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sexta-feira, 10 de abril de 2015

GP da China - Treinos Livres - 3ª Etapa

Lewis Hamilton: “Foi bem próximo entre nós e a Ferrari, e Nico [Rosberg] também está perto. Teremos uma corrida.
“Para ser honesto, não sei quanto andei em cada pneu. Com os médios, não pareceu tão bom, ainda temos que analisar e ver em comparação aos outros.
Tive um dia inteiro correndo hoje, o que faz uma grande diferença"

Kimi Raikkonen: “No geral, foi um bom dia de trabalho. Tivemos um problema com os freios à tarde, porém os mecânicos fizeram um trabalho muito bom e resolveram isso, então consegui voltar à pista para seguir em frente com o programa.
É um pouco cedo para previsões, ainda temos coisas para melhorar. Temos de garantir que tudo vai funcionar para termos outro bom dia, sem quaisquer questões e problemas, e então, vamos fazer nosso melhor para a classificação e a corrida”


Daniel Ricciardo: “Tivemos uma boa sexta-feira, andamos o que foi possível ao longo das sessões e nosso ritmo parece ser bom. Tivemos algumas atualizações aerodinâmicas e a dirigibilidade está cada vez melhor. Definitivamente tivemos uma melhora, e isso é tudo o que podemos pedir. Obviamente, temos que percorrer mais alguns passos, mas estamos caminhando no rumo certo, então isso é positivo.”


Sebastian Vettel: "Em geral, eu estou feliz com o carro. Acho que podemos melhorá-lo, é para que a sexta-feira normalmente serve. Em um cenário ideal, eu gostaria de ter dado mais voltas, mas foi uma sessão solida para a equipe também. Eu acho que podemos dar um passo à frente amanhã.
A Mercedes estava muito forte hoje, nas duas sessões e em todas as entradas na pista, e eu acho que para nós o mais importante é garantir que vamos dar este passo durante a noite. Eu acho que tem algumas coisas que podemos ajustar e então vamos ver onde chegamos. A prioridade número 1 é ficar logo atrás. Se não ficarmos, temos que garantir que ninguém vai nos passar. É só a terceira corrida do ano, e é uma pista completamente diferente, condições diferentes, é novo para todo mundo. O mais importante para nós é pensar em nós mesmos e dar um passo depois do outro.
Eu acho que, em geral, nós temos um bom carro, então podemos sempre ficar confiantes. Mas são só os primeiros dias. Então a meta principal é assegurar que vamos chegar atrás da Mercedes, você precisa aceitar que eles são muito fortes. Com o passar do tempo, obviamente, vamos tentar ficar cada vez mais próximos.
É crucial, mas eu acho que estava normal para todos, provavelmente não tão louco como vimos em outros anos."


Nico Rosberg: "Temos um carro incrível. Temos que olhar agora exatamente onde estamos. Seremos os mais rápidos em uma volta, em ritmo de corrida é que precisamos olhar melhor.Talvez eles consigam nos superar. Mas acho que seremos rápidos"



Daniil Kvyat: “Estamos investigando o que aconteceu com os freios, parecia que eu não podia parar o carro, então precisamos aprender sobre. Tudo estava bem até o fim do TL2. Foi uma pena que eu não pude dar uma sequência maior de voltas, mas ainda assim foram muitas voltas. Trouxemos algumas atualizações para cá e elas parecem bem positivas”. 

domingo, 29 de março de 2015

GP da Malásia: Uma vitória precoce, mas importante

Havia certo ceticismo em volto de toda a reformulação que a Ferrari iniciava naquele segundo semestre de 2014. Toda a troca da parte técnica e saída de outros membros poderia soar como um processo lento, que teria um longo caminho a ser percorrido até a chegada ao topo, mas, por outro lado, porque não apostar em alguma cartada para 2015? Seria difícil, como já foi dito, principalmente após as declarações de Maurizio Arrivabene ao final do ano passado quando ele indicava que a Ferrari não estaria num patamar aceitável para brigar na frente, devido atrasos no projeto. Porém, quando estava às portas do início da pré-temporada, chegou algumas declarações de James Allison sobre mudanças profundas no projeto do carro. Será que havia acertado a mão? Os quatro dias de testes em Jerez mostraram uma Ferrari veloz e com a confiabilidade – que já era algo muito bem conhecido por todos – em grande forma e o passo apresentado por Vettel e Raikkonen naqueles dias, deixava os fãs ainda mais confiantes. Mas, até onde poderiam ir? Apesar dos outros oito dias em Barcelona onde a equipe tenha feito um bom trabalho, mesmo não sendo vistoso como em Jerez, o carro ainda mostrava uma boa consistência. Como em todo início de ano, as respostas viriam nessas primeiras provas.
Na Austrália uma prova muito forte de Vettel e a velocidade de Raikkonen, apesar dos contratempos que ele tivera, que culminaram em seu abandono, mostraram um passo bem diferente do que o de 2014, apesar de ter chegado mais de trinta segundos do vencedor Lewis Hamilton. Apesar do muito trabalho a ser feito, tinha algo a mais no ar.
A mágica volta de classificação de Vettel que o colocou na segunda colocação em Sepang, foi um indício dessa melhora, principalmente pelo fato da equipe ter estreado um novo pacote aerodinâmico nesta corrida. Os resultados dessa melhora ficaram ainda mais evidentes nas primeiras voltas, quando Hamilton não conseguiu distanciar de Sebastian o suficiente. O erro de Ericsson ao final da reta dos boxes, que deixou seu Sauber atolado na brita, mudou o panorama da competição quando as Mercedes foram aos boxes e deixou caminho aberto para Vettel abrir uma boa distância que foi cuidadosamente administrada de forma brilhante pelo piloto alemão, que chegou ao seu primeiro triunfo a serviço da Ferrari, tirando ambos de um jejum de mais de um ano sem vitórias. Uma condução perfeita, num momento em que seu carro ainda tinha um caminho a percorrer até alcançar a Mercedes.
A verdade é que a Ferrari está em outro plano neste momento, se compararmos aos últimos anos. Um ar mais leve e com os pés no chão, procurando reconhecer a forças das demais equipes, mas procurando melhorar constantemente. Temos que reconhecer, também, que a mudança na parte técnica foi a tacada perfeita para a melhora considerável deste time. O trabalho sólido de James Allison à frente desse projeto – o primeiro que leva a sua real assinatura – tem um DNA forte dos Lotus que ele ajudou a projetar, principalmente no que diz respeito à economia dos pneus que tem sido algo vital nessa atual F1.
E sobre Sebastian Vettel, a vitória deste pode ser o início de uma fase de grandes conquistas para ambas as partes. E como disse em um comentário dias atrás, o fato de um piloto fora de série ter em suas mãos um carro superior aos demais, mascara bastante o seu potencial a ponto de muitos duvidarem do que é capaz. Mas quando está em posse de carros não tão competitivos, seu talento passa a ser mais vistoso e isso contribui muito para que caia os mitos que o cercavam.
Do mesmo que Senna, Schumacher e Alonso, Vettel pode ter a grande chance de calar seus críticos aos vencer com um carro que não seja o melhor do momento. E assim que a lendas vão se formando no automobilismo.
E gosto desta situação.

