Mostrando postagens com marcador Brabham. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Brabham. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Foto 238: Os preferidos de Vettel

E Sebastian Vettel elegeu os seus dez carros preferidos na F1 que foi divulgado pelo site alemão "Sport Bild". E para quem pensava que o atual tri-campeão colocaria um dos seus "Touros Vermelhos" no topo da lista, se enganaram.
Junto das fotos, a observação de Sebastian para com os carros:

1. MCLAREN MP4/8 - 1993: “Meu carro favorito, definitivamente. A McLaren não tinha o melhor carro naquele ano, mas ainda assim Senna conquistou cinco vitórias”

2. RED BULL RB6 - 2010: “O melhor modelo daquele ano, seria uma pena se não tivéssemos vencido com ele”

3. RED BULL RB7 - 2011:
“Era confiável e rápido em todos os circuitos.”

 4. BRABHAM BT46B - 1978: "O carro de Lauda com uma hélice gigante na traseira. Após a vitória na Suécia, o "aspirador de pó" foi banido."

5. LOTUS 72 - 1972:
“Bonito, mas trágico”

6. FERRARI F2002 - 2002:
“Parecia que ele [Schumacher] podia fazer jogos com os adversários. Não à toa ele conquistou o título ainda no GP da França [com seis etapas de antecedência]”

7. MCLAREN MP4/13 - 1998: "Este carro foi uma das maravilhas de Adrian Newey."

8. WILLIAMS FW14 - 1992: "Outro carro fantástico de Adrian Newey. Com a suspensão ativa, parecia andar sobre trilhos."

 9. MERCEDES W196 - 1954: "Um carro lendário."

10. BRABHAM BT52B - 1983: “Diziam que ele tinha mais de mil cavalos de potência na classificação, fazendo dele mais um foguete do que um carro de corrida. Gostaria de pilotá-lo”

segunda-feira, 22 de julho de 2013

F1 Battles: Mario Andretti vs Didier Pironi, Long Beach 1981

Os relatos da época já apontavam o quanto que o Ferrari 126CK - um dos mais belos F1 da casa de Maranello - projetado pelo finado Dr. Harvey Postlethwaite era uma chassi que não inspirava grandes ambições para a marca naquela temporada de 1981, mas o motor turbo de 6 cilindros era o que havia de melhor naquela "cadeira elétrica".
E isso pôde ser visto muito bem na prova de abertura daquela temporada, realizado em Long Beach, com o duelo entre Didier Pironi (Ferrari) contra Mario Andretti (Alfa Romeo), com o piloto francês fazendo o impossível para se manter na quarta colocação na parte sinuosa e simplesmente andando feito um foguete nas grandes retas do belo circuito citadino. Mas isso não foi o suficiente para lhe garantir aquela posição, sendo suplantado por Mario Andretti algumas voltas depois.
Pironi acabou por abandonar a corrida na volta 67 com problemas no motor e Mario fechou na quarta colocação. A vitória foi de Alan Jones, seguido pelo seu companheiro de Williams Carlos Reutemann e por Nelson Piquet com a sua Brabham.

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Vídeo: O final do GP do Brasil, 1978

Foi a corrida onde o saudoso circuito de Jacarepaguá recebeu a F1 pela primeira vez, sediando o GP do Brasil de 1978. E assim com em 1972, quando Interlagos teve a sua corrida extra-campeonato, Carlos Reutemann, com Ferrari, a venceu.
Mas a grande festa foi o segundo lugar de Emerson Fittipaldi com o Copersucar F5A, que subia ao pódio pela primeira vez com o carro brasileiro. A terceira posição foi de Niki Lauda com a Brabham.
Legal ter encontrado essas belas imagens, com o autódromo carioca lotado e a reta dos boxes quase tomada pelo público para festejar aquele segundo lugar do Bi-Campeão mundial com o belo F5A. Bons tempos.


