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quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Vídeo: As oito vitórias de Michael Schumacher - 1994

E hoje completa 20 anos do desfecho de um dos campeonatos mais trágicos e marcantes da história da Fórmula-1. Ao mesmo tempo que Ayrton Senna desaparecia de cena, a genialidade e o lado negro de Michael Schumacher afloravam a olhos vistos fazendo com que o germânico tomasse o trono de melhor piloto da categoria e ao mesmo inserisse o seu nome entre os melhores de todos os tempos.
Abaixo as nove vitória de Michael "The Machine" Schumacher naquela temporada de 1994.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Vídeo: O retorno de Montezemolo, 1991

Numa altura em que assunto de hoje é a confirmação do boato da saída de Luca de Montezemolo do comando da Ferrari após quase 23 anos e que foi confirmado pelo mesmo, eis uma reportagem feita em 1991 quando foi confirmado o retorno do homem responsável pelo grande sucesso da "Rossa" nos anos 70 e voltaria para Ferrari como presidente.
A gestão de Montezemolo durante este período de duas décadas foi positiva. Assim como na década de 70, pegou a equipe totalmente desorganizada e a transformou em vencedora principalmente após a contratação do jovem Niki Lauda. Nos anos 90, repetiu o feito de duas décadas atrás ao trazer para o time Jean Todt - que havia feito um trabalho primoroso pela Peugeot ao vencer quatro mundiais de Rally e o Rally Paris-Dakar e mais duas conquistas nas 24 Horas de Le Mans - e mais tarde trazer a trinca Michael Schumacher, Ross Brawn e Rory Byrne que ajudou a elevar a Benetton ao patamar das grandes na F1. E os frutos disso foram muito bem colhidos na era dourada que a equipe teve nos anos 2000. Mas os últimos anos tem sido penosos para equipe e como em qualquer junção que tenha sido boa por um bom tempo, um hora o desgaste acabe aparecendo. Talvez tenha sido o melhor para ambos os lados.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Foto 386: Hecatombe

E amanhã completará 16 anos daquela que foi uma das mais caóticas largadas da história da F1, quando nada mais que treze carros se enroscaram na descida da La Source após uma rodada de David Coulthard.
Apesar do pedido da Mclaren para que a largada fosse feita atrás do Safety Car, exatamente para evitar um acidente por causa do forte spray d'água, isso foi ignorado pelos comissários.
Irônicamente, algum tempo depois, a FIA passou a usar este procedimento mesmo que as condições de pista estivessem melhores do que aquele dia em Spa.
A prova foi marcada, também, pelo famoso acidente entre Coulthard e Michael Schumacher, onde o piloto alemão, que voltara aos boxes em três rodas, queria socar a cara do piloto escocês. E foi também o GP que deu à Eddie Jordan a possibilidade de entrar para o grupo de donos de equipes que venceram corridas na F1. Para Damon Hill, o autor do feito para o Team Jordan, foi o último triunfo dele na categoria.
De fato, um GP memorável.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Foto 367: 24 anos



Interessante ver o período que os países que chegaram ao tetra campeonato mundial de futebol coincidem com o sucesso que alcançaram na Fórmula-1.
Apesar do tempo de espera pelo quarto título mundial em Copas do Mundo ser a mesma - 24 anos - este período também foi frutífero para Brasil, Itália e Alemanha: o Brasil conquistou a Copa em 1970 e depois ganhou oito mundiais na F1 com Emerson, Nelson e Ayrton entre 1972 e 1991 e cinco vices - 73, 75, 80, 89 e 93 para depois vencer a Copa em 1994.
A Itália ganhou o Mundial de 1982 e apesar de tido apenas Michele Alboreto com chances de ser campeão na F1 em 1985 - quando este ficou com o vice -, os italianos tiveram na Ferrari a sua chance de vencer na F1, o que aconteceu em 1983 com a conquista do Mundial de Construtores e depois para chegar na gama de títulos conquistados entre 1999 e 2004 na era Schumacher (6 de Construtores e 5 de Pilotos). Em 2006, na Copa da Alemanha, chegaram ao seu quarto mundial.
Para a Alemanha foi ainda mais dourado este período após a sua conquista na Copa de 1990, com os sete títulos de Michael Schumacher e os outro quatro em sequência de Sebastian Vettel. E ontem voltaram ao topo do futebol com a conquista do Mundial aqui no Brasil. 
Apesar da tradição deles nestas duas modalidades, o horizonte para os alemães aparenta ser infinitamente mais vitorioso. Tanto na Fórmula-1, quanto em Copas do Mundo.

