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sábado, 19 de setembro de 2020

88ª 24 Horas de Le Mans - 4ª Hora

O Eurasia #35 que enfrentou problemas no inicio da prova e que ocupa agora 22º lugar na LMP2

Mais uma hora tranquila em Sarthe, onde a Toyota continua a dominar as ações sem ser incomodada. O #8 da equipe lidera com 16 segundo de vantagem sobre o #7, enquanto que os Rebellion #1 e #3 aparecem em terceiro e quarto com um volta de desvantagem. O ByKolles teve problemas e chegou a ficar na garage, mas retornou com sete voltas de atraso.

Na LMP2 a disputa continua e neste momento a liderança está com o #32 da United Autosport que leva 19 segundos sobre o #38 da JOTA Sport. O #30 da Duqueine Team aparece em terceiro, com meio segundo de atraso para o #38 da JOTA.

A disputa entre Aston Martin e Ferrari na LMGTE-PRO continua interessante, com os quatro carros a se alternarem na liderança - muito por conta da das paradas de box. Mas a diferença entre eles não é tão grande, o que dá boas oportunidades de disputa. O #71 da AF Corse segue em primeiro, com o #97 da Aston Martin em segundo e o Ferrari #51 em terceiro. 

A Ferrari lidera na LMGTE-AM, onde o #83 da AF Corse lidera com o Porsche #56 em segundo e o Aston Martin #90 da TF Sport é o terceiro.   

88a 24 Horas de Le Mans - 2a e 3a Horas


Estas duas últimas horas foram bem tranquilas nas quatro classes. A Toyota manteve a dobradinha, ora com o #7 na liderança, pra com o #8 na ponta, mas nunca sem dar chances a Rebellion que aparece em terceiro e quarto com os #1 e #3 - este último teve que trocar a parte traseira do carro, mas sem perder grande tempo. 

A LMP2 teve boas disputas e entremeadascom as paradas de boxes, acabou mexendo com a liderança dessa classe, que no momento está com o #5 da JOTA Sport. Mas a batalha entreos dois carros da United Autosport, High Class e Graff agitaram bastante o segundo turno da prova.

Na LMGT-PRO a disputa continua acirrada entre Ferrari e Aston Martin, com as duas a tomarem conta das quatro primeiras colocações. A Porsche, infelizmente, não tem ritmo suficiente para alcançá-los - por enquanto. A liderança neste momento é do Aston Martin #97 que tem sete segundos de vantagem sobre o Ferrari #51. 

Na LMGTE-AM também sofreu algumas mudanças, com a liderança ficando por um tempo com o Porsche #56 da Team Project 1 e depois passando para o Aston Martin #37 da TF Sport - que continua no comando da classe com dois segundos sobre o Porsche 56. E a terceira posição, com 17 segundos de atraso, é do Aston Martin #98.

88ª 24 Horas de Le Mans - 1ª Hora

(Foto: Toyota)


A 88ª edição das 24 Horas de Le Mans já está rolando. Uma bela largada de Bruno Senna quase deu a Rebellion #1 a liderança, que foi muito rechaçada por Mike Conway que esta ao volante do Toyota #7. Porém a disputa entre Toyota e Rebellion continuou pela primeira volta, agora com TS050 #8 ameaçando segunda colocação do Rebellion #1 que foi muto defendida pelo piloto brasileiro. Mas com as paradas de box com trinta minutos de corrida, acabou colocando a dobradinha da Toyota na ponta, sempre com o #7 liderando. 

Já perto de encerrar a primeira hora de corrida, o Toyota #8 - com Buemi ao volante - teve que ir aos boxes com um dos pneus furado. Caiu para quarto na classificação, que tem o Toyota #7 na liderança, o Rebellion #1 em segundo e o Rebellion #3 em terceiro. 

Na LMP2 a batalha pela liderança começou cedo entre o o #22 da United Autosport e o #29 da Racing Team Nederland, mas o carro dos holandeses acabou tendo problemas e ficando lento pela pista, forçando a sua ida aos boxes. Quem não teve um bom inicio foi o #36 da Signatech Alpine, que foi recolhido para os boxes ainda na primeira volta e depois teve que pagar um Drive & Through por ter queimado a faixa de entrada dos boxes. O #35 da Eurasia acabou rodando e ficando parado na caixa de brita da Dunlop, sendo este o primeiro carro da P2 a ter um incidente e causando uma slow zone. 

A liderança nessa classe pertence ao #22 da United Autosport.

Na LMGTE-PRO, a corrida começou com grande disputa entre o Aston Martin #97 e o Ferrari #51 onde o carro ingles assumiu a liderança antes do término da primeira meia hora. A Porsche não tem mostrado grande ritmo até aqui, mesmo tendo largado na pole, mas não aguentando os ataques de Ferrari e Aston Martin. A liderança é do Aston Martin #97.

Na LMGTE-AM a liderança é do Aston Martin #98. Foi nesta classe onde aconteceu o incidente entre o Ferrari #61 da Luzich que rodou na Dunlop e por muito pouco não acertou o Porsche #88 da Dempsey-Proton, que precisou escapar para a area de escape para não ser batido pelo Ferrari. Os dois carros retornaram para a prova. 

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

88ª 24 Horas de Le Mans: O que esperar desta edição

O Oreca 07-Gibson da United Autosport do trio formado por Phill Hanson/ Filipe Albuquerque/ Paul Di Resta, 
que largará da pole na LMP2
(Foto: United Autosport/ Twitter)

 Teremos uma grande oportunidade de ver como será essa última incursão dos protótipos híbridos, que tomaram de assalto o Mundial de Endurance desde a sua retomada no já distante ano de 2012. Mas o momento é de deixar a nostalgia de lado e atentar para o que podemos ter a partir deste sábado quando a bandeira francesa for baixada em Sarthe: pode a Rebellion desafiar a Toyota? Apesar de todo o favoritismo da equipe japonesa, os suíços também podem sonhar em sair daquele local sagrado ostentando a marca de ter vencido a mais famosa e importante prova de endurance no mundo.

Apesar de todo peso que está levando nesta edição e mais algumas restrições em torno do combustível, a Toyota parece não ter sentido tanto essas imposições, mas devemos observar como será o seu passo de corrida nas mais variadas situações que esta prova nos reserva. A volta canhão de Kamui Kobayashi foi quatro décimos mais lento que o recorde que ele estabeleceu em 2017, quando também fez a pole – e ficou chateado por não ter quebrado este recorde, uma vez que uma de suas voltas foi anulada por exceder o limite de pista e extamente nessa ele estava bem abaixo. Porém ficará a duvida, que será sanada durante a corrida, de como será o comportamento dos dois TS050 por conta do peso e da pequena demora em reabastecê-los, já que o diâmetro do tubo de reabastecimento é de 19mm – a mesma medida do último ano – enquanto que a Rebellion terá mais velocidade neste quesito, já que a medida é de 24mm. Outro ponto favorável para a Rebellion é o kg de combustível por stint: enquanto os suíços terão 55,4 kg, a Toyota terá 35,1. Isso dará um bom ganho em autonomia para os Rebellion, influenciando bastante na hora trabalhar estratégias para a corrida que costumam variar bastante. Isso sem contar os problemas mecânicos, que costumam aparecer bastante e outras situações como toques, escapadas de pista que pode comprometer bastante o andamento. Um outro trunfo para a Rebellion é o fato do carro #1 ter trocado o motor durante o segundo treino livre, o que significa que tenha uma quilometragem bem mais baixa e que pode forçar mais durante o certame.

