domingo, 7 de março de 2010

Lotus 25- Dos guardanapos para as pistas

Os sentimentos na abertura do campeonato da F1 de 1962 em Zandvoort foram os mais variados, mas para Innes Ireland e Jack Brabham, atual campeão do mundo, as coisas foram mais sérias.
Ambos tinham adquirido os Lotus 24, carros que eram nada mais uma evolução dos Lotus 21, que tinha conseguido bons resultados principalmente pelas mãos de Stirling Moss- na equipe privada de Rob Walker que corria com a evolução 18/21- e o Team Lotus que tinha o oficial 21 na temporada de 61.
Acreditando que haviam comprado o que tinha de melhor da equipe Lotus, eles se decepcionaram ao ver que na frente do grid, na pole position para ser mais preciso, Jim Clark estava pilotando um carro mais baixo e esguio que os outros, com uma construção diferente dos demais. Ao invés de tubos formando uma "gaiola" Chapman fez um habitáculo para o piloto em uma peça só, assim este pilotaria numa posição mais reclinada. Os compósitos de combustiveis foram colocadas nas laterais do chassi e reforçadas por anteparos e o motor era um Conventry Climax de 1.498cc. Clark dominou boa parte da prova, mas acabou abandonando com problemas no motor Climax e Graham Hill herdou a vitória. Apenas Jim correu com o novo Lotus. Trevor Taylor, seu companheiro, utilizou o revisado Lotus 24 e terminou em segundo. Mas as impressões que o novo Lotus 25 tinha deixado eram as melhores e isso seria uma constante naquela temporada.
A idéia nasceu em um jantar. Colin Chapman conversou com Mike Costin, designer da Lotus, sobre o chassi monocoque e logo em seguida desenhou em guardanapos os primeiros esboços do novo carro. Em alguns meses o primeiro Fórmula-1 com chassi monocoque estava na pista e causando uma revolução na categoria. O conceito é seguido até hoje pelos construtores da F1 atual.
Livro sobre a grande revolução da temporada de 1962: o Lotus 25

Ainda na temporada de 1962 Jim Clark venceu suas três primeiras provas de F1 e também da Lotus 25 (Bélgica, Inglaterra e EUA). Isso deu a ele a chance de conquistar o seu primeiro título mundial na última etapa disputada em London East, Africa do Sul. Mas quando liderava e aproximava do seu campeonato, o motor Climax mais uma vez o deixou na mão e Graham Hill passou para vencer e garantir o seu, também, primeiro campeonato mundial pela BRM.
Para 1963 os problemas na Lotus 25 foram solucionados e Jim Clark dizimou a concorrencia ao vencer 7 provas (Bélgica, França, Holanda, Inglaterra, Itália, África do Sul e México) e conquistar o campeonato mundial de pilotos e de Construtores com a Lotus. A diferença de Clark para Graham Hill, segundo colocado, foi de 15 pontos. O uso do Lotus foi estendido até a temporada de 64, quando Jim venceu mais outras 3 provas (Holanda, Bélgica e Inglaterra) e mais uma vez perdeu o mundial por defeito no motor, agora o campeonato ficando nas mãos de John Surtees da Ferrari. Para a temporada de 1965 um novo Lotus, o 33, (uma evolução do 25) levou Jim Clark ao seu segundo e último título na F1.
Jim Clark (6) e Trevor Taylor (8) no GP da Holanda de 1963: o escocês venceu a prova e Taylor chegou m 10º

O Lotus 25 ainda seguiu sua vida útil até a temporada de 67, sempre em mãos de equipes privadas. O último 25 a alinhar para uma prova foi no GP da Holanda com Chris Irwin da Reg Parnell Racing. Completou a prova em sétimo lugar, duas voltas atrás do vencedor Jim Clark com a Lotus 49- Cosworth.
Coincidência ou não, mas foi a prova que iniciou o dominio dos Lotus 49-Cosworth na F1 e também da aposentadoria e desaparecimento da Lotus 25-Climax do cenário dos Grand Prix.




O primeiro título: na volta da vitória em Monza, 1963, Jim Clark ao volante do Lotus 25 com a qual venceu a prova e o campeonato, Colin Chapman o criador da máquina e Trvor Taylor log atrás.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Quase campeões do mundo

A lista que vou postar logo a seguir é de pilotos que deveriam ter ganhado pelo menos um título, mas por uma série de circunstâncias isso não foi concretizado. E é um time de respeito.


