quinta-feira, 19 de maio de 2011

O acidente de Simona em Indianápolis

Nos treinos de hoje em Indianápolis, Simona de Silvestro sofreu grave acidente na entrada da curva três após seu carro ter quebrado, aparentemente, a suspensão traseira. O carro da suiça chegou a levantar voôu antes do primeiro impacto e prosseguiu se arrastando por toda a curva, até levantar voôu por completo mais à frente e capotar. Seu carro chegou a ter princípio de incêndio, que foi logo controlado pelo resgate. Ela saiua andando, mas foi logo divulgado que sua mão direita está com queimaduras de segundo grau. Sobre o estado de saúde de Simona, o centro médico ainda não divulgou. Segue o vídeo do acidente:

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Spirit Honda, 1983

Na décima segunda posição do grid para a Corrida dos Campeões de 1983 em Brands Hatch, a Spirit Racing, equipe oriunda da F2, alinhou um carro para Stefan Johansson. Até então algo corriqueiro, já que era uma prova que não valia nada para o campeonato mundial daquele ano, mas isso servia, e muito, para que a Honda colocasse em prática seu retorno ao mundial de F1 após 15 anos. Agora, como fornecedora, os japoneses haviam produzido uma unidade V6 1.5 Turbo e colocado no chassi 201 da equipe Spirit (projetados por Gordon Coppuck e Tim Whrigth) para aquela prova, mas como todo motor em sua juventude, os problemas foram inúmeros e só nos treinos foram dois propulsores estourados. E na corrida não foi diferente, sendo que o problema da vez era um furo no radiador que tirara Johansson após 4 voltas.
As movimentações da Honda começaram ainda em Jacarepaguá na semana seguinte a prova de abertura do mundial de 83, a fim de testar os motores em temperaturas altas. O verão estava forte naquela ocasião, com temperaturas de quase 42°C à sombra e isso era um baita teste para o motor novo. Mas todos foram pegos de surpresa com uma queda de temperatura que acabou por anular todo seu programa. Após a sua rápida participação no ROC (Race of Champions) de 10 de abril em Brands Hatch, a Honda ainda testou em Silverstone, Willow Springs e Riverside com Thierry Boutsen e Johansson.
A estréia oficial na F1 se deu no GP da Inglaterra com Johansson abandonando na 5ª volta por problemas no pescador de combustível. Em outras cinco provas a Spirit Racing se fez presente, sempre com Johansson ao volante: no GP da Alemanha, abandono na 11ª volta por problemas de motor; GP da Áustria a primeira corrida completa, chegando na 12ª posição com cinco voltas de atraso para o vencedor Alain Prost; no GP da Holanda o melhor resultado com sétima posição, duas voltas atrás de René Arnoux; na Itália novo abandono na 4ª volta por avaria no distribuidor; no GP da Europa, disputado em Brands Hatch, completaram a prova na 14ª posição com duas voltas de atraso para Nelson Piquet.
A Spirit não foi à Kyalami para a disputa do derradeiro GP daquele ano na África do Sul, encerrando assim sua parceria com a Honda. Os japoneses se associaram a Williams de tio Frank e em dois anos, já estava colhendo os resultados com vitórias e mais tarde títulos. A Spirit ficou na F1 até 85, encerrando suas atividades após 25 GPs disputados. 


 Thierry Boutsen em testes com o Spirit Honda em Willow Springs, na Califórnia em 1983

segunda-feira, 16 de maio de 2011

FIA GT1- Sachsenring- 4ª Etapa

Ficam os vídeos da rodada dupla da quarta etapa do FIA GT1 disputado neste fim de semana em Sachsenring, na Alemanha.
A qualifying race do sábado, foi vencida pela dupla Maxime Martin/ Fredéric Makowieck com um Ford GT (Team Marc VDS):

GT1 Qualifying Race Short Highlights from... por GT1
No domingo a vitória foi da dupla Christian Hohenadel/Andrea Piccini com um Aston Martin DB9 (Team Hexis AMR):

GT1 Championship Race Short Highlights por G1
 Bernoldi, em dupla com Warren Hughes, fechou as duas corridas na quarta posição.  

Foto 14: A primeira e a última

Como ontem não tive tempo de colocar algo para homenagear Elio de Angelis, que completou ontem 25 anos do seu falecimento, ai fica a foto da chegada do GP da Áustria de 1982 onde ele conquistou sua primeira vitória chegando milésimos à frente de Rosberg. E de quebra fica última cena, uma das mais folclóricas da história da F1, que é o boné ao alto de Chapman ao comemorar pela última vez uma vitória do seu Team Lotus. Ele morreria (?) ao final daquele ano. 