Enquanto que a Toyota e Rebellion vão discutir a vitória, a ByKolles terá a missão de completar a sua primeira 24 Horas de Le Mans que foi sempre abreviada por inúmeros problemas. Em relação a seu ritmo, comparado em outras oportunidades, onde os carros da LMP2 ficaram próximos ou até mesmo mais velozes, teve uma pequena melhora.  

O fator chuva também deve ser levado em conta, já que se espera uma chuva mais moderada no sábado – no decorrer da prova – e outra mais pesada para o domingo.

A LMP2 sempre promete boas emoções e desta vez não estará reduzida a uma batalha entre G-Drive e Signatech Alpine, como aconteceu no ano passado: a presença da United Autosport, Racing Team Nederland, Jackie Chan DC Racing e JOTA Sport, promete trazer uma boa disputa naquela classe – isso sem contar com outras equipes que possam aparecer durante a corrida para tentar beliscar uma parte ou até mesmo todo bolo.

Em comparação aos outros anos, onde a classe estava bastante concorrida com a presença de Ford, Corvette e BMW, a LMGTE-PRO aparece reduzida apenas aos carros oficiais da Aston Martin, Ferrari e Porsche e mais o Ferrari da Wheater Tech Racing. Mas isso não tira o brilho, uma vez que durante os treinos livres e classificação a Aston Martin ter dado o ar da graça como a principal favorita. Porém, a categoria ganhou um fôlego com a reação da Porsche que não foi muito bem no primeiro treino livre, mas que reagiu nas atividades seguintes para arrancar em direção a uma grande pole conquistada por Gianmaria Bruni no Porsche #91. A Porsche ainda teve uma pequena mudança após a Hyperpole, onde a capacidade do tanque foi aumentada em 1 litro. Mesmo sem mostrar o brilho de outras edições, é sempre bom ficar de olho na Ferrari que é a atual vencedora desta classe em Le Mans.

Mesmo com essa diminuição no contingente, é de se esperar que a batalha nesta classe seja tão boa quanto as dos anos anteriores. E ficará difícil arriscar quem possa ser o favorito real nessa luta.

Por último a LMGTE-AM que aparenta ter uma das edições mais equilibradas. A Aston Martin também apareceu forte por lá nos treinos, mas a reação das equipes com carros da Ferrari e da Porsche dão um tom diferente para esta corrida. E é sempre uma classe onde as coisas nem sempre estão resolvidas até a última passagem, mesmo quando se aparenta total tranquilidade.

Quando a quadriculada for baixada ao final do domingo, saberemos que entrou mais uma vez a rica história de Le Mans.

88a 24 Horas de Le Mans - Pole para a Toyota e algumas surpresas


 

A Toyota sairá da pole position nesta 88a edição das 24 Horas de Le Mans com uma sensacional volta de Kamui Kobayashi, que levou o TS050 ao primeiro lugar nesta primeira Hyperpole que estreou seu formato de apenas 30 minutos, para os seis melhores de cada classe, em Sarthe. O japonês atingiu o tempo de 3'15"267 e terá ao seu lado o trio do Rebellion RB13 #1 que, através de Gustavo Menezes, fez o ótimo tempo de 3'15"822 e rebaixou o Toyota #8 para terceiro no grid. Sem dúvida uma grata surpresa, já que esperava-se uma dobradinha japonesa na primeira fila.

Na LMP2 a United Autosport, através do #22 conduzido por Paul Di Resta, chegou a pole position nessa classe ao fazer 3'24"528, eclipsando o favorito #29 da Racing Team Nederland que foi muito bem nos treinos de quinta, mas a escapada de Nick De Vries logo no início do treino atrapalhou um pouco as ações e o belo carro amarelo sairá em terceiro. A segunda posição nessa classe ficou para o #26 da G-Drive. 

Na LMGT-PRO, sem dúvida a maioria apostava numa dobradinha da Aston Martin para está classe, precisando apenas adivinhar qual dos dois carros sairia na pole. Mas a Porsche conseguiu uma grande volta através de Gianmaria Bruni (3'50"874) para colocar o Porsche #91 na pole desta classe. O Ferrari #51 da AF Corse também esteve em boa forma e sairá em segundo, enquanto o primeiro Aston Martin, o #95, aparece em terceiro.

Assim como na PRO, esperava-se uma pole vinda da Aston Martin na LMGTE-AM, mas igualmente foi uma bela surpresa ver que a Ferrari #61 da Luzich Racing fez a melhor marca dessa classe e desbancou até além da Aston outros favoritos que poderiam bater os carros ingleses. Côme Ledogar fez uma bela volta com o tempo de 3'51"266 - que inclusive o colocou em quarto entre os PRO - e fez a pole para a Ferrari nesta classe, seguida pelo Porsche #77 da Dempsey-Proton Racing e pelo Porsche #56 do Team Project 1. 

A largada será amanhã, às 9:30 (horário de Brasília).


quinta-feira, 17 de setembro de 2020

88ª 24 Horas de Le Mans – Toyota comanda o primeiro dia de atividades em Sarthe

 


Três meses após o adiamento da edição deste 2020 por conta da pandemia do Covid-19, os carros do Mundial de Endurance puderam, enfim, invadir a pista de Sarthe para dar inicio às atividades para esta edição de número 88 das 24 Horas de Le Mans.

As atividades constituíram em quatro fases: a realização de dois treinos livres (de três horas cada), seguido pela qualificação que serviu para definir o grid de largada do sétimo para trás de cada classe e definindo os seis primeiros das quatro classes que passaram para a Hyperpole, que será realizada na sexta. Por fim, a terceira sessão de treinos livres que durou quatro horas começando a tarde e invadindo a noite.

LMP1

(Foto: Toyota Gazoo Racing/ Twitter)

A Toyota ditou o ritmo nessa classe sem tomar conhecimento das demais. Desde o primeiro treino livre já mostrava que, mesmo com o peso adicional, parecia ter afetado em nada a sua performance. Kazuki Nakajima, com o Toyota #8, fez a melhor marca do primeiro treino livre ao chegar em 3’21’’656 e colocar 0’’334 décimos sobre o gêmeo #7 que fez o tempo de 3’21’’990. A Rebellion, com seu #1, ficou em terceiro naquele treino com a marca de 3’23’’155 e a quarta colocação ficando para o outro Rebellion #3 que fez o tempo de 3’25’’216. A ByKolles aparece em quinto com seu ENSO CLM P1/01-Gibson em quinto, atingindo o tempo de 3’28’’442.

O segundo treino livre foi ainda melhor para a Toyota, quando o #8, agora conduzido por Sebastien Buemi, chegou a melhor marca desta atividade ao fazer 3’19’’719. Foi quase um segundo (0’’8 décimos, precisamente) que o Toyota #7 que ficou na casa de 3’20. Para a Rebellion foi uma sessão que eles contaram apenas com a presença do carro #3 na pista que marcou o terceiro tempo. O #1 da equipe, conduzido por Bruno Senna/ Norman Nato/ Gustavo Menezes, ficou praticamente de fora deste segundo treino já que precisou trocar o motor. O ByKolles ficou em quarto nessa classe e quinto no geral, uma vez que ficou atrás do Oreca LMP2 da Racing Team Nederland que ocupou o quarto posto na classificação geral.

