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domingo, 1 de maio de 2016

Foto 568: Ímola, 22 anos atrás

Ayrton Senna completando a primeira volta após tremendo acidente da largada entre Pedro Lamy e J.J. Lehto, no GP de San Marino de 1994.

sexta-feira, 1 de maio de 2015

Foto 509: 1º de maio

A imponência d'uma parte do circuito de Ímola, do trecho que vai da "Tosa" até a "Piratella" durante o GP de 1994 no exato momento em que o pelotão é comboiado pelo Safety Car.
A beleza de um lugar num dos finais de semana mais negros da história da F1.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Vídeo: As oito vitórias de Michael Schumacher - 1994

E hoje completa 20 anos do desfecho de um dos campeonatos mais trágicos e marcantes da história da Fórmula-1. Ao mesmo tempo que Ayrton Senna desaparecia de cena, a genialidade e o lado negro de Michael Schumacher afloravam a olhos vistos fazendo com que o germânico tomasse o trono de melhor piloto da categoria e ao mesmo inserisse o seu nome entre os melhores de todos os tempos.
Abaixo as nove vitória de Michael "The Machine" Schumacher naquela temporada de 1994.

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Vinte anos depois...




Durante estes quase cinco anos do blog, procurei não me manifestar sobre o Ayrton Senna. Apesar da sua Tag estar entre as cinco que mais tem postagem por aqui, nenhuma delas tem a minha opinião direta sobre o piloto brasileiro. A não ser um texto que escrevi em 2010 sobre os seus duelos com Alain Prost, onde num parágrafo e outro expressei a minha visão sobre aqueles fatos de modo rápido sem tirar o foco com relação ao que eu escrevia na ocasião. Nesta data onde se completa 20 anos de seu desaparecimento, achei justo escrever um texto sobre ele.
Antes de tudo, declaro que sou sim, um fã do Senna. Mas não daqueles fãs ardorosos, que defende ele a unhas e dentes, consideram ele quase um santo, um Deus das pistas ou qualquer outro exagero que tenha se propagado durante este período. Na verdade, eu fico até incomodado com tudo isso. Acho que não precisa de tudo isso para dizer quem foi o Ayrton. Também acho que as pessoas que gostem dele, ou não, deveriam preservar um pouco mais a sua memória. Sei que é difícil, principalmente porque a cada transmissão da F1 o narrador sempre faz questão de exaltar os feitos do Senna. Sinceramente, já nos últimos anos, eu tenho baixado o som da TV e aumentado o da rádio. Tem sido muito mais lucrativo, afinal a informação vem mais rápido lá do que na TV. Sem contar que é muito mais agradável do que ficar ouvido as baboseiras “viuvistícas” dele. Creio que a cada lembrança que ele faça durante os GPs, o falecido se revire no caixão. Pobre Senna... Por outro lado, acho que é uma época inevitável essa em que vivemos: o período que vai de março a maio, é carregada de lembranças do piloto brasileiro. A estréia do piloto na categoria, o seu aniversário, a data da primeira vitória, a data de morte dele... E por aí vai. Ao menos nos locais que costumo ler, o pessoal é bem ponderado e isso me deixa feliz.
O que procuro preservar do Ayrton é a sua pilotagem. Esqueça toda aquela história de “túnel”, “Deus numa das curvas de Suzuka” e outras histórias famosas dele. Até porque tudo isso que ele falou era algo de sua crença e cada um acredita se quiser. Guardo apenas a sua pilotagem precisa, as poles com aquelas voltas canhão – apesar de ter perdido boa parte delas, pois a Globo começou a passar as classificações apenas em 1991 e quando transmitia a pole já estava garantida desde a sexta. Mas hoje, com a ajuda da internet, é possível ver uma boa parte delas. As corridas também são marcantes: não me esqueço da vitória de 1991 – eu estava com o dedão da mão direita machucado, mas me esqueci totalmente quando vi aquela conquista. Ou de Suzuka, 1988, quando eu fiquei acordado pela primeira vez para assistir uma prova de F1. No ano seguinte o incidente com Prost – me lembro de ter soltado um palavrão e ter sido repreendido pelo meu pai logo em seguida. Mas não adiantou: soltei outro palavrão na corrida de 1990, com a famosa porrada no Alain na primeira curva de Suzuka. Mais uma vez varei a madrugada acordado para assistir a decisão de 1991. Ah, a vitória em Mônaco 1992... Interlagos 1993, Donington... Foi bela época para um garoto que avançou dos cinco aos 10 anos de idade vendo as vitórias do Senna. Época boa.