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Garotas da F1- GP da Turquia

E não será apenas do GP turco que sentirei saudades. Sem sombra de dúvida...

F1 Battles: Jacques Laffite vs Rene Arnoux, GP da Àustria 1981


Apenas para comemorar a reinauguração de um dos mais belos circuitos em que a F1 já realizou corridas, eis um duelo entre Laffite e Arnoux durante o GP da Áustria de 1981 disputado no veloz circuito de Osterreichring (que já foi chamado de Zeltweg e A1-Ring). A vitória ficou com Laffite, seguido por Arnoux e Piquet.
A sua reabertura será neste domingo com presença de Vettel, Webber, Loeb e de outros tantos que defendem as cores da bebida energética no automobilismo. A pista foi comprada por Dietrich Mateschitz em 2004 e levará o nome de Red Bull Ring. Boa sorte ao novo ciclo deste velho circuito.

terça-feira, 10 de maio de 2011

Foto 13: Favela

Até este tipo de imagem desapareceu da F1 ao passar dos tempos. A foto é da curva Acqua Mineralle, tirada durante o GP de San Marino de 1990.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

GP da Turquia- Corrida- 4ª Etapa

A chegada da F1 à Europa não mudou em nada o panorama visto nas últimas três etapas. Até digo que pela performance apresentada no domingo em Istambul Park, será complicado alguém fazer frente à Vettel caso não tenha um fator que mude o curso desta história. Ele desapareceu na frente após uma largada tranqüila, sem problemas, para garantir sua terceira vitória em 4 corridas disputadas até aqui. Ele pareceu estar imune a todos os problemas enfrentados pelos demais concorrentes, que sofreram à beça com os pneus que se desgastavam excessivamente. Isso acabou sendo um uppercut nas equipes que apostavam num clima mais frio, já que a sexta-feira fora de tempo ruim e o sol do sábado e domingo acabou por mudar todas as estratégias de paradas. E isto serviu para que tivéssemos uma corrida com vários duelos interessantes e intensos por diversas posições.
Mesmo com uma corrida à parte de Vettel, podemos contemplar disputas memoráveis. Button VS Hamilton, Massa Vs Rosberg, Alonso Vs Webber, Button Vs Massa, Kobayashi Vs Schumi, foram alguns que abrilhantaram a prova turca. Claro que devemos muito aos pneus e a asa móvel por estes momentos, mas acredito que mesmo sem o subterfúgio da asa poderíamos ter uma série de ultrapassagens. Os pneus se desgastaram de tal forma que os pilotos perdiam tração facilmente nas saídas de curvas e isso proporcionava a aproximação do piloto de trás com facilidade. Em um dos duelos entre Massa e Rosberg ficou claro isso. O brasileiro perseguiu o alemão por toda a curva 8 praticamente colado e foi efetuar a ultrapassagem em um ponto muito pouco usado, que é no final da reta que antecede o “S” antes da reta de uso da asa móvel. Se bem que Massa não pode segurá-lo logo em seguida, perdendo a posição novamente para Nico. A maioria dos pilotos parou nos boxes quatro vezes. Apenas Button e Barrichello, que pararam três vezes, acabaram perdendo posições, pois seus pneus duros não agüentaram o ritmo final frente ao demais que usavam pneus macios ou duros novos na parte final da corrida. Valeu pela ousadia deles, mas não deu certo assim como já havia sido certo a escolha de Vettel em Xangai de parar apenas 2 vezes contra três da concorrência. Acredito que em situações como esta da Turquia, onde Button e Barrichello apostaram em uma parada a menos que o restante é melhor sacrificar o Q3 usando um jogo de pneus duros e fazer um stint mais longo na corrida e assim terá dois jogos de pneus moles para a parte final da prova. Como o pneu duro tem uma longevidade de até 30 voltas, mesmo podendo se desgastar antes dessa previsão é uma aposta a ser levada em diante.
A prova foi boa para Alonso, que pode conseguir o primeiro pódio para a Ferrari neste ano. E o melhor: seguiu de perto Webber, com quem duelou pela segunda posição na parte final da prova. A Ferrari saiu satisfeita e só não marcou pontos com os segundo carro, porque Massa caiu de rendimento durante a prova e terminou em 11º após ter passado todo o tempo entre os pontuáveis. Rosberg fez outra bela corrida e mostra que a Mercedes já está no encalço da Mclaren nos treinos e pelo menos, nas corridas, pode incomodá-los como fez ontem em Istambul. Destaco também a prova de recuperação e o alto número de ultrapassagens de Kamui Kobayashi, que largou em 22º após ter perdido todo o treino de classificação devido um problema a bomba de combustível. Só Schumi levou, pelo menos, três ultrapassagens do japonês. A jornada da Mclaren não foi tão proveitosa: Hamilton vagueou entre a quarta e a sétima posição na corrida e logo com dez voltas de corrida, seus pneus já haviam se degradado, assim como o de Massa. E isto se repetiu em outras oportunidades na corrida que acabou privando-o pela briga por um lugar no pódio. Button, por certo momento, pareceu tentar um bote contra Vettel ao optar por apenas três paradas. Até funcionaria em outros tempos, mas o desgaste brutal destes Pirelli detona qualquer tipo de estratégia ousada e nem mesmo ele, que consegue preservar tão bem os pneus, foi páreo para isso e despencou de quarto para sexto na corrida.
Catalunha, circuito de Montmeló, será a próxima parada para a F1 realizar o GP da Espanha. E a pista é conhecida por ser historicamente dominada por carros construídos por Newey. Foi assim nos tempos da Williams e Mclaren e no ano passado e Webber venceu ano passado com folga. E o resultado de ontem em Istambul pode repertir-se com total folga em Montmeló. E para o Istambul Park fica desde já minhas saudades do mais belo e completo circuito dos muitos já construídos por Tilke. A curva 8 já é histórica.