Peter Collins- Ao lado de Mike Hawthorn, Tony Brooks e Stirling Moss formavam o quarteto vitorioso da Inglaterra no final dos anos 50 que viviam atormentando o genial Fangio. Collins teve a chance de ser campeão em 1956 quando estava em terceiro na prova da Itália, mas decidiu entregar o carro para seu companheiro de equipe Fangio para que este vencesse o mundial. Foi um ato nobre, mas infelizmente o inglês não teria outra chance como esta.

Stirling Moss- Para alguns o grande pecado foi de Moss ter corrido contra Fangio. Ele perdeu 4 campeonatos para o argentino e depois que o mestre tinha se aposentado a chance era clara praa que ele vencesse em 1958, mas perderia mais uma vez agora para seu compatriota Hawthorn. Quando estava no auge de sua carreira e era talvez o melhor piloto do mundo, um acidente o fez encerrar a carreira em Goodwood, 1961.

Jacky Ickx- O belga era fantástico em circuitos dificeis, mas tinha talento de sobra para conseguir um campeonato mundial. E isso passou perto em 1972, em Monza última etapa daquela temporada, disputando o mundial contra Fittipaldi e Stewart. Mas quando liderava seu Ferrari abriu o bico e o título ficou para Emerson e sua Lotus.

Carlos Pace- Era um dos melhores na metade da década de 70, mas por um azar e outro nunca passou de uma só vitória (GP do Brasil de 1975), mas tinha todo o apoio de Bernie Eclestone, dono da Brabham. Quando um carro competitivo foi entregue a ele em 77, a tragédia abreviou esta oportunidade quando Moco faleceu num acidente de avião em abril daquele ano.

Ronnie Peterson- A sua velocidade crua e pura aliada a uma pilotagem acrobática cativavam a todos e isso fez de Ronnie um dos pilotos mais apreciados da década de setenta. Infelizmente todas essas qualidades não foram suficientes para que conquistasse um mundial. Foi vice em 71 com a March e em 78 repetiu a dose, mas faleceu após o acidente de Monza no mesmo ano.

Clay Regazzoni- Fora das pistas Regga era um dos pilotos mais camaradas do circo, mas dentro da pista defendia sua posição com total voracidade, chegando as vezes ser desleal. Em 74 disputou o campeonato palmo a palmo contra Emerson, mas perdeu o campeonato em Watkins Glen. Depois, em 75 e 76, foi superado impiedosamente por Lauda na Ferrari.

Carlos Reutemann- Melhor piloto argentino depois da era Famgio, Reutemann era tido como o garnde sucessor do mestre mas nunca conseguiu um título mundial, apesar de sempre dispor de ótimos carros. Em 1981 passou perto, mas perdeu para Nelson Piquet, que durante a prova extra-campeonato de Brasilia em 1975, trabalhou na Brabham como mecânico no carro do argentino. 

Gilles Villeneuve- Ele deveria ter ganho um mundial? Com certeza. O mais veloz piloto do ínicio da década de 80 passou perto de levar o mundial de 79, mas fez o jogo de equipe que a Ferrari pediu para que Scheckter levasse o título. Em 82 a Ferrari entregou a ele e Pironi um carro que poderia levar um dos dois ao título, mas o francês quebrou um acordo que ambos tinham feito antes da prova de Ímola de não atacar quem estivesse na frente do outro durante a prova. Pironi acabou vencendo a prova e enfurecendo o traído Villeneuve. Dai veio Zolder e o acidente fatal do grande Villeneuve.



quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Barrichello na frente nos testes de hoje em Jerez

Em mais um dia de chuva em Jerez (caramba, até parece São Paulo!) Rubens Barrichello aproveitou o único momento de pista úmida e marcou o melhor tempo do dia. Massa terminou em 5º com sua Ferrari.
A chuva tem atrapalhado bastante os testes, o que levou a Sauber a nao entrar mais na pista hoje e assim De La Rosa deu apenas oito voltas.
Destaque para Vitaly Petrov, da Renault, que terminou em segundo. Kovalainen com sua Lotus bateu e danificou o bico do T127, no que se caracterizou no primeiro acidente do ano.

Buemi e sua Toro Rosso hoje em Jerez: Pouca água não acham?


Kovalainen não achou suficiente os crash tests da Lotus e ele foi conferir pessoalmente o resistência do bico do carro: Primeiro acidente do ano.