No treino classificatório, foi a vez do Toyota #7 dar as cartas e fazer a marca de 3’17’’089 vindo pelas mãos de Kamui Kobayashi que colocou dois décimos sobre o seu compatriota Kazuki Nakajima que fez o segundo melhor tempo. O Rebellion #1 aproveitou bem da saúde do novo motor para cravar o terceiro tempo, mesmo que ainda tenha ficado quatro segundos de atraso em relação aos Toyotas. A Bykolles mostrou alguma velocidade e se meteu entre as duas Rebellion ao ficar em quarto. O Rebellion #3 ficou em quinto. Como a classe tem apenas cinco carros, eles passaram automaticamente para a Hyperpole.

A terceira sessão de treinos, que incluiu a parte da tarde e a noite em Sarthe, viu a Rebellion tomar de assalto a primeira colocação quando Louis Deletraz pôs o #3 da equipe suíça no topo com a marca de 3’19’’158. A Rebellion ainda mostraria força nesta sessão, quando o #1, com Gustavo Menezes no comando, ficou em terceiro com o tempo de 3’19’’775. A segunda colocação foi ocupada pelo Toyota #7 que fez o tempo de 3’19’’638 com Kamui Kobayashi ao volante. O Toyota #8 ficou em quarto e o ByKolles #4 acabou em quinto na classe e 18º na geral, após ter tido a frente danificada numa escapada na Tertre Rouge quando Bruno Spengler pilotava.

Apesar do maior peso que é levado pelos dois Toyotas, a equipe japonesa não pareceu sentir os efeitos e dominou com certa folga estas atividades que aconteceram mais cedo. A esperança dos entusiastas é que a Rebellion esteja escondendo o jogo, justamente para jogar as cartas na mesa quando realmente precisa que é na maratona das 24 Horas, mas sua performance no terceiro treino joga uma luza de esperança  nesta expectativa.. Em relação a ByKolles, a única expectativa é que consigam, ao menos, ter um breve melhora nas próximas atividades e que tenham uma jornada decente.

 

LMP2

(Foto: Racing Team Nederland/ Twitter)

A Racing Team Nederland aparece como a favorita neste primeiro dia em Sarthe, após liderar as primeiras atividades do dia especialmente o segundo treino livre e a qualificação.

No primeiro treino livre eles tinham a liderança até pouco antes do final, quando Keita Yamashita, da High Class Racing, ao fazer o tempo de 3’29’’873 contra 3’29’’918 que alcançado por Giedo Van Der Garde no Oreca 07 da Racing Team Nederland. A terceira colocação ficou para o #38 da JOTA Sport.

O segundo treino livre teve a liderança absoluta do time holandês, que fez o tempo de 3’27’’185 com Nicky De Vries ao volante. Este tempo foi suficiente para coloca-los na quarta posição na geral, superando o ByKolles. Com quase um segundo de atraso, apareceu na segunda posição o #37 da Jackie Chan DC Racing e em terceiro o #38 da JOTA Sport. Esta atividade foi marcada pelos dois acidentes com os dois Oreca 07 da IDEC Sport que se acidentaram em momentos distintos do treino: o #28, pilotado por Paul Lafargue, bateu na saída da segunda chicane, danificando bem a dianteira do carro ainda na primeira hora de treino. Quando este estava sendo levado aos boxes, o #17 conduzido por Dwight Merriman, bateu um pouco antes de chegar na entrada dos boxes e, a exemplo do #28, também danificou bem a dianteira. Será um trabalho bem puxado para a equipe que, logicamente, não participou da qualificação.

 Na qualificação a Racing Team Nederland continuou a andar forte e estabelecer a melhor marca dessa classe com o tempo de 3’26’’648, feito novamente por De Vries. O #37 da Jackie Chan DC Racing, #22 da United Autosport, #26 da G-Drive Racing, #32 da United Autosport e o #33 da High Class Racing, passaram para a Hyperpole.

No terceiro treino livre foi o Oreca 07 #30 da Duqueine Racing que fez a melhor marca desta atividade, com o tempo de 3’28’’013 feito por Tristan Gommendy. A segunda posição ficou para o #32 da United Autosport e a terceira posição para o #26 da G-Drive.

 

LMGTE-PRO

(Foto: Aston Martin Racing/ Twitter)

Assim como foi em 2019, a Aston Martin teve um bom inicio de trabalhos em Sarthe ao liderar a primeira sessão de treinos e a qualificação, sempre com dobradinhas. A única equipe a importunar os carros ingleses foram os Porsche no segundo treino livre.

Na primeira atividade os dois Aston Martin Vantage ocuparam as duas primeiras colocações, com o #97 chegando a marca de 3’’53’’930 – com Alex Lynn ao volante – e o #95 ficando em segundo com o tempo de 3’54’’992, que foi alcançado por Nick Thiim. A terceira posição foi do Ferrari 488 GTE Evo da AF Corse #51 com 3’55’’186.

A Porsche apareceu muito bem após ocupar as duas últimas posições dessa classe no primeiro treino livre, sentindo bem a falta de um treino que pudesse ambientar o novo 911 RSR-19 antes da batalha que é em Sarthe. No entanto, o segundo treino livre foi uma lufada de ar fresco para eles, que puderam se colocar em primeiro e terceiro na segunda prática, com o #92 e #91 respectivamente. O Porsche #91 fez o tempo de 3’52’’783 com Michael Christensen ao volante. A segunda posição ficou com o Aston Martin #97.

A qualificação voltou a ver os Aston Martin Vantage ditarem o ritmo com o #95 ficando em primeiro (3’50’’872) e o #97 em segundo (3’50’’925). As demais posições foram ocupadas pelos dois Ferrari da AF Corse e pelos dois Porsche da Porsche GT Team que avançaram para a Hyperpole.

O terceiro treino livre voltou ver a Porsche em primeiro na tabela de tempos, com o #92 liderando com o tempo de 3’52’’177 feito por Kevin Estre. Os dois Aston Martin vieram em seguida, com o #97 fazendo a marca de 3’52’’442 e o #95 com o tempo de 3’52’’632.

 

LMGT-AM

(Foto: Aston Martin Racing/ Twitter)

Assim como na PRO, a Aston Martin teve uma boa jornada com seu carro oficial, o #98 pilotado por Paul Dalla Lana/ Ross Gunn/ Augusto Farfus, que lideraram o primeiro treino livre (3’55’’484) e o classificatório (3’52’’778). A Porsche, através do #77 da Dempsey-Proton Racing, liderou a segunda sessão de treinos com a marca de 3’53’’961 – inclusive, se colocando entre os carros da PRO ao ficar atrás dos quatro mais rápidos daquela classe.

Além do Aston Martin #98, passaram para a Hyperpole o Aston Martin #90 da TF Sport, o Porsche #86 da Gulf Racing, o Ferrari #61 da Luzich Racing, o Porsche #77 da Dempsey-Proton Racing e o Porsche #56 da Team Project 1.

A terceira atividade foi dominada novamente pela Aston Martin #98 que fez o tempo de 3’54’’590, seguido pelo Ferrari #60 da Iron Lynx e pelo Porsche #88 da Dempsey-Proton Racing. Essa classe ainda viu o acidente do Ferrari #62 da Red River Sport se acidentar na freada para a primeira chicane, quando Bonamy Grimmes estava ao volante.

As atividades continuam amanhã, com a definição das três primeiras filas de cada classe na Hyperpole e depois com o quarto treino livre que terá duração de 1 hora.