Resultado Final
Grande Prêmio da Turquia
Circuito de Istambul Park- Istambul
8/5/2011- 4ª Etapa

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1h30min17s558
2. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 8s807
3. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 10s075
4. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 40s232
5. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 47s539
6. Jenson Button (ING/McLaren) - 59s431
7. Nick Heidfeld (ALE/Renault) - 1min00s857
8. Vitaly Petrov (RUS/Renault) - 1min08s168
9. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min09s300
10. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - 1min18s000
11. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min19s800
12. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min25s400
13. Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
14. Sergio Perez (MEX/Sauber) - a 1 volta
15. Rubens Barrichello (BRA/Williams) - a 1 volta
16. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - a 1 volta
17. Pastor Maldonado (VEM/Williams) - a 1 volta
18. Jarno Trulli (ITA/Lotus) - a 1 volta
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus) - a 2 voltas
20. Jerome D'Ambrosio (BEL/Virgin) - a 2 voltas
21. Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 3 voltas
22. Vitantonio Liuzzi (ITA/Hispania) - a 5 voltas

Não Completaram
Paul Di Resta (ESC/Force India)
Timo Glock (ALE/Virgin)

sábado, 7 de maio de 2011

GP da Turquia- Classificação- 4ª Etapa

Ao cruzar a linha de chegada e cravar um excepcional tempo de 1'25''049, tendo Webber na segunda posição com 0''405 décimos de desvantagem, Vettel se deu ao luxo de encostar seu carro na garagem e assistir pela TV os seus rivais se matarem para chegar ao menos perto. Mak tambémk acompanhou Sebastian e nem foi pra pista após marcar a segunda posição. Resumindo, foi um classicatório fácil para o duo da Red Bull em Istambul Park.
Nem as Mclarens, que tem duelado com eles nos últimos GPs, conseguiram incomodá-los. Hamilton ficou em quarto enquanto que Button marcou o sexto tempo. Os intrusos Rosberg e Alonso, furaram o bloqueio e se enfiaram no meio dos favoritos com o alemão marcando o terceiro tempo e o espanhol o quinto. Massa sairá em décimo, sendo que abortou para ter ao menos um jogo de pneus macios já que usou um deles no Q1, quando foi o mais rápido.
Olhando o grid, sem dúvida é uma prova para Vettel largar bem e desaparecer na frente. Tendo Webber em segundo facilita bastante, mas não é de se surpreender caso o australiano pule na frente e protagonize um duelo como o do ano passado, onde os dois enroscaram rodas e entregaram para a Mclaren um dobradinha. A chuva pode embaralhar e ajudar a Mclaren, afinal seu treino não foi dos melhores e seus pilotos terão que batalhar contra Rosberg e Alonso. E isso não será tarefa fácil. Rosberg esteve no páreo pela vitória em Shangai e só perdeu por causa da estratégia que não deu certo, enquanto que Alonso precisa de um resultado melhor até para animar o ambiente na Ferrari que tem sido tenso nas últimas semanas. Massa não é de se esperar muito dele, apesar de conhecer bem o circuito turco. Legal foi ter visto Barrcichello com chances de ir para a Q3, quando foi superado no final da Q2 por Heidfeld. Largará em 11º. 