domingo, 31 de março de 2013

Foto 187: A terceira Brabham


"Mas Bernie, trê carros?"
"Sim, três carros. Pilote-o e não discuta mais!"
E naquele GP da Alemanha de 1976, que ficou marcado pelo acidente que quase vitimou Niki Lauda, a Brabham teve um terceiro carro na pista. O Brabham BT-45/ Alfa Romeo foi destinado à Rolf Stommelen naquele fim de semana. Na realidade Stommelen iria correr pela equipe RAM, que competia com os velhos Brabhams BT44, mas uma ação judicial movida pelo piloto Loris Kessel onde estes carros foram retirados do evento durante as sessões de treinos pela polícia. Deste modo, Stommelen acabou indo pilotar um dos Brabhams e formar trio com os "Carlos", Pace e Reutemann.
Rolf conseguiu qualificar o Brabham #77 na 15ª colocação, enquanto que Pace levava o seu carro ao sétimo posto e Reutemann ao décimo. No final da corrida, vencida por James Hunt, Stommelen terminou em sexto, duas posições atrás de José Carlos Pace. Reutemann abandonou na volta antes de completar a primeira volta, devido um problema no sistema de combustível.


sábado, 26 de janeiro de 2013

Vídeo: O acidente de Bobby Deerfield

Bobby Deerfield foi um filme feito por Sidney Pollack e que estreou em 1977 e teve como estrela Al Pacino, que representou um piloto de Fórmula-1 (Bobby Deerfield).
A sinopse do filme mostra Bobby, que é um piloto bem sucedido nas provas de F1, que acaba presenciando um grave acidente de um concorrente e a partir deste momento muda visão com relação a morte. Deerfield acaba conhecendo Lilian Morelli (Marthe Keller), uma suiça que está com uma doença terminal, numa visita ao rival acidentado e assim ele acaba se envolvendo Lilian. Apesar das fortes critícas na época, devido ao excessivo romance melodramático, Pacino foi indicado ao Globo de Ouro como melhor ator.
O filme é retratado durante a temporada de 1976 e como vocês verão no vídeo, José Carlos Pace foi o "dublê" de Al Pacino nas filmagens com a sua Brabham BT45. O mais interessante é que este filme foi lançado em 29 de setembro de 1977 e o tão aguardado filme de Ron Howard, que também retrata a temporada de 1976, mas sobre a disputa Lauda vs Hunt, também estreará neste 2013 em 20 de setembro. Quase que 36 anos depois a temporada de 1976 da F1 voltará aos telões do cinema.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

As 23 do Nelsão

E aqui fica a minha homenagem aos 60 anos que Nelson Piquet completa hoje. São 23 fotos das suas 23 vitórias na F1.

1ª GP dos EUA – Long Beach -
30/03/1980
Brabham/Ford



2ª GP da Holanda – Zandvoort -
31/08/1980
Brabham/Ford



3ª GP da Itália – Ímola -
14/07/1980
Brabham/Ford




4º GP da Argentina – Oscar Galvez -
12/04/1981
Brabham/Ford


5º GP de San Marino – Ímola -
03/05/1981
Brabham/Ford
*20ª Vitória brasileira na Fórmula 1
6º GP da Alemanha – Hockenheim -
02/08/1981
Brabham/Ford



7º GP do Canadá – Montreal -
13/06/1982
Brabham/BMW



8º GP do Brasil – Jacarepaguá -
13/03/1983
Brabham/BMW



9º GP da Itália – Monza -
11/09/1983
Brabham/BMW





10º GP da Europa – Brands Hatch -
25/09/1983
Brabham/BMW

11º GP do Canadá – Montreal -
17/06/1984
Brabham/BMW

12º GP dos EUA – Detroit -
24/06/1984
Brabham/BMW

13º GP da França – Paul Ricard -
07/07/1985
Brabham/BMW

14º GP do Brasil – Jacarepaguá -
23/03/1986
Williams/Honda
15º GP da Alemanha – Hockenheim -
27/07/1986
Williams/Honda

16º GP da Hungria – Hungaroring -
10/08/1986
Williams/Honda

17º GP da Itália – Monza -
07/10/1986
Williams/Honda
18º GP da Alemanha – Hockenheim -
26/07/1987
Williams/Honda

19º GP da Hungria – Hungaroring -
09/10/1987
Williams/Honda
*40ª Vitória brasileira na Fórmula 1

20º GP da Itália – Monza -
06/09/1987
Williams/Honda
21º GP do Japão – Suzuka -
21/10/1990
Benetton/Ford

22º GP da Austrália – Adelaide -
04/11/1990
Benetton/Ford
*GP de número 500 da Fórmula 1

23º GP do Canadá – Montreal -
02/06/1991
Benetton/Ford

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Foto 111: Na Hungria, há 20 anos...