Por outro lado, com o passar dos anos, percebi que o mesmo Ayrton fazia de tudo para conquistar o seu espaço: a famosa entrada na pista de Mônaco em 1985, andando lentamente atrapalhando os demais para que não tomassem a sua pole, despertando assim a ira de Niki Lauda e Michelle Alboreto; o não a possível contratação de Derek Warwick para ser o seu parceiro na Lotus em 1986; a assinatura do contrato com a McLaren por debaixo dos panos sem que os homens da Lotus soubessem – se bem que ele fizera isso em 84, quando assinou com a mesma Lotus deixando Alex Hawkdridge, chefe da Toleman, furioso a ponto deixá-lo de fora do GP da Itália daquele ano. E ainda tem toda aquela epopéia com o Prost, que muitos taxam da briga entre o “Bem contra o Mal” – outro exagero absurdo. Ayrton não era bonzinho e isso ficou bem claro naquela manobra de Suzuka em 1990, quando a gota d’água de tudo que vinha acontecendo desde 1989, foi a não troca da posição do pole. Apesar de achar que ele exagerou – e muito – na dose, sendo que mais um pouco o acidente poderia tomar proporções catastróficas. Mas vindo de um piloto sul-americano, de temperamento forte, dificilmente poderia ter uma atitude racional.
Por mais que ele fosse duro nas disputas, também era preocupado com os outros pilotos e a segurança nas corridas. O acidente de Martin Donnelly em Jerez, 1990, foi talvez a primeira vez que as pessoas tenham visto Ayrton preocupado com a questão da segurança nos carros e pista, tanto que conversou com Derek Warwick sobre a fragilidade do carro da Lotus naquela ocasião. Dois anos mais tarde encostou o carro na beira da pista para tentar salvar Eric Comas, que havia batido a sua Ligier na Blanchimont e voltado para o meio da pista. Segundo o próprio Comas, caso Ayrton não tivesse parado para socorrê-lo, talvez tivesse morrido sufocado – mais tarde o piloto francês declarou que, ao passar ao lado do Williams de Senna em Ímola, teria ficado impotente em não poder ajudá-lo. E ainda teve o acidente de Alessandro Zanardi em Spa, 1993, na subida da Eau Rouge... Como bem disse Martin Brundle, ele era um piloto que estava prestes a por a vida dele e outro piloto em jogo numa disputa, mas que era extremamente preocupado com os demais.
Para muitos o destino de Senna após a aposentadoria das pistas, seria a vida política. Assim acredita Jo Ramirez e o já falecido Sid Watkins. Para mim ele estaria engajado em algum projeto social além do Instituto que leva o seu nome. Para alguém que nunca gostou da política da F1, acho que ele sairia vomitando do que poderia vir a assistir no Planalto. Ayrton foi um cara que soube bem trabalhar a sua imagem com a imprensa, passando a imagem do bom garoto que durou até o início dos anos 90, dissipando exatamente após aqueles acontecimentos de Suzuka. Portanto toda essa comoção e exageros que aparecem de ano em ano, é fruto do que foi plantado por aquele naqueles tempos. Vale lembrar que foi uma época em que o futebol brasileiro não conseguia grandes feitos nas Copas e a economia estava uma lástima.
Passados estes vinte anos as lembranças do primeiro de maio continuarão vivas na minha memória e no dos outros que assistiram aquele final de semana em Ímola. Apesar de uma boa parte achar tudo isso um porre, uma encheção de saco, o tempo vai se encarregar de que a memória sobre Ayrton Senna vá se perdendo pelas décadas seguintes, até porque a geração que presenciou a sua pilotagem vai desaparecer aos poucos e a próxima não tem idéia da magnitude que Ayrton alcançou por aqui e sua imagem passará a fazer parte dos livros de história, assim como aconteceu com Jim Clark no passado.
O mais importante é que o legado deixado por ele e Ratzenberger depois daqueles dias negros em Ímola para a F1, continuam em voga - mesmo que isso tenha deixado a categoria insossa, mas por outro lado ajudou a safar algumas vidas com o aumento da segurança.
E para aqueles que os viram correr e conviveram com eles, a saudade só aumenta.