segunda-feira, 7 de julho de 2014

F1 Battles: Dois duelos separados por 20 anos

Ayrton Senna vs Alain Prost - e posteriormente Michael Schumacher - 1993; Fernando Alonso vs Sebastian Vettel 2014. Dois duelos memoráveis no circuito de Silverstone separados por quase 21 anos (a prova de 1993 foi disputada em 11 de julho).
Sem dúvida o de ontem já entra no panteão dos grandes duelos da categoria, junto do de 1993.

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Foto 290: Schumacher, 45 anos

Enquanto que o velho Michael continua bravamente pela sua vitória mais importante, nós o parabenizamos por mais um ano de vida. E que o velhote saia logo dessa.
Parabéns, Schumacher!

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Foto 289: Schummy





"Eu sempre acreditei que você nunca deve desistir e que deve sempre continuar lutando, mesmo que exista apenas uma mínima chance." - Michael Schumacher

O velho Michael Schumacher é um daqueles caras que você nunca acha que aconteceria nada com ele, do mesmo modo como Pelé, Senna, Michael Jordan e outros tantos deuses do esporte. Aos 11 anos percebi que eles eram mortais como qualquer um de nós e ontem, após ler as notícias sobre o acontecera com Michael, a minha mente regressou 19 anos no tempo. 
Vai lá Schummy, e tira mais uma "Magic Lap" do bolso cara!

quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Pole Lap: Giancarlo Fisichella - A1 Ring, 1998

Aquele finalzinho clássico de qualificação onde a chuva começa a dar uma trégua e os tempos caem vertiginosamente. Dessa forma foi o fim do treino que definiu o grid para o GP da Áustria de 1998. Enquanto que os favoritos Hakkinen e Michael Schumacher tentavam achar o caminho para pole, Alesi, com a sua Sauber, já havia encontrado com uma bela volta. Deveria ser do francês aquele lugar de honra, mas Fisichella tirou uma volta da cartola e obteve assim sua primeira pole na F1... e a última da Benetton.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Foto 268: Tetra

Os caras que chegaram aos quatro títulos mundiais na F1, sendo que dois deles ultrapassaram esta marca. E é bem provável que o mais novo integrante deste grupo iguale e até passe os outros dois mestres até o final da década. É apenas uma questão de tempo.

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Pole Lap: Kimi Raikkonen, Monza 2006

Final de treino vertiginoso aquele para o GP da Itália de 2006, com Michael Schumacher cravando uma volta com a marca de 1'21''486 contra 1'21''621 de Kimi Raikkonen. Até parecia que o alemão já estava com pole garantida e em meio a festa da torcida italiana naquela tarde, Raikkonen respondeu com estilo bateu a marca de Schumi em dois milésimos. Mas ainda faltava Alonso, que já vinha penando com a falta de ritmo do Renault, que saltou de nono para quinto na sua última tentativa.
A pole era do sensacional finlandês.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

F1 Battles: As ultrapassagens na Eau Rouge

Ontem eu postei quatro Gifs que mostram as ultrapassagens de Webber sobre Alonso (2011) e de Raikkonen sobre Schumacher (2012), logo na entrada para a subida da Eau Rouge. Foram belas, mas não as únicas, claro. E aqui fica alguns vídeos do pessoal a executar essas manobras que são de cortar o fôlego naquele local.