(Foto: Sutton Images)

(Foto: Divulgação)
As duas fotos são de momentos distintos, que aconteceram no mesmo final de semana do GP da Hungria de 1992: a primeira é do Nigel "Il Leone" Mansell, que enfim chegava ao seu primeiro título Mundial que lhe havia escapado pelos dedos nos anos de 86, 87 e 91, todos pela Williams.
Por outro lado, no mesmo paddock, a Brabham fazia o seu último Grande Prêmio na F1 após Damon Hill qualificar-se em 25º e terminar em 11º, quatro voltas atrás do vencedor Ayrton Senna. Foi o melhor resultado da equipe naquele ano, sendo que nas outras dez corridas anteriores haviam classificado em outras duas oportunidades: na corrida inaugural em Kyalami, quando Eric Van De Poele largou em 26º e completou a corrida na 13ª posição e no GP da Grã-Bretanha com Damon Hill, que largou em 26º e terminou em 16º. Nas demais eles foram limados ainda nas pré-qualificações ou nos classificatórios. Além de Poele e Hill, Giovana Amati foi a outra piloto da equipe.
A partir do GP da Bélgica, a equipe fundada por Jack Brabham e Ron Tauranac, não apareceu mais na F1. 

terça-feira, 20 de março de 2012

Pace, 35 anos atrás

"A ambição de um piloto deveria ser retirar-se no topo, quando campeão, e o mais cedo possível. Jovem, poderá ainda fazer outras coisas na vida. Isto porque esta vida de piloto é francamente desgastante e absorvente, não nos deixando tempo e atenção para fazermos tanta outra coisa interessante que o mundo nos reserva. Claro que gosto de ser piloto porque senão não o seria. Isto de me retirar não é uma intenção, mas apenas uma ambição para o futuro. Não gostaria de continuar sempre a perder tanta coisa maravilhosa fora dos automóveis.
"Até quando penso correr? Julgo que posso ir até aos 34 ou 35 anos e então retirar-me. Essa é uma idade em que ainda se podem fazer muitas coisas. Será naturalmente uma decisão muito difícil. Por que esta é uma profissão de que gosto profundamente. Sabe, nesta atividade, como em tudo na vida, o importante é ser feliz e gostar do trabalho que se faz" 
Este é um pequeno trecho de uma entrevista concedida ao jornalista português Francisco Santos, do qual já extraí outras duas partes, originalmente publicada no anuário "Motores 75/76".
Francisco perguntou à Pace sobre a suas ambições após aquela temporada de 1975, onde ele terminou na sexta posição com 24 pontos assinalados e uma vitória conquistada no GP do Brasil, à 26 de janeiro.
Infelizmente o "Moco" não pode desfrutar da sua vida como tanto queria e planejava. Desapareceu em 18 de março de 1977 num acidente de helicóptero na Serra da Cantareira, num momento que estava iniciando a sua temporada como principal piloto na Brabham, após a saída de Carlos Reutemann para a Ferrari.