Resultados: Treino Livre 1, Treino Livre 2, Qualificação e Treino Livre 3

domingo, 6 de maio de 2018

WEC: Sobre as 6 Horas de Spa




A vitória da Toyota nas 6 Horas Spa-Francorchamps, na abertura desta inédita Super Temporada, já era cantada em verso e prosa desde as movimentações que mudaram um pouco a cara da LMP1 com a saída da Porsche ao final de 2017. Sendo a única equipe de fábrica que possui a tecnologia híbrida em seus TS050, todos os prognósticos apontavam uma conquista fácil para os japoneses frente a uma (nova) horda de protótipos não Híbridos que entraram para tentar salvar uma categoria que até tempos atrás era a coqueluche do WEC. As ações da ACO e FIA em não darem tanta atenção aos construtores particulares em detrimento as grandes fabricantes nestas últimas temporadas, acabaram deixando as duas entidades totalmente perdidas em não saber o que fazer para compor uma categoria que começava a emagrecer com a saída da Audi ao final de 2016. O quase golpe de misericórdia veio com a saída da Porsche e isso fez as luzes amarelas piscarem constantemente para que alguma coisa fosse feita de imediato. A solução foi olhar para aqueles que foram esquecidos e a partir daí, com motores convencionais, fabricantes como Oreca e Ginetta, puderam aparecer nas fileiras da LMP1. Com isso, o retorno da simpática Rebellion - que esteve na LMP1 até 2016 - pode ser festejado, assim como a vinda da SMP, DragonSpeed e TRSM Racing - esta última, que utiliza os Ginetta G60-LT-P1, nem chegou qualificar-se devido problemas financeiros. Ainda que o abismo tenha sido diminuído por conta do regulamento, os tempos de volta dos Toyota para os demais, ainda gira na casa dos dois segundos. Algo animador uma vez que, nos testes de Paul Ricard, a diferença estava acima dos cinco segundos...
A corrida foi um passeio da Toyota com o #8 comandado pelo trio Buemi/ Nakajima/ Alonso e o #7, tripulado por  Lopez/ Conway/ Kobayashi, fazendo uma corrida de recuperação para terminar com 1,8 segundo de desvantagem para o seu gêmeo #8. A controvérsia nos minutos finais da prova, onde a Toyota optou em não deixar que os dois TS050 duelassem (Fernando Alonso estava no #8 e Mike Conway no #7) gerou um mal estar entre os entusiastas do Mundial de Endurance. Por outro lado, é de entender que a atitude da Toyota era de ser esperada: a grande mídia que teria - e como teve - numa possível vitória de Fernando Alonso, justamente na sua estréia, pode ter pesado nesta decisão do corpo técnico da equipe japonesa liderada por Pascal Vasselon. Segundo o chefe francês, já havia tido um acordo prévio de que eles poderiam lutar até último pit-stop e depois manter as posições para que não houvesse um grande risco nas voltas finais. Mas a melhor performance do carro #7 - que havia marcado a pole e mais tarde desclassificado dessa posição, por conta de irregularidades no fluxo de combustível, forçando-os a largarem dos boxes - foi reconhecida por Pascal. Mas a polêmica continuará por um tempo...
Entre os não Híbridos, boa performance da Rebellion com seus dois carros, especialmente com o #1 de Lotterer/ Senna/ Jani que fecharam em terceiro e que seriam desclassificados mais tarde por conta do alto desgaste do assoalho. Bom trabalho também dos carros da SMP e isso nos leva crer que entre eles os duelos no decorrer da temporada serão interessantíssimos. Se os dois segundos de desvantagem para a Toyota chegar a cair, a briga promete ser das boas em Sarthe.
Na LMP2 o #26 da GDrive, pilotado por Rusinov/ Vergne/ Pizzitola, iniciou bem os trabalhos nesta classe ao vencer até com certa folga sobre o #38 da Jackie Chan Racing (Tung/ Aubry/ Richelmi). Em terceiro o #36 da Signatech Alpine, pilotado por Lapierre/ Negrão/ Thiriet.
Na LMGTE-PRO o duelo ficou restrito a Porsche e Ford. Aliás, foi bem legal ver os 911 em grande forma em Spa ao desafiar a Ford. Esta última sofreu grande susto ao perder o #67 na volta 26 quando Harry Tincknel escapou na Raddillion/ Eau Rouge e bateu forte, no mesmo local que acidentou Pietro Fittipaldi. Apesar da frente do Ford GT ter ficado brutalmente destruída, Tincknel - que fez trio com Priaulx e Kanaan - saiu sem nenhum arranhão. A Ford, com o #66 pilotado por Pla/ Mücke/ Jonhson, garantiu a vitória após superar o Porsche #91 (Lietz/ Bruni) na última hora de corrida. Estes estiveram muito bem nesta prova, mas uma queda de rendimento acabou jogando-os para a quarta colocação. Quem não apareceu bem foi a Ferrari com os seus 488 GTE EVO e os novos BMW M8  GTE e Aston Martin Vantage AMR por conta do BOP adotado para esta etapa inicial - que não deixou a Ferrari muito satisfeita.
E na LMGTE-AM a vitória ficou para o trio Lamy/ Lana/ Lauda com o Aston Martin Vantage #98, mas conquista não foi das mais fáceis uma vez que eles tiveram que confrontar com o outro Aston Martin Vantage #90 da estreante TF Sport (Yoluc/ Alers-Hankey/ Eastwood) na hora final, com este ultimo terminando colado no câmbio do Aston Martin de Pedro Lamy.
Foi um bom início desta Super Temporada e agora as atenções se voltarão para Sarthe, onde a grande prova do Endurance acontecerá daqui um pouco mais de um mês.

domingo, 19 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: 14ª Hora

O Porsche #2 teve um pequeno furo em um dos pneus, mas nada de alarmante, uma vez que conseguiu chegar aos boxes e trocar os pneus. Porém, despencou para terceiro quase uma volta atrás do líder Toyota #6 e do #5. A Rebellion não teve grande sorte nesta hora: o #13 ficou parado na Mulsanne e teve o carro recolhido para detrás do guard-rail e #12 parou quase que no mesmo local após rodar, mas conseguiu prosseguir e chegar aos boxes onde foi recolhido para a garagem.
Na P2 a Signatech com seu #36 continua firme na liderança, com o #46 da Thiriet em segundo e o #26 da G-Drive em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a Ferrari #82 da Risi continua na liderança. A Ford recolheu o #69 para os boxes para troca das pastilhas e discos de freios e com isso o carro caiu para quarto. Em segundo aparece o outro Ford #68 e em terceiro o Aston Martin #95.
Na LMGTE-AM, liderança com a Ferrari #62 da Scuderia Corsa. Em segundo o Porsche #88 da Abu Dhabi/Proton e em terceiro a Ferrari #61 da Clearwater Racing.

sexta-feira, 17 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: O duelo da vez é com a durabilidade