A corrida


Quem diria que a Mercedes seria derrotada logo na segunda prova do ano, e pior: de uma forma convincente pela Ferrari. A verdade é que os prateados erraram um bocado desde o primeiro pit-stop, adiantando o trabalho e deixando caminho aberto para Vettel sumir e fazer com que Hamilton e Rosberg perdessem tempo atrás de carros não tão competitivos. E os erros continuaram quando Hamilton poderia ter arriscado andar com pneus médios e tentado importunar Sebastian, mas isso não foi possível. Não fosse tudo isso, teriam dificultado bastante a vida de Vettel, mas a derrota é um sinal que não poderão perder o foco se quiserem realmente se manter no topo. Porém, ficou claro que os erros de estratégia do passado ainda estão ali, sendo encobertados com a excepcional jornada de 2014 e um velho inimigo reapareceu também: o desgaste excessivo dos pneus.
Se a Williams achava que estava no encalço da Mercedes, essa prova malaia alertou-os ainda mais ao mostrar a Ferrari um degrau acima deles. E isso será ainda mais trabalhoso do que ano passado. As provas apagadas de Massa e Bottas, mostram que o carro ainda tem muito o que evoluir para chegar na cola da Ferrari.
Outro destaque é a grande performance dos carros da Toro Rosso, fazendo lembrar a temporada que esta teve em 2008 quando esteve à frente da filial. Agora, sete anos depois, voltam a ficar em evidência e dar a sua jovem dupla de pilotos claras condições de lutar por pontos com mais constância.

A Malásia revelou um novo cenário que há cerca de quinze dias era impensável, de que a Mercedes teria um rival à altura. Talvez não esteja (ainda) no mesmo nível de excelência da equipe alemã, mas a verdade é que Vettel beliscará uma prova e outra dos prateados. E esse sinal já está piscando para o duo da Mercedes.

sábado, 28 de março de 2015

GP da Malásia - Clasificação - 2ª Etapa

Uma chuva sempre é bem vinda, apesar de sempre mascarar um pouco as performances, mas o grid de largada ficou interessante até. O fato de ter uma Ferrari na segunda colocação, fruto de uma pilotagem precisa de Sebastian Vettel, aproveitando-se bem do momento em que alguns trechos da pista começava a secar, deixa a perspectiva de uma prova bem interessante para amanhã.
A chuva pode ser uma ótima aliada da Ferrari, visto que neste tipo de condição, é a única chance para Vettel possa andar mais próximo do duo prateado ou até mesmo, pensar em batê-los - o que no momento é mais complicado. Por outro lado, com a pista seca, o trabalho de Vettel será em não apenas tentar seguir o ritmo de Hamilton, como também segurar os ataques de Nico Rosberg que fez uma classificação não tão boa. E ainda temos as duas Red Bulls, que fizeram um ótimo trabalho nesta qualificação.
Ainda com os problemas do ano passado relacionados à chuva, os dois Williams não tiveram uma boa jornada e ainda teve o erro na escolha dos pneus no Q3, quando os dois saíram com pneus de chuva extrema quando, na verdade, os intermediários eram mais propícios. Com isso, Massa fechou em sétimo e Bottas em oitavo.
Nasr errou em sua sua última volta no Q1 quando tentava avançar para o Q2 e sairá em 16º, logo à frente das duas Mclarens de Button e Alonso, em mais um dia de aprendizado para o time de Ron Dennis.

Grid de Largada para o Grande Prêmio da Malásia - 2ª Etapa

PosPilotoCarroTempoDif
1Lewis HamiltonMercedes1m49.834s-
2Sebastian VettelFerrari1m49.908s0.074s
3Nico RosbergMercedes1m50.299s0.465s
4Daniel RicciardoRed Bull/Renault1m51.541s1.707s
5Daniil KvyatRed Bull/Renault1m51.950s2.116s
6Max VerstappenToro Rosso/Renault1m51.980s2.146s
7Felipe MassaWilliams/Mercedes1m52.473s2.639s
8Valtteri BottasWilliams/Mercedes1m53.179s3.345s
9Marcus EricssonSauber/Ferrari1m53.260s3.426s
10Romain GrosjeanLotus/Mercedes1m52.980s3.146s
11Kimi RaikkonenFerrari1m42.173s-
12Pastor MaldonadoLotus/Mercedes1m42.197s-
13Nico HulkenbergForce India/Mercedes1m43.022s-
14Sergio PerezForce India/Mercedes1m43.468s-
15Carlos SainzToro Rosso/Renault1m43.700s-
16Felipe NasrSauber/Ferrari1m41.308s-
17Jenson ButtonMcLaren/Honda1m41.635s-
18Fernando AlonsoMcLaren/Honda1m41.745s-
19Roberto MerhiMarussia/Ferrari1m46.677s-
20Will StevensMarussia/Ferrari--

