Enquanto que os olhos estavam voltados para o duelo entre os Jaguares XJR-12 contra Mercedes C11, a Mazda, com os seus lendários 787B com motor Wanker, subiam na classificação para conquistar uma vitória marcante em Sarthe, tornando-se a primeira, e única até aqui, fábrica japonesa a triunfar nas 24 Horas de Le Mans. O trio formado por Johnny Herbert/ Wolker Weidler/ Bertrand Gachot venceram a prova a bordo do Mazda 787B #55 com duas voltas de vantagem sobre o Jaguar XJR-12 #35 de David Jones/ Raul Boesel/ Michel Ferté. Em terceiro completou o outro Jaguar XJR-12 #34 de Teo Fabi/ Bob Wollek/ Kenny Achenson.
O melhor dos Mercedes C11 fechou em quinto com o trio Michael Schumacher/ Karl Wendlinger/ Fritz Kreutzpointer. Abaixo, o vídeo com os highlights da prova:
domingo, 3 de junho de 2012
Vídeo: 24 Horas de Le Mans, 1991
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Na verdade quem era favorito a dominar era a Peugeot. Explico: Antes da temporada de 1991 a FIA fez uma série de mudanças no regulamento do Mundial de Protótipos. A principal mudança era a unificação com os motores utilizados na Formula 1, convencionais com 3,5L, opcional para 1991 e obrigatória a partir de 1992. Para encorajar o uso dos motores 3.5, foi feita uma divisão entre 2 categorias, a C1 com os motores dentro do novo regulamento, e a C2 com motores livres como usados até 1990.
ResponderExcluirPara a corrida de le Mans, os 10 primeiros ligares do grid de largada seriam destinados apenas aos carros da classe C1. Além disso, os carros da C2 teriam que correr com 100kg de lastro. Com problemas em seus carros dentro do novo regulamento, Jaguar e Mercedes foram para a corrida com seus carros antigos, portanto da classe C2, e tiveram que correr com o lastro. A Mazda encontrava-se na mesma situação com o 787B (seus Wankel não seriam mais permitidos a partir de 1992, e isso já era conhecido antes da corrida), mas ela fez um pedido para correr sem os lastros, e como em condições normais a Mazda não disputaria a vitória (vinha fazendo péssimos campeonatos no mundial e no japonês de protótipos), as equipes adversárias permitiram, e os japoneses foram para a corrida sem o peso extra.
A Peugeot, numa dessas, vinha bem colocada no mundial e tinha seus carros competindo pela C1. Um carro bem nascido e sem os lastros, apareceram como grandes favoritos. E assim vinham dominando a corrida, porém ambos os carros tiveram problemas mecânicos ainda no começo, algo que seria corrigido posteriormente e os 905 seriam bi das 24h em 92 e 93.
En seguida a corrida virou um desfile da Mercedes com seus antigos C11 e lastro, enquanto a Jaguar tinha seus pneus destruídos pelo peso extra e ficaram pra trás. Mas a trifeta da montadora alemã foi embora quando, de forma surpreendente, os 3 carros do time também tiveram problemas. Um deles ainda retornaria após reparos e chegaria em 5º.
Com a Jaguar mal, a liderança ficava com o pouco competitivo Mazda, só que correndo sem o lastro, o que permitiu que um dos carros do time andasse a frente dos Jaguar. O primeiro colocado seguiu, firme e forte, as últimas horas da corrida sem problemas e conquistou a vitória, uma grande zebra. E se antes da corrida de le Mans os 787B não tinham conseguido resultados de expressão no Mundial de Protótipos (e nem mesmo no japonês, onde também competiam e também andavam mais atrás), após essa corrida os resultados continuaram tão discretos quanto.
Por outro lado, a vitória teve um grande significado no ponto de vista do marketing, por se tratar da única vitória em corridas importantes dos motores Wankel, além de ter sido, e ser até hoje, a única vitória japonesa nas 24h de le Mans.
Obrigado pela explicação amigo!
ResponderExcluirAbraços!