Para quem acompanha bem a temporada do WEC deste ano, percebeu que as três principais fábricas da LMP1 tem tido o mais diverso dos problemas em seus carros desde a prova de Silverstone. E para esta 24 Horas de Le Mans, os olhos dos chefes destas equipes não estarão voltados apenas para os seus rivais, mas também para as reações que os seus bólidos possam apresentar durante todo o certame. Nos treinos realizados até aqui, Porsche e Toyota não tem muito que reclamar da durabilidade de seus carros. Foram bem em todos os estágios, mostrando boa velocidade. Já a Audi não pode dizer a mesma coisa: os dois carros enfrentaram problemas e a quinta-feira, que poderia ser um bom termômetro para saber em que condição está os dois R18, foi de chuva quase que torrencial, atrapalhando bem a programação deles.
A Porsche apresentou novamente uma velocidade bem ao seu estilo, cravando voltas extremamente velozes e fazendo pela segunda vez consecutiva a primeira fila em Sarthe. Talvez se os dois últimos treinos – ou apenas um deles – tivesse sido realizado em pista seca, poderiam ter baixado muito mais do que os 3’19’’733 feito por Neel Jani com o 919 Hybrid #2 – aliás, o suiço parece ter a mão do carro para este tipo de situação, uma vez que foi dele a marca impressionante de 3’14 no qualy do ano passado, o que lhe valeu o recorde absoluto do traçado francês. Assim como em 2015, aparenta que a Porsche possa andar com seus dois carros bem próximos, tentando garantir a segurança um do outro por conta de futuros ataques dos rivais.
A Toyota fez um bom trabalho até aqui. Dois carros muito bem postados e com tempos próximos da Porsche. Também não dá para dizer o quanto que possam estar à frente da Audi, sendo que o único duelo que tiveram diretamente com eles foi nos treinos livres. Mas mesmo assim, a diferença para os alemães foi pouca, o que sugere que vão lutar forte com os “Auto Union”. Mas não podemos descartar a Toyota de um possível ataque à Porsche, uma vez que em Spa os japoneses tiveram um ritmo bem satisfatório e poderiam muito bem ter discutido – e vencido – o Audi R18 #8 na prova belga, caso o TS050 #5 não tivesse pifado o motor. E a corrida em Spa tem sido um bom parâmetro nestes últimos anos.
A Audi sofre lá o seu calvário: até apresentaram um bom ritmo com o R18 #8 nos treinos livres, sendo superado pelos Porsches no final do treino, mas uma saída de pista após a primeira chicane, o carro apresentou uma lentidão incomum que foi logo descoberta: o sistema elétrico estava afetado. O carro mal andou no primeiro classificatório e quando esteve em pista, foi gradativamente ganhando performance, mas longe do que havia apresentado mais cedo. E ainda teve o agravante de um problema nos freios... Mesmo assim, conseguiu passar o seu gêmeo #7 na classificação para garantir um quinto lugar no grid. O R18 #7 esteve bem discreto, talvez trabalhando mais para a corrida, que no fim das contas é o que interessa. Mas eles tiveram seus problemas também, com uma fuga de combustível ontem. O pior é que a chuva desta quinta atrasou bastante qualquer avaliação em torno do desempenho dos carros após estes problemas, o que adiciona mais uma dor de cabeça para a fábrica das quatro argolas quando os carros partirem para prova. Mas uma coisa ficou certa nos treinos de quarta, tirando pelo ritmo, é que o #8 deverá ser o coelho deles.
Entre as equipes particulares, a Rebellion deve apresentar um duelo caseiro, já que esta classe apresenta apenas os dois carros da equipe suíça e mais o da By Kolles, que teve um principio de incêndio no treino livre e pouco participou das demais práticas.

As demais classes

Apesar dos Orecas terem apresentado uma boa velocidade na LMP2, não podemos descartar o bom andamento dos Alpine desde os treinos livres o que sugere uma batalha bem interessante nesta classe do início ao fim, como é de costume. Os Ligier, a primeira vista, terão que remar um pouco mais se quiser entrar nessa batalha.
A LMGTE-PRO é a classe onde se repousam as melhores expectativas de um duelo brutal pela vitória. O retorno da Ford com seus Ford GT já era algo de se animar nesta classe, mas o após o passo que eles apresentaram desde os treinos livres deixaram a concorrência de cabelo em pé e também um tanto critica, tanto que a Corvette reclamou veemente do desempenho de seus conterrâneos, uma vez que eles estavam muito acima do que poderiam depois do BOP realizado antes do inicio dos treinos. A Ford conseguiu cravar a primeira fila na PRO com tempos recordes, sendo o #68 conseguiu o tempo de 3’51’’185 e o #69
com a marca de 3’51’’497. Os outros dois Ford, #67 e #66, ficaram em quarto e quinto respectivamente. Não fosse a intromissão da Ferrari 488 GTE da AF Corse #51 na terceira colocação, o massacre dos carros americanos teria sido ainda maior. A Ferrari também esteve em boa forma: além do carro da AF Corse em terceiro, apareceu com outros dois na sexta e sétima colocação desta classe, sempre com um ritmo muito superior aos de outros carros que costumam estar brigando com eles pelas primeiras posições, como Porsche, Aston Martin e Corvette. Esse desempenho assombroso da Ford e Ferrari fez com que a ACO mexesse no Bop deles antes da prova de amanhã, fato inédito nas 24 Horas de Le Mans: A Ford teve redução na pressão do seu bi-turbo e recebeu um lastro de 10kg; a Ferrari também teve teve redução no turbo e um aumento no lastro para 15kg e também um aumento extra no tanque de combustível para 4 litros; Corvette teve uma abertura de 0,2mm no restritor de ar e mais dois litros no tanque de combustível; Aston Martin sofreu abertura no restritor de ar de 0,4 mm e aumento de dois litros no tanque; e a Porsche não recebeu nenhuma alteração.
Se havia uma disparidade entre estes carros, a corrida pode nos mostrar um cenário bem mais competitivo após estas mudanças.
E na LMGTE-AM, a Aston Martin que sempre tem apresentado um bom passo em Le Mans, talvez tenha que se preocupar com a Ferrari que apresentou um ritmo bem satisfatório, como bem mostra a pole conquistada pelo #61 da Clearwater Racing.
A verdade é que, para todas as classes, os duelos estarão bem garantidos, mas só nos resta saber se quem vai escrever o seu nome na história desta 84ª edição será um dos figurões de sempre (Porsche ou Audi) ou a tão sonhada primeira conquista (Toyota). Ou até mesmo uma bela zebra suíça... Quem sabe!


quinta-feira, 16 de junho de 2016

84ª 24 Horas de Le Mans: E a pole vai para... A Porsche

Podemos dizer que a chuva que se fez presente desde o segundo treino classificatório, invadindo o terceiro e último treino de classificação, facilitou e muito a vida da Porsche para que esta conquista pelo segundo ano consecutivo a primeira fila para as 24 Horas de Le Mans. Com a marca de 3'19"733 feita por Neel Jani no primeiro classificatório de ontem, ele e seus parceiros no Porsche 919 Hybrid #2, Romain Dumas  e Marc Lieb, ocupam a pole position pela segunda vez consecutiva em Sarthe. Na segunda colocação aparece o Porsche#1 de Mark Webber/ Brendon Hartley/ Timo Benhard, com o Toyota #6 em terceiro e o #5 em quarto. A Audi, que enfrentou problemas em seus dois carros ontem, tem o R18 #8 em quinto e o #7 em sexto. A Rebellion ficou em sétimo e oitavo com o  #13 e #12 respectivamente.
Na LMP2, a G-Drive marcou a pole com o seu #26 com o tempo de 3'36"605, com o Alpine #35 da Baxi DC em terceiro o outro Alpine #36 da Signatech em terceiro.
Na LMGTE-PRO, a Ford conseguiu a primeira fatia do seu bolo em comemoração aos 50 anos de sua conquista em Sarthe ao ter dois Ford GT na primeira fila, com o #68 a fazer a marca recorde para esta classe com o tempo de 3'51"185 e o #69 em segundo. A Ferrari 488 GTE #51 da AF Corse ficou em terceiro, sendo a intrusa entre os Ford já que os outros dois, o #67 e #66, aparecem logo em seguida.
Na LMGTE-AM, a pole ficou para a Ferrari #61 da Clearwater com o tempo de 3'57"827, seguido pelo Aston Martin #98 em segundo e pela Ferrari #88 da Abu-Dhabi Proton Racing.
As 24 Horas de Le Mans terá seu início às 15 horas da França (10:00 de Brasília).

segunda-feira, 9 de maio de 2016

WEC: Quem ficar por último...

