador naquele momento para a torcida e
também para o campeonato. Mas os azares - leia-se confiabilidade - acabaram
tirando Lauda de combate na volta 33 por causa da refrigeração no motor.
Regazzoni assumiu a liderança e as coisas pareciam bem encaminhadas até que o
motor do Ferrari também falhou. O que parecia ser uma festa para os torcedores
italianos, tornou-se uma tarde para lá de desastrosa.
Ronnie Peterson venceu o GP italiano após duelar contra Emerson Fittipaldi, que ficou em segundo. Jody Scheckter fez uma bela prova de recuperação e terminou em terceiro, salvando um final de semana que tendia a ser desastroso após a qualificação. Merzario ficou em quarto - nesta que foi última vez a pontuar na Fórmula 1 - Pace ficou em quinto e Hulme em sexto. Reutemann acabou abandonando na volta 13 por problemas de câmbio e suas já remotas chances de título desapareceram nesta corrida.
O campeonato ficou ainda mais embolado com Regazzoni se mantendo na ponta com seus 46 pontos, um a mais que Scheckter que ocupava a segunda posição e três a mais que Emerson Fittipaldi que aparecia em terceiro; Lauda era quarto com 38 e Peterson em quinto com 31.
A Lotus repetiu a sua formação, ao entregar o 72 para Peterson - agora com a dianteira do carro voltando ao seu formato original - e o 76 para Ickx; a Brabham cedeu o BT44 reserva para John Watson.
A esperança dos ferraristas aumentaram quando Niki Lauda anotou mais uma pole para a sua coleção, formando a primeira fila com Carlos Reutemann - assim como acontecera no Osterreichring. Carlos Pace e John Watson alinharam as outras duas Brabham na segunda fila, mostrando o bom rendimento que aqueles carros da equipe de Bernie Ecclestone estavam atingindo naquela fase final. Emerson Fittipaldi e Clay Regazzoni ocupavam a terceira fila. Jody Scheckter fez apenas o 12o tempo.
O decorrer do GP foi um sonho de uma noite de verão para os italianos, que chegaram a vislumbrar
Peterson e Emerson reeditaram em Monza o resultado de 1973, mas desta vez favorável ao brasileiro |
Ronnie Peterson venceu o GP italiano após duelar contra Emerson Fittipaldi, que ficou em segundo. Jody Scheckter fez uma bela prova de recuperação e terminou em terceiro, salvando um final de semana que tendia a ser desastroso após a qualificação. Merzario ficou em quarto - nesta que foi última vez a pontuar na Fórmula 1 - Pace ficou em quinto e Hulme em sexto. Reutemann acabou abandonando na volta 13 por problemas de câmbio e suas já remotas chances de título desapareceram nesta corrida.
O campeonato ficou ainda mais embolado com Regazzoni se mantendo na ponta com seus 46 pontos, um a mais que Scheckter que ocupava a segunda posição e três a mais que Emerson Fittipaldi que aparecia em terceiro; Lauda era quarto com 38 e Peterson em quinto com 31.
A Formula-1 rumou para Mosport
onde ocorreria o GP do Canadá. Cinco pilotos estavam ainda no jogo, mas aquela
corrida decidiria o destino de dois deles na disputa por aquele eletrizante – e
imprevisível – campeonato. Penske e Parnelli, com seus modelos PC1 e VPJ4,
estrearam naquele GP tendo Mrk Donohue e Mario Andretti em seus respectivos
carros. Chris Amon substituiu Pescarolo na BRM; Mass assumiu o comando do
Mclaren Yardley no lugar de David Hobbs; e Helmuth Koinnig enfim estreou-se em
GPs, ao competir pela Surtees.
Os treinos saíram um pouco da sua
rotina da qual todos já estavam acostumados: ao invés da Ferrari de Lauda na
dianteira, era o M23 de Emerson Fittipaldi que encabeçava aquele grid – era a
segunda pole naquele ano (a outra havia sido em Interlagos). Niki Lauda
aparecia em segundo, com Scheckter, Reutemann, Jarier e Regazzoni completando
os seis primeiros naquele grid. Ronnie Peterson aparecia apenas em décimo.
Emerson vencendo em Mosport: um importante passo para o segundo título |
A corrida foi tensa e emocionante.
Niki Lauda conseguiu tomar a liderança já na largada e a sua condução parecia
inabalável, tendo Emerson em segundo, Regazzoni em terceiro e Scheckter em
quarto, que logo em seguida ultrapassaria Clay na disputa pelo terceiro lugar.