Foto 329: Relembrando Ímola (3)

"Tinha saído por volta das oito horas para comprar pão. A mercearia ficava bem próximo de casa, portanto em menos de dez minutos estava de volta. Tomei o meu café e fui para frente da TV. A expressão de Senna era pesada, preocupada, mais do que normal devido os acontecimentos dos últimos dias.
Confesso que fico um pouco nervoso nas largadas, e isso vem desde aquela época. O acidente de Pedro Lamy com J.J Lehto, foi de assustar e também foi possível ver os destroços voando para a arquibancada - depois, ou durante a prova, não lembro direito, chegaram as notícias que pessoas haviam ficado feridas naquele setor.
Logo após a saída do Safety Car e uma volta depois, só ouço as palavras "SENNA BATEU FORTE!" e a Williams se desintegrando até parar com o Senna inerte no carro. Foi angustiante ver tudo aquilo, ainda mais a demora da equipe médica em chegar ao local. E ainda teria um mecânico atropelado por um pneu solto da Minardi de Alboreto. Final de semana pavoroso aquele...
Confesso que terminei de ver a corrida e logo em seguida, como fizera no dia anterior, liguei o rádio e fui acompanhar o noticiário. Até que o Cabrini, no Plantão da Globo, veio e deu a notícia.
Apenas desliguei tudo e fui para a casa da minha tia com a minha avó. Foi uma boa distração para o fim de semana que ainda está vivo na minha memória..."

quarta-feira, 30 de abril de 2014

Foto 328: Relembrando Ímola (2)


"Estava assistindo o treino classificatório que, convenhamos, estava chato pra caramba! Ayrton havia cravado a pole na sexta-feira com mais de meio segundo de vantagem para Michael Schumacher. O alemão baixara para três décimos essa diferença durante a classificação do sábado. Talvez tivesse um embate entre os dois... Talvez.
Por volta de 20 minutos de treino, a câmera corta rapidamente para a zona da Curva Villeneuve/ Acqua Mineralli. Uma Simtek parada no meio da písta, bem destruída. Antigamente, ao contrário dos dias de hoje, você conseguia reconhecer o piloto rapidamente pelo capacete. Por mais que os capacetes de Ratzenberger e Brabham fossem parecidos - devido a cor branca -, foi imediato saber que era Roland que havia espatifado o seu carro na entrada da Villeneuve. Com a cabeça totalmente voltada para frente e com o piloto imóvel no carro, era de assustar e principalmente por ver que existia um pouco de sangue saindo na parte superior da viseira. Certamente nada ia bem...
Foi atendido ainda na pista, reanimado e logo em seguida levado ao hospital Maggiore. Toda aquela cena para tentar reanimar o piloto em pista foi mostrado ao vivo - daí que as transmissões passaram a cortar as imagens em casos de graves acidentes.
O treino foi reiniciado um bom tempo depois, mas poucos pilotos se arriscaram a volta à pista.
Foi a primeira vez que passei o dia todo grudado em um rádio em busca de informações, até que a notícia da morte de Ratzenberger foi anunciada.
No dia seguinte o fim de semana negro continuaria. E de novo eu ficaria grudado no rádio. Pela segunda vez..."

terça-feira, 29 de abril de 2014

Foto 324: Relembrando Ímola (1)


"Estava na quarta série naquele ano de 1994. Estudava das sete da manhã até o meio dia, e da escola para a minha casa era uma caminhada de sete minutos. Costumava dizer que em um pulo já estava dentro de casa.
Como nos demais finais de semana que tinha F1, chegava em casa nas sextas-feiras e ia logo para frente da TV assistir o Globo Esporte - naquela época o programa começa em torno de 12:15. Não me lembro bem se eles abriram o jornal com a notícia do Barrichello, mas acabou sendo a grande notícia do dia: Rubens havia saído forte na penúltima chicane do circuito de Ímola e espatifado sua Jordan contra o alambrado.
Me lembro bem cena, tanto que soltei um "PUTA QUE PARIU"  assim que assisti a cena. Mas tratei aquilo como mais um acidente de percurso, ainda mais quando soube que o piloto brasileiro havia machucado a mão e quebrado o nariz. Confesso que ele saiu no lucro...
24 horas mais tarde, ou um pouco mais que isso, a sorte não estaria ao lado de Roland Ratzenberger..."

sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Foto 269: Camel

Bela foto das duas Lotus 99T Honda Turbo em algum estágio do fim de semana do GP de San Marino de 1987.
Nakajima é quem vai a frente. O piloto japonês, que fazia a sua segunda prova na F1, largou em 12º e terminou em sexto enquanto que Senna marcava a pole e encerrava a corrida em segundo. Mansell é quem venceu o GP.

terça-feira, 1 de outubro de 2013

Foto 259: Il Leone

Essa imagem já é um dos clássicos da F1, com Nigel Mansell ensinando a todos como se controla um Fórmula-1 após uma rodada completa em plena Tamburelo durante o GP de San Marino de 1990.
Apesar do esforço hérculeo do "Il Leone", o motor da Ferrari F641 abriu o bico e forçando o abandono do ídolo inglês.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Foto 195: Senna e Ímola

Foram sete poles consecutivas (1985-1991); três vitórias (1988, 89 e 91); a primeira vitória pela Mclaren em 1° de maio de 1988; o início da desavença com Alain Prost (1989); a única vez em que não se classificou para uma corrida na F1 (1984); uma das mais sofríveis atuações sob chuva (1993) e a sua última corrida (1994).
A pista de Ímola sempre reservou momentos ambíguos para Senna.

terça-feira, 30 de abril de 2013

Foto 194: Roland Ratzenberger, 19 anos atrás

Últimas instruções antes das últimas voltas do piloto austríaco na F1, durante o treino classificatório para o negro GP de San Marino de 1994.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Foto 166: Ímola, 1994

Talvez uma das últimas fotos dele. Roland Ratzenberger na sua Simtek, antes de entrar na pista para os treinos do GP de San Marino de 1994.

terça-feira, 21 de agosto de 2012

Foto 112: Um ano antes...

Gilles e Didier lado a lado na saída de box do circuito de Ímola, em 1981. Ambos terminaram aquela corrida, com Pironi ficando à frente de Villeneuve ao chegar em quinto e o canadense terminar em sétimo. Nelson Piquet venceu aquela prova, com Patrese em segundo e Reutemann em terceiro.


sexta-feira, 8 de junho de 2012

Foto 89: Benetton

Nelson Piquet conduzindo o belo Benetton B189B em Interlagos, ano que a F1 voltou a pista paulistana. Piquet largou em 13º e fechou a corrida em sexto, com uma volta de atraso para o vencedor Alain Prost. 
Foi a última corrida deste modelo sendo substituído pelo B190 na prova seguinte, em Ímola.

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Algumas palavras de Patrick Tambay sobre Gilles Villeneuve


Patrick Tambay escreveu para a revista “F1 Racing” em 2007, ano que completara o 25º da morte de Gilles Villeneuve, um artigo sobre a sua amizade com o piloto canadense. E aqui colocarei alguns trechos deste belo texto feito pelo ex-piloto francês:

“Conheci Gilles em setembro de 1976, quando eu era piloto de Fórmula 2 Européia e fui convidado a competir na etapa da Fórmula Atlantic de Trois-Rivières, no Canadá. Aquela era uma excelente oportunidade para Gilles mostrar ao mundo o quanto era bom. Naturalmente, arrasou com todos, incluindo seu colega de equipe James Hunt, que disputava a Fórmula 1. E aquela surra funcionou porque James contou ao seu chefe na McLaren, Teddy Mayer, tudo sobre o jovem Gilles."

"Mas foi no ano seguinte que nossa amizade floresceu realmente. E começou na Can-Am, quando eu pilotava um Lola de Carl Haas e Gilles disputava com um Dallara de Walter Wolf. Nós nos demos muito bem. A gente costumava sair junto para se divertir. Naquela época eu já havia descoberto que Gilles adorava desafios insanos – algumas vezes ele costumava acelerar seu ski-doo (uma moto adaptada para a neve com esquis) pelo meio de compactos grupos de árvores e era realmente difícil de acompanhá-lo. No final de agosto havia duas corridas no Canadá, em Mosport e Trois-Rivières, e no intervalo entre elas fomos para a casa de Gilles em Berthierville, Quebec. Foi nessa ocasião que tentou passar com sua picape por uma subida muito íngreme e lamacenta no caminho – e atolou. Mas ele nunca desistia e passou o dia todo trabalhando e revisando até conseguir chegar ao topo.”