(Foto: fiawec)
Não é de se estranhar que as duas primeiras etapas do Campeonato Mundial de Endurance tenham sido as mais emocionantes. Isso é algo que vem sendo a tônica de um mundial que foi retomado em 2012, exatamente quando estava completando 20 anos da sua última temporada. Mas certamente não foi apenas os pegas que deram esse interesse para um inicio tão fulgurante, mas sim os problemas – dos mais diversos – que as três principais fábricas tem enfrentado na LMP1.
Sabemos bem que a Porsche tem os carros mais velozes desta classe, e isso faz deles os favoritos quase que automáticos em qualquer prova. Isso ficou claro em Silverstone com o ritmo imposto pelo 919 Hybrid #1 e também pelo #2, mas os problemas abreviaram uma possível vitória para os atuais campeões: enquanto que Brendon Hartley foi com toda confiança do mundo para dobrar um Porsche dos GTs e quase teve um pavoroso acidente com o #1, o #2, que estava próximo de atacar o #7 da Audi, se viu ao contrário quando foi tocado por um dos Ford GT numa das relargadas e com isso teve que contentar-se com o segundo lugar, que mais tarde se transformaria em primeiro com a desclassificação do R18 #7  que teve um desgaste maior que o permitido no assoalho. Por falar nos co-irmãos, a Audi teve a sua desforra com a primeira fila no grid de largada e apareceu bem durante a corrida, com um ritmo convincente dos dois carros. Infelizmente o #8 teve problemas no turbo, que o limou cedo da prova e o #7 esteve sempre em voga até conquistar a vitória que logo foi retirada depois da vistoria técnica. Para a Toyota, que até conseguiu um bom trabalho no Prologue em Paul Ricard, esperava-se um pouco mais, mas mesmo assim ainda conseguiu salvar um pódio com o TS050 #6 que terminou em segundo após a revisão da tabela final. O #5 não teve melhor sorte naquela ocasião, após abandonar a corrida com pneu traseiro estourado.
Se havia sido o caos em Silverstone, as coisas poderiam ter seguido uma linha mais “normal” na Bélgica, quando o WEC aportou para a disputa das 6 Horas de Spa neste último sábado. Com uma dobradinha irretocável da Porsche, era de se esperar uma corrida com os dois gêmeos da casa de Weissach a discutir a vitória, mas os velhos problemas deram as caras para embaralhar as coisas na floresta de Ardennes: enquanto que o #1 sofria com dois furos de pneus seguidos e mais tarde problemas no drive train, o #2 teve pane no sistema hibrido que cortava pela metade sua velocidade. Isso foi um presente dos deuses para a Toyota que, com o #5, liderava a prova de forma imaculada – depois de ter tido um duelo sensacional contra o Audi #8 nos estágios iniciais da prova – quando uma rara quebra de motor tirou uma boa chance dos japoneses vencerem no WEC, coisa que não acontece desde as 6 Horas do Bahrein de 2014. Foi uma pena ver aquela fumaça azul tirar uma chance dessa quando o carro estava na reta Kemmel... Pior foi o #6, que esteve envolvido em alguns incidentes e que poderia ter sido o “backup” para tentar salvar o dia da Toyota. A Audi mostrou bom ritmo em Spa, e desta vez foi o #8 que brilhou com o belo trabalho de seus três pilotos (Lucas Di Grassi – que se tornou o primeiro brasileiro a vencer uma prova do mundial de endurance em 29 anos –, Oliver Jarvis e Löic Duval) que também se livraram de confusões e problemas – apesar de terem entrado no box, na última intervenção do SC, para reparos – para ficarem no lugar certo e na hora certa e vencerem esta segunda etapa de forma convincente. O #7 não teve seus melhores dias, mas terminou em quinto. Com todos estes problemas quem mais agradece é a Rebellion, que pôde colocar por duas provas seguidas o #12 na terceira colocação. É tanto que a trinca formada por Mathéo Tuscher/ Dominic Kraihamer/ Alex Impertori é a vice líder do mundial, que tem na primeira colocação a trinca do Porsche #2 Marc Lieb/ Romain Dumas/ Neel Jani.
Com duas etapas tão caóticas nos termos técnicos e mecânicos para estas fábricas, fica até complicado pensar que estas passarão as 24 Horas de Le Mans de forma incólume. Se em provas de seis horas as coisas já foram tensas, o que esperar em Sarthe? A verdade é que até lá é bem possível que consigam sanar os problemas mecânicos e torcer para que nada de anormal nesse campo, apareça logo na prova principal do campeonato. Outro fator interessante é que nem Audi e Porsche contarão com o seu habitual terceiro carro, o que as deixam vulneráveis se caso acontecer algo com os dois carros principais. É sempre uma boa ter o terceiro carro, pois você liberar dois para que lutem de forma visceral pelas primeiras posições, enquanto que o terceiro ficará a espreita para caso precise entrar em ação. Foi mais ou menos assim que a Porsche venceu ano passado, quando deixou que o #18 e #17 lutassem contra os Audis pelas primeiras posições, enquanto que o #19 estava apenas “comboiando” a batalha. Quando viram que o #18 enfrentava problemas de freios e o #17 se atrapalhou com os retardatários nas zonas onde tinham bandeira amarela, o #19 apareceu para assumir a liderança e não mais largar para uma vitória histórica. Este ano será de mais cautela por conta dessas fábricas, o que abrirá uma boa chance para que a Toyota, agora em pé de igualdade, possa tentar beliscar a sua tão sonhada vitória em Sarthe.
Com tantas variáveis assim, quem sabe uma “zebrassa” histórica possa cavalgar por aquelas bandas. Do jeito que tem sido até aqui, até a Rebellion pode tentar sonhar com algo maior na maior prova automobilística do planeta.
E sonhar não custa nada. Claro.