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Foto 51: Guarda-Chuvas

Carel Godin de Beaufort #18 (Porsche 718) e Jack Brabham #16 (Brabham BT3-Climax), aguardando dentro dos seus carros e debaixo de guarda-chuvas o início do GP da Alemanha em Nurburgring, 1962. 
Apesar de estarem lado a lado na foto, Beaufort largou em oitavo e Brabham, que iniciava a sua caminhada com seu próprio carro, saiu apenas na 24ª colocação. Na prova, o piloto da Porsche fechou em 13º, enquanto "Black Jack" ficou pelo caminho na volta nove por problemas no acelerador. 
A foto é apenas para mostrar as condições que os pilotos enfrentaram naquele domingo, 5 de agosto, onde Clark fez uma tremenda prova que foi retrada ontem neste blog.

sábado, 3 de dezembro de 2011

GP de Long Beach, 1982 - Vídeo

O GP de Long Beach foi a terceira etapa do campeonato de 1982, disputado em 4 de abril. Dos 25 carros que largaram, apenas 10 completaram. A pole foi feita por Andrea De Cesaris (Alfa Romeo) 1'17''316, esta que foi a sua única pole na F1. Para variar, ele bateu seu carro na volta 33.
A vitória ficou com Niki Lauda (Mclaren), seguido por Keke Rosberg (Williams) e Ricardo Patrese (Brabham).

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Foto 46: Um grande dia para todos nós

 Foto: Cibele Pereira
 Foto: Alexandre Antunes
 Foto: Artur Penteado Teixeira

Como a maioria que me conhece, ou me segue pelo twitter e facebook, sabe que não trabalhei este ano no GP do Brasil de Fórmula-1. É o terceiro ano consecutivo em que fico de fora, ou melhor, toda a equipe da qual faço parte desde 2002 Speed Fever, está sem trabalhar na corrida. Mas digo-lhes, que mesmo de longe, fiquei feliz para caramba com as voltas que Nelson Piquet deu a bordo da Brabham BT-49C do seu primeiro mundial de pilotos, conquistada 30 anos atrás numa prova de resistência que foi aquela de Caesar’s Palace. E claro, deu um pontinha de vontade de estar lá, pelo menos naquelas voltas, para ver este momento histórico assim como no ano passado, quando o Emerson Fittipaldi andou com a sua Lotus 72 JPS momentos antes da largada. E ao contrário daquela eterna picuinha entre Sennistas e Piquetistas, que foi muito alimentada pela imprensa, eu gosto do estilo despojado do Nelson Piquet. Sua irreverência, malandragem, esperteza, criatividade, contribuíram muito para o folclore da F1 dos anos 80, época que considero um das melhores da categoria.
As suas voltas em Interlagos no domingo passado foram demais, e ainda teve o adendo dele ter corrido empunhado uma bandeira do Vasco da Gama – seu time de coração – para provocar, em especial, os corintianos. E este gesto gerou vaias das arquibancadas e que alguns classificaram de falta de respeito com o momento. Sim, se formos observar pela homenagem que foi feita, realmente faltaram com respeito com aquele momento mágico. Mas o Nelsão não estava nem aí para o que havia acontecido, ou que estava para acontecer. Ele curtiu como um garoto que pilotava pela primeira vez um F1 e isso se pode ver assim que ele desceu do carro: um sorriso largo e constante. E como ele definiu bem, após uma pergunta da Mariana Becker se ele havia chorado, “tenho que chorar por coisas ruins, e sorrir das boas”. Ele sabe o que diz.
Voltando a minha vidinha daquele domingo, de frente às migalhas que a Globo jogava na TV, abri a internet do celular e vi duas fotos dos meus amigos, que lá estavam trabalhando como comissários de pista, especialmente dedicada para mim: da Cibele Pereira “Para você Paulo Abreu, com todo meu carinho” e do Alexandre Antunes “Em homenagem ao Sr. Paulo Abreu”. Na segunda-feira, outra foto, mandada pelo grande Artur Teixeira, estava encabeçando a minha lista de e-mails. Todas estas três fotos eram do Nelsão passando em cada local onde eles trabalharam neste fim de semana passado. Fiquei feliz pela lembrança, mas não chorei. Segui a dica do Nelsão, claro.
E aqui vos agradeço, mais uma vez! De coração!