“Nessa época também tivemos nossas primeiras experiências na F1, em Silverstone. Eu consegui um lugar na Ensign enquanto que Teddy deu a Gilles a oportunidade de pilotar o terceiro carro da McLaren. E como ele pilotou naquele fim de semana! Gilles rodou em todos os pontos da pista, sempre buscando o limite. E depois brilhou na corrida, o que era típico. Embora fôssemos ‘rivais’ na disputa por um lugar na McLaren em 1978, isso nunca afetou a nossa amizade. Também estive em negociações com a Ferrari, mas fiquei doente no dia em que deveria me encontra com o Commendatore Enzo. Logo a seguir, depois do GP da Áustria de 1977, John Hogan, da Marlboro, me apresentou a Teddy em seu escritório em Londres e assinei com a McLaren. Então viajei aos Estados Unidos para uma corrida da Can-Am e fui logo dizendo a Gilles ‘Olhe, acabei de assinar com a Mclaren para a temporada de 1978, mas sei que a Ferrari está buscando um novato para ser parceiro de (Carlos) Reutemann no ano que vem. Telefone para eles.’ Gilles foi para o próximo GP (Holanda), assinou um contrato para 1978 e já pilotou para a Ferrari antes do final do ano.”

“É claro que a gente se envolvia em coisas muito loucas – como os rachas nas estreitas ruas de Cannes – principalmente a bordo do Ferrari 308 de Gilles. Ele o colocava de lado em todo lugar. Eu me lembro que uma vez acompanhamos Rallye Du Var e fomos para lá num Fiat Abarth 131. Gilles estava ao volante e absolutamente voando pelas estradas interioranas, por sobre saltos e pontes, fazia curvas dando cavalos de pau com o freio de mão, tudo o que ele tinha e o que não tinha direito. Acredito que estabelecemos os melhores tempos! Enquanto isso, no banco de trás estavam Melanie e Jacques. A pequena Melanie estava toda enrolada num canto, dormindo profundamente. E Jacques, então com sete anos de idade, estava em pé, no chão do carro, agarrado nos encostos dos dois bancos da frente e gritando: ‘Vai mais rápido papai, mais rápido!’ Assim era Gilles, um sujeito verdadeiramente destemido.”

Tambay a caminho da sua emocionante vitória em San Marino, 1983, com o Ferrari 27
Patrick, que saiu da F1 no início de 1982 após a greve dos pilotos em Kyalami, estava pilotando na Can-Am e CART pela equipe VDS e semanas antes da morte de Gilles, ele havia conversado com seu amigo sobre o acontecimento de Ímola. Segundo Tambay, Villeneuve estava aborrecido e acreditava que Pironi havia desrespeitado o acordo de não ultrapassagem e as ordens de equipe durante a corrida. Para o piloto francês, essa animosidade gerada em Ímola foi crucial para o que viria acontecer em Zolder.
Como um golpe do destino, Patrick acabou por pilotar o carro de seu amigo ainda naquele ano. E aqui ele conta como foi feito o convite: “Pironi me telefonou uma semana ou duas depois para perguntar, em nome da Ferrari, se eu assumiria o lugar de Gilles no carro número 27. Eu realmente tive de pensar muito sobre isso – havia muita emoção envolvida, mas no final concordei. Foi um acontecimento monumental em minha vida.”
Tambay estreou pela Ferrari em Zandvoort, nona etapa daquele campeonato, e terminou em oitavo. Nas provas restantes, ele conseguiu bons resultados, incluindo a vitória no GP da Alemanha que também tinha sido trágica para Ferrari, que quase perdera Pironi durante os treinos num acidente semelhante ao de Gilles. Ao final da temporada, Patrick assinalou 25 pontos com três pódios e uma vitória. Um belo desempenho e poderia até ter discutido o título, caso não tivesse ficado de fora de dois GPs (Suíça e EUA, no Caesar’s Palace) por fortes dores nas costas.
Mas para ele a maior emoção, mesmo, foi a vitória em Ímola, onde Gilles fizera a sua corrida: “O fim para mim foi em Ímola, na primavera seguinte, um ano após a última corrida de Gilles. A vitória foi minha, diante dos tiffosi, no carro 27 que foi de Gilles, largando do mesmo lugar do grid (Gilles largou em terceiro em 1982). Eu chorei. Foi muito emocionante e, novamente, senti que Gilles estava lá.”
Ao ler este relato de Patrick Tambay e lembrar-se de outras palavras ditas por Jody Scheckter sobre Gilles, chego à conclusão que ele não era apenas especial dentro da pista, na condução de um carro de corrida, mas também era uma grande pessoa, amigo pra valer.
Imagino o quanto que eles e outros tantos choraram quando Villeneuve partiu. Salut Gilles!