Alonso vs Hamilton, em 2007: Deixou Ron Dennis sem mais alguns fios de cabelo naquela ocasião. Sem contar o gelo que deu na espinha.
Kimi vs Michael Schumacher, 2004: Detalhe dessa corrida é que a Globo não passou ao vivo, deixando para transmitir um VT completo logo após a final do Vôlei Masculino nas Olímpiadas de Atenas. Foi uma das melhores corridas daquela década. Foi a única vitória da Raikkonen naquele ano e última vez que teve quatro pilotos brasileiros na pista - Barrichello (Ferrari); Massa (Sauber); Zonta (Toyota) e Pizzonia (Williams). Ralf Schumacher vs Jenson Button, 2000: Jenson ainda era um novato naqueles tempos, mas não intimidou-se em colocar a Williams na terceira posição do grid do GP belga de 2000. Mas Ralf Schumacher não quis saber e pôs o jovem inglês no seu devido lugar. Felipe Massa vs Juan Pablo Montoya, 2004: Felipe Massa, nos seus tempos áureos, onde tirava o que podia da sua Sauber - passando um pouco do limite, às vezes -, aproveitou a saída de boxa de Montoya para lhe aplicar uma bela ultrapassagem na subida da "Água Vermelha". O colombiano teve que tirar o pé. Jacques Villeneuve, 2005: Ok não é uma ultrapassagem, mas só a correção de Jacques Villeneuve no meio da Eau Rouge já é digno de aplausos. E vale lembrar que o seu BAR, em 1999, escapou exatamente naquele ponto indo estampar na barreira de pneus do outro lado, já no topo da curva. Mais tarde Ricardo Zonta resolveu imitá-lo.

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Arte: Eau Rouge

Em 2011, um passão de Webber sobre Alonso que arrancou aplausos da maioria em Spa. O local da manobra? Na temida e excitante Eau Rouge. Para quem viu na hora, ou depois, classificou aquilo como único e que talvez não se repetisse tão cedo, afinal o cara para fazer aquela manobra precisa de ser muito macho... e o cara que leva a ultrapassagem, precisa apenas de um pouco de juízo. Só isso.
Mas Kimi Raikkoenen, o "Rei de Spa" nos últimos anos, mostrou que não precisávamos de muito tempo para ver outra manobra parecida e sobre o outro rei de outrora do circuito belga, um tal de Michael Schumacher, Kimi foi preciso no bote ao fazer uma manobra parecida com a de Webber para avançar uma posição durante o GP de 2012.



terça-feira, 23 de abril de 2013

Foto 190: Na trilha de Michael

E Sebastian Vettel vai caminhando a passos largos para igualar, ou até quem sabe ultrapassar Michael Schumacher nas estatísticas da Fórmula-1.
Nesse quadro apresentado pela Sky Sports, os dois maiores pilotos que Alemanha já teve na F1 tem seus números comparados ao atingir 103 GPs. E Vettel leva vantagens em alguns quesitos, como no número de poles e de títulos.
E pensar que tão cedo veríamos alguém com chances de buscar as marcas estratosféricas de Michael Schumacher...

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Foto 171: Schumacher e Barnard, Estoril 1995

(Foto: Ricardo Bromer/Facebook)
O começo de algo grandioso. Michael Schumacher conversa com John Barnard sobre as suas primeiras impressões da Ferrari 412T que estava a testar no Estoril, no final de 1995.
A parceria entre o então bi-campeão do mundo e um dos melhores projetistas das décadas de 80/90, rendeu três vitórias para o time de Maranello em 1996. Mas a falta de confiabilidade do F310 privou Michael de tentar o seu terceiro título mundial e no final daquela temporada John Barnard, que teve uma série de desentendimentos com a cúpula da equipe, saíria para chegada de Rory Byrne e Ross Brawn.
Seriam novos tempos na Ferrari.

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

F1 Battles: Juan Pablo Montoya vs Michael Schumacher, GP da Áustria 2001

Os primeiros dias de Montoya na F1 foram sensacionais, principalmente quando ele encontrava Michael Schumacher pela frente. O GP da Áustria de 2001 mostrou bem como o colombiano era dos bons quando se tratava de duelos, ao se sustentar, no braço, na frente de Schumacher e uma galera.
De se destacar o bom desempenho da Arrows com o chassi A22, que teve boas apresentações em pistas velozes pelas mãos de Verstappen e De La Rosa.