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Vídeo: GP do Brasil, 1982

Um vídeo para relembrar como foi o GP do Brasil disputado em Jacarepaguá, em 21 de março de 1982. A prova foi vencida por Alain Prost após a desclassificação de Nelson Piquet (Brabham) e Keke Rosberg (Williams) por estarem abaixo do peso limite. Essa corrida marcou, também, a despedida de Carlos Reutemann (Williams) da F1. Ele abandonou a prova após um acidente com René Arnoux (Renault) e Elio De Angelis (Lotus) na 21ª volta.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Nelson Piquet, 30 anos atrás

Após uma temporada conturbada de disputas entre FISA e FOCA, que apaziguaram perante um acordo assinado no escritório de Enzo Ferrari, em Fiorano, denominado Pacto de Concórdia, que horas e outra volta a ser discutido na F1, o campeonato de 1981 chegava ao seu final numa pista montada no gigantesco estacionamento do cassino-hotel de Caesar’s Palace, em Las Vegas. Carlos Reutemann (Williams), Nelson Piquet (Brabham) e Jacques Laffite (Ligier) chegaram com chances nítidas de serem campeões: Carlos e Nelson estavam separados por apenas um ponto (49x48) e Jacques aparecia em terceiro com 43 pontos.
A pista do Caesar’s Palace é considerada como uma das mais precárias da história da F1. Apesar dos esforços dos americanos em montar uma pista com algumas áreas de escape e boa largura para proporcionar ultrapassagens, deu à essa pista um ar de autódromo, mas esqueceram, principalmente, de alargar os boxes: estes ficaram totalmente apertados e os mecânicos não tinham muito espaço para realizar os trabalhos e os carros mal ficavam dentro das garagens improvisadas, que eram minúsculas. Algo pior que a de Mônaco! Já a pista, como já disse, tinham feito um trabalho decente, mas com o seu sentido anti-horário e absurdo calor, típico do local, detonava a condição física dos pilotos. Piquet, talvez, é o que tenha sofrido mais. Ao final do classificatório, após marcar o 5º tempo, teve que receber uma sessão de massagem no pescoço devido o esforço exercido nos treinos. Esse tipo de problema no pescoço dos pilotos que estão acostumados com pistas em sentido horário é normal quando vão pilotar em pistas anti-horárias. Hoje não é tão comum piloto reclamar do pescoço, pois a preparação física atual é muito melhor do que a de trinta anos.
Os treinos foram dominados pelas Williams, com Reutemann ficando em primeiro e Jones em segundo. Piquet marcou o quinto tempo e Laffite apenas o 12º. Com o grid assim a luta ficaria restrita à Reutemann e Piquet, enquanto que Laffite rezaria por um milagre.
No sábado, debaixo de um sol escaldante, os 24 pilotos partiram para uma prova de resistência mecânica e física. Reutemann saiu mal da sua pole e quando virou a primeira curva havia caído quatro posições e agora se encontrava na quinta posição, duas à frente de Nelson que estava em sétimo. Mario Andretti aparecia em sexto e não tardou atacar Carlos, que já apresentava problemas de câmbio. Na 18ª volta, enfim, Andretti supera Reutemann e Piquet o segue, subindo assim para a sexta posição.
Com a deslassificação, seguido de abandono de Villeneuve, mais a desistência de Andretti com suspensão quebrada, Piquet subiu para quarto e com essa posição seu título já estava garantido, pois Carlos aparecia apenas em sexto. As coisas deviam ter melhorado quando Reutemann despencou mais duas posições, após ser superado por Laffite e Watson, ficando num inútil oitavo lugar, mas Piquet também caíra uma posição ficando em quinto após ser ultrapassado por Mansell. O seu pescoço despencando de um lado para o outro no cockpit, denunciava seu esgotamento físico. Isso durou pelas últimas 15 voltas daquele GP. Jones venceu a prova, a sua última na F1, e foi seguido por Prost e Giacomelli. Piquet, exausto, segurou no braço a quinta posição que lhe garantiu o seu primeiro mundial.
Alguns anos depois, em depoimento à Lemyr Martins, ele relatou o que pensara após a bandeira quadriculada: “Quando recebi a bandeirada tive a certeza deque tudo estava acabado, só uma coisa me passou pela cabeça: agora ninguém me tira esse título. Não suportaria nem mais meia volta, as dores no meu pescoço eram terríveis. Cheguei à exaustão, tanto que acabei desmaiando”. Piquet havia apagado e quando voltou a si, irritou-se com a multidão de jornalistas que o queriam lhe tomar as primeiras palavras como novo campeão do mundo, e saiu em disparada para deixá-lo em paz.
O garoto de Brasília, que havia lustrado e trabalhado no Brabham de Carlos Reutemann na única visita da F1 ao autódromo daquela cidade em 1974, havia crescido e o derrotado exatamente pela mesma equipe. Reutemann se lembrou do episódio e disse que estava inconformado por perder o título para o “graxeiro”.
Piquet havia chegado ao olimpo da F1 e aquele “graxeiro” podia se gabar de ter ganhado o título em cima de Reutemann, e o melhor: de tê-lo aposentado ao final daquele ano. Nelson era foda!