*Partes deste texto de Patrick Tambay, foram extraídos da Revista "F1 Racing" na edição de nº7 de Maio/Junho de 2007.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

F1 Battles: Nelson Piquet vs Nigel Mansell, GP de San Marino 1988

Agora em lados opostos, após duas temporadas nada amistosas, Piquet (Lotus-Honda Turbo) trava um curto - mas muito bom -  duelo com Mansell que compensa a deficiência técnica da sua Williams-Judd no braço. Uma batalha das boas que foi vencida pelo Nelsão que terminou em terceiro, uma volta atrás da Mclarens. Nigel abandonou na volta 42 com problemas elétricos.

sábado, 6 de agosto de 2011

Foto 31: O pacto

O famoso pacto de não agressão na primeira volta do GP de San Marino de 1989. A foto é do grid da segunda largada com Prost e Senna a discutirem sobre não atacarem um ao outro na primeira curva. Bom, o resto da história todos já sabem e retratei isso ano passado num breve texto sobre o convívio deles entre 88-93.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Pole Lap: Michael Schumacher - Ímola, 1996

A atmosfera em Ímola estava à toda. Desde os tempos da dupla Prost- Mansell que os tiffosi não tinham um motivo tão forte para torcer pela "rossa". A presença de Michael Schumacehr no belo F310 inflou os italianos, mas todos sabiam que superar as Williams Renault de Damon Hill e Jacques Villeneuve exigiria algo a mais do atual bi-campeão do mundo.
A classificação foi dominada pelo duo da Williams, com Hill liderando Villeneuve distanciados por 0''115 centésimos. Schumcher aparecia em terceiro, com 0''181 de desvantagem para Hill. Até aí um resultado e tanto, já que a diferença não era tão enorme. Nos minutos finais tanto Damon, quanto Jacques, tentaram melhorar seus tempos, mas as marcas de ambos foram altas. Ainda faltava Michael, que havia saído dos pits faltando menos de 3 minutos para o fim do treino. Tirando o que o podia de seu carro, Schumacher fez a melhor das suas poles ao superar a Williams de Hill por 0''215 (1'26''890). Damon tentou algo no final, mas acabou por ficar em segundo, com Villeneuve em terceiro.
Talvez, por um esforço ao atacar as zebras para conseguir melhorar o seu tempo, Schumacher teve uma quebra na suspensão traseira esquerda de sua Ferrari na segunda perna da Tamburello. Mas a pole estava feita, a primeira dele no comando de uma Ferrari e na frente de uma torcida fanática que comemorava como se fosse um título. Schumacher acabara de virar ídolo. E com estilo.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Foto 13: Favela

Até este tipo de imagem desapareceu da F1 ao passar dos tempos. A foto é da curva Acqua Mineralle, tirada durante o GP de San Marino de 1990.

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Michele Alboreto, 54 anos

Normalmente não lembro de datas, mas esta é quase impossível pois faço aniversário junto dele. Michele Alboreto, morto num acidente em 2001 quando testava seu protótipo Audi R8 em  Lauzistzring, completaria 54 anos hoje caso estivesse vivo. Passou por Tyrrell (81 à 83/1989), Ferrari (84 à 88), Larrousse (89), Footwork Arrows (90 à 92), Scuderia Itália (93) e Minardi (94). Venceu 5 GPs: Las Vegas 1981; Detroit 83; Bélgica 84; Canadá e Alemanha 85.
Abaixo ficam dois vídeos: o primeiro é da sua primeira vitória na F1 em 82, na pista do Caesar's Palace abrindo caminho sobre Prost e o segundo do GP de Imola de 87, quando travou um ótimo duelo com Senna pela segunda posição da prova.


Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...