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Foto 117: A bagunça do Hexa

Tinha apenas ouvido falar sobre a bagunça e bebedeira que rolou na festa do hexa-campeonato de Michael Schumacher, conquistado em Suzuka 2003. E de fato, foi uma comemoração e tanto.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Os 20 anos da primeira vitória de Schumacher na F1


Schumacher comemorando a primeira das suas 91 vitórias, em Spa 1992
(Foto: Getty Images)

Aquele alemão queixudo, de cabelo com corte típico dos anos oitenta que pouca gente conhecia, a não ser alguns que acompanhavam o Mundial de Sport Protótipos, estreou e fez algum barulho na F1 quando levou o Jordan ao sétimo lugar do grid do GP da Bélgica de 1991. Um feito notável, uma vez que ele nunca tinha corrido por lá e Willy Webber, seu empresário, jurou de pé junto que o seu garoto conhecia a pista belga muito bem. Enganou direitinho e caso o câmbio não quebrasse após virar a La Source depois da largada, Michael poderia muito bem ter se dado ao luxo de tentar algo muito melhor naquela prova, pois o desempenho do Jordan naquela pista foi tão bom que Andrea De Cesaris chegou a discutir a vitória com Ayrton Senna. Passado um ano, ele voltou e venceu em Spa como se tivesse marcado hora e lugar para que a sua primeira vitória acontecesse lá. Foi astuto ao trocar os pneus na hora certa em que a pista secava e teve a sorte de as Williams sofrerem problemas mecânicos. Venceu bem e convenceu toda a crítica que já via nele um futuro vencedor de Grandes Prêmios. Para Flavio Briatore, que tinha desalojado Pupo Moreno um ano antes para dar lugar a Michael, o investimento estava dando resultado e para Schumacher a caminhada para algo maior estava apenas começando.

Aquela vitória na tarde molhada de 30 de agosto parece agora, vinte anos mais tarde, o início de algo grandioso que na época era difícil de perceber: o domínio de um cara só. Apesar de que Ayrton ainda estivesse por lá, outros ases tinham, ou estavam deixando a categoria: Piquet pendurou o capacete em 1991 e foi respirar outros ares; Prost estava num ano sabático após ter sido escorraçado pela Ferrari ao final de 91, mas já arquitetava por debaixo dos panos a sua volta à F1 pela Williams que Mansell acabara de levar aos títulos de Pilotos e Construtores. Este último também caiu fora para 93, indo se divertir na IndyCar. Senna também estivera envolvido num vai ou racha quanto à sua permanência na categoria e na McLaren, que foi resolvido apenas na temporada de 93. Ou seja, a velha guarda, mesmo tendo Senna e Prost no comando ainda em 1993, começava a pensar na aposentadoria. Os novatos não eram tão promissores e também não estavam em grandes equipes: salvo Alesi que ainda era uma esperança do automobilismo francês, onde depositavam as fichas apostando que seria o substituto de Prost. Schumacher era o único que estava numa equipe, que de fato, tinha condições de vencer corridas. Jean estava na Ferrari, era jovem, rápido, brigador, mas a equipe italiana passava por uma crise técnica e administrativa pavorosa. Michael também era veloz e ousado, mas estava numa equipe muito mais bem organizada e era o Team oficial – se é que podemos dizer assim – da Ford na F1 sendo que todas as especificações dos HB e novidades passavam pela equipe ítalo-inglesa. O corpo técnico também era dos bons: Rory Byrne e Ross Brawn acharam em Schumacher o cara perfeito, o piloto por excelência, para desenvolver os bem sucedidos Benettons que saiam de suas mesas de projeto. E apesar da aparição de Barrichello, Christian Fittipaldi, Damon Hill e a volta de Mika Hakkinen, se alguém ainda quisesse apostar algo, Alesi e Schumacher encabeçariam a lista.

Mas Michael, como disse antes, era o mais bem apanhado tecnicamente. O seu talento floresceu ainda mais em 93, apesar de ter conquistado apenas uma vitória e em 1994, com um carro melhor ou do mesmo nível que a Williams, ele apareceu forte nas primeiras etapas ao derrotar Senna e tomar conta do resto do campeonato quando o brasileiro morreu. Michael, apesar de todas as controvérsias ao redor do desempenho do seu Benetton B194 - e também das suspensões e desqualificações que tivera -, ganhou o mundial daquele ano. O pupilo da Mercedes tinha chegado ao topo em dois anos e meio e daí em diante não pararia mais e a figura de ídolo que ele construiu nos anos 90 motivou os garotos alemães a começarem a competir e isso de ajuda muito o automobilismo em qualquer parte do mundo.