Testes de pré temporada - Dia 2
Circuito de Jerez De La Frontera - 18/02

1. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - 1min27s145 (98 voltas)
2. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min27s828 (56)
3. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min28s162 (70)
4. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min28s515 (71)
5. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min28s879 (92)
6. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber) - 1min29s691 (8)
7. Paul di Resta (ING/Force India) - 1min30s344 (33)
8. Timo Glock (ALE/Virgin) - 1min30s476 (72)
9. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min30s666 (24)
10. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min30s979 (7)
11. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min32s678 (57)
12. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - 1min33s554 (30)

O vídeo abaixo é dos treinos de ontem, liderados por Vettel com sua Red Bull.

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

GP do Egito, 1947



Esta prova foi realizada em 1947 num pequeno circuito de rua situado na cidade de El Gezirah, Cairo. Dezesseis pilotos, entre eles Ascari, Cortese, Taruffi participaram do evento. A corrida foi divida em 3 partes, sendo que as 2 primeiras eram disputadas por oito pilotos cada num total de 25 voltas num percurso curto de 1.480 Km (37 km ao todo). A terceira prova seria disputada pelos cinco primeiros de cada bateria e 50 voltas pelo mesmo percurso, totalizando 74 km.

Resultado da primeira prova:
1.Franco Cortese, 25 voltas em 23:244, 96,147 km/h.
2.Piero Dusio, 23:30,8
3.Mario Tadini, 24:14,2
4.Nello Pagani, 24:33
5.Ciro Basadonna, 24:38
6.Omobono Tenni
7.Giovanni Lurani
• DNF: Raymond de Saugé, acidente

Resultado da segunda prova:
1.Piero Taruffi, 25 voltas em 23:056, 97,451 km/h.
2.Alberto Ascari, 23:27,6
3.Dorino Serafini, 23:28,9
4.Sergio Baní, 23:43
5.Pietro Ghersi, 24:44
6 Antonio de Brivio
7.Marinotti
• DNF: Louis Chiron, vazamento de óleo

Na prova final, Taruffi saiu na frente mas perderia a prova após problemas no carburador do seu carro. A vitória ficou com Franco Cortese, que recebeu do rei Faruk um troféu em ouro puro. Eis a classificação final da prova:

1.Franco Cortese, 50 voltas em 45:49, 3, 98,2 km/h.
2.Alberto Ascari, 46:02, 1
3.Piero Taruffi, 46:03, 3
4.Pietro Dusio, 46:04, 4
5.Mario Tadini
6.Ciro Basadonna
7.Para Dorino Serafini
Volta mais rápida: Piero Taruffi, 51 ", 108.112 (?)
• DNF: Nello Pagani
• DNF: Sergio Baní
• DNF: Pietro Ghersi

Nesta prova todos os pilotos usaram o Cisitalia D46 e tiveram tratamento de reis, mas esta acabou sendo um desastre finaceiro o que acabou sepultando a pequena corrida.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

A rejeitada de Maranello


Após uma disputa de título que ficou nas mãos de Emerson Fittipaldi e da Lotus em 1972, a Ferrari voltou-se para o ano de 73 disposta a recuperar o trono de campeã do mundo que lhe fugia desde 1964. Para isso encomendou ao seu projetista, Mauro Forghieri a construção do novo bólido para a próxima temporada.
O projetista italiano desenhou um carro bastante diferente das suas últimas criações. Seguindo a tendência dos carros cunha introduzido por Colin Chapman na Lotus 72, Forghieri passou os radiadores para as laterais do carro melhorando assim a distribuição de peso do carro, mas conservou a tomada de ar na dianteira que era larga e com uma leve curvatura para dentro.
Um novo jogo de suspensão com triângulos duplos, molas helicoidais e amortecedores Koni foram montados transversalmente atrás do motor Flat-12, que acabou sendo a única coisa remanescente do bom Ferrari 312B2, vice-campeão do mundo com Ickx em 72.
Jack Ickx em um dos vários testes da Spazzeneve em 1972/73: fracasso e piadinhas
O carro foi apresentado ao final daquela temporada. Mesmo com seu design um tanto quadradão, o carro não chamou tanta atenção. E as coisas pioraram quando seus pilotos, Jack Ickx e Arturo Merzario, testaram a nova 312B3 exaustivamente nos circuitos de Monza, Paul Ricard e Fiorano e os resultados ali alcançados foram desastrosos, levando Ickx a soltar uma piada sobre a nova criação: "É ótima para tosar os cabelos!" se referindo a dianteira do carro. Por causa desta frente envolvente, a imprensa italiana apelidou o carro de "Spazzaneve", o que em italiano significa Limpa neve.
Seguindo este fracasso, Forghieri saiu do comando técnico da Ferrari e sua criação foi tirada de cena, sem nunca ter corrido um só GP. Coincidiu também com a famosa crise técnica que assolou a Ferrari naquele ano de 73, fazendo com que a equipe ficasse de fora de alguns GPs para melhorar seu carro. Sandro Colombo e John Thompson assumiram o projeto da nova B3, mas que também acabou agravando ainda mais as coisas na Ferrari durante a temporada. Com isso, Forghieri foi trazido do seu exilio e modificou muito a B3 que voltou às corridas no GP da Áustria de 1973 conseguindo bons resultados.
O conceito da Spazzaneve foi usado por Forghieri, ironicamente, nas Ferraris seguintes: Ferrari B3 de 1974, e as Ferraris 312 T campeãs do mundo em 75 e 77 com Lauda.
A original foi vendida e passou por dois donos até ir parar na casa de leilões Bonham's, em Gstaad, Suiça.
O carro reapareceu no Historic Grand Prix Mônaco disputado em 2006. É normal ver este carro nos festivais de Goodwood, na Inglaterra.
O Ferrari Spazzaneve durante o Historic Grand Prix de Mônaco de 2006