Mas as coisas passaram a se definir mais a frente, quando Scheckter escapou e
bateu forte na volta 49 e Niki Lauda, pressionado por Emerson, acabou perdendo
o controle de sua Ferrari ao passar sobre detritos e bateu quando a corrida
estava na 70ª volta. Fim de prova para o piloto austríaco que dava adeus a sua
já remota chance de conquistar o título. Emerson venceu o GP canadense num
momento importante do campeonato, tendo Regazzoni em segundo, Peterson – que
fizera uma bela corrida de recuperação, conseguindo até mesmo alcançar e
ameaçar a segunda posição de Regazzoni – ficou em terceiro e infelizmente
também deixava as sua remotas chances de conquistar o mundial. James Hunt,
Patrick Depailler e Denny Hulme completaram os seis primeiros – esse GP do
Canadá foi o derradeiro para Derek Bell e Eppie Wietzes, assim como também a
última vez que Denny Hulme chegou a casa dos pontos e Emerson Fittipaldi
marcando um pole na Fórmula-1.
A tabela do campeonato mostrava a
retomada da liderança de Emerson Fittipaldi agora com os mesmos 52 pontos de
Regazzoni; Jody Scheckter era o terceiro com 45; Niki Lauda em quarto com 38; e
Ronnie Peterson em quinto com 35.
Três contendores e a chance de um
título mundial. Mais um menos assim é que poderiam iniciar o título de uma
matéria para aqueles dias que antecediam o derradeiro GP daquela eletrizante
temporada de 1974. Daqueles três, apenas Emerson Fittipaldi é quem havia
experimentado o gosto de ser um campeão mundial – tal primazia conquistada dois
anos antes quando era piloto da Lotus. Para Clay Regazzoni e Jody Scheckter era
a primeira oportunidade de ambos para chegar ao olimpo da categoria. A
matemática era favorável aos dois líderes do campeonato: Emerson precisava
chegar a frente de Regazzoni e em caso de vitória de Scheckter, precisava
terminar até a quarta colocação – e o mesmo se aplicava a Regazzoni, que
precisaria ficar na frente de Fittipaldi e terminar em quarto em caso de
vitória de Jody; para o jovem sul-africano as coisas eram mais complicadas: era
obrigado a vencer e torcer para que Emerson e Clay ficassem da quinta posição
para baixo. Ou seja: apenas um milagre para que Jody pudesse vencer o seu
primeiro mundial na Fórmula-1. Certamente seria uma final tensa e emocionante
para estes três pilotos.
As equipes realizaram testes de
dois dias em Watkins Glen, uma semana antes do GP onde enfrentaram um frio
rigoroso que beirava zero grau. Na semana seguinte, o frio ainda era intenso e
possibilidade de nevar também era considerada – algo que não chegou acontecer e
já na sexta-feira chegou fazer sol e a temperatura subiu para seis graus.
A classificação relegou seus
principais pilotos daquele final de semana a coadjuvantes: Carlos Reutemann
continuou a demonstrar a ótima evolução do Brabham BT44 ao fazer a pole
position, tendo ao seu lado James Hunt que também vinha numa boa crescente
naquelas últimas corridas com a sua Hesketh; Mario Andretti levou o carro da
Parnelli (VPJ 4) a um excelente terceiro lugar, uma vez que até conseguira na
sexta o melhor tempo da classificação; José Carlos Pace ficou com quarto melhor
tempo, enquanto que Niki Lauda era o quinto. O primeiro dos favoritos ao título
a aparecer no grid era Jody Scheckter que assinalava o sexto tempo. John Watson
era o sétimo, tendo ao seu lado Emerson Fittipaldi que enfrentara uma série de
problemas de acerto em seu Mclaren desde a sexta-feira. Mas problemas de acerto
não era exclusividade de Emerson: Clay Regazzoni também sofrera um bocado e
cravou o nono tempo para aquela corrida. A ausência nesta última corrida do ano
ficava por conta de Jean Pierre Beltoise, que se acidentou com seu BRM num dos
treinos e teve uma pequena fratura num dos pés.
Antes mesmo que a corrida
começasse, problemas apareceram para alguns no grid: para a Parnelli a
perspectiva de uma boa apresentação por parte de Mario Andretti era
considerável, porém as coisas começaram a ruir quando o motor Cosworth apresentou
problemas ainda no warm-up – e que viria agravar mais tarde quando a corrida
estava prestes a começar, sendo que o Parnelli precisou de ajuda
para largar e
isso custou a Mario uma desclassificação quatro voltas depois. A outra aflição
por conta do motor Cosworth tinha ficado com a Tyrrell de Jody Scheckter, que
se recusava a funcionar. Como num bom filme de drama/ suspense, o motor
Cosworth pegou um pouco antes que o box fosse fechado.