sexta-feira, 27 de março de 2015

GP da Malásia - Treino Livre - 2ª Etapa

Lewis Hamilton: "Primeiramente foi um grande trabalho feito pelo meu pessoal conseguir reconstruir o carro e recolocar o motor, o câmbio e tudo mais, e permitir que eu saísse. Estou grato por isso. Particularmente aqui, que é tão quente, é difícil para os pneus e tudo mais. Foi realmente importante sair e dar algumas voltas.
Felizmente eu consegui dar algumas voltas numa sequência mais longa ao final, mas em termos de ajuste, não fiz mudanças, então só guiei com o que eu tinha. É um pouco distante do que eu provavelmente preciso.
Sei que minha volta não foi espetacular. Como eu disse, acho que posso melhorar em algumas coisas, como equilíbrio e ajustes. Foram todos meio que trazidos da última corrida. Estou certo de que vamos mudar e melhorar um pouco.”

Kimi Raikkonen: "Hoje, nós fizemos tudo que estava planejado. Durante a manhã, a sensação no carro era melhor. Já à tarde, foi mais complicado, tivemos alguns problemas de dirigibilidade e também com o vento e o calor. Mesmo assim, os tempos de volta não foram ruins.
Infelizmente, quando nós saímos com os pneus médios, houve a bandeira vermelha. O carro ainda não está perfeito, mas tenho certeza de que vamos melhorar ainda mais amanhã. Ainda temos muito trabalho para fazer com relação ao acerto. Vamos dar o nosso melhor e ver como nos saímos na classificação"

Nico Rosberg: "Temos pneus diferentes neste ano e supostamente eles sofrem um pouco menos que os do ano passado, mas não parece assim neste momento. De novo, tivemos temperaturas recordes aqui. Estava mais de 60ºC no asfalto, e você pode imaginar que nós estamos realmente sentados no chão e dá para sentir o asfalto através do chassi. Então os 60ºC vêm direto para o cockpit.
Está extremamente quente no carro, quente demais, e não é uma boa sensação.
Tivemos problemas de confiabilidade hoje com o carro do Lewis, mas nenhum no meu até agora. Não é o ideal, com certeza. Eles vão ter que encontrar uma solução durante a noite, mas eu estou confiante. Estou bem e o ritmo é bom. Parece que a Ferrari está bem perto outra vez, então precisamos ficar de olho neles."

Daniil Kvyat: "Creio que foi uma boa sexta-feira. Ainda estamos procurando algumas melhoras durante hoje à noite porque sempre há espaço para crescer. Está parecendo bom para nós aqui. Devemos seguir trabalhando, há potencial.
As voltas foram boas da minha parte. É uma pena não conseguir dar voltas o bastante no final. Ainda assim, podemos analisar tudo e creio que está bem.
Tivemos poucos pequenos problemas, um no final com o motor, mas eu não acho que seja algo grande no momento, então tudo parece bom para nós aqui.
Eu acredito que temos um time forte. A Renault também está avançando. Reagimos, não passamos do limite, reagimos e estamos indo na direção certa. Há muito trabalho pela frente em muitas áreas, mas os passos certos estão sendo dados e é encorajador. Estamos desenvolvendo bem por hoje, e acho que o momento agora é melhor que o de Melbourne"

Valtteri Bottas: "Parece que eles (Ferrari) estão mais fortes do que esperávamos aqui. Sabemos que podemos melhorar amanhã, ainda precisamos trabalhar no equilíbrio do carro e andar com o tanque mais vazio. Agora se isso será suficiente, eu não sei"

Felipe Massa: "Tem sido um dia difícil. Os pneus sofreram muito, as condições de degradação são altas, mas é o mesmo para todos.
A meta é diminuir a distância para quem está na frente. Há tempo para isso, mas vamos estudar as informações cuidadosamente para termos certeza de que podemos tirar o melhor do carro"




Resultado geral na soma dos dois treinos livres em Sepang:

1: Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1min39s790 
2: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min40s124 
3: Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - 1min40s163 
4: Daniil Kvyat (RUS/Red Bull) - 1min40s346 
5: Valtteri Bottas (FIN/Williams) - 1min40s450 
6: Felipe Massa (BRA/Williams) - 1min40s560 
7: Sebastian Vettel (ALE/Ferrari) - 1min40s652 
8: Max Verstappen (HOL/Toro Rosso) - 1min41s220 
9: Marcus Ericsson (SUE/Sauber) - 1min41s261 
10: Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1min41s453 
11: Carlos Sainz Jr. (ESP/Toro Rosso) - 1min41s596 
12 :Daniel Ricciardo (AUS/Red Bull) - 1min41s787 
13: Pastor Maldonado (VEN/Lotus) - 1min41s877 
14: Felipe Nasr (BRA/Sauber) - 1min41s988 
15: Sergio Pérez (MEX/Force India) - 1min42s242 
16: Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - 1min42s330 
17: Fernando Alonso (ESP/McLaren) - 1min42s506 
18: Jenson Button (ING/McLaren) - 1min42s637 
19: Rafaelle Marciello (ITA/Sauber) - 1min42s993 
20: Will Stevens (ING/Manor Marussia) - 1min45s704 
21: Roberto Merhi (ESP/Manor Marussia) - 1min47s229

segunda-feira, 16 de março de 2015

Foto 490: Nada do que foi, será...

Muitos motores ainda serão estourados, mas acredito que a Mclaren voltará para a briga
(Foto: Autosport)
Desde que a parceria McLaren Honda foi anunciada, foram inúmeros vídeos, fotos, matérias e comentários, exaltando a retomada da velha parceria que rendeu aos dois fabricantes nada mais que oito títulos em quatro anos (quatro de pilotos e quatro de construtores). Nada mais justo que relembrar tudo isso e tentar fazer uma projeção do que poderá ser no futuro. Mas a McLaren não teria exagerado na dose?
Acredito que, talvez, tenham tentando reviver em suas mentes o que se sucedeu em 1988 com aquele inicio brutal onde Prost e Senna praticamente pulverizaram a concorrência a pó com performances eletrizantes, mostrando ao mundo da F1 um domínio tão forte quanto o da Alfa Romeo em 1950 e da Mercedes em 1955. O motor V6 Turbo ajustou-se perfeitamente ao MP4/4 concebido por Steve Nichols e Gordon Murray a ponto de dar ao duo franco-brasileiro, uma facilidade na pilotagem tamanha o equilíbrio do conjunto. A diminuição na pressão do turbo para 2.5 bar, naquela que foi o último ano dos turbos na categoria, ajudou bastante na preservação do motor que apresentou poucos problemas naquela temporada. E mesmo com a mudança de regulamento para 1989, quando a categoria passou a adotar motores atmosféricos de 3.500cc, o domínio, apesar de não ter sido o mesmo do ano anterior, continuou firme.
Mas a McLaren acreditava num cenário parecido? Acredito que não, mas talvez em algo mais tranqüilo para que conseguissem cravar alicerces e aí sim partir para um novo domínio. Os inúmeros problemas enfrentados, que são bem maiores que as demais equipes tiveram em 2014, quando iniciou a era dos turbo híbridos, assusta um pouco e que faz agora as duas partes terem os pés no chão. Não que antes tivessem um ar de arrogância, mas no fundo acreditavam numa nova parceria com águas mais calmas para serem navegadas.
As tempestades enfrentadas desde a pré-temporada e que foram mostradas ao vivo no domingo na prova de abertura, será o grande desafio a ser superado para que voltem ao topo. Naquele ano de 1988, o Honda era o melhor motor que havia disponível e o sucesso foi estrondoso no primeiro ano de parceria, mas para atingir aquele nível os nipônicos tiveram que gastar muitos motores com a Spirit em 1983 e posteriormente com a Williams, até chegar ao primeiro título em 1987 com a equipe do Tio Frank.

E agora será a vez da McLaren ter esse trabalho duro para que ambas as partes cheguem ao topo, mas para isso muitos motores irão pelos ares. 

domingo, 15 de março de 2015

GP da Austrália: Morno, mas com boas surpresas

A Sauber foi a boa surpresa desta primeiro GP, apresentando um carro rápido e confiável.
E isso permitiu a seus dois pilotos conquistarem 14 pontos, algo que a equipe, em 2014, nem passou perto.
De vez em quando os testes de pré-temporada escondem muito o atual desempenho das equipes. Mas neste ano, as coisas parecem ter sido mais claras. O fato do pouco tempo de preparação (apenas 12 dias), não dá tempo da equipe aprontar os blefes que as levam a ganhar destaques nos noticiários, podendo gerar o interesse de algum investidor. Nessa época em que "tempo é dinheiro", não há muito o que disperdiçar: é fazer o carro, trabalhar duro e tentar fazer o máximo para desenvolvê-lo.
Nesse quesito destaco a Sauber, que teve uma pré-temporada muito positiva, mas que gerava uma certa desconfiança devido as ótimas performances apresentadas por Nasr e Ericsson que mais pareciam uma isca para atrair mais patrocinadores. Porém, o bom trabalho continuou até o último dia dos testes.
Os problemas judiciais com Giedo van Der Garde que quase melaram o fim de semana da Sauber, atrasaram em um treino o trabalho de seus dois pilotos, mas o desempenho apresentado por Nasr na classificação foi positiva. Conseguiria algo na corrida? Talvez...
A agressividade de Nasr na largada e a luta incessante de Ericsson para escalar o pelotão, foi o ponto alto do time na corrida. Mas o carro também se mostrou rápido e confiável, e esse é um ponto a ser
observado pelas próximas etapas.

A corrida


Sem dúvida alguma a Mercedes está num nível acima dos demais, o que caracterizou numa corrida (mais uma) solitária para seus pilotos. Mas Rosberg não teve qualquer chance contra Hamilton, que fez mais uma corrida sensacional e se o grau de performance e concentração for o mesmo, ou maior, pelas próximas provas, ele minará qualquer chance de Nico.
A Ferrari mostrou o quanto que o carro e motor melhoraram. O ritmo de Vettel e Raikkonen, que conseguiu um bom números de voltas velozes que poderiam ter lhe dado a chance de brigar com Massa pelo quarto lugar, mostra que o trabalho de Allison e sua equipe técnica no inverno europeu foi crucial para este grande salto. E o melhor: o carro consome pouco pneu, o que já é uma marca registrada de Allinson desde a Lotus. Vettel e Raikkonen vão se divertir bastante neste ano.
Massa conseguiu um quarto lugar para Williams quando o terceiro era praticamente garantido, mesmo com a presença constante de Vettel no seu retrovisor. Mas a sua parada de box o relegou para quarto e os pneus médios não ajudaram na tentativa de aproximar de Vettel. Será um duelo interessante entre Williams e Ferrari neste ano.
A Red Bull terá bastante o que fazer. Talvez o carro seja bom, mas o motor Renault não está grande coisa e isso já dispertou a ira na equipe. Ricciardo salvou um sexto lugar no braço, enquanto que Kvyat nem largou devido problemas no câmbio.
A Toro Rosso apresentou um bom ritmo com seus dois novatos, sendo que Sainz conseguiu seus primeiros pontos e Verstappen ficou pelo caminho. Mas o carro é bom, pena que o motor não ajuda muito.
O calvário da Mclaren Honda ainda teve o capitulo da não largada de Magnussen, devido o estouro do motor ainda na volta de instalação para o grid. Button se virou como pôde nas 58 voltas do GP e ainda teve uns brilharetes, que foi a batalha contra Perez. No entanto, foi aquilo que estamos vendo desde a pré-temporada: motor sendo usado em modo de segurança para não explodir, o que torna o carro extremamente lento - este que chegava rodar até quatro segundos mais lento que os rivais.
Malásia será mais um capitulo interessante, e o calor, aliado a umidade, será um fator a ser fortemente trabalhado pelas equipes.
Ainda mais na Mclaren.

sábado, 14 de março de 2015

Pole Lap: Lewis Hamilton, Melbourne 2015

E foi uma volta de sensacional de Lewis que não apenas superou a marca de Rosberg, feita ano passado, como também aniquilou o tempo da pole feita por Sebastian Vettel em 2013.
E além do vídeo da pole, ainda tem uma comparação entre as voltas dele e de Rosberg em 2014.

GP da Austrália - Classificação - 1ª Etapa

E alguém duvidava de um resultado diferente se não fosse uma Mercedes na pole para este primeiro round da temporada 2015? Talvez a única coisa que pensássemos é de as coisas fossem menos fáceis para eles, mas foi totalmente ao contrário: a volta de Lewis Hamilton não foi apenas espetacular, a ponto de enfiar mais de 1s3 nas costas de um carro não Mercedes (no caso a Williams de Felipe Massa, o terceiro), como também quebrar o tempo do ano passado e ainda pulverizar a marca de 2013 - ainda na era dos motores V8 - com seis décimos de vantagem. Pois é, o motor pode até não fazer barulho, despertar a ira dos "puristas" que reclamam tanto que isso não é motor de F1 e blá, blá, blá... mas a verdade é que esta era de motor turbo híbridos já começa a atingir os mesmos níveis dos velhos V8. Imaginem quando atingir os tão sonhados 1.000cv de potência...
Sobre o treino, tirando fora a supremacia da Mercedes - mesmo com Rosberg errando em sua volta rápida - esta tornou-se interessante: podemos ver a forma em que a Ferrari conseguiu enfrentar a Williams de igual para igual, mostrando à equipe inglesa que ela não estará sozinha na batalha para ser a melhor do resto. E isso é importante, pois a própria Ferrari sempre teve ótimas sextas e péssimos sábados, que culminavam em corridas altamente trabalhosas nos tempos de Alonso/Massa e Alonso/Raikkonen. Se as coisas forem deste modo daqui para frente, eles podem imaginar um bom cenário no futuro. Mas a batalha entre as duas, que dividiram seus carros na terceira e quarta filas, será o ponto alto da corrida.
Ricciardo, ainda com problemas de balanço no seu Red Bull, conseguiu levar o carro ao Q3 e fez uma bela volta para garantir o sétimo posto. Do mesmo modo, Carlos Sainz Jr fez um bom trabalho ao conseguir um oitavo lugar com a Toro Rosso - que no momento aparenta estar mais equilibrada que a equipe mãe - e já sai na frente de Verstappen, nesta que será uma batalha interessantíssima neste ano. Felipe Nasr não foi ao Q3, mas teve um bom desempenho ao ficar em 11º e colocar enquanto que Ericsson só foi melhor que o duo da Mclaren. E falando neles, não é surpresa que tenham ido tão mal nesta classificação, já que pelos vídeos fica nítida a baixa velocidade em que estavam andando. Só resta saber em que volta vão recolher os carros.

O que esperar da corrida?

No mundo da Mercedes, uma batalha interessante entre os dois companheiros. Mas Hamilton enfrentou em alguns momentos da classificação, problemas de vibrações nos pneus e isso pode ser um fator a mais nesta prova. E para o restante, uma batalha das boas entre Ferrari e Williams para ver quem fica com as migalhas.

Grid de largada para o Grande Prêmio da Austrália - 1ª Etapa

PosPilotoCarroTempoDif
1Lewis HamiltonMercedes1m26.327s -
2Nico RosbergMercedes1m26.921s 0.594s
3Felipe MassaWilliams/Mercedes1m27.718s 1.391s
4Sebastian VettelFerrari1m27.757s 1.430s
5Kimi RaikkonenFerrari1m27.790s 1.463s
6Valtteri BottasWilliams/Mercedes1m28.087s 1.760s
7Daniel RicciardoRed Bull/Renault1m28.329s 2.002s
8Carlos Sainz Jr.Toro Rosso/Renault1m28.510s 2.183s
9Romain GrosjeanLotus/Mercedes1m28.560s 2.233s
10Pastor MaldonadoLotus/Mercedes1m29.480s 3.153s
11Felipe NasrSauber/Ferrari1m28.800s -
12Max VerstappenToro Rosso/Renault1m28.868s -
13Daniil KvyatRed Bull/Renault1m29.070s -
14Nico HulkenbergForce India/Mercedes1m29.208s -
15Sergio PerezForce India/Mercedes1m29.209s -
16Marcus EricssonSauber/Ferrari1m31.376s -
17Jenson ButtonMcLaren/Honda1m31.422s -
18Kevin MagnussenMcLaren/Honda1m32.037s-
  

domingo, 1 de março de 2015

F1 Pré-Temporada: Sobre os testes

Falar sobre testes de pré-temporada torna-se um verdadeiro tiro no escuro, onde se sabe que você apenas atira, mas não sabe onde vai acertar a bala. Dificilmente você saberá qual o cronograma adotado pelas equipes para vários estágios dos dias e tudo que escreverá, ou dirá, é apenas um achismo. Mas se acerta também, pode se vangloriar e até mesmo seguir uma vida de vidente. Vai-se ganhar dinheiro com isso, ou não, é outra história.
Mas a verdade é que nestes tempos, onde o dinheiro anda contado e as informações andam quase que na velocidade da luz, pouco sentido faz em ficar enganando com voltas voadoras apenas para ganhar manchetes. É claro que, para uma equipe média/pequena, isso é um trunfo bem manjado e sempre tem algum que acredita – ou finge que acredita – para acabar apoiando financeiramente e ter o nome de sua empresa estampando as laterais de um carro de corrida, mesmo que esta se arraste no final do pelotão por todas as corridas do ano. Mas uns minutinhos – ou segundos – de exposição televisiva vão bem, não é mesmo? Portanto, aqueles primeiros dias onde a Ferrari e Sauber comandaram como quis, mostraram o quanto que os seus carros estão bem melhores para esta temporada, tanto que continuaram a andar bem nos oito dias que se seguiram em Barcelona, mas não com a mesma intensidade. Afinal de contas, estavam a trabalhar velocidade de ponta para os seus respectivos carros, coisa que continuou forte para o time suíço enquanto que a Ferrari partiu para outros programas de acerto. Porém, a confiabilidade alcançada por ambas, foi o ponto alto para o trabalho dos dois teams que apresentaram pouquíssimos problemas.
Os dias iniciais de testes tendem a pregar boas peças, mas também nos deixam algumas dúvidas que são respondidas parcialmente à medida que avançam os dias de trabalhos. A Mercedes apresentou quatro dias de longa quilometragem em Jerez, para depois iniciar uma tímida escalada nos tempos de voltas nos quatro primeiros dias em Barcelona e no fim mostrar a real força do seu carro. A Williams fez um trabalho semelhante, mas em escala menor, já que não andou tanto assim em Jerez e que depois mesclou long runs na primeira parte em Barcelona para andar forte na segunda bateria na pista espanhola. Aliás, os carros com motor Mercedes continuam muito bem, como mostraram a Lotus e Force India: se o time de Enstone até fez bons tempos com Maldonado e Grosjean, dando a impressão que o carro deste ano possa ser bem melhor que o fiasco de 2014, a Force India testou nos quatro dias iniciais em Barcelona com o modelo de 2014, para depois passar ao que será usado este ano e ter uma boa jornada com Nico Hulkenberg e Sergio Perez, que computaram 295 voltas em três dias desta última bateria sem grandes problemas.
Para as clientes Renault foi um período que mais pareceu uma continuidade de 2014, do que algo novo a ser festejado. Na verdade a Toro Rosso é quem pode sorrir um pouco mais, pois o seu carro apresentou poucos problemas e Sainz Jr. e Verstappen fizeram boa quilometragem especialmente em Jerez e na primeira semana em Barcelona. A Red Bull continuou com alguns problemas de confiabilidade, mas não tanto quanto na pré-temporada de 2014. Porém é algo que precisa melhorar bastante e, pelo que parece, a potência do motor Renault ainda não é das melhores.
Para a McLaren, neste início de nova parceria com a Honda, os problemas apareceram aos montes, mas os pilotos elogiaram o MP4-30 o que já algo animador frente às enormes dores de cabeça que o time tem enfrentado.


Mercedes: Pode não ter dominado amplamente os dias de testes, optando mais pela qualidade que a quantidade e isso ficou claro nas duas únicas vezes em que colocaram seus carros na primeira posição. Rosberg e Hamilton surpreenderam a concorrência ao fazer tempos ainda melhores quando usavam os mesmo tipos de pneus que os demais, ou até mesmo diferente, como foi o caso de Hamilton para Massa no sábado ao cravar o primeiro tempo com dois décimos de avanço sobre o brasileiro utilizando os macios contra os super macios do piloto da Williams.
Fica evidente que estão acima dos demais neste ano, numa clara continuação de 2014. Mas a parte mecânica e elétrica ainda apresenta problemas aqui e acolá, que podem muito atrapalhar um pouco a equipe germânica.  


Williams: Ao passo que apresentou nestes últimos quatro dias, onde resolveu fazer o mesmo que a Mercedes, liberando seus pilotos para mandarem ver, a equipe inglesa apresentou uma forma muito positiva credenciando-a a ser a segunda equipe neste momento, com uma ligeira vantagem sobre Ferrari e Red Bull. Tanto Massa, quanto Bottas elogiaram ao máximo este novo FW37 exatamente pela sua velocidade e confiabilidade. E isso é algo animador para eles que perseguiram – e que continuarão neste ano – uma vitória em 2014.
Aparentemente já começam muito bem, diferente do ano passado onde foram melhorando gradativamente até fechar como segunda equipe mais veloz.


Ferrari: A atmosfera dentro da Ferrari é percebida há quilômetros de distância e isso é fruto das mudanças radicais na parte técnica da equipe, feitas no segundo semestre de 2014. A chegada de Sebastian Vettel e outros profissionais também ajudam nisso e os resultados são bons até aqui: além da já conhecida confiabilidade, o carro parece ser bom e isso traz para eles um ânimo que já deixou o chefe Maurizio Arrivabene animado a ponto de colocar uma meta que é vencer duas corridas no ano, e caso vençam até quatro GPs, ele correria descalço.
A Ferrari inverteu o processo ao cravar ótimos tempos em Jerez e depois trabalhar ativamente no desenvolvimento do carro nas duas últimas sessões de treinos.
Acredito que este será um bom ano para a Ferrari, mas não dá para garantir que vencerão uma ou duas corridas nesta temporada. Mas a freqüência nos pódios pode ser mais constante.


Sauber: Podemos chamá-los de surpresa nestes testes? Até que sim, mas ainda vamos esperar para vê-los nas primeiras provas da temporada. Mas uma coisa não pode negar: a confiabilidade que se viu nestes carros azuis da Sauber chegou a surpreender e pouco foram as reclamações de Ericsson e Nasr sobre o comportamento do carro, que parece ter agradado bastante seus pilotos.
Eles viraram ótimos tempos desde Jerez, o que fez a maioria desconfiar de ser um “blefe” de pré-temporada. Mas passado todo esse tempo e na maioria das vezes se colocando entre os quatro melhores de cada dia, fica um pouco difícil acreditar que tenha sido apenas um jogo de cena. Talvez as coisas tenham melhorado por lá.


Toro Rosso: A equipe com dupla mais nova da categoria fez um trabalho muito bom ao ganhar uma larga quilometragem e com bons tempos feitos por Sainz Jr. e Verstappen. Porém, problemas apareceram nesta última semana, mas nada que seja grave a ponto de preocupar a equipe.
Apesar destes contratempos no final dos testes, o carro tinha apresentado uma boa confiabilidade.


Lotus: Imaginava-se que as coisas poderiam piorar para eles, mas até aqui, nestes testes, tudo fluiu bem demais. A melhora na troca do Renault pelo Mercedes, foi evidente e seus pilotos trataram de fazer os melhores tempos em três dias da segunda bateria de testes, sendo duas com Maldonado e uma com Grosjean. E o carro parece muito melhor que o de 2014, o que traz à equipe a chance de voltar a brigar constantemente pelos pontos.
E contando com dois caras rápidos – e de vez em quando afoitos – a Lotus passa ter uma ótima chance de brilhar novamente.


Red Bull: A única coisa que chamou a atenção da critica nestes teste, foram a camuflagem usada pelo time. Fora isso, nada de especial na equipe que dominou a F1 até 2013. Tiveram alguns problemas na MGU-K nesta semana que limitaram bastante o trabalho, o que preocupa um pouco.
Mas ano passado estiveram numa situação bem pior e conseguiram uma atuação sensacional em Melbourne. Mas agora a concorrência parece ser mais pesada.


Force India: Para quem andou muito pouco com o carro desta temporada, até que as coisas foram boas para eles. De início, usaram o bólido de 2014 para coletar dados e nestes últimos três dias entregaram para Hulkenberg e Perez o carro de 2015, que já colecionou uma boa distância sem ter problemas.
Mas ainda sim a equipe vive dias delicados devidos os problemas financeiros.


Mclaren: Não seria fácil, mas tão não imaginavam que seria tão difícil! Os dias da McLaren foram sofríveis e o único onde puderam ver sorrisos e ouvir suspiros de – um breve – alívio foi na última sexta-feira, quando Button completou 101 voltas sem apresentar nenhum problema crônico. Mas o calvário voltaria nestes últimos dois dias.
Foi baixa a quilometragem da equipe, que ainda perdeu Fernando Alonso para esta última sessão devido ao misterioso acidente da semana passada. E a presença dele para Melbourne ainda é dúvida.
Mas algumas coisas positivas podem ser tiradas destes doze dias de testes: o carro, segundo os pilotos, em especial Button e Magnussen que conduziram o do ano passado, é muito melhor a ponto de Jenson classificá-lo como “de outra categoria”, o que dá uma idéia de como era o antigo bólido. Outra coisa que chamou a atenção foi o fato de andarem com a potência do motor Honda reduzida, exatamente para evitar problemas ainda maiores. O melhor tempo obtidos por eles em Barcelona, foi pelas mãos de Magnussen que anotou 1’25’’225. Ok, uma marca que chega a ser mais de dois segundos mais lenta que os tempos da Mercedes, mas que leva a crer que quando o motor estiver em ordem e sua potência for elevada, as coisas podem melhorar bastante.
Vão apanhar muito neste início, pagando um preço por iniciar o projeto agora, mas será bem interessante vermos onde poderão chegar neste 2015.
E isso me lembra a 2009, com uma péssima primeira parte de mundial e depois com uma segunda parte sensacional por parte deles.  

sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

F1 Pré-Temporada: Barcelona, Dia 6

Aquela curiosidade em ver o desempenho real da Mercedes que vinha desde os primeiros dias em Jerez, foi matada sem nenhuma surpresa por Nico Rosberg hoje em Montmeló: o piloto alemão, usando os pneus macios, aniquilou a marca feita por Felipe Massa ontem com extrema facilidade conseguindo sete décimos de avanço sobre o tempo alcançado pelo brasileiro. Se restava alguma dúvida sobre o poderio, ela começa a esvair-se...
Outro detalhe importante foi a sequência positiva da Mclaren, ao conseguir impressionantes 101 voltas sem grandes problemas. Foi uma jornada de ouro para o time que tem enfrentado inúmeros problemas e a marca feita por Jenson Button de 1'25''590 - utilizando pneus macios -, foi a melhor destes seis dias em Barcelona se contarmos os quatro da semana passada. Sua marca foi 0''251 pior que o tempo feito por Vettel, que ficou em quarto e que também utilizou pneus macios. Apesar de não sabermos qual o programa adotado por cada equipe nos testes, a marca acaba servindo de grande ânimo para os últimos dois dias de testes da Mclaren.
A outra novidade do dia foi a presença da Force India que, enfim, pôs o seu VJM08 na pista e com a condução de Nico Hulkenberg o time conseguiu até um bom número de voltas ao marcar 77 giros.
As equipes tiveram um dia muito bom em termos de voltas feitas: Mercedes, Sauber, Ferrari, Mclaren, Lotus e Toro Rosso alcançaram mais de 100 voltas, sendo que Vettel (143), Nasr(141), Maldonado (140) e Verstappen (139) foram os que mais andaram, priorizando, provavelmente, os long runs.  

Nico Rosberg: “Foi um dia difícil. Passamos o dia inteiro tentando melhorar e no final chegamos a um ponto em que o carro estava bastante bom. Mas perdemos tempo com essa dificuldade.
Hoje nos mostrou que somos rápidos, mas não sei como estão as outras equipes. Temos que esperar amanhã e depois de amanhã, esperar até o sábado de Melbourne. Temos uma equipe fantástica, mas temos que tomar cuidado porque os outros carros também são rápidos. Temos que continuar com pés no chão e trabalhando.
Hoje foi um dia muito difícil. O acerto não estava bom, e passamos o dia todo buscando a direção correta no acerto do carro, estava difícil entender para onde tínhamos que ir. O carro estava saindo demais de traseira. Foi o dia todo tentando encontrar a direção e no final acertei.
Demorou o dia inteiro para encontrarmos a direção correta porque estávamos bem distantes, e isso não é comum. No fim do dia, estávamos em um dia decente. E quando você coloca os pneus macios, tem muita aderência. Você não precisa do acerto perfeito para ser rápido. É só o acerto fino”.

Valtteri Bottas: Foi um bom dia para nós. De novo nós tivemos um dia completamente livre de problemas, o que é sempre bom. Nós fizemos mais algum trabalho de performance hoje, o que é bom. É bom fazer alguns short-runs e realmente tentar tirar um pouco mais do tempo de volta.
Me senti ok, mas estou um pouco surpreso com a velocidade da Mercedes. É difícil saber exatamente o quão à frente eles estão, mas eles estão na frente, então acho que é o time a ser batido.
Nós estamos realmente ansiosos por isso. Nós sabemos que podemos ser competitivos, mas ainda temos trabalho a fazer. Ainda temos dois dias de testes e ainda temos um plano bastante ativo. Nós estamos confiantes, estamos prontos para correr, mas tem coisas que ainda podemos melhorar e tomara que possamos resolver algumas dessas coisas nos próximos dois dias”.


Felipe Nasr: "O dia de hoje foi bastante produtivo porque pudemos completar todo o programa. De manhã, eu pude ter uma impressão melhor do carro durante os trechos mais curtos com os pneus macios e médios, e isso foi muito positivo.
Depois do almoço, fiz uma simulação de corrida com pneus diferentes. Foi uma experiência boa, e eu acho tenho um melhor entendimento do carro durante os 'long runs'. Estou também bem feliz com o equilíbrio do carro. Nós demos hoje outro passo adiante e temos de continuar nesta direção".

Sebastian Vettel: “Guiei mais do que dois GPs hoje, mas não sei se venci um, isso dependo do que os outros fizeram! Brincadeiras a parte, é bom que no último teste nós tenhamos feito mais e mais milhagem. Hoje nós não tivemos nenhum problema, nós sabemos que ainda temos muito trabalho para fazer como um time, mas, até aqui, me sinto muito bem. Se eu tivesse que apontar uma coisa, eu preferiria ser um pouco mais rápido, mas é difícil avaliar o quão rápido nós somos, porque algumas pessoas trabalharam mais em um esquema de classificação e eu fiz menos isso. Eu nunca guiei a Ferrari de 2014, mas acho que esta é um grande passo à frente. Isso não significa que nós estamos satisfeitos, uma vez que, se você quer vencer, você tem de bater a Mercedes. É empolgante ver o que está acontecendo atrás deles, o que acho que não é um julgamento claro com os tempos de volta que vimos até agora”.

Jenson Button: “Para muitos times, 100 voltas não é nada. Para nós, é como se fossem 1000 voltas. Há muito ainda para aprender sobre esse pacote técnico.
Foi um bom progresso. Não foi difícil melhorar em relação a ontem, na verdade, mas foi muito bom poder fazer 100 voltas. Foi um passo muito, muito grande hoje na confiabilidade, e é muito bom ver o quanto você pode fazer quando tem um carro confiável. Todos os testes que você pode fazer, as comparações, e não faz quando o carro para. Hoje nós fizemos!
Não fiz muito trabalho de acerto até agora, pois tem muitas voltas que você faz com peças aerodinâmicas que vão te dar muito tempo se você acerta para a primeira corrida, ao passo que o setup só vai te dar alguns décimos”. 

Pastor Maldonado: “Nós rodamos bastante com o carro hoje, o que foi um bom endosso do meu programa de treinos no inverno, já que eu ainda me sentia bem após 140 voltas. Nós fizemos muitas avaliações diferentes, então tive bastante coisa para pensar e foi bom fazer uma simulação de corrida, já que nós logo iremos para Melbourne. Temos muitas informações para digerir e mal posso esperar para voltar ao carro no domingo”.


Resultado - Testes de Pré-Temporada - Barcelona, dia 6

PosPilotoCarroTempoDifVoltas
1Nico RosbergMercedes1m22.792s-106
2Valtteri BottasWilliams/Mercedes1m23.995s1.203s90
3Felipe NasrSauber/Ferrari1m24.071s1.279s141
4Sebastian VettelFerrari1m25.339s2.547s143
5Jenson ButtonMcLaren/Honda1m25.590s2.798s101
6Pastor MaldonadoLotus/Mercedes1m26.705s3.913s140
7Max VerstappenToro Rosso/Renault1m26.766s3.974s139
8Daniil KvyatRed Bull/Renault1m26.965s4.173s84
9Nico HulkenbergForce India/Mercedes1m28.412s5.620s77

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...