Arturo Merzario, piloto da Ferrari em 72/73, matando as "saudades" da Spazzaneve durante o Goodwood Speed Festival de 2008

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Chuva em Jerez e melhor tempo para Rosberg

A segunda semana de testes coletivos da F1 antes do início da temporada começou com chuva no circuito de Jerez De La Frontera. E quem aproveitou e bem o único momento de pista seca foi Rosberg da Mercedes. O jovem alemão cravou o tempo de 1min20s927 na primeira hora de treino, que foi a única com pista seca. Assim ninguém mais pode alcançá-lo.
Buemi marcou o segundo tempo, seguido pelo outro alemão o novato Hulkenberg da Williams. Ele foi quem mais deu voltas no dia de hoje: 118 voltas.
Alonso ficou em quarto, frustrando um pouco a torcida espanhola que compareceu em peso para ver seu ídolo testar com a Ferrari F-10. Kobayashi colocou a Sauber em quinto na tabela.
Jenson Button testou a Mclaren MP4/25 com sensores que mediam a passagem do ar sobre o chassi e também o desgaste dos pneus. Ficou com o sexto tempo.
Liuzzi, estreando a Force India VJM03, terminou o dia em sétimo seguido de perto do também estreante Red Bull RB6 pilotado por Webber que ficou com a nona marca, atrás do Renault do já ameaçado Petrov.
Outra estréia nos testes foi da Virgin com seu modelo, o VR-01. Timo Glock foi o responsavel pela estréia, mas apenas usou o teste de hoje para um "shakedown" e ficou com décimo e último tempo, 17.807 mais lento que Rosberg.
Os treinos continuam amanhã.
O novo Red Bull RB6 foi apresentado antes dos testes de hoje em Jerez. No teste ficou em oitavo após o bólido ter apresentado um vazamento de óleo, mas Webber acredita que o carro tem potêncial para levar a equipe a brigar pelos títulos deste ano: "Eu acho que o time pode esperar resultados muito bons nesta temporada. Nós tivemos um ótimo ano em 2009 e não queremos piorar nosso desempenho. Temos alguns objetivos para conseguir, assim como as outras equipes"

Testes de pré-temporada- Dia 1
Cicrcuito de Jerez De La Frontera, 10/02/2010

1º Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min20s927
2º Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min21s031
3º Nico Hülkenberg (ALE/Williams) - 1min22s243
4º Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min22s895
5º Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min23s787
6º Jenson Button (ING/McLaren) - 1min24s947
7º Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min24s968
8º Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min25s440
9º Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min26s502
10º Timo Glock (ALE/Virgin Racing) - 1min38s734

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Ferrari mais uma vez na frente. Agora com Alonso


A Ferrari foi dominante nos três dias de testes em Valência e hoje foi a vez de Alonso a andar com a F-10 e marcar o melhor tempo do dia e da semana: 1min11s470. Basicamente o posicionamento das equipes continuaram quase que inalteradas com relação aos dois últimos dias. Novamente a Sauber ficou em segundo com De La Rosa, em terceiro Schumi com Mercedes, quarto Alguersuari fazendo o melhor tempo da Toro Rosso na semana, quinto Button correndo com a MP4-25 pela primeira vez. Vitaly Petrov pela Renault e Hulkenberg pela Williams, também estrearam nos testes e ficaram em sexto e sétimo respectivamente.
Os testes voltam em 10 de fevereiro, no circuito de Jerez de La Frontera.

Button na Mclaren: Teste bem discreto para o campeão. Apenas o 5º na tabela de tempos.