Os alemães tiveram uma época de ouro com os resultados das imbatíveis Mercedes e Auto Union na segunda metade dos anos trinta. Rudolf Caracciola, Bernd Rosemeyer, Hans Stuck, Manfred Von Brauschitsch e Hermann Lang eram os nomes que haviam elevado a Alemanha à potência automobilística de competição que foi quase dizimada após a Segunda Guerra Mundial. Mesmo com a volta da Mercedes em alto estilo ao mundo das corridas, com títulos na F1 e nas principais provas européias, ainda faltava-lhes um grande piloto e até a sua saída em 1955, motivada pela tragédia de Le Mans, este não havia aparecido. Wolfgang Von Trips, que parecia ser o piloto primeiro alemão a ser campeão do mundo, acabou falecendo num acidente em Monza 1961, justamente quando decidia o título contra seu companheiro de Ferrari Phil Hill. Os alemães esperariam por mais 23 anos até que Stefan Bellof, que tinha talento suficiente para tal conquista, aparecesse e desaparecesse feito um raio ao morrer em Spa-Francorchamps num a prova válida pelo Mundial de Sport Prototipos em 1985. Michael apareceria seis anos depois, lá mesmo em Spa, como a mais nova esperança de um piloto alemão de chegar ao olimpo. E este conseguiu.

Michael atingiu números inimagináveis e suas conquistas motivaram os garotos. Da mesma forma que os títulos de Emerson, Nelson e Ayrton influenciaram garotos que decidiram apostar no automobilismo e tentar a sorte de um dia, quem sabe, chegar à F1, a “Schumachermania” também criou uma legião de meninos que ingressaram no kart na segunda metade dos anos 90 e que agora estão na F1: Vettel, Hulkenberg, Rosberg, Glock (que não é tão garoto assim) e todos, ou quase todos, tiveram sucessos nas categorias por onde passaram. A presença constante de Schumacher no topo da F1 foi vital para que o automobilismo alemão voltasse a ser uma das forças do cenário em termos de pilotos, e não apenas entres as fábricas. Aliás, aí está um fator interessante para que o automobilismo de alguns países pegue pra valer: a falta de um piloto vencedor, que motive os jovens também a competirem. Mas para isso as Confederações precisam estar engajadas e aproveitar o momento para incentivar ainda mais a prática do esporte motorizado, com parcerias para criações de novas categorias – monopostos e turismo – com preços acessíveis para os novos participantes e divulgação em massa para que o público possa lotar as pistas para prestigiar e apoiar os novos valores que vão aparecer. O caminho traçado por Michael Schumacher está tendo continuidade com Vettel, que ainda reinará por muito tempo como melhor piloto alemão na categoria e com o passar do tempo, é bem provável que apareçam outros pilotos alemães tão bons quanto o Sebastian e o velho Michael. 

A história de sucesso do automobilismo alemão, que deveria ter tido início pelas mãos de Bellof durante os anos 80, foi abreviada em Spa e reaberta lá mesmo em 91, com a estréia de Michael e confirmada pelo mesmo um ano depois no mesmo local. E de quebra ele completará 300 GPs neste fim de semana em... Spa-Francorchamps.
De fato, um lugar especial para ele.

    

sábado, 21 de abril de 2012

Pole Lap: Juan Pablo Montoya, Spa-Francorchamps 2001

Desbancar a Ferrari do início da última década, principalmente a de Schumacher, da tabela de tempos, já era uma baita conquista. Em Spa-Francorchamps a Williams deu as cartas.
Aquele treino de uma hora era sensacional. Apesar dos pilotos ficarem quase que meia hora dentro dos boxes, esperando o momento exato para fazer a melhor volta, valia a pena no final. Principalmente nos últimos cinco, três minutos de treinos.
O classificatório daquele ano foi disputado com a pista molhada, mas o final do treino já havia um trilho que fez os tempos despencarem. Montoya, com aquela vontade insana de bater Schumi de qualquer forma, comandou a disputa naqueles minutos finais na pista belga.
Inicialmente ele havia cravado o tempo de 1'55''875, desbancando Schumi da pole. Em seguida foi Ralf quem lhe tirou a pole com a marca de 1'55''531. Um belo tempo do irmãozinho mais novo, mas não o suficiente. E ainda tinha Michael, que estava logo atrás do colombiano, só na espreita. Mas Juan veio com a sua pilotagem bruta, passando por sobre as zebras molhadas, estraçalhando a segunda parcial de seu parceiro em 2.7 mais rápido para acertar uma pole em 1'52''072, 3.459 mais veloz que Ralf. Uau! Schumi veio em seguida e não conseguiu lhe roubar a pole. Restava o outro Schumacher, mas este falhara ao fazer apenas 1'52''959.
A Williams tinha dois carros na primeira fila, eMontoya estava com a sua segunda pole na F1 assegurada.