GRID DE LARGADA PARA O GP DA TURQUIA- 4ª ETAPA

Q3
1. Sebastian Vettel - Red Bull 1min25s049
2. Mark Webber - Red Bull - 1min25s454
3. Nico Rosberg - Mercedes - 1min25s574
4. Lewis Hamilton - McLaren - 1min25s595
5. Fernando Alonso - Ferrari - 1min25s851
6. Jenson Button - McLaren - 1min25s982
7. Vitaly Petrov - Lotus Renault - 1min26s296
8. Michael Schumacher - Mercedes - 1min26s646
9. Nick Heidfeld - Lotus Renault - 1min26s659
10. Felipe Massa - Ferrari - sem tempo
Q2:
11. Rubens Barrichello - Williams - 1min26s764
12. Adrian Sutil - Force India - 1min27s027
13. Paul di Resta - Force India - 1min27s145
14. Pastor Maldonado - Williams - 1min27s236
15. Sergio Perez - Sauber - 1min27s244
16. Sebastien Buemi - Toro Rosso - 1min27s255
17. Jaime Alguersuari - Toro Rosso - 1min27s572
Q1:
18. Heikki Kovalainen - Team Lotus - 1min28s780
19. Jarno Trulli - Team Lotus - 1min31s119
20. Jerome D'Ambrosio - Virgin - 1min30s445
21. Vitantonio Liuzzi - Hispania - 1min30s692
22. Timo Glock - Virgin - 1min30s813
23. Narain Karthikeyan - Hispania - 1min31s564
24. Kamui Kobayashi - Sauber - sem tempo

terça-feira, 3 de maio de 2011

GT Brasil- Anhembi- 2ª Etapa

A segunda rodada dupla do GT Brasil revelou algo que já estava mais do certo que iria acontecer, mais cedo ou mais tarde: a vitória do Corvete. E não foi apenas uma vitória, mas sim duas com Pedro Queirolo. E de quebra ainda fez a pole para a segunda corrida disputada no domingo.
No sábado Queirolo partiu da oitava posição e foi subindo de posições com uma boa dose de arrojo, não se intimidando com os adversários. Mas talvez a vitória ficasse difícil, pois Daniel Serra com a Ferrari 458 estava fabuloso com uma tocada de mestre tirando o máximo da nova máquina. Mas após a as paradas obrigatórias para troca de pilotos, a sorte virou para o piloto da Corvete que já estava num bom terceiro lugar. Chico Longo assumiu o comando da Ferrari, mas em pouco tempo rodou e deixou a primeira posição para o Lamborghini de Hahn/Khodair, com Queirolo logo em seguida. As últimas voltas foram de total ataque do Corvete sobre o Lamborghini. Hahn defendendeu-se como pode e faltando três volta para o fim, Pedro conseguiu assumir a ponta da corrida para vencer a sua primeira prova no GT assim como o da Corvete.
No domingo pela manhã, Queirolo partiu da pole e teve que duelar na primeira parte da corrida contra os Ford GT de Stumpf/Brito e Boni/Moro sendo ultrapassando por ambos. Com a parada nos boxes, Queirolo reassumiu a liderança e pode manter uma confortável diferença de 8 segundos sobre Valdeno Brito que sofria com a falta de freios no Ford.
Na GT4 as duas vitórias ficaram para a dupla Cristiano Federico/Caio Lara Rezende, sendo no domingo tiveram que disputar a vitória conta Otávio Mesquita que acabou errando no final da reta do sambódramo e abandonando, após bater na barreira de pneus.
A força mostrada pelo Corvete no Anhembi já havia sido vista em Interlagos durante a primeira etapa,mas os problemas de juventude deste carro ainda vão atrapalhá-los neste início de campeonato. Desta vez o problema foi com Sperafico/Dahruj, que nem completaram a corrida do sábado. A Ferrari 458 é magnífica, mas confesso que só o Daniel Serra não é o suficiente para levar este carro as vitórias. Longo errou feio no sábado ao pegar o carro em primeiro e rodar poucas voltas depois de ter assumido o volante do carro. Os Ford GTs dispensam comentários, principalmente da dupla Brito/Stumpf que estão sempre brigando pelas vitórias. No domingo, em especial, tinham chances de sobra para vencerem se não fosse o problema de freio. Esta corrida serviu para marcar a despedida do Audi R8 LMS de Xandi/Xandynho Negrão. O carro venceu três corridas das seis que disputou, mas mesmo com um currículo tão bom, o velho Negrão preferiu trocá-lo por achar que a vitórias foram mais por obra do acaso do que pelo desempenho do bólido alemão. Eles usarão na próxima etapa o Lamborghini LP600 que já venceu a corrida um de Interlagos neste ano, com Khodair/Hahn.
Na GT4 nada de novidades: os Ferrari 430 Challenger ainda são fortes e os únicos adversários que podem barrá-los são os Aston Martin Vantage, que não andaram nesta etapa. Os Gineta são fortes, mas confesso que terão que pegar uma jornada muito boa para barrar as Ferraris.
A próxima etapa será em Curitiba, nos dias 20, 21 e 22 de maio.