Reutemann mostrou bem a evolução da Brabham ao vencer convincentemente em Watkins Glen |
Já na corrida, Carlos Reutemann fez valer a sua vantagem da
pole ao sustenta-la frente a James Hunt, Pace, Lauda, Scheckter, Fittipaldi e
Regazzoni – estes dois últimos conseguindo fazer boa largada, deixando para
trás Watson e Andretti, que não conseguira largar por conta dos problemas não
solucionados. Mario anda voltou a corrida, mas foi desclassificado por ter sido
empurrado pelos mecânicos ainda no grid. Ainda sobre os três candidatos ao
título, que agora seguiam um ao outro de muito perto, Emerson chegou perder a
sexta posição para Regazzoni de forma milimétrica, que foi logo recuperada pela
brasileiro que estava com boa distância para Scheckter. As coisas iam bem até
ali... Infelizmente, quando a corrida atingira a décima volta, é que veio a
tragédia quando o Surtees de Helmuth Koinigg, que estava em seu segundo GP,
passou reto no mesmo ponto onde morrera François Cevert em 1973. O Surtees
acabou batendo e atravessando a parte inferior do guard-rail e dessa forma
degolando Koinigg. Foi a segunda morte num intervalo de doze meses em Watkins
Glen, exatamente pela má fixação da proteção metálica.
A corrida para Emerson Fittipaldi começou a dar certo quando
Regazzoni apresentou problemas de vibração em sua Ferrari, fazendo com que
despencasse algumas posições. As coisas para suíço acabaram por piorar quando
ele foi aos boxes trocas os pneus e perder uma volta para demais, o que levou a
Mclaren a mostrar uma placa para Emerson indicando que Clay estava de fora. O
desastre final para a Ferrari foi quando Lauda, que seguia em quarto,
apresentou problemas na direção e isso o fez abandonar na volta 39. Um final de
semana que poderia ser de desforra para a Rossa, acabou por ser apenas o
retrato fiel do que aquela temporada para eles: um carro veloz, mas pouco
confiável.
O então novo bicampeão |
A única coisa que Emerson precisava naquele momento da corrida
era cuidar do equipamento, uma vez que Rega já estava fora de combate e
Scheckter não conseguia ir muito além do quarto lugar – apesar de algumas
investidas do brasileiro, que foram muito bem rechaçadas por Jody. Porém, na
volta 45, um tubo de alimentação do motor Cosworth do Tyrrell de Jody acabou
por quebrar e deixar o sul-africano a pé. Definitivamente Emerson Fittipaldi
chegara ao segundo mundial, ajudando também a Mclaren a conquistar seu primeiro
titulo de construtores. O vermelho e branco dos uniformes da Mclaren se
misturaram ao verde amarelo dos inúmeros torcedores brasileiros, que foram até
Watkins Glen para festejar e testemunhar este grande momento do esporte a motor
do Brasil na Fórmula-1.
Carlos Reutemann dominou amplamente o GP sem dar chances a
Hunt, que fora ultrapassado por Pace que acabou por formar uma dobradinha dos
“Carlos” para a Brabham, algo que não acontecia desde o GP do Canadá de 1969
quando os “Jacks” fizeram a dobradinha – Jacky Ickx e Jack Brabham; os
problemas de freio do Hesketh acabaram relegando Hunt ao terceiro lugar;
Emerson confirmou seu titulo com o quarto lugar; John Watson levou o terceiro
Brabham BT44 (Goldie Hexagon Racing) ao quinto lugar; e Patrick Depailler
salvou mais um ponto para a Tyrrell com o sexto lugar. Este GP estadunidense
marcou a derradeira participação de Denny Hulme na Fórmula-1 – mesmo que ainda
ficasse ativo como presidente da GPDA (Associação de Pilotos de Grande Prêmio).
Apesar de não ter corrido em Watkins Glen, Jean Pierre Beltoise também deixava
a Fórmula-1 após mais de uma década nesta categoria.
Não tem como negar que Emerson
Fittipaldi foi espetacular neste campeonato. Mesmo que o McLaren M23 fosse um
ótimo carro, a maior velocidade do Ferrari 312B3 era impressionante e isso foi constatado nas nove pole
conquistadas por Niki Lauda - e em algumas corridas onde o austríaco esteve em
grande forma, independente se tenha conquistado Oi não a vitória. Porém o
grande trunfo daquele M23 estava em sua confiabilidade e tendo o manejo suave e
preciso de Emerson, o conjunto se saiu formidável para um mundial tão
equilibrado como aquele.