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

A Perfeita Simbiose

No próximo domingo, em Suzuka, Sebastian Vettel estará perto de conseguir o seu segundo título mundial a bordo de uma máquina espetacular: o RB-07. E assim como ele, outros pilotos no passado também usufruíram de carros magníficos e se não ganharam o mundial no mesmo ano, levaram a taça no campeonato seguinte. E aí fica uma lista deles:

Giuseppe Farina, Alfa Romeo 158 (1950) – Após uma hibernação de quase 6 anos numa fábrica de queijos, esta jóia do trevo de quatro folhas voltou ao cenário automobilístico destroçando os rivais em 1946 pelas mãos de Farina. Em 1950 venceu 6 dos 7 GPs e levou o italiano a ser o primeiro campeão da F1. No ano seguinte foi a vez de Fangio vencer o primeiro dos seus 5 títulos, mas a equipe se retirou do mundial ao final daquela temporada quando a Ferrari já estava no seu encalço.

Alberto Ascari, Ferrari 500 (1952/53) – Com a saída da Alfa Romeo e com o número baixo de equipes nos mundiais de 52 e 53, restou a FIA encher os grids com carros da F2. Foi a deixa que a Ferrari precisava para mostrar a sua superioridade. Com Ascari no volante, eles dizimaram a concorrência em 52 ao conquistarem 6 vitórias consecutivas das oito disputadas naquele ano. Não satisfeitos, repetiram a dose em 53 ao vencerem mais cinco corridas de um total de 9. Foi a época em que rendeu um recorde até hoje em vigor, de nove vitórias consecutivas entre 52 e 53.

Juan Manuel Fangio, Mercedes W196 (1954/55) – Foi uma união fantástica. Fangio juntou-se a fábrica alemã no GP da França de 1954, disputada em Reims, e aniquilou a concorrência ao vencer a corrida. Das 9 vitórias que a Mercedes teve entre 54 e 55 oito foram de Fangio, o que lhe garantiu os títulos nestes dois anos. Não fosse o acidente em Le Mans, 1955, a história poderia ter se estendido.

Juan Manuel Fangio, Maserati 250F (1957) – Se a junção Fangio – Mercedes havia sido magistral, a volta do tetra-campeão à Maserati e a bordo do 250F, foi perfeita. O argentino venceu 4 corridas naquele ano e a sua última, em Nurburgring, foi uma aula aos jovens Hawthorn e Collins da Ferrari. O 250F teve vida longa: estreou no GP da Argentina de 1954 vencendo - com Fangio - e encerrou as suas atividades no GP dos EUA de 1961, quando Robert Drake alinhou o último 250F em corridas oficiais.

Jim Clark, Lotus 25 (1963) – Por mais que Colin Chapman tivesse olhos para a Indy 500 e que quase vencera naquele ano com Jim Clark, ele não se esquecera da F1 e entregou para o seu maior piloto a bela Lotus 25, a primeira em chassi monocoque. O carro estreou em 62, mas foi no ano seguinte que ele mostrou a sua eficiência: Clark levou o 25 à 6 vitórias em nove GPs disputados, conquistando assim o seu primeiro título mundial. O Lotus 25, assim como o 250F da Maserati, teve vida longa: correu de 1962 até 67 quando Cris Irwin a utilizou no GP da Holanda. Por coincidência esta foi a prova de estréia de outra Lotus, a 49.