Enquanto os caras se matavam nos testes em Valência, a Virgin lançava seu carro na Inglaterra com a presença dos pilotos Timo Glock e Lucas Di Grassi. O carro entra na pista de Silverstone amanhã para um shakedown.

Testes de Pré-Temporada- Dia 3
Circuito de Ricardo Tormo, Valência, 03/02/2010

1- Fernando Alonso (Ferrari)- 1m11s470
2- Pedro De La Rosa ( Sauber Ferrari)- 1m12s094
3- Michael Schumacehr (Mercedes)- 1m12s438
4- Jaime Alguersuari (Toro Rosso Ferrari)- 1m12s576
5- Jenson Button (Mclaren Mercedes)- 1m12s951
6- Vitaly Petrov (Renault)- 1m13s097
7- Nico Hulkenberg (Williams Cosworth) 1m13s669

Resultado geral dos três dias de testes em Valência:

1- Fernando Alonso (Ferrari)- 1m11s470 (quarta)
2- Felipe Massa (Ferrari) 1min11s722 (terça)
3- Kamui Kobayashi (Sauber) 1min12s056 (terça)
4- Pedro De La Rosa ( Sauber Ferrari)- 1m12s094 (quarta)
5- Lewis Hamilton (McLaren) 1min12s256 (terça)
6- Robert Kubica (Renault) 1min12s426 (terça)
7- Michael Schumacher (Mercedes)- 1m12s438 (quarta)
8- Felipe Massa (Ferrari) - 1min12s574 (segunda)
9- Jaime Alguersuari (Toro Rosso Ferrari)- 1m12s576 (quarta)
10- Pedro de la Rosa (BMW Sauber-Ferrari)- 1min12s784 (segunda)
11- Nico Rosberg (Mercedes) 1min12s899 (terça)
12- Michael Schumacher (Mercedes) - 1min12s947 (segunda)
13- Jenson Button (Mclaren Mercedes)- 1m12s951 (quarta)
14- Vitaly Petrov (Renault)- 1m13s097 (quarta)
15- Rubens Barrichello (Williams) 1min13s377 (terça)
16- Nico Rosberg (Mercedes)- 1min13s543 (segunda)
17- Nico Hulkenberg (Williams Cosworth) 1m13s669 (quarta)
18- Sebastian Buemi (Toro Rosso) 1min13s823 (terça)
19- Gary Paffett (McLaren-Mercedes)- 1min13s846s (segunda)
20- Rubens Barrichello (Williams-Cosworth) - 1min14s449 (segunda)
21- Sébastien Buemi (Toro Roso-Ferrari) - 1min14s762 (segunda)
22- Robert Kubica (Renault)- 1min15s (segunda)

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

Segundo dia de testes em Valência. Mais um domínio de Massa

Felipe Massa voltou a ser o mais rápido nos testes de Valência. Neste segundo dia ele marcou o tempo de 1m11s722, até agora o mais rápido dos dias dias de testes. Kamui Kobayashi da BMW Sauber-Ferrari (que salada doida!) repetiu o feito de De La Rosa e colocou-se em segundo.
Neste treino Lewis Hamilton pilotou o MP4-25 e terminou em terceiro. Robert Kubica teve uma melhora de performance com relação ao treino de ontem e fechou em 4º. Rosberg (Mercedes), Barrichello (Williams) e Buemi (Toro Rosso) completaram a tabela de tempos.
Amanhã será a a vez de Alonso (Ferrari), Button (Mclaren), Vitaly Petrov (Renault), Schumi (Mercedes), De La Rosa (Sauber) e Nico Hülkenberg (Williams) testarem seus bólidos.

Hamilton, em seu primeiro confronto com as rivais, ficou animado com a nova Mclaren: "Foi uma grande diferença se compararmos ao primeiro dia de testes do ano passado", disse o piloto, segundo o site Autosport. "Estou com uma boa sensação. Eu vigiei de perto o desenvolvimento do carro no fim de 2009, e fiquei muito animado quando entrei no carro hoje e vi os pontos nos quais melhoramos. Os problemas que eu tinha com o carro antigo eu não tive com este".

Testes de Pré-Temporada, dia 2
Circuito Ricardo Tormo, Valência, 3/02/2010

1. Felipe Massa (Ferrari) 1min11s722
2. Kamui Kobayashi (Sauber) 1min12s056
3. Lewis Hamilton (McLaren) 1min12s256
4. Robert Kubica (Renault) 1min12s426
5. Nico Rosberg (Mercedes) 1min12s899
6. Rubens Barrichello (Williams) 1min13s377
7. Sebastian Buemi (Toro Rosso) 1min13s823



segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

E começou a pré-temporada com Massa liderando


Os tão aguardados testes de pré-temporada da F1 começaram. Com apenas 8 equipes treinando, o circuito de Ricardo Tormo recebeu os testes que foram dominados por Felipe Massa com sua Ferrari, que dominou as duas sessões de treinos. Ele foi o único a andar com Ferrari neste primeiro dia e marcou o tempo de 1m12s564, 0''220 mais veloz que Pedro De La Rosa que volta a pilotar oficialmente na F1 pela Sauber.
Os testes também foram palco para apresentação de novos carros. A Mercedes apresentou seu W01 e marcou o terceiro e quarto tempos com Schumi e Rosberg. Nico treinou na parte da manhã e entregou o carro para Michael na parte da tarde. O heptacampeão terminou 0''383 mais lento que o tempo de Massa. O novo Mercedes foi elogiado pelos dois pilotos.
Gary Paffety, piloto de testes da Mclaren, foi o único a treinar e treinar com o MP4-25 e fechou o dia em quinto.
A Williams, Toro Rosso e Renault apresentaram seus carros durante os testes. A equipe inglesa treinou apenas com Barrichello que terminou em sexto. Mas o novo carro, o FW32, apresentou problemas na parte eletrônica do acelerador e provocou a parada de Rubens na pista, forçando a bandeira vermelha.
Buemi pela Toro Rosso e Kubica pela Renault, ficaram em sétimo e oitavo respectivamente.
Os treinos continuarão amanhã na pista espanhola.

O novo Sauber C29. Foi muito bem no primeiro dia de testes, mas o carro ta lisinho sem nenhum patrocínio. Carro leve pra chamar grana???

Rosberg aprovou o novo Mercedes W01: “Foram boas. Foi bom ter guiado pela primeira vez depois de três meses. E a primeira impressão foi muito positiva, sem nenhum problema” , mas foi Schumacher quem fez o melhor tempo a tarde.

A Renault tentou resgatar o seu passado com as novas cores em preto e amarelo, originais dos primeiros Renaults-Turbo das décadas de 70/80. O vermelho vem da petrolifera Total. Kubica foi o único a andar e fechar em oitavo.

O primeiro carro construido por pela Toro Rosso. Mas basicamente é o mesmo carro do ano passado, claro, com algumas evoluções.

O FW-32 da Williams estreou pelas mãos de Barrichello e acabou em sexto no geral após um problema no acelerador.

Resultado do teste
Circuito Ricardo Tormo, Valência, 1/02/2010


1. Felipe Massa (Ferrari) - 1min12s574
2. Pedro de la Rosa (BMW Sauber-Ferrari)- 1min12s784
3. Michael Schumacher (Mercedes) - 1min12s947
4. Nico Rosberg (Mercedes)- 1min13s543
5. Gary Paffett (McLaren-Mercedes)- 1min13s846s
6. Rubens Barrichello (Williams-Cosworth) - 1min14s449
7. Sébastien Buemi (Toro Roso-Ferrari) - 1min14s762
8. Robert Kubica (Renault)- 1min15s



sábado, 30 de janeiro de 2010

Ronnie Peterson onboard



Vídeos onboard destes mestres são raros de encontrar. Este aqui de cima é de Ronnie Peterson num March 721 no circuito de Anderstorp 1972. Tinha visto apenas um pedaço deste, com cerca de 30 segundos de duração, alguns anos atrás. Desta vez postaram ele inteiro e podemos ver o quanto que o gênio tinha intimidade com a máquina. É um dádiva para os olhos. 

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

De volta a ativa e as apresentações

Bom estive fora de combate por algum tempo por problemas de saúde, mas estou de volta firme e forte.
Semana de apresentações dos novos carros para esta temporada que começou com a Mercedes no dia 25, seguida pela Ferrari dia 28 e McLaren hoje.
No time alemão, o carro não é o desta temporada ainda. Na verdade é o Brawn campeão do Mundo com Button ano passado pintado de prata, preto e com linhas verdes da Petronas, patrocinadora da equipe. O novo carro será apresentado em Valência, dia 1º de fevereiro quando vai começar os testes.
A Ferrari sim mostrou seu novo carro o F-10. Com as asas dianteira e traseira pintadas em branco destacando o patrocínio do banco Santander e um bico alto, foram as novidades do novo bólido.
Hoje, em Woking, a McLaren também apresentou seu MP4-25. Destaques no novo carro é a asa traseira que junto da barbatana da carenagem do motor, formaram que uma peça só e já foi apelidada de asa bigorna. O carro entra na pista na segunda-feira.
Foram apresentações bem discretas e diretas ao ponto que era a apresentação dos carros e pilotos.
Esperar agora pelo início dos testes para começar as avaliações.