segunda-feira, 15 de junho de 2015

83ª 24 Horas de Le Mans: E os donos da casa voltaram

Me recordo de uma frase dita por Tony Kanaan durante uma matéria que foi exibida antes das 500 Milhas de Indianápolis deste ano, onde ele dizia que “que aquela pista tinha vida própria. Ela escolhia quem deveria vencer naquele ano”. De certa forma ele tem razão: quantas foram as vezes que vimos um piloto estar com a vitória garantida no Brickyard e simplesmente por um problema mecânico ou acidente, perdê-la? Foram muitas até. Acho que essas pistas míticas, como é o caso de Indianápolis, costumam pregar essas peças tendo a participação ativa dos “deuses do automobilismo” na escolha de quem deve receber todas às glórias da conquista. A pista de Sarthe, a exemplo de sua “irmã mais velha”, tem esse dom de nos surpreender.
Olhando friamente esta edição, quem poderia apostar algo num trio em que dois deles visitavam a pista francesa pela primeira vez? Certamente as apostas repousavam sobre os mais velhos: o Porsche #18, com aquela fabulosa pole feita por Neel Jani, nos deixava com a dúvida se aquele desempenho ultra veloz poderia repetir-se em algum estágio de um certamente tão longo e cheio de armadilhas que é esta prova; o outro Porsche #17, o vermelho que remete ao legendário 917K de 1970, o primeiro Porsche a vencer na geral em Le Mans, carregava a experiência do ano anterior e um vencedor da prova (Timo Bernhard). Por outro lado, o favoritismo da Audi era forte, principalmente por conta do carro #7 com a trinca atual vencedora (Marcel Fässler/ André Lotterer/ Benoit Tréluyer). Toyota, a atual campeã do mundo apresentava-se abaixo da média e a Nissan... bem, as condições do seu novo protótipo são bem criticas descartando qualquer chance de lutar por algo melhor. Ou seja, a luta dar-se-ia entre as duas fábricas alemãs.
A classificação tinha sido um show a parte por conta da Porsche: simplesmente três carros tomando conta das três primeiras posições, dando a entender que criariam uma “barreira” a qual a Audi e os demais pretendentes deveriam transpor caso quisessem assumir a liderança. A volta de Neel Jani tinha sido mágica: cravando um tempo absurdamente veloz (3’16’’8), a melhor para esta era dos LMP1 em Sarthe e uma das melhores de todos os tempos do traçado, entrando para o top 10 deste quesito. Os outros dois Porsches acompanharam o ritmo e fizeram bons tempos, a ponto de apenas administrarem essas marcas na quinta-feira. Isso deu a Porsche a tranquilidade de trabalhar no ritmo de prova, testando alguns stints para a corrida. A Audi pouco se aproximara, mas a carta na manga para os dois de corrida já estava guardada, que era puramente estratégia baseada nos pneus, cujo trunfo deste R18 e-ttron Quattro é na economia dos
pneus frente a sua co-irmã. E tinha sido isso, aliado a erros de estratégia da Porsche e pilotagem de seus pilotos, que garantiram os dois sucessos para fábrica das quatro argolas nas duas corridas iniciais. Se para uma sobrava a manha de Sarthe, para a outra restava apenas a fabulosa história que tinha sido construída sobre as suas 16 vitórias anteriores. A Porsche tinha que dar uma resposta a si própria: recuperar-se de erros que tinham roubado deles vitórias em Silverstone e Spa, era uma questão de honra e Le Mans é um palco perfeito para este tipo de situação.
A corrida estava a ser um clássico do endurance: enquanto que a Porsche dominava as ações com o #17 e #18, a Audi subia com seu ataque em “bloco”, com o #7, #8 e #9 a atacar o #19 e superá-lo rapidamente. Conforme as horas foram passando, ficava claro que o #17 da Porsche parecia ser o mais tarimbado para guiar a equipe ao triunfo, e essa idéia se reforçou quando a Audi começou a enfrentar seus primeiros problemas: enquanto que o #7 voltava aos boxes alguns giros depois de seu pit-stop para trocar um pneu furado, num momento que estava prestes a assumir a liderança, o #8 acabou acidentando-se na parte de Indianápolis num trecho que deveria estar em bandeira amarela (slow zone) e que os comissários se atrapalharam ao sinalizar com a verde. Com os carros – em boa parte os GTs – desacelerando, Duval passou por uma Ferrari por fora e bateu de frente, danificando totalmente a dianteira. O carro foi levado aos boxes e alguns minutos depois, devolvido à pista, mas com a prova totalmente comprometida.
O período de Safety Car foi importante para que os carros se juntassem e ao dar a relargada, o duelo entre o Porsche #17 e o Audi #9 levantou a torcida nas arquibancadas com uma disputa visceral entre estes dois carros. Para Filipe Albuquerque, no comando do Audi #9, foi um momento brilhante: aproveitando-se bem do vácuo do #17, conseguiu quebrar naquele momento o recorde de melhor volta para aquela pista que já durava 44 anos, e que pertencia à Jackie Oliver. Mais tarde esse recorde voltaria a ser quebrado pelo Audi
#7 com Lotterer ao volante, ao descer dos 3’17”6 de Albuquerque para 3’17”4. Infelizmente problemas mecânicos e outros contratempos tirariam qualquer chance destes dois Audis de vencer: o #9 teve problemas com seu sistema híbrido e viu suas chances caírem por terra; para o #7, a carenagem solta também atrasou bastante o passo deste trio que tentava o seu quarto triunfo em Sarthe. De se elogiar sempre a pilotagem de André Lotterer, que desde um bom tempo tem se mostrado o melhor piloto de endurance do momento. A tocada limpa e precisa, entremeada com velocidade pura e cadenciamento – quando é preciso – tem sido a alma desse trio, sinceramente. O trabalho do trio do Audi #9 também precisa ser elogiado ao máximo, ainda mais Filipe Albuquerque com uma pilotagem muito precisa. Não foi de se estranhar a alta expectativa que foi criada em torno deles neste terceiro carro, especialmente montado para Le Mans, pois o ritmo estava excelente e tinham boas chances de disputar e sair com a vitória.
A Porsche também teve lá os seus problemas: o #17 parecia intocável e num passo firme para abrir caminho em meio aos retardatários e isso foi o que acabou matando as chances deste trio, quando Webber fez uma ultrapassagem em bandeira amarela e teve que pagar um penalty que o jogou um pouco para trás na classificação. Enquanto isso, o #18 enfrentava problemas – aparentemente de freios – que fez o carro escapar duas vezes para fora da pista e deixar as coisas complicadas para aquele trio. A surpresa para a Porsche foi o #19 ter um ritmo excepcional em todas as fases da prova: enquanto que o gêmeo #17 e #18 travava duelos contra os três Audis, este ficava apenas acompanhando de perto sem nunca perder contato com os ponteiros, esperando exatamente a sua vez na corrida. Quando assumiu a liderança ainda na nona hora, eles não largaram mais e entrando numa zona mais fria que é a noite e madrugada, igualaram a batalha com a Audi em consumo de pneus e isso deixou seus pilotos mais à vontade para ditar o ritmo. O trio mandou a bota – especialmente Earl Bamber no meio da madrugada – que deixou o #19 em boa condição de administrar a vantagem e apenas responder quando fosse preciso. Os problemas na carenagem do Audi #7 os deixou ainda mais perto da vitória, principalmente por estarem
levando uma volta de vantagem sobre o #17 e três sobre o #7. Apenas um desastre tiraria essa conquista. Restou apenas a Nico Hulkenberg assumir o comando e guiar o carro de forma imaculada a uma vitória inédita para os três.
Em relação aos japoneses, coube apenas a decepção: a Toyota nem foi sombra do desempenho que fez ano passado ao fechar em sexto e oitavo (#2 e #1) com oito e nove voltas, respectivamente, de desvantagem para o vencedor. Vencer neste ano, somente com um golpe de muita sorte. A Nissan largou com seus três carros e nenhum completou, nesta que foi um dos maiores papelões da história recente da prova. Despejar altas doses de dinheiro e não desenvolver um protótipo de forma decente para ao menos andar com dignidade próxima as outras fábricas, foi de jogar o nome da Nissan na lama e pisotear.
Para a Rebellion, que estreou seu R-One nesta corrida, foi uma prova mais que tranqüila, pois a ByKolles não ofereceu nenhuma resistência a equipe suíça que venceu entre as particulares na LMP1.