Jim Clark, Lotus 49 (1967) – Enquanto que a velha 25 se aposentava, Chapman apresentou ao mundo a sua nova arma: a Lotus 49. Jim Clark venceu a prova de estréia do carro em Zandvoort e venceria outras 3, mas vários problemas com o novo motor, o Cosworth, impossibilitaram-no de conseguir o título. Este foi o carro que proporcionou a estréia de Emerson Fittipaldi no mundo dos Grandes Prêmios em 1970, ao pilotar 49C em Brands Hatch.

Emerson Fittipaldi, Lotus 72 (1972/73) – Emerson apresentou a F1 ao Brasil em 1970 quando venceu o GP dos EUA a bordo da revolucionária Lotus 72 nas cores vermelha e dourada, mas foi com a preta e dourada do cigarros John Player Special que ele virou lenda. Venceu o mundial de 72 e ganharia em 73 se não fosse a mancada de Chapman com ele em Monza. Daí ele partiu para Mclaren em 74, mas a sua imagem ficou indelevelmente ligada aquele carro.

Niki Lauda, Ferrari 312T (1974/75) – Mauro Forghieri deu à Ferrari um fôlego na metade dos anos 70 ao projetar a Ferrari 312T em 74, e quando a sua nova estrela, o jovem austríaco Niki Lauda, colocou as mãos nele em 74, passou perto de vencer aquele mundial. Em 75, com uma 312T refinada, ele destroçou a concorrência com 5 vitórias e 9 poles e venceu o mundial com uma prova de adianto.

Mario Andretti, Lotus 79 (1978) – Chapman estudou o ar que passava em baixo do carro e em 77 projetou o Lotus 78 baseado nisso. O título não veio em naquele ano, mas assim como a Ferrari em 75, o carro foi totalmente desenvolvido e agora se tornara uma máquina fantástica. O efeito-solo funcionava com perfeição e Mario Andretti, junto de Ronnie Peterson, que morrera naquele ano, fizeram a dobradinha da Lotus no mundial sem ter o incomodo de ninguém durante o certame.

Alan Jones, Williams FW07 (1979/80) – Patrick Head copiou e aperfeiçoou o invento de Chapman que ficou tão melhor que o original do time de Hethel. O carro estreou em Jarama, mas foi em Silverstone que ele mostrou a sua força quando Jones marcou a pole com sobras e Regazzoni conduziu-o à vitória no dia seguinte. O título só veio em 80 após uma sensacional disputa contra a Brabham de Nelson Piquet. O carro foi até a sua 4ª geração quando a FIA baniu o efeito-solo para 83, numa altura que a equipe já testava um carro com 4 rodas motrizes que, segundo relatos da época, já era um canhão.

Nelson Piquet, Brabham BT52 (1983) – Foi o ano que os motores turbo tomaram de vez a F1. Sem o efeito-solo, as equipes inglesas ficaram de fora da briga. Mas Ecclestone, até então avesso aos motores turbo comprimidos, persuadiu a BMW e fechou com eles a utilização dos seus 4 cilindros turbo já em 82. Murray construiu um carro altamente confiável e rápido entregou-o para Piquet e Patrese, mas mesmo assim ainda foi complicado lutar contra os Renaults e Ferraris. Piquet virou o jogo no final do campeonato e venceu em cima de três franceses: Tambay e Arnoux (Ferrari) e Prost (Renault). Foi também o primeiro título de um motor turbo na F1, sendo assim um duro golpe para a equipe francesa.

Alain Prost, Mclaren MP4B (1985) – Se em 84 o domínio desse carro criado por Barnard já havia assombrado a concorrência, para 85, na sua 4ª geração, ela foi ainda mais incisiva. Alboreto, com a sua Ferrari, chegaram a discutir aquele mundial ao vencerem 2 corridas e marcarem pontos constantemente até a metade da temporada, mas não foram páreo para Prost que venceu 5 corridas e levou a Mclaren ao seu quarto mundial com duas corridas de antecedência. Foi também o primeiro dos 4 títulos do Professor.