terça-feira, 13 de março de 2012

Grandes Atuações: Damon Hill, Hungaroring 1997


Podemos comparar o GP da Hungria de 1997 a uma estória do conto de fadas onde a abóbora virou carruagem e voltou ao seu formato ao bater da meia noite. Mais ou menos foi assim a corrida de Damon Hill naquela tarde de 10 de agosto em Hungaroring, onde o seu desempenho, ajudado pela ótima performance dos pneus Bridgestone, foi um dos melhores da sua carreira. Mas o problema hidráulico nas últimas voltas lhe tirou uma vitória praticamente garantida.

Damon assinou o contrato com a Arrows em setembro de 1996, ainda quando estava na luta pelo mundial de 1996 pela Williams: sabendo que não ficaria no time de Frank e tendo as equipes grandes todas com sua dupla de pilotos definidas para 1997, restou a ele assinar com o time de Jackie Oliver e Tom Walkinshaw, que havia comprado parte do team em março daquele ano. Já ao final de 96, Hill estava ao volante de um Ligier JS41 comprado pela Bridgestone testando os novos compostos da marca nipônica que estrearia no ano seguinte. Os técnicos da Arrows, mais Walkinshaw, estiveram presentes durante os testes colhendo informações sobre o desempenho dos pneus e as opiniões de Damon, que ao final foram positivas. Nesse caminho de tentar levar a Arrows ao nível das equipes médio-grandes, além da contratação de Hill e do fornecimento da Bridgestone, onde ela receberia todas as atualizações antes das demais, Walkinshaw ainda arrendou um contrato com a Danka, que era uma empresa especializada em produtos para escritório e trouxe Pedro Paulo Diniz com seus cheques polpudos. Mas além da Danka outras tantas tiveram suas marcas estampadas na asa traseira do carro como a Power Horse, REMUS e outras mais durante o ano de 97.

A temporada em si não foi a das mais fáceis: foram vários os problemas enfrentados por Damon naquele ano. Quando não era o motor Yamaha que quebrava, uma colisão dava cabo da sua corrida. As classificações também não eram as melhores. Ele e Pedro Paulo Diniz tiveram uma primeira parte do cão, ao conseguir alinhar aquele Arrows A18 em posições intermediárias. As coisas pareceram melhorar quando Hill marcou o primeiro ponto da equipe ao chegar em sexto no GP da Grã-Bretanha e terminar em oitavo em Hockenheim, completando uma seqüência de quatro corridas sem quebras.

Ao se apresentarem para o GP da Hungria, eles se depararam com o primeiro confronto real entre os pneus Goodyear e Bridgestone. A temperatura do asfalto em Hungaroring era absurdamente quente naquela ocasião, o que levou Trulli (Prost) Hill e Barrichello (Stewart) a conseguirem bons tempos na sexta-feira ao marcarem a 3ª, 5ª e 7ª colocações. Detalhe especial neste treino foi Damon, que marcou o seu tempo em uma única tentativa.

Para a qualificação a temperatura do asfalto estava em torno dos 60° graus, o que ajudaria bastante os compostos japoneses. Mas rapidamente esta temperatura despencou. Michael Schumacher e Jacques Villeneuve dominaram as ações em Hungaroring conquistando a primeira fila. A surpresa era Damon, que colocara sua Arrows em terceiro nos segundos finais do treino, suplantando duas Mclarens, duas Benettons, uma Ferrari e uma Sauber. Mesmo com a temperatura não estando ideal para a performance dos pneus Bridgestone, Hill conseguiu uma volta brilhante ficando a 0’’372 da pole de Schumi. Assim como a maioria que estava presente naquele treino, Damon ficou surpreso. Mas à tarde do dia seguinte ainda reservaria muito mais a ele e a equipe.

O domingo começou com o warm-up que teve como surpresa a quinta marca alcançada pelo Arrows de Diniz, mostrando que o carro do time inglês estava bem acertado para aquele circuito. Os pilotos que estavam calçados com Goodyear preferiram, em sua maioria, largar com pneus macios e os pilotos Bridgestone, em especial o duo da Arrows, optaram pelo composto mais duro. Debaixo do forte calor que estava fazendo em Hungaroring, aquela escolha acabou por ser a mais certa.