As outras categorias

LMP2

A KCMG dominou amplamente aquela classe, sendo que desde a segunda hora eles assumiram a liderança e não largaram mais. Nicolas Lapierre/ Richard Bradley/ Matthew Howson deram à KCMG a primeira vitória em Le Mans nesta classe e particularmente, para Lapierre, foi a desforra após ter sido dispensado pela Toyota ano passado, tirando dele a chance de ganhar o campeonato junto de Davidson/ Buemi. Ainda tendo visto que o desempenho da Toyota foi bem pífio, o prazer desta sua conquista deve ter sido ainda maior.
A segunda colocação foi da Jota Sport, que enfrentou problemas de câmbio no inicio do certame, conseguiu uma bela recuperação devido, especialmente, a pilotagem de Mitch Evans e Oliver Turvey para abrir caminho na parte final e conseguir o pódio frente ao #26 da G-Drive e o #48 da Murphy Motorsport.
A única equipe que parecia ainda com ritmo para dar combate ao carro da KCMG era o #46 da Thiriet, mas este acabou sendo acertado pelo Aston Martin #99 (com Fernando Rees ao volante) e ficando de fora.

LMGTE-PRO

As disputas nessa classe são sempre o grande atrativo, e neste ano não foi diferente: Ferrari, Corvette e Aston Martin estiveram numa luta brutal pelas primeiras posições e que foram decididas através dos problemas e acidentes que iam tirando os carros de linha.
Para a Corvette acabou sendo uma prova recompensadora após a perca do #63 nos treinos, após o acidente de Jan Magnussen que impossibilitou os reparos no carro. Apesar de um início bem tímido, o trio formado por Oliver Gavin/ Tommy Milner/ Jordan Taylor, foram subindo na classificação aos poucos e os problemas com os rivais mais diretos ajudaram bastante a conseguir uma importante e gratificante vitória para eles e Corvette, que não vencia desde 2011.
A Ferrari perdeu uma corrida que poderia ter sido dela, não fosse os inúmeros problemas que rondaram os #51 e #71 da AF Corse. Enquanto que o #51 se viu envolvido no enrosco do Audi #8 fazendo com que ele fosse ao boxe reparar os danos, voltando bem trás dos seus rivais, o #71 estava em grande forma ao disputar diretamente com a Aston e Corvette a dianteira da prova, mas problemas no motor de arranque atrasaram suas pretensões. Mas a Ferrari tinha ganho um fôlego com o retorno do #51 à disputa e com chances de ameaçar a Corvette, mas problemas com o câmbio forçaram a saída momentânea de Gianmaria Bruni/ Toni Villander/ Giancarlo Fisichella da prova, conseguindo voltar para terminar em terceiro. A segunda posição acabou para a outra Ferrari #71 de Davide Rigon/ James Calado/ Olivier Beretta, numa boa recuperação do trio.
Para a Aston Martin, que estava com ótimas chances de vencer nessa classe, restou apenas a desilusão de ver seus três ficarem de fora por problemas mecânicos - #95 e #97 – e o #99, que estava na disputa direta, ter se acidentado quando Rees estava para ser dobrado pelo #46 da LMP2.
Os Porsches do Team Manthey foram verdadeiros coadjuvantes nesta edição, sem ter lutado pela liderança em momento algum. Enquanto que o #92 foi limado da prova logo no início por uma quebra de motor, o #91 ainda tinha esperanças de beliscar um pódio, mas um vazamento de óleo tirou essa chance deles.

LMGTE-AM

Apesar da forte oposição vindo da Ferrari #72 da SMP Racing, não era de duvidar muito que a vitória não escaparia das mãos do trio Pedro Lamy/ Paul Dalla Lana/ Mathias Lauda. Porém, quando faltavam menos de 50 minutos para o fim, Dalla Lana acabou escapando e batendo forte na curva chicane Ford e tirando a chance de vez de vitória. Coube ao trio do Ferrari #72 – Victor Shaytar/ Andrea Bertolini/ Aleksey Basov vencer a prova.
A segunda colocação ficou com a Dempsey-Proton Racing com seu Porsche #77, guiado por Patrick Dempsey/ Patrick Long/ Marco Seefried, nesta que foi a melhor colocação da equipe em Le Mans.
E a terceira foi da Ferrari #83 da AF Corse com François Perrodo/ Emmanuel Collard/ Rui Águas.

Mais um grande dia para a história de Le Mans

Sem dúvida foi outro grande dia para os inúmeros acontecimentos que já entraram para história dessa grande prova. Um ano após o seu retorno a classe principal, a Porsche nos brindou com uma vitória irretocável de um trio que nem estava entre os favoritos para a conquista dessa corrida. Foi o primeiro carro não diesel a vencer em Sarthe em dez anos.
Por outro lado, ter convivido com a desconfiança da maioria em torno da sua confiabilidade, foi um verdadeiro cala a boca com toda força e competência que é normal de uma equipe alemã. As lágrimas do diretor da Porsche e dos outros integrantes, assim como de Nico Hulkenberg, traduzem e muito todo o trabalho que foi feito até aquele momento. Para a Porsche, um desafio e tanto com este projeto do 919 Hybrid e para os pilotos, uma conquista histórica, particularmente falando.
Enquanto que Nick Tandy era o mais experiente dos três com duas participações em Le Mans, Earl Bamber era um bicampeão da Porsche Super Cup Ásia e assim como Nico Hulkenberg, fazia o seu debut na maior prova de endurance do mundo. As prestações que estes três tiveram a bordo do 919 Hybrid #19 foi de um primor altíssimo: seguraram bem o ritmo no início da prova, ganharam posições conforme os da frente iam tendo problemas e assumiram a liderança no meio da noite para não largar mais, sempre com velocidade pura por parte dos três. Foi um trabalho recompensado com uma inédita conquista para os três: Bamber e Hulkenberg tornaram-se os primeiros pilotos a vencerem as 24 Horas de Le Mans logo na sua estréia – o último tinha sido Aurent Aiello em 1998 com a... Porsche, exatamente na última conquista da marca. E Nico foi o primeiro piloto da F1 em atividade a vencer a prova desde a conquista de Johnny Herbert e Bertrand Gachot na vitória pela Mazda em 1992. Para a Porsche foi a 17ª conquista em Sarthe e no mesmo dia que completa outra data importante para o time de Stuttgart: há 45 anos eles chegavam a primeira vitória no geral em Sarthe, com o 917K de Hans Hermann/ Richard Attwood. Melhor dia para esta conquista, não existe.
A Porsche retoma as chaves de casa e agora é uma forte ameaça ao império conquistado pela Audi nos últimos anos.

Habemus duelo!  

sábado, 13 de junho de 2015

83ª 24 Horas de Le Mans 2015: 1ª Hora

Após uma largada que sucedeu a várias disputas bem acirradas nas quatro categorias, as coisas parecem mais calmas em Sarthe.
Depois da primeira rodada de pit-stops, a prova continua sob o comando do Porsche #17 seguido de perto pelo #18. A Audi, que fez um ataque maciço no início com seus três carros, ocupa a terceira, quarta e quinta colocações - #8, #7 e #9 respectivamente.
Na LMP2, batalha interessante no início entre os ponteiros e neste momento o comando está com o Oreca #46 da Thiriet, seguido pelo #47 da KCMG.
Na LMGTE-PRO, a disputa ficou polarizada entre o Aston Martin #99 e o Ferrari #51 no inicio e após algumas inversões de posições, o Aston Martin #95 é quem assumiu a liderança e o Ferrari #51 continua na cola, em segundo.
Na LMGTE-AM, a liderança é da Ferrari #72 da SMP Racing seguida pelo Aston Martin #98 e Ferrari #55.
Neste momento a prova está sob regime de Safety Car, devido o estouro do motor - seguido de incêndio, que foi logo controlado - no Porsche #92 na Mulsanne. O Rebellion #13, que vinha logo atrás, acabou pegando o oléo e rodou ficando encalhado na brita da primeira chicane. Já está de volta à prova. 

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...