Nelson Piquet, Williams FW11 (1987) – Enquanto que Mansell preferiu um carro mais mecânico, Piquet apostou na suspensão ativa e conseguiu o seu terceiro mundial. Mas antes disso, teve que rachar o time no meio para conseguir isso, pois era explícito o desejo de Patrick Head para que o título fosse de Nigel. Mesmo sofrendo um grave acidente em Ímola, Nelson voltou e venceu três provas contra seis do seu companheiro, mas com uma melhor regularidade ele venceu o mundial antes da corrida começar em Suzuka, pois Mansell sofrera um acidente nos treinos e não participara da corrida. Este desenvolvimento da suspensão ativa resultaria na jóia que viria dominar as corridas dentro de cinco anos: o FW14.

Ayrton Senna, Mclaren MP4/4 (1988) – Gordon Murray projetou um carro super baixo, baseado no Brabham BT55 “Skate” que desenhara dois anos antes. Mas ao contrário deste, que foi um fracasso, o MP4/4 revelou ser um carro rápido e quando juntou com o último motor Honda turbo e foi entregue à Prost e Senna, os demais no grid não tiveram chances: juntos venceram 15 provas, marcaram o mesmo tanto de poles e registraram 10 voltas rápidas. Senna encarnou-se naquele carro vencendo 8 provas e marcando 13 poles. Venceu o mundial em Suzuka, após uma lendária recuperação durante corrida.

Nigel Mansell, Williams FW14 (1991/92) – Frank Williams montou uma equipe dos sonhos no início dos anos 90: junto do seu velho companheiro Patrick Head, ele contratou Adrian Newey que estava na Leyton House desde o final dos anos 80. Com essa junção, mais a eletrônica embarcada em praticamente 90% do carro, eles criaram em 91 o FW14. Mansell por muito pouco não vencera aquela mundial, mas os problemas no início do campeonato com o câmbio automático haviam minado com as suas chances. Em 92, com uma máquina devidamente acertada, o FW14B foi indestrutível nas mãos de Nigel: ganhou 9 corridas (batendo o recorde de oito vitórias de Senna em 88), marcou 14 poles (outro recorde que pertencia à Senna, que fizera 13 em 88) e oito voltas rápidas. Ao final do ano Mansell rumou para a Indy.

Michael Schumacher, Benetton 195 (1995) – Se em 94 Schumacher derrotara Hill com quatro corridas a menos na conta final, em 95 ele foi mais espetacular. Com um carro construído pela dupla Rory Byrne e Ross Brawn e sob a batuta de Flavio Briatore, Michael detonou Damon na disputa daquele mundial ao vencer nove corridas e pontuar em outras três. Liquidou o título em Aida, durante a disputa do GP do Pacífico.

Mika Hakkinen, Mclaren MP4/13 (1998) – Adrian Newey mudara de ares em 1998 e agora estava à serviço da Mclaren. Projetando o belo MP4/13 com motor Mercedes e com os competentes Hakkinen e Coulthard ao volante, o time de Ron Dennis voltou à linha de frente dos GPs e pôde desfrutar de 9 vitórias (oito com Mika e uma com David), mas tiveram que enfrentar a oposição de Schumacher com a sua Ferrari que empurraram a decisão do mundial para Suzuka. Mesmo com seus esforços, o alemão não foi páreo para Hakkinen que levara a Mclaren ao título depois de 7 anos.

Michael Schumacher, Ferrari F2004 (2004) – Se em 2002 todos já estavam boquiabertos com o domínio que Michael exercera naquela temporada (venceu 11 corridas, 6 poles e 7 melhores voltas), ele jogou mais duro com os rivais dois anos depois quando lhe entregaram a F2004 em 2004. Schumacher foi impiedoso: ganhou 13 corridas (com duas sequências de 5 e 7 vitórias e mais a uma em Suzuka), 8 poles e 10 melhores voltas e terminou a brincadeira em Spa, quando faltavam 4 corridas para o fim do mundial.



As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...