A largada foi tranqüila, mas Villeneuve saiu mal e quando contornou a primeira curva estava em quinto. Damon, por muito pouco, já não conquistou a liderança na primeira curva.
Após seis voltas de corrida, Schumi e Hill já estavam distantes de Irvine que vinha terceiro. Foi neste momento que o piloto alemão, que havia largado com os macios, passou a ter problemas com os pneus que estavam criando bolhas. Hill percebeu o problema enfrentado pelo seu rival e partiu com tudo, pressionando-o pelas cinco voltas seguintes. Neste momento, mais precisamente na sétima volta, Irvine já havia parado para trocar seus pneus que haviam criado... bolhas rapidamente.

Ao abrir da 11ª volta, Hill colocou por dentro na tomada da primeira curva e mesmo com Schumacher a lhe deixar pouco espaço, ele conseguiu a primeira colocação. Como era de se esperar, devido ao melhor desempenho mostrado até ali, Hill abriu vantagem sobre Michael que só parou nos boxes na volta catorze para trocar os pneus.

Damon continuou bem na dianteira da prova, aumentando a diferença para os demais. Ele parou para a troca de pneus na volta 25, uma depois de Villeneuve que vinha em segundo. Jacques, após a corrida, disse que os Goodyear estavam tão péssimos naquela prova, que após a sua primeira troca eles empolaram com menos de duas voltas de uso. O piloto inglês fez a sua segunda e última parada de box na 51ª passagem, e nesta altura ele já se encontrava com mais de 30 segundos à frente de Villeneuve.

Q
uando parecia que a Arrows, enfim, entraria para círculo das equipes vencedoras de Grandes Prêmios, o câmbio do A18 apresentou problemas na saída da chicane na penúltima volta. Hill relatou o acontecido e quando a equipe lhe pediu para passar a rodar com o carro na quinta marcha, a pressão hidráulica só o deixava engatar até a segunda. Durante a 75ª e antepenúltima volta, Hill perdeu em torno de nove segundos e a conta aumentou na penúltima passagem quando caiu mais vinte. Foi nesta ocasião que o acelerador também o deixou na mão. Jacques o passou alguns metros depois para garantir uma vitória que não deveria ter sido dele, mas sim de Damon. O piloto da Arrows ainda arrastou-se até fechar em segundo. Até o final daquele ano a Arrows voltou a marcar apenas mais dois pontos com Diniz, quando este terminou em quinto no GP de Luxemburgo. Hill ainda teve como melhor colocação, depois da Hungria, um oitavo lugar em Monza.

Damon Hill teve que esperar até o GP da Bélgica de 1998 para voltar a sentir o gosto da vitória, assim como a Bridgestone, que venceu o seu primeiro GP na Austrália com a McLaren além do primeiro título conquistado com a mesma. 

Para a Arrows a chance de vencer nunca mais apareceu e a equipe fechou as portas durante a temporada de 2002.


sábado, 3 de março de 2012

O sonho que virou realidade

Um garotinho dormindo com seu urso, sonha com a F1. No seu quarto, troféus do kart e miniaturas da Ferrari e Williams. Na parede do seu quarto, pôsters da batida Prost x Senna de 1989. Do outro lado, um pôster de Mansell e a nova sensação da F1, o alemão Michael Schumacher e do lado da sua cama um pôster de Jochen Rindt.
Ao acordar e ligar a TV, ele se deparada com cena de Schumi vencendo. O garoto fica impressionado e o copo de leite que segurara, cai. A vida do garoto já não era mais a mesma.
Pega o seu kart, vai para pista, vence corridas, campeonatos. Sobe para categorias menores, vence-as até chegar na Fórmula-1, o sonho de 8 de cada dez garotos que estão no automobilismo. Vence uma corrida em seu primeiro ano completo e dentro de três temporadas, já é bi-campeão.
Esta é a introdução do vídeo oficial da F1, que mostra belas imagens do que foi o campeonato de 2011 conquistada de modo magistral por aquele garoto que deixou cair o copo de leite. Seu nome: Sebastian Vettel.

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...