sábado, 30 de abril de 2011

Big Crashes: Eurocup Megane e F-Renault 2.0- Spa Francorchamps

A Eau Rouge esteve movimentada hoje numa das estapas dos campeonatos europeus de F-Renault 2.0 e Megane. No primeiro vídeo o Megane do piloto holandês Bas Schothorst, tem o eixo traseiro esquerdo quebrado na subida da curva e acaba rodando e batendo no lado interno. No segundo vídeo um ato de coragem quando dois pilotos da F-Renault 2.0 tentam dividir, lado a lado, a subida da Eau Rouge. Resultado: um deles acaba rodando e sendo acertadoi em seguida quando já estava no topo. Logo após, Timmy Hansen encosta seu carro na área de escape interna e quando se preparava para voltar à pista, outro carro acaba acertando-o na traseira e decolando. O detalhe bizarro é que a corrida já estava em safety car naquele momento.Já os pilotos, envolvidos em todos estes acidentes, nada sofreram.






quarta-feira, 27 de abril de 2011

Foto 12: Suecos em ação

Peterson não aliviou um milímetro para o seu conterrâneo Gunnar Nilsson, e o piloto da Lotus acabou rodando, batendo nos guard-rails e abandonando a corrida na 9ª volta. Peterson completou a prova, três voltas atrás do vencedor James Hunt. A foto é do GP dos EUA de 1977, disputado em Watkins Glen.

Sobre Barrichello e a Williams

Domingo estava vagueando pelo Twitter quando vi o link do post que o amigo Paulo Alexandre Teixeira, o Speeder76 do ótimo Continental Circus,  deixou por lá sobre a sua análise do mau começo de temporada da Williams. Junto do link, ele observou o comentário de um dos seus leitores onde este detonava Barrichello como perdedor e culpado pelo péssimo início de ano do time de Frank Williams. Acho que está mais do que na hora de eu falar um tanto sobre este assunto.
Primeiramente não sou fã do Rubens e nem desço o pau como a maioria faz, como se o pobre fosse um judas no sábado de aleluia. De alguma forma isso me desarma para sobre o veterano piloto. Sei que Rubens falou algumas asneiras no decorrer dos seus longos 18 anos de F1 e que também sempre alimentou algo que ele, e todos nós sabíamos e sabemos, que não será campeão do mundo. Sem contar em certas ocasiões em que a vitória estava distante, difícil e até, na maioria das vezes no seus tempos de Ferrari, impossível de ser alcançada, ele sempre prometeu consegui-lá com todo seu esforço. Essa sua autoconfiança exagerada sempre inflou a torcida em várias ocasiões e assim que o resultado não vinha, por algum motivo, a primeira coisa a ser lembrada  era de se fazer chacotas com o sobrenome do piloto, como Burrinho, Rubens Pé de Chinelo entre outras. Foi por esse motivo, de sempre acreditar que podia, é que Rubens caiu na armadilha que a imprensa, em especial a Globo, armou que foi querer transformá-lo num novo Senna. Barrichello mergulhou de cabeça e pilotando um Jordan Peugeot, que era o sexto melhor carro do grid de 1995, tentou ser o que não podia: um novo ídolo brasileiro na F1. O que conseguiu de melhor naquele ano, foi uma segunda posição em Montreal e só. Ele já era alvo de piadas e ao meu ver, isso piorou muito após seus inúmeros erros em 96. Dai foi a gota d'água para que ele caísse de vez na boca dos comediantes e do povo brasileiro como a grande piada do esporte nacional. Seus tempos na Ferrari, só alimentaram ainda mais este tipo de chacota principalmente após o lance do GP da Áustria de 2002 onde teve que entregar a primeira posição para Schumi.
Por outro lado, Barrichello conseguiu suas tão sonhadas vitórias e algumas com performances tão eletrizantes quanto as de Schumi. Hockenheim 2000 e Silverstone 2003 são os dois melhores exemplos. Foi por duas vezes vice campeão, em 2002 e 2004, perdendo para o imbatível Michael. Num país qualquer, esses resultados teriam sido festejados. Mas aqui no Brasil, onde não apoiamos nada, queremos apenas o primeiro lugar. O governo federal não destina um vintem para o esporte a motor aqui no país e nem ajuda os pilotos que estão lá fora. Assim foi o caso de Rubens e de tantos outros pilotos que saíram, saem e ainda vão sair daqui para tentar um lugar ao sol. Se chegarem lá e fizerem algo de bom na F1 ou em qualquer categoria que vão correr e até mesmo se não fizerem, não temos que julgá-los. Barrichello está na sua 19ª temporada completa de F1. Velho demais para correr? Acho que não. Tantos pilotos na NASCAR que correm há décadas e nem é jogada na mesa a sua idade quando vão contratá-los. Rubens está na F1 ainda por gostar de fazer o que a vida lhe proporcionou, que foi viver de automobilismo. Pego como exemplo uma reportagem que passou em algum canal daqui do Brasil, sobre um senhor, já idoso, com quase ou mais de 80 anos que ia religiosamente para seu serviço todos os dias há mais de 60 anos. Havia entrado ainda adolescente, construiu sua vida ali dentro e aposentou-se na mesma fábrica de autopeças. Quando lhe perguntaram o porque de ainda estar trabalhando após tanto tempo, mesmo estando aposentado, ele foi simples e direto: "trabalho por que gosto e é o que sei fazer. Se sair daqui não terei mais nenhum sentido na minha vida". Para o Rubens, essa é a explicação por estar ainda na F1. Schumi, mesmo levando uma lavada histórica de Rosberg, voltou porque ama o que faz. Mas não está competitivo o suficiente por ter ficado tanto tempo fora da categoria. Barrichello ainda está em forma e digo, se estivesse pilotando um Renault Lotus, teria marcado pontos nesta temporada estando altamente competitivo ainda. A Williams o contratou por sua experiência e o time sabe bem que o FW33 não é um carro dos sonhos, mas sim um pesadelo que vem tirando o sono de todos por lá. Nem mesmo Hulkenberg, que citaram no comentário, não daria jeito nenhum. Aliás, ninguém daria ou dará jeito naquele carro. Rubens é apenas um piloto bom, cauteloso e bom acertador. Não um milagreiro.
Com relação à Williams, é penoso você ver o time vagueando por posições intermediárias e quase do fundo do pelotão. Mas sabe-se que o time, após a saída de Adrian Newey em 97, cairia de produção se não achasse alguém do mesmo calibre para ajudar Head na construção dos carros. Eles tiveram um breve sucesso nos anos 2000 durante a sua parceria com a BMW, mas ficou por isso. Os alemães rumaram para a Sauber em 2006 e o time de Groove ficou dependente, primeiramente da Toyota e desde 2008 ficando a dispor dos propulsores Cosworth. Com a BMW podiam ter conseguido algo caso não tivesse Frank batido o pé e não aceitado a ajuda deles à partir de 2005. 
A base no qual se ergueu a Williams foi o dela ter sempre aperfeiçoado as inovações tecnológicas introduzidas por outros times, como o efeito solo e a suspensão ativa da Lotus. Head trabalhou fundo no FW07 e criou um bólido que assombrou todos em Silverstone 1979 e que daria o título para Alan Jones no ano seguinte. Com a suspensão ativa, desenvolvida pela Lotus em 87, eles aperfeiçoaram e juntando a outro montante de tecnologias, criaram as jóias que foi o veloz FW14 de 91; o destruidor FW14B de 92 e o marcante FW15 de 93. Foram crias, que sob a batuta de Newey e Head, e tendo Mansell e Prost no ao volante dos bólidos, levaram a equipe ao olimpo da categoria. Mesmo sem eletrônica, mas com carros ótimos e eficientes, eles foram fortes até 1997.
Siceramente eles caminham para um lugar para onde não deveriam e nem devem ir, que é o fundo do poço. E eles buscaram Barrichello para ajudar. Se vai dar certo, ninguém saberá. Mas a princípio, respeite-os. Só isso já basta.

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...