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Grandes atuações: Juan Manuel Fangio, Nurburgring, 1957

O velho Nurburgring era imponente. Cada quilômetro dos 22,5 que compunham o magistral circuito era ladeado de árvores troncudas que constituía um perigo eminente aos competidores, aumentando ainda mais o desafio. Mas havia aqueles que tinham dominado o "inferno verde" algumas vezes. Caracciola, Rosemeyer, Stuck Sênior, Lang eram os grandes mestres do "Ring" e tinham conquistado vitórias imponentes. Mas fora Nuvolari, pilotando um Alfa-Romeo P3 obsoleta frente aos modernos Mercedes e Auto-Unions, que conquistou a mais genial das suas vitórias em Nurburgring 1935 calando uma multidão que acreditava piamente no domínio amplo dos carros e pilotos alemães naquele GP. Passados 22 anos a história se repetiu, mas desta vez as "Silver Arrows" não estavam presentes e a briga ficou reservada aos carros italianos da Ferrari e Maserati. O piloto a conseguir domar o Nordshleife era o mestre Fangio.
O ano de 1957 foi o início das transformações que modificariam a F1 radicalmente pelas próximas temporadas. A Vanwall abriria de vez as portas para os pequenos construtores britânicos ao vencer o GP da Grã-Bretanha em Aintree, no que se tornou a primeira vitória de um carro britânico no mundo dos Grandes Prêmios desde 1923 quando a Sunbeam, pelas mãos do americano Henry Segrave, venceu o GP do ACF (Automóvel Clube da França) disputado em Tours. Outro que estreou e mudaria o layout dos F1 era a Cooper. O pequenino carro com motor central Coventry Climax de 2 litros, tinha sido financiado pelo lendário Rob Walker (um dos mais famosos proprietários particulares que já passaram pela categoria e também herdeiro do império dos whiskys Johnnie Walker), era derivado dos mesmos monopostos que arrasavam nas provas de F2. Os carros foram entregues, inicialmente, para Jack Brabham - que estreou no GP de Mônaco - e mais tarde a Roy Salvadori. Mas os Ferrari e Maserati, com seus potentes motores dianteiros, ainda davam as cartas.
Fangio, pilotando seu carro favorito, o Maserati 250F, ainda era o piloto a ser batido. Vindo de um tetra- campeonato em 1956 quando estava pela Ferrari, agora estava próximo de conquistar o penta. Ele tinha vencido as três provas iniciais daquele mundial (Argentina, Mônaco e França) e necessitava apenas de mais uma vitória para conquistar o quinto título.
Após a grande conquista no GP da Grã- Bretanha, a Vanwall não tinha esperanças de repetir o feito em Nurburgring por achar que seus carros não teriam um rendimento aceitável para aquele circuito. Isso, teoricamente, deixava as coisas mais fáceis para Fangio, mas os Ferraris de Hawthorn, Collins e Musso eram uma ameaça a considerar.
Nos treinos Fangio marcou a pole, seguido por Hawthorn e Collins. A estratégia da Ferrari para a corrida era de não parar e sairiam com 810 litros para completar toda a prova e pneus Englebert mais duros para aguentar todo o ritmo. No caso de Fangio ele não teria opção alguma se não parar, pois o tanque de sua Maserati era muito menor. Ele optou por largar com combustível para 12 voltas e pneus Continental mais macios.
Após a largada, Fangio foi ultrapassado por Hawthorn e Collins, caindo para terceiro. Na terceira volta já estava no comando e aproveitando-se do seu Maserati mais leve, sumiu na frente abrindo 28 segundos. Com esse tempo ele podia entrar nos boxes e fazer seu reabastecimento e trocar de pneus e voltar, no mínimo, próximo aos Ferraris.
Perseguição de cortar o fôlego: aqui já a frente de Collins e partindo pra cima de Hawthorn

Ele entrou nos boxes no final da volta 12 como previsto, mas tudo deu errado quando tiveram que apertar o assento do carro e, para piorar, uma porca tinha se perdido no momento da troca. Isso custou uma eternidade e o argentino voltou 51 segundos atrás das Ferraris de Hawthorn e Collins.
Faltando oito voltas para o fim (de um total de 22), tudo parecia perdido principalmente quando, nas voltas seguintes à sua parada, os seus tempos eram bem ruins. Na volta 15 as coisas mudaram de figura. Os cronometristas começaram a registrar voltas cada vez mais rápidas de Fangio. O argentino estava a rodar, por volta, cerca de 10 segundo mais veloz que o duo da Ferrari. Fangio explicou mais tarde como conseguiu extrair o máximo de sua Maserati: “Se você deixa o carro com uma marcha mais alta em algumas curvas rápidas, desde que entre com o angulo correto, sairá mais rápido. Então comecei a fazer quase todas as curvas assim".
Fangio alcançou as Ferraris na penúltima volta. Ultrapassou Collins numa curva, mas abriu demais e o inglês retomou a segunda posição. Juan voltou a pressioná-lo e dai sim, sem problemas, garantiu a segunda colocação. Agora era a vez de Hawthorn ser atacado, mas ele não resistiu muito e Fangio passou-o para vencer a corrida por uma diferença de 3,6 segundos. O título estava garantido com uma vitória magistral e inacreditável assim como Nuvolari em 1935. Num gesto de admiração e respeito, os dois jovens ingleses derrotados naquela tarde, levaram Fangio nos ombros até o pódio.
Foi a última conquista de Fangio na F1. Ele encerrou a carreira no início de 1958 após o GP da França, em Reims.
A sua grande vitória: assim como Nuvolari ele tinha domado o Nurburgring. Duas aulas dos dois grandes mestres na arte de pilotar

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Relembrando a década (2000-2009) 6ª parte

AS MELHORES CORRIDAS E AS MELHORES ATUAÇÕES

Foram ótimas corridas que tivemos na última década, com atuações brilhantes também de alguns pilotos nestas que serão relembradas agora


Em 2000 foi a estréia de Barrichello pela Ferrari e lá, até a etapa da Alemanha, não tinha conquistado a sua tão sonhada vitória. Mas num final de semana complicado, largando da 18ª posição, suas chances eram quase zero. Na corrida Schumi foi eliminado na largada e Rubens foi subindo de posição até chegar ao topo perto do fim da prova. Suas últimas voltas com pneu slick na parte molhada do Stadium virando até dois segundos mais rápido que as Mclarens de Hakkinen e Coulthard foram memoráveis.



No GP da Inglaterra de 2003, novamente, Barrichello estava em situação embaraçosa por ter batido o carro no treino de sábado sendo criticado pela imprensa especializada. No sábado marcou a pole, venceu de modo indiscutível a prova no domingo de modo espetacular com grande velocidade e audácia. Destaque nesta prova também para Cristiano Da Matta que corria com Toyota e liderou 23 voltas daquela prova duelando com Raikkonen.



Michael Schumacher parecia acabado na prova dos EUA de 2003 quando marcou apenas o 7º tempo no grid, mas a leve chuva que caiu no autódromo de Indianápolis o ajudou a conquistar uma importante vitória frente seus adversários Raikkonen e Montoya que disputavam o título contra o alemão



Como sempre Spa-Francorchamps nos dá o grande prazer de ver espetáculos de pura velocidade e atuações maravilhosas. Nesta edição de 2004 foram várias, com ultrapassagens aos montes e belos duelos e alguns acidentes. A vitória foi de Raikkonen e Schumacher conquistou lá seu sétimo título.



No GP do Japão de 2005 a chuva que caiu no final do treino jogou Alonso, Schumi, Raikkonen e Montoya para as últimas posições no grid. Destes quatro somente Juan Pablo não completou a prova, mas os outros deram o show na prova ao protagonizar grandes ultrapassagens e ótimos duelos. Raikkonen venceu a corrida ao ultrapassar Fisichella na última volta numa bela manobra.



Nunca tinha chovido no GP da Hungria desde sua entrada no calendário da F1 em 1986, mas naquele fim da temporada de 2006 o aguaceiro caiu no circuito tornando as coisas mais complicadas para os pilotos. Alonso fez uma corrida maravilhosa depois de uma largada magistral, mas não completou a prova e Schumi deu show ao segurar uma turma depois que seus pneus slick estavam de deteriorados. Jenson Button venceu sua primeira prova neste dia.



O GP do Brasil de 2008 foi uma tensão só. Com Massa precisando de sete pontos a mais que Hamilton ele tratou de sumir na frente após mais um bela pole. Hamilton sofreu pacas com o rendimento do seu carro e por pouco não perdeu o campeonato, que chegou a ficar com Massa por míseros segundos, mas que foi recuperado pelo inglês que ultrapassou Glock na curva da Junção e passou em quinto para vencer seu campeonato mundial pela primeira vez.

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...