Outro ponto importante naquela temporada foram as aparições de pilotos que teriam papel fundamental no decorrer daquela década: Carlos Reutemann, José Carlos Pace, Jody Scheckter, Niki Lauda, James Hunt, Patrick Depailler, Tom Pryce, John Watson - para falar dos principais - mostraram suas qualidades em poucas etapas. Por estarem em posse de carros de ponta, Lauda, Reuteman e Scheckter estiveram em maior evidência e conseguiram beliscar seus sucessos de forma convincente - tanto que tiveram chances no campeonato, especialmente Lauda e Scheckter que foram até o final com possibilidades, principalmente o sul-africano. Mas Niki Lauda foi, destes citados, o que chamou maior atenção e ficou claro que caso os problemas não tivessem aparecido, o austríaco teria sido um rival muito mais difícil e perigoso do que foi Clay Regazzoni para Emerson Fittipaldi. Com uma Ferrari 312T refinada e altamente confiável, essas impressões foram confirmadas quando o jovem austríaco arrebatou seu primeiro mundial de forma incontestável e impressionante no final de 1975, ajudando a Ferrari a sair de uma incômoda fila de 11 anos sem título.
Voltando a Emerson, o título de 1974 foi importante para mostrar o real valor do piloto brasileiro que havia saído brigado da Lotus por conta do acordo não cumprido em Monza, que daria a ele uma sobrevida naquele mundial de 1973. Mas a sua mudança acabou sendo a certa: mudou-se para uma equipe estava em ascensão e livrou-se do caos técnico que se instalou na Lotus em 1975 por conta da adoção do Lotus 76, que não entregou o desempenho esperado fazendo com que Colin Chapman recorresse ao seu velho cavalo de guerra (Lotus 72), que salvou o ano ao conseguir três conquistas através de Ronnie Peterson.
Mesmo que não tenha tido o melhor carro, o M23 caiu como uma luva para Emerson Fittipaldi e este soube extrair o máximo que este bólido projetado por Gordon Coppuck podia entregar.
Foi uma grande época para a McLaren, que entrava de vez no time das melhores equipes, e para Emerson Fittipaldi, que confirmava de vez a sua genialidade no comando de um carro de corrida.
Outro ponto importante naquela temporada foram as aparições de pilotos que teriam papel fundamental no decorrer daquela década: Carlos Reutemann, José Carlos Pace, Jody Scheckter, Niki Lauda, James Hunt, Patrick Depailler, Tom Pryce, John Watson - para falar dos principais - mostraram suas qualidades em poucas etapas. Por estarem em posse de carros de ponta, Lauda, Reuteman e Scheckter estiveram em maior evidência e conseguiram beliscar seus sucessos de forma convincente - tanto que tiveram chances no campeonato, especialmente Lauda e Scheckter que foram até o final com possibilidades, principalmente o sul-africano. Mas Niki Lauda foi, destes citados, o que chamou maior atenção e ficou claro que caso os problemas não tivessem aparecido, o austríaco teria sido um rival muito mais difícil e perigoso do que foi Clay Regazzoni para Emerson Fittipaldi. Com uma Ferrari 312T refinada e altamente confiável, essas impressões foram confirmadas quando o jovem austríaco arrebatou seu primeiro mundial de forma incontestável e impressionante no final de 1975, ajudando a Ferrari a sair de uma incômoda fila de 11 anos sem título.
Voltando a Emerson, o título de 1974 foi importante para mostrar o real valor do piloto brasileiro que havia saído brigado da Lotus por conta do acordo não cumprido em Monza, que daria a ele uma sobrevida naquele mundial de 1973. Mas a sua mudança acabou sendo a certa: mudou-se para uma equipe estava em ascensão e livrou-se do caos técnico que se instalou na Lotus em 1975 por conta da adoção do Lotus 76, que não entregou o desempenho esperado fazendo com que Colin Chapman recorresse ao seu velho cavalo de guerra (Lotus 72), que salvou o ano ao conseguir três conquistas através de Ronnie Peterson.
Mesmo que não tenha tido o melhor carro, o M23 caiu como uma luva para Emerson Fittipaldi e este soube extrair o máximo que este bólido projetado por Gordon Coppuck podia entregar.
Foi uma grande época para a McLaren, que entrava de vez no time das melhores equipes, e para Emerson Fittipaldi, que confirmava de vez a sua genialidade no comando de um carro de corrida.
Os festejos de Emerson Fittipaldi ainda no pódio de Watkins Glen, com a sua então esposa Maria Helena |
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