sábado, 21 de setembro de 2013

GP de Cingapura - Classificação - 13ª Etapa

Faltou unha para o Vettel: 41ª pole na carreira
(Foto: Getty Images)
A imagem de Vettel roendo as unhas nos minutos finais da classificação em Marina Bay, lembrou a sensação de um vestibulando em saber se havia sido aprovado, ou não, para a tão sonhada universidade. Mas o que estava em jogo mesmo era a pole. Por mais que a sua volta tenha sido brilhante, com cerca de quase um segundo sobre o segundo colocado, a presença das Mercedes ainda requeria cuidados. De fato havia sido uma volta brutal - 1'42''841 - a visão inicial era de que ele podia muito se dar ao luxo de entrar no boxes e acompanhar o restante do treino, agarrado a uma garrafa d'água e analisar tranquilamente as voltas de seus adversários... em outros tempos ele até pôde fazer isso com certa paz, como ficou registrado em algumas classificações de 2011. Desta vez a tranquilidade deu lugar a um nervosismo incomum e Vettel roía as unhas mais e mais a cada parcial de Nico Rosberg e Mark Webber. Certamente não havia mais o que roer quando ele constatou que Rosberg passara à 0''091 centésimos acima da sua marca... um gelo na espinha que quase lhe custou a 41ª pole de sua carreira.
Mas o desempenho de Sebastian com os pneus super macios foi extremamente positivo. Um exemplo disso ficou no Q2 quando ele enfiou oito décimos em Webber e nove em Rosberg. Uma volta que impressionou bastante. Mas no Q1, onde usou os médios, o desempenho não foi tão poderoso, tendo ficando em terceiro, atrás de Hulkenberg - que usara super macios - e de Webber. Talvez nesse ponto de usar os pneus médios, é que haja uma possibilidade de equilibrio. Mas claro, é apenas uma impressão deste pobre mortal.
Enquanto que Vettel destruía os tempos - e as unhas -, seus rivais tinham um desempenho mediano: Raikkonen ficou de fora do Q2 - 13ª colocação - e com fortes dores nas costas que quaseo limaram da classificação; Fernando Alonso não pôde fazer muito frente ao fraco desempenho da Ferrari no Q3 e sairá em sétimo, logo atrás de Massa que assinalou a sexta posição. Hamilton ficou com a quinta posição.
Não há muito o que falar sobre o que pode ser da corrida de amanhã. O certo mesmo é que Vettel mais uma vez é disparado favorito para vencer em Marina Bay colocar mais alguns dedinhos na taça de tetra campeão do mundo. Rosberg terá que fazer uma largada foguete para tentar pensar em algo e barrar um possível "sumiço" de Sebastian na dianteira da corrida.

Grid de Largada para o Grande Prêmio de Cingapura - 13ª Etapa

1) Sebastian Vettel (ALE/RBR) 1m42s841             
2) Nico Rosberg (ALE/Mercedes) 1m42s932  +0s091    
3) Romain Grosjean (FRA/Lotus) 1m43s058  +0s217    
4) Mark Webber (AUS/RBR) 1m43s152  +0s311    
5) Lewis Hamilton (ING/Mercedes) 1m43s254  +0s413    
6) Felipe Massa (BRA/Ferrari) 1m43s890  +1s049      
7) Fernando Alonso (ESP/Ferrari) 1m43s938  +1s097    
8) Jenson Button (ING/McLaren) 1m44s282  +1s441    
9) Daniel Ricciardo (AUS/STR) 1m44s439  +1s598    
10) Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) sem tempo
11) Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) 1m44s555 
12) Jean-Eric Vergne (FRA/STR) 1m44s588    
13) Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) 1m44s658
14) Sergio Pérez (MEX/McLaren) 1m44s752    
15) Adrian Sutil (ALE/Force India) 1m45s185    
16) Valtteri Bottas (FIN/Williams) 1m45s388  
17) Paul di Resta (ESC/Force India) 1m46s121   
18) Pastor Maldonado (VEN/Williams) 1m46s619    
19) Charles Pic (FRA/Caterham) 1m48s111
20) Giedo van der Garde (HOL/Caterham) 1m48s320     
21) Jules Bianchi (FRA/Marussia) 1m48s830    
22) Max Chilton (ING/Marussia) 1m48s930

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Pole Lap: Juan Pablo Montoya, Detroit 1999

Juan Pablo Montoya em um das suas famosas voltas alucinantes em classificações, desta vez na sua estadia na CART em 1999 na pista de Detroit. Ele cravou a pole - e com direito a uma "beliscada" no muro.
O colombiano, que voltará para a Indy em 2014 pela Penske, completa hoje 38 anos.

Foto 254: Mclarens

Um gif muito legal com alguns Mclarens que ajudaram a construir a história da fábrica de Bruce Mclaren. A arte é do pessoal da Art Of The Automobile.

Foto 253: Silverstone, 1991

Nigel Mansell e sua Williams FW14 em Silverstone, durante o final de semana do GP da Grã-Bretanha. Os temores de Ayrton Senna estavam se confirmando e a FW14, sob os comandos do "Il Leone" e Ricardo Patrese, já havia ganho no México (com Patrese) e na França (com Mansell).
O inglês venceu o GP bretão conquistando um Hat-Trick e foi por seguido por Berger, Prost e Senna. 

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Foto 252: Catalunya

Não sei de que ano é a foto, mas é o que menos importa perante a beleza do instantâneo registrada no circuito da Catalunya. Uma jóia.

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Indycar: O retorno de Montoya

"Estou realmente excitado por me juntar a esta lendária equipa a partir da próxima temporada", começou por dizer o piloto colombiano. Tive a oportunidade de guiar com algumas das melhores equipas do mundo e sempre admirei Roger Penske pela sua organização. Considero uma honra que que me foi oferecida uma oportunidade de guiar para eles"
Estas foram as palavras de Juan Pablo Montoya, divulgadas no site da Penske hoje a tarde. O piloto colombiano de 38 anos se juntará a Helio Castroneves e Will Power na equipe do senhor Roger Penske, que alinhará, assim, três carros para a próxima temporada.
Roger Penske também falou sobre o novo contratado: "Juan é um vencedor mais do que provado em todos os niveis desportivos. Venceu uma série de corridas e campeonatos e tem uma multidão de fãs apaixonados atrás de si. Estamos ansiosos por construir uma relação de sucesso e acreditamos que vai ser uma mais valia para a Penske".
Montoya retornará a um território onde mostrou do que foi capaz no biênio 99/2000, quando esteve a serviço da Chip Ganassi. Venceu o campeonato de 1999 da extinta CART e ganhou com sobras as 500 Milhas de Indianápolis pela mesma equipe em 2000, sem contar as inúmeras vitórias e duelos que fez a sua fama de "Win or Wall"ganhar força e mais a sua coragem extrema. Como não se lembrar das voltas finais em Michigan quando ele e Michael Andretti praticamente tocaram rodas a todo percurso, em 1999?
A verdade é que este acaba sendo um grande reforço para a Penske e também para a IRL, que anda mal das pernas. Montoya ainda tem aquela gana que o fez conquistar fãs pelo mundo, mas andou adormecido neste seu período da NASCAR. As suas atuações na Grand-Am, onde conquistou por três vezes as 24 Horas de Daytona (2007, 2008 e 2013) comprovam isto.
Conseguindo perder os quilinhos a mais que conquistou com os churrascos, milk shakes e big macs da vida, certamente será uma das estrelas do campeonato do ano que vem e incomodará o sossego de Helinho e Power a todo momento.
E quem sabe, caso vire a realidade da Penske retornar ao Endurance via a Porsche, o colombiano não de o ar da graça por lá também... 

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

F1: O confronto da velha geração



Kimi Raikkonen e Fernando Alonso. Fernando Alonso e Kimi Raikkonen. Não importa a ordem dos nomes, mas hoje estes dois senhores, que já estão na casa dos 30 anos, são dois superstars da Fórmula-1. Enquanto que Fernando acumula dois mundiais e uma série de polêmicas em seu cartel, Kimi tem no seu currículo um mundial, algumas aventuras pelo mundo do motorsport após a sua retirada em 2009 e frases e atitudes com o seu modo peculiar de “não estar nem aí” que angariou fãs pelos cantos que a categoria passou. Dois modos de vida bem diferentes que estarão frente a frente na próxima temporada a serviço da Ferrari, e que podem muito bem formar a melhor dupla da categoria ou até mesmo a mais explosiva, em todos os sentidos.
A presença de Raikkonen na Ferrari para a próxima temporada acaba sendo uma resposta forte de Montezemolo a rebeldia de Fernando Alonso, que tem batido de frente constantemente com a parte técnica da Ferrari nas últimas corridas devido ao baixo desempenho do carro vermelho. Talvez Luca pudesse ter fechado com Hulkenberg – que não teria sido de todo mal -, mas a vinda de alguém do mesmo naipe de Fernando e que conhece bem aquele ambiente explosivo da Ferrari – apesar de ser totalmente oposto da natureza de Raikkonen – elevará o nível de performance da equipe. Mas para isso os dois precisarão de um bom carro, que possa atender a todas as necessidades dos dois ótimos pilotos que a casa de Maranello terá a sua disposição em 2014. E ainda com a vinda de James Allison e, talvez, da presença de Rory Byrne, que comandarão as pranchetas, a equipe pode ter um revival dos tempos da “Era Schumacher”.
Mas, e o duelo entre os pilotos? Como será? Apesar dos comandantes da Ferrari não pensarem nisso – na verdade já estão evitando imaginar esse confronto, diga-se – acredito que será algo bem parelho. Não imagino que nem Alonso e Raikkonen terão desempenhos tão acima um do outro. É claro que em uma situação e outra, ambos conseguirão suplantar o desempenho do outro, mas isso acontecerá de forma esporádica. Fernando pode muito bem dar uma sova em Raikkonen em Barcelona e depois o finlandês devolver em dobro quando os dois estiverem em Spa, ou até mesmo um final de semana muito parelho em Suzuka, por exemplo. São apenas suposições, mas a minha principal impressão é que Raikkonen seja mais veloz que Alonso nas classificações e que Fernando consiga igualar as forças durante as corridas. Apesar de rápido, as qualificações de Alonso nunca me chamaram a atenção, ao contrário das corridas, onde a sua performance sempre foi notável principalmente quando esteve em situações critícas. Já Kimi sempre foi formidável nas classificações, principalmente nos seus tempos de McLaren onde ele extraía o máximo dos carros. Coulthard, Montoya e De La Rosa sabem contar muito bem como eram aquelas voltas canhão de Raikkonen durante a sua estadia na McLaren. Nas corridas não há nada do que reclamar da sua velocidade que até hoje, mesmo tendo ficado de fora da F1 por duas temporadas, continuou intacta. Apenas nas classificações é que percebi uma pequena queda no seu rendimento, tanto que possibilitou Grosjean largar à sua frente em algumas etapas. No entanto, nas corridas, Kimi superou o francês até com certa facilidade. E olha que Romain é rápido... porém atrapalhado. Vendo dessa forma, o duelo entre os dois pode ser bem acirrado sem que a balança penda para um dos lados.   
E a Ferrari, estaria preparada para uma batalha nos moldes Senna-Prost? Não está, mas por outro lado só acontecerá um embate deste molde se as coisas fugirem totalmente do seu controle. E outra: Fernando Alonso conhece bem Kimi Raikkonen, até mais que nós pensamos. Os dois já se enfrentaram nos tempos do Kart, quando Alonso ficou em terceiro no Mundial da categoria disputado em 1995 e Kimi se saiu como campeão. E exatos dez anos depois, eles se enfrentariam pela disputa pelo mundial de F1, que acabou ficando com o espanhol. Além de se conhecerem bem, existe um respeito recíproco por ambas as partes, exatamente por esta convivência e duelos anteriores. Fernando tem a personalidade forte e vibrante, como a de qualquer outro latino, enquanto que Raikkonen prefere ficar fora de qualquer discussão ou polêmica, mas quando está na pista é tão lutador e bravo quanto o espanhol. Serão bons duelos.
A verdade é que este duo estará pronto para desafiar a Red Bull e Mercedes na nova era que a F1 iniciará a partir de 2014, com a adoção dos motores Turbo. Todo o terreno que a Ferrari perdeu nestes anos e que foram de total domínio da Red Bull e Sebastian Vettel, será trabalhado arduamente com a presença destes dois pilotos e mais a equipe técnica que está se reforçando com presença de James Allison e agora da recente contratação de Dirk de Beer, que era chefe de aerodinâmica da Lotus.
A “Rossa” deu um passo importante, enfim, para poder encarar o poderio da Red Bull ano que vem. E não serão mais aceites as desculpas de que o carro não está lá grande coisa.
Alonso e Kimi, Kimi e Alonso... não importa: a Ferrari está muito bem servida para 2014.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...