segunda-feira, 27 de maio de 2013

GP de Mônaco - Corrida - 6ª Etapa



O pessimismo apresentando por Nico Rosberg durante a coletiva no sábado era normal: após mais uma pole, ele se lembrava dos últimos GPs em que saíra dessa posição e quem mal conseguia usufruir desta vantagem, uma vez que o seu carro caía drasticamente de performance devido – exclusivamente - pelo alto desgaste de pneus. Mas Mônaco, com seus trechos quase que mal cabem um carro, lhe reservava uma esperança de conseguir algo melhor naquela tarde. Para isso, ele deveria tentar construir uma ótima vantagem que lhe desse chances de fazer uma troca de pneus e ainda se manter à frente de seus rivais. Uma tarefa nada fácil, mas que poderia muito bem acontecer.
Apesar de uma largada sem problemas para os ponteiros, a corrida foi uma enfadonha procissão que viu Rosberg abrir uma diferença bem pífia para seu companheiro Hamilton que lutava com Vettel pela segunda colocação. Mais atrás, Webber segurava a galera que tinha Raikkonen, Alonso, Button e outros que formaram uma longa fila. Corrida modorrenta até que Felipe Massa resolveu tirar a contraprova do seu acidente no sábado na St. Devote e descobrir que não tinha sido uma boa idéia. O Safety-Car entrou e Vettel foi esperto ao ir para os boxes e mudar os pneus de super macios por macios e este exemplo foi seguido por Webber. Rosberg já estava longe e na volta seguinte, antes do SC encontrá-lo, ele também trocou para compostos macios e Hamilton veio logo a seguir. A diferença é que Nico ainda conseguiu voltar na frente, enquanto que Lewis caiu para quarto. Quando a relargada foi dada, Rosberg conseguiu abrir uma diferença razoável para Sebastian e Hamilton passou a pressionar veemente Webber, que conseguia anular as tentativas do inglês em pontos como a Lowes, Chicane do Porto, Tabac e Rascasse. Enquanto que a batalha pela terceira colocação fervia, Chilton resolveu ignorar os espelhos retrovisores ao espremer Maldonado contra o guard-rail da curva Tabac e proporcionar um pequeno vôo do piloto venezuelano, que acabou batendo forte na barreira de proteção e com isso jogando-as na pista. O SC entrou, mas de imediato a bandeira vermelha foi estendida faltando 32 voltas para o fim para que as barreiras fossem colocadas de volta. Com os carros alinhados e com novos pneus, seria uma nova corrida a ser feita no Principado.
Mas quando a relargada foi dada, as posições dos ponteiros não modificaram: Rosberg conseguiu abrir uma boa diferença para Vettel e Hamilton, que tentava como podia passar por Webber, agora sofria com problemas de pneus e não mais incomodava o piloto australiano. Enquanto isso, da quinta posição para baixo, Perez e Sutil faziam a festa ao conseguirem ótimas ultrapassagens sobre Alonso e Button. O piloto mexicano esta possesso na sua condução em Monte Carlo, mas errou na dose quando tentou passar Kimi na entrada da Chicane do Porto e acabou furando o pneu traseiro direito do Lotus do finlandês. Raikkonen foi aos boxes e voltou em 16º, conseguindo fazer uma das recuperações mais extraordinárias naquela pista ao subir dessa posição até a décima em poucas voltas e Sergio abandonou logo depois com o radiador de seu McLaren furado. Adrian Sutil foi mais esperto e menos ignorante nas ultrapassagens, aproveitando-se bem dos vacilos de Button e Alonso na Lowes, ele conseguiu chegar a um ótimo quinto lugar. Fernando, por sua vez, fez uma das piores apresentações da sua carreira ao optar por uma condução mais conservadora e isso lhe custou três colocações para Perez, Sutil e Button e terminou em sétimo.
A vitória de Rosberg já era cantada desde o GP da Espanha, mas para isso ele precisaria fazer a pole e a fez de modo tranqüilo até. O desempenho do W04 ainda o deixava em dúvida, mas o comportamento do carro em Monte Carlo foi bom e os pneus resistiram bem. A Red Bull também teve um bom ritmo nessa corrida e assim como a Mercedes, pouco sofreu com a borracha, mas achei que Vettel preferiu uma pilotagem mais segura para conservar os pneus, pois o seu início de corrida tinha sido extremamente agressivo ao tentar passar Hamilton, ou induzi-lo ao erro. Depois baixou a guarda, talvez já sabendo que os seus rivais diretos, Raikkonen e Alonso, estavam a passar por maus bocados nas 5ª e 6ª posições. Foi um GP lucrativo para ele. E o asfalto liso de Mônaco ajudou estas duas equipes que tem mais sofrido com estes pneus, enquanto que Lotus e Ferrari não tiveram um bom fim de semana.
Como eu escrevi ao término da corrida, alguns irão dar crédito a essa vitória da Mercedes pelo teste secreto que eles realizaram em Barcelona com os pneus da Pirelli, mas a verdade é que a prova que interessa mesmo para tirarmos as conclusões é a do GP do Canadá onde o asfalto é extremamente abrasivo e que consome os pneus em poucas voltas, e a Pirelli deve levar os mesmos compostos de Mônaco para Montreal e isso gerará ainda mais duvidas de como os carros se comportaram lá, em especial os da Mercedes.
A guerra declarada entre Red Bull e Ferrari contra a Mercedes por causa do agora famoso teste, irá render muito até o final de semana do dia 16 de junho. A batalha dos pneus extrapolou as pistas, indo parar nos tribunais e agora é hora da FIA e Bernie lidarem com o monstro que criaram.   

Resultado Final 
Grande Prêmio de Mônaco - Monte Carlo 
78 voltas - 6ª Etapa 
26/05/2013



1 - Nico Rosberg  (ALE/Mercedes)
2 - Sebastian Vettel (ALE/RBR)
3 - Mark Webber (AUS/RBR)
4 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes)
5 - Adrian Sutil (ALE/Force India)
6 - Jenson Button (ING/McLaren)
7 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari)
8 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR)
9 - Paul Di Resta (ESC/Force India)
10 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus)
11 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber)
12 - Valteri Bottas (FIN/Williams)
13 - Esteban Gutierrez (MEX/Sauber)
14 - Max Chilton (ING/Marussia)
15 - Giedo Van der Garde (HOL/Caterham)
 
Abandonaram a prova:
Sergio Pérez (MEX/McLaren)
Romain Grosjean (FRA/Lotus)
Daniel Ricciardo (AUS/STR)
Jules Bianchi (FRA/Marussia-Cosworth)
Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault)
Felipe Massa (BRA/Ferrari)
Charles Pic (FRA/Caterham-Renault)

sábado, 25 de maio de 2013

Vídeo: Indy 500, 1973

O acidente de Savage, em 1973
As 500 Milhas de Indianápolis de 1973 foi apelidada de "72 Horas de Indianápolis" numa brincadeira devido ao atraso causado pela chuva, que estendeu a corrida da segunda-feira até a quarta - a corrida era realizada no Memorial Day que era comemorado no dia 30 de maio, mas uma lei instituída naquele ano moveu a data para a última segunda-feira do mês de maio. Apesar da brincadeira, esta 57ª edição da prova foi marcada pela tragédia, começando pela morte do experiente Art Pollard no Pole Day.
Na segunda-feira a largada foi dada às 15:00 devido a chuva, mas na partida Salt Whalter acabou por decolar e bater no alambrado jogando todo combustível na multidão que estava na beira da cerca. Junto dele outros pilotos se envolveram no acidente, mas sem gravidade. Whalter e outros 11 espectadores sofreram queimaduras. Quando o resgate retirava os carros e a pista era limpa, a chuva voltou ao Indianápolis e ela foi transferida para a terça.
No dia seguinte 32 carros estavam no grid - menos o de Salt Whalter - e a corrida teria a sua partida às 10:15 da manhã. Na saída do Pace Car a chuva voltou a cair e foi dada a bandeira vermelha. A direção de prova esperou até às 14:00 para que a chuva cessasse, mas esta não deu trégua e a corrida foi transferida para a quarta.
Desta vez, já na quarta-feira, a largada foi dada mesmo com a ameaça inicial de chuva, mas o sol estava brilhando quando a prova começou. A corrida transcorreu normalmente até a 57ª volta quando Swede Savage bateu forte no muro interno da curva quatro, indo parar na entrada da reta principal. A bandeira vermelha foi acionada e para piorar, um dos integrantes da equipe de Savage, Armando Teran, foi atropelado por um caminhão do corpo de bombeiros que trafegava pela contra-mão dos boxes.
Apesar de tudo isso a pista foi limpa e a corrida reiniciada, mas ela não durou muito: na 129ª volta a chuva desabou em Indianápolis e o diretor de provas decidiu encerrar a prova e Gordon Johncock foi o vencedor.
Savage ainda resistiu aos ferimentos até o dia 2 de junho, quando veio a falecer decorrente a uma hepatite B contraída numa transfusão de sangue.
Os acidentes desta edição forçou a USAC a mudar muita coisa para 1974, como diminuir a potência dos motores turbo que estavam chegando a quase 1.000cv com a adição de válvulas pop-off; o tanque de combustível foi reduzido de 75 para 40 litros; as enormes asas traseiras usadas em 73, foram cortadas pela metade; muros, cercas, a entrada de box e o afastamento do público no circuito de Indianápolis, foram as mudanças feitas no Speedway tornando-o mais seguro para pilotos e espectadores.
Somente nove anos depois é que Indianápolis presenciou outra morte, no acidente de Gordon Smiley durante os treinos para a edição de 1982.

Hunt em Mônaco, 1975

Trabalho como banderinha há quase 11 anos e a principal instrução que é nos dada quando um piloto abandona uma corrida, em qualquer circunstância que seja, é de não tocá-lo em momento algum afinal de contas o cara está com a cabeça a mil e qualquer revide dele a qualquer movimento que você faça em direção dele, mesmo querendo ajudá-lo, pode dar em um empurrão ou algum sopapo.
Tem um vídeo do James Hunt onde ele desfere um soco na cara de um comissário de pista quando este vai tentar lhe falar algo, ou ajudá-lo, mas dias atrás achei este onde ele acaba de abandonar o GP de Mônaco de 1975 após tocar rodas com Patrick Depailler na entrada da Mirabeau e indo parar no guard-rail e já fora do carro e extremamente furioso, por pouco não sai na mão com um bandeirinha quando este tentar tirar ele da rota do Hesketh que estava sendo resgatado.

GP de Mônaco - Classificação - 6ª Etapa

Terceira pole para Rosberg e perspectiva de vitória em Monte Carlo, apesar do pessimismo do alemão com o ritmo do W04.
(Foto: Reuters)
Apesar das condições iniciais não serem tão favoráveis, com a pista molhada e úmida nas duas primeiras partes do treino, a Mercedes se impôs mais uma vez com uma bela volta de Nico Rosberg que lhe garantiu a terceira pole consecutiva neste ano. Lewis Hamilton apareceu com chances de tomar a pole de seu companheiro, mas ficou apenas 91 milésimos do tempo de Rosberg que foi de 1'13''876.
Sebastian Vettel também tinha hipóteses de tentar a primeira colocação, mas seu tempo foi um décimo pior e terá Mark Webber ao seu lado na segunda fila, com três décimos de atraso para o pole. Kimi Raikkonen aparece em quinto, com Alonso logo em seguida. Perez, Sutil, Button e Vergne, num ótimo trabalho ao volante do Toro Rosso, fecha os dez primeiros.
Apesar de ter sido mais uma vez sensacional nos treinos, Rosberg ainda não está otimista com ritmo de corrida do W04, mas desconfio que desta vez a chance de sair do Principado com um resultado satisfatório - uma vitória, quem sabe - não é descartada. Pistas de rua normalmente tem um asfalto mais liso e isso acaba sendo benéfico para os carros que tem sofrido com o alto desgaste neste ano e curiosamente são as duas que mais tem sofrido com isso, que estão nas duas primeiras filas. Levando em conta que Rosberg no início de prova tem um ritmo melhor que o de Hamilton, o piloto alemão poderá se beneficiar disso e fugir na liderança da prova, enquanto Lewis fará o "trabalho sujo" de segurar a galera. Se realmente os carros prateados não sofrerem tanto com o desgaste, podem conseguir aí o resultado que tanto perseguem.
Por outro lado as apostas pendem mais para a Red Bull, principalmente com Vettel e isso vem de encontro com a história do baixo desgaste da borracha. Pode muito bem atacar um dos Mercedes já na largada e despachá-lo para terceiro e marcar de perto o outro e esperar pelas paradas de box para pular na liderança. Alonso e Raikkonen, que haviam apresentado boas performances durante os treinos livres, sairão da terceira fila e terão que depender das estratégias de box para conseguir algo de concreto na corrida de amanhã. Felipe Massa, que nem treinou devido o acidente pela manhã que destruiu o seu carro e não foi reconstruído a tempo, sairá da última colocação e fará uma corrida de muita paciência para tentar, ao menos, beliscar um ponto amanhã.

Grid de Largada para o Grande Prêmio de Mônaco - 6ª Etapa

1 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m13s876
2 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - 1m13s967 - a 0s091
3 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 1m13s980 - a 0s104
4 - Mark Webber (AUS/RBR) - 1m14s181 - a 0s305
5 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - 1m14s822 - a 0s946
6 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m14s824 - a 0s948
7 - Sergio Perez (MEX/McLaren) - 1m15s138 - a 1s262
8 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1m15s383 - a 1s507
9 - Jenson Button (ING/McLaren) - 1m15s647 - a 1s771
10 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - 1m15s703 - a 1s827
11 - Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - 1m18s331 - a 2s343
12 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - 1m18s344 - a 2s356
13 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - 1m18s603 - a 2s615
14 - Valtteri Bottas (FIN/Williams) - 1m19s077 - a 3s089
15 - Giedo van der Garde HOL/Caterham) - 1m19s408 - a 3s420
16 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - 1m21s688 - a 5s700
17 - Paul di Resta (ESC/Force India) - 1m26s322 - a 2s870
18 - Charles Pic (FRA/Caterham) - 1m26s633 - a 3s181
19 - Esteban Gutierrez (MEX/Sauber) - 1m26s917 - a 3s465
20 - Max Chilton (ING/Marussia) - 1m27s303 - a 3s851
21 - Jules Bianchi (FRA/Marussia) - sem tempo
22 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - sem tempo

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Vídeo: GP de Mônaco, 1980

Mais uma raridade: o vídeo completo do GP de Mônaco de 1980, 6ª etapa, disputado em 18 de maio com transmissão pela TV Bandeirantes.
A pole foi marcada por Didier Pironi com o tempo de 1'24''813 e a vitória ficando com Carlos Reutemann que foi seguido por Jacques Laffite e Nelson Piquet. Emerson Fittipaldi terminou em sexto.
O principal destaque nesta corrida, como boa parte deve saber, é para o acidente de Derek Daily que catapultou sua Tyrrell após tocar na traseira do Alfa Romeo de Bruno Giacomelli. Além deles, Jean Pierre Jarier, companheiro de Daily na Tyrrell, e Alain Prost abandonaram no ato.
O outro destaque vai para as ousadas ultrapassagens de Gilles Villeneuve naquele dia, ao passar Arnoux e Patrese na Saint Devote em momentos distintos.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Keke Rosberg, 30 anos atrás

Se nos treinos de hoje em Monte Carlo Nico Rosberg esteve extremamente rápido ao colocar a Mercedes na ponta dos dois treinos livres realizados lá, talvez ele possa sonhar com uma pole e quem sabe, até vencer. A situação não é fácil como todos sabemos devido ao alto desgaste dos pneus que aliado a baixa performance do W04, dificulta tudo. Mas seu pai, o velho Keke Rosberg, conseguiu uma improvável vitória no GP de Mônaco de 1983 ao sair da quinta colocação do grid e pular para segundo já na primeira curva.
Apesar da enorme falta de potência dos Cosworth frente aos motores Turbo da BMW e Renault, aquele tipo de traçado era o único em que um carro equipado com motor aspirado podeia fazer frente aos monstros turbocomprimidos. Com a pista molhada no início e partindo com pneus de pista seca, Rosberg conseguiu a primeira colocação ainda na primeira e volta e desapareceu na frente. Foi uma aposta arriscada, uma vez que os ponteiros Prost, Arnoux, Cheever e Tambay estavam com pneus para pista molhada e a aposta numa corrida com pista seca foi a cartada que a Williams e outros times tiveram e acabaram por se dar bem.
Com um pilotagem vistosa, andando de lado em vários trechos do circuito, Rosberg venceu com uma folga de dezoito segundos para Nelson Piquet e a terceira colