domingo, 3 de junho de 2012

Vídeo: 24 Horas de Le Mans, 1991

Enquanto que os olhos estavam voltados para o duelo entre os Jaguares XJR-12 contra Mercedes C11, a Mazda, com os seus lendários 787B com motor Wanker, subiam na classificação para conquistar uma vitória marcante em Sarthe, tornando-se a primeira, e única até aqui, fábrica japonesa a triunfar nas 24 Horas de Le Mans. O trio formado por Johnny Herbert/ Wolker Weidler/ Bertrand Gachot venceram a prova a bordo do Mazda 787B #55 com duas voltas de vantagem sobre o Jaguar XJR-12 #35 de David Jones/ Raul Boesel/ Michel Ferté. Em terceiro completou o outro Jaguar XJR-12 #34 de Teo Fabi/ Bob Wollek/ Kenny Achenson.
O melhor dos Mercedes C11 fechou em quinto com o trio Michael Schumacher/ Karl Wendlinger/ Fritz Kreutzpointer. Abaixo, o vídeo com os highlights da prova:

Crashes: F-Renault 2.0 e F-Renault 3.5, Spa Francorchamps

Na etapa belga do europeu do World Series by Renault, alguns acidentes impressionantes nas duas principais categorias do evento devido a chuva forte que cai no circuito de Spa-Francorchamps. No primeiro três carros da Fórmula Renault 2.0 se acidentam no meio da reta "Kemmel", sendo que um deles é do brasileiro Victor Franzoni: No segundo acidente, já na categoria Fórmula Renault 3.5, Richie Stanaway bateu na traseira do carro de Carlos Huertas e veio a decolar na reta "Kemmel", mesmo local do triplo acidente de horas antes da F-Renault 2.0. Apesar de plasticamente impressionantes, os pilotos nada sofreram com estes acidentes:

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Vídeo: A última vitória da Ferrari em Le Mans, 1965

Foi a última vitória da Ferrari nas 24 Horas de Le Mans, com domínio absoluto da marca com três carros nas três primeiras posições: o North American Racing Team,  a NART, levou a vitória com o modelo 250LM #21 pilotado pelo trio Masten Gregory, Jochen Rindt e Ed Hugus (este último, apesar de ter sido inscrito oficialmente como terceiro piloto, não chegou a correr a prova); outra 250LM #26, do Team Pierre Dumay, terminou em segundo Pierre Dumay e Gustave Gosselin; em terceiro ficou o Ferrari 275GTB da Ecurie Francorchamps, pilotado por Willy Mairesse e Jean Blaton.

Foto 86: Os Porsches em Le Mans, 1970


Os Porsches 917 K e 917LH em ação durante as 24 Horas de Le Mans de 1970. Em primeiro plano, o Porsche 917LH #25 (Porsche KG Salzburg) pilotado por Vic Elford e Kurt Ahreins Jr saindo da "Tertre Rouge" para ingressar na "Mulsanne", seguido pelo Alfa Romeo 33/3 de Nanni Gali e Rolf Stommelen. Na segunda foto, uma disputa "caseira" com o outro Porsche 917K #21 (J.W. Automotive Engineering Ltda) de Pedro Rodriguez e Leo Kinnunen no mesmo local. Ambos Porsches não completaram a prova: o #25 abandonou na 18ª hora por problemas no motor; o #21 abandonou ainda no início da prova, na 4ª hora, também por problemas no motor.
A vitória foi do Team Porsche KG Salzburg, com o #23 de Hans Herrmann e Richard Attwood, seguido por outros dois Porsches da Martini International Racing Team: o 917LH #3 de Gerard Larousse e Willi Kauhsen e o 908LH de Rudi Lins e Helmut Marko completando o pódio.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

F1 Battles: Ayrton Senna vs Nigel Mansell, GP de Mônaco 1992

Ayrton Senna já havia experimentado o gosto de perder uma prova ganha no traçado monegasco. Tinha sido em 1988, ano de amplo domínio da McLaren, onde ele e Prost destroçaram a concorrência repartindo 15 vitórias entre eles e deixando uma de lambuja para a Ferrari em Monza. Mas aquela corrida de Mônaco foi perdida mais por soberba por parte do brasileiro, do que por azar. Ele tinha quase 1 minuto de vantagem sobre Prost e tinha acabado de rodar 0.4 segundos mais rápido que o francês, batendo-o na melhor volta da corrida. Como o próprio Alain diria mais tarde, Senna queria humilhá-lo naquele dia. Ayrton pagou caro há 12 voltas do fim, quando raspou na entrada da Portier e o carro saltou, indo de encontro ao guard-rail. Uma pancada simples, mas totalmente tosca.
Passados quatro anos, depois de ter ganhado em 89, 90 e 91, Senna não tinha grandes pretensões para o GP de Mônaco de 1992 devido o poderio que a Williams apresentava naquele ano. Mansell tinha ganhado as cinco primeiras corridas do ano com certa folga. E além da pole, agora ele liderava com tranquilidade em Mônaco, rumando para sua sexta vitória na temporada. Um recorde. E também estava a caminho da sua primeira vitória em Monte Carlo onde ele havia falhado por duas vezes, em 84 e 87. Ele tinha uma boa diferença para Ayrton, que vinha em segundo, o suficiente para manter a ponta sem ser incomodado nas voltas finais.
Mas Mansell, do nada, apareceu nos boxes. Trocou os pneus e voltou em segundo, com mais de 20 segundos de desvantagem para Senna que logo desapareceram quando ele colocou no McLaren do brasileiro faltando quatro voltas para o fim. A explicação veio após a corrida: ele havia acertado uma guia na entrada do túnel, fazendo com que uma das rodas danificasse. Isso se deveu ao mesmo problema que tirara a vitória de Senna quatro anos antes: arrogância. Mansell disse que já considerava certa a sua vitória no Principado, e que se imaginava na beira da piscina ao lado da mulher e dos filhos curtindo uma bela tarde de sol. O devaneio do Leão saiu caro.
O que se viu nas voltas finais foi um duelo, dos melhores da década de 90, com Mansell a atacar Ayrton impiedosamente e o brasileiro defender-se como podia, ora freando mais cedo, ora oferecendo o lado mais sujo para o inglês frear, ou então travando as rodas e deixando o carro escorregar de frente, como fez na entrada da chicane do Porto. Como o próprio Nigel disse após a batalha “Ele foi incrível! Parecia que dirigia três carros na minha frente”.
Foi a quinta vitória de Ayrton em Monte Carlo, igualando o feito de Graham Hill.

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Indy 500: Assim que tem que ser


Talvez você tenha sido um daqueles que xingaram Takuma Sato de tudo quanto foi nome, quando ele tentou aquela ultrapassagem na última volta sobre Dario Franchitti. Mas, naquelas circunstâncias, onde se depara com uma chance e seu subconsciente julga ser a única, o que você teria feito? O subconsciente de um piloto de corridas varia muito. Se fosse um Helio Castroneves, Dario Franchitti, Scott Dixon ou Tony Kanaan naquela situação, eles esperariam por uma segunda chance, afinal sabiam bem que tinham um carro suficientemente bom para passar seu oponente na curva seguinte, ou então arriscariam tudo na reta oposta num jogo de vácuo. Takuma tinha um carro assim, mas preferiu atacar quando viu uma brecha se abrir.
Indy 500 tem aquela lógica de que não há favorito. Nem o pole-position tem essa vantagem. Afinal são 200 voltas, 500 milhas, mais de duas horas e meia de prova, portanto para quê arriscar-se tanto. Você pode vaguear entre a dianteira e cauda do pelotão, e se tiver um carro bem acertado para conseguir andar bem no tráfego e sem ele, suas chances serão enormes de ver seu rosto e nome gravados no gigante troféu “Borg Warner” e dizer “Eu venci”. Sato tinha um bom carro, que lhe permitiu andar bem nestas condições que descrevi agora pouco. Tinha largado em 19º e junto do duo da Ganassi, Franchitti e Dixon, escalou o pelotão conforme as coisas iam mudando de forma, por causa das paradas de boxes e acidentes. Aliás, foram poucos os acidentes e mais impressionante é que três deles os carros não sofreram danos, ou quase isso. Fora essa estatística impressionante, a prova foi tranqüila até 160 voltas quando a corrida realmente começou. Portanto, não adianta se matar feito um louco em acelerar e acelerar e derrepente ficar sem carro na parte que realmente interessa: as últimas 50 voltas.
Sato estava bem e vinha entre os cinco primeiros, seguindo de perto uma constante troca de liderança entre os vermelhos Ganassi. Furar aquela dupla seria difícil, mas Tony Kanaan o fez de modo esplendoroso ao costurar o pelotão arrancando de sexto para primeiro na penúltima relargada. Fenomenal. Talvez uma das melhores relargadas dos últimos tempos. Tony liderou com autoridade, segurando bem o assédio de Franchitti. Takuma tinha despencado de terceiro para sexto. Marco Andretti, que havia liderado por um bom tempo a prova na sua parte inicial, rodou e bateu, forçando a então bandeira. Apesar de Kanaan ter sido tragado facilmente pelo pelotão, despencando para quinto, foi Takuma que mais uma vez reapareceu como um foguete, indo para quarto e subindo para terceiro faltando cinco voltas para o fim. Ele não teve muita dificuldade em passar Dixon e assumir o segundo posto. Teria coragem o japonês de arriscar tudo naquelas voltas finais contra a raposa que é Franchitti naquele “Brickyard”? Ou Bobby Rahal seguraria o ímpeto do japa? Sato optou pela sua coragem habitual, aquela mesma que fez a maioria em Montreal vibrar quando ele colocou uma surrada Super Aguri por dentro para ultrapassar um atordoado Alonso numa McLaren infinitamente superior. Ele viu o espaço na primeira curva, na abertura da última volta e foi na fé: carro por dentro, Franchitti diminuindo o espaço, mas Takuma abrindo caminho onde não tinha mais; os carros se esfregam, o de Sato se desgarra e por um fio de cabelo não leva o de Dario para muro. Pronto, as 500 Milhas estavam decididas a favor de Franchitti pela terceira vez na sua carreira e curiosamente em bandeira amarela, como tinham sido as duas últimas. Dixon fechou em segundo e Tony em terceiro. Dan Wheldon, último vencedor da Indy 500 e morto na prova final do ano passado deve ter ficado feliz pelo pódio, como bem disse Kanaan.
Para Takuma restou apenas à fama de ter sido ao segundo cara a jogar a vitória no muro, como fez Hildebrand ano passado. Mas tem as suas diferenças.
Hildebrand tinha uma vitória certa, garantida e carimbada. Era só levar o carro para a faixa de tijolos e receber as quadriculadas, mas, no entanto descuidou-se e bateu no muro da curva quatro de forma bisonha, tosca. Sato estava na busca por uma vitória. A sua primeira, assim como o próprio Hildebrand. Vencer a sua primeira corrida, exatamente lá em Indianápolis, nas 500 Milhas, seria um feito e tanto. Ele, talvez, tenha pensado muito naqueles instantes: se eu meter o carro por dentro, sem muito espaço, posso perder o controle e bater como também posso efetuar a ultrapassagem e ganhar a corrida. Ou então se eu deixar para depois, na reta oposta, será que terei chance de ultrapassá-lo? Vai saber exatamente o que passou por sua cabeça naqueles momentos. Takuma é instintivo, brigador. Tem por necessidade a gana de ultrapassar e tentar tudo em um lance, como se fosse o único.  E seu lance seria marcante de qualquer forma: conseguindo a ultrapassagem ou não, como acabou acontecendo. Mas uma coisa pode escrever: ele não vai mudar o seu estilo por causa disso. Assim que tem que ser.

Grande Prêmio de Mônaco - Corrida - 6ª Etapa


Webber foi mais rápido que Vettel em todo fim de semana em Mônaco e mereceu a
vitória. Agora divide a vice-liderança com o próprio Vettel, somando 73 pontos cada
(Foto: AP)
Apesar de todas as rezas, torcidas, mandingas, figas para que a chuva caísse, a prova de Mônaco foi chata? Não. Talvez não tenha sido fantástica, o que não foi, mas teve um tom interessante que era saber quando a chuva viria ou, então, se a turma da frente, Webber, Rosberg e Alonso, se agüentariam com aqueles jogos de pneus macios, que haviam colocado quando a prova ainda rodava na casa das 20 voltas, até o fim. Isso era a grande questão, já que Vettel, que largara apenas em nono, tinha liderado um bom par de voltas e agora se encontrava na quarta posição faltando menos de 20 voltas para o término. Se os líderes parassem, Sebastian sairia para uma vitória sensacional, uma vez que ele havia saído de uma quinta fila para derrubar os favoritos daquela prova que tinham largado nas duas primeiras filas. Ou então prevalecia a máxima de Mônaco e ele teria que contentar-se com aquela quarta colocação. De fato, a segunda opção foi o que acabou por se concretizar. A única chance de modificar algo naquelas últimas voltas era, no máximo, uma chuva que só veio após o fim da corrida, quando pilotos e engenheiros já estavam reunidos em seus boxes discutindo os resultados prós e contras daquela corrida em Monte Carlo.
Mark Webber tornou-se o sexto vencedor diferente neste campeonato, correndo em boa parte da prova com Nico Rosberg muito próximo. Principalmente nas últimas sete voltas, quando não apenas Nico, mas Alonso, Vettel, Hamilton e Massa estiveram separados apenas três segundos por algumas voltas. Apesar de uma chuva mais pesada não ter aparecido para bagunçar a corrida, os fracos pingos que caíram nas voltas finais, umedeceram alguns pontos da pista, em especial a freada a chicane do Porto e a Rascasse, dois locais críticos daquele traçado. Um erro de Webber poderia resultar num engavetamento ou num acidente que tiraria muita gente boa que vinha atrás dele. Mas todos eles, sem exceção, estavam cautelosos. Alonso preferiu resguardar-se e não atacou Rosberg, assim como Vettel também não foi incisivo para cima do espanhol e Hamilton procurou ficar atento a um possível ataque de Massa, que fez a sua melhor corrida nesta temporada e também desde o GP da Alemanha de 2010. Portanto, eles pensaram muito mais nos pontos que ganhariam do que em tentar arriscar e dar com a cara no guard rail. Ainda mais num campeonato tão embaralhado como este, perder um mísero ponto complicará bastante a no final da temporada.  
Se você estava afim de alguma emoção, deveria cobrar dos caras da FOM que manejam as câmeras. Lá no fundo do pelotão o pau comeu solto, principalmente com Sergio Perez que veio barbarizando, literalmente, ganhando posições como podia ao bater rodas, rodar, ultrapassar na marra. Fez de tudo. Kovalainen também foi sensacional ao não dar chances a Button, que fez uma das suas mais apagadas corridas no ano, quando disputavam posições no pelotão intermediário. Algo que fez lembrar o duelo entre Coulthard e Bernoldi, lá mesmo em Mônaco no ano de 2001, quando o brasileiro segurou o escocês por inúmeras voltas. Isso rendeu reclamações fortes por parte de David e Ron Dennis. Dessa vez só Button que falou algo sobre o desempeno do finlandês, que tem sido constante com esse carro desde 2010.  
Com Alonso liderando o mundial com três pontos de avanço sobre o duo da Red Bull, Vettel e Webber, a F1 estará em Montreal daqui algumas semanas. Pista que costuma ser surpreendente e reservar grandes doses adrenalina para quem assiste ou trabalha nesta corrida. Talvez possamos conhecer o sétimo vencedor diferente por lá. E lembre-se: Hamilton é genial naquele traçado.
Enquanto que Webber sustenta a primeira posição, Grosjean se enrosca com Alonso
e Schumi. O suiço acabou por abandonar.
(Foto: AP)

Kobayashi acertou o carro de Grosjean e também abandonou por problemas
na suspensão traseira.
(Foto: Reuters)

Maldonado tinha grande expectativa para esta prova, que comeou a desmoraonar-se no
sábado ao ficar em último por causa de punições. Enroscou-se com De La Rosa e abandonou em seguida.
(Foto: AP)

Alonso teve a presença de Massa por um bom tempo na corrida. O espanhol terminou
em terceiro e Felipe foi sexto, na sua melhor corrida dos últimos dois anos.
(Foto: Reuters)

Vettel teve possibilidades de até vencer em Monte Carlo, caso a chuva tivesse caído.
Mas acabou em quarto e está três pontos atrás de Alonso na classificação.
(Foto: AP)

Resultado Final
Grande Prêmio de Mônaco - 6ª Etapa
Circuito de Monte Carlo
78 Voltas - 27/052012

Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1h46min06s557
Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 0s643
Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 0s947
Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 1s343
Lewis Hamilton (ING/McLaren) - a 4s101
Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 6s195
Paul di Resta (ESC/Force India) - a 41s500
Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - a 42s500
Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 44s000
Bruno Senna (BRA/Williams) - a 44s500
Sergio Pérez (MEX/Sauber) - a 1 volta
Jean-Éric Vergne (FRA/Toro Rosso) - a 1 volta
Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - a 1 volta
Timo Glock (ALE/Marussia) - a 1 volta
Narain Karthikeyan (IND/HRT) - a 2 voltas

Não completaram
Jenson Button (ING/McLaren)
Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso)
Charles Pic (FRA/Marussia)
Michael Schumacher (ALE/Mercedes)
Vitaly Petrov (RUS/Caterham)
Kamui Kobayashi (JAP/Sauber)
Pedro de la Rosa (ESP/HRT)
Pastor Maldonado (VEN/Williams)
Romain Grosjean (FRA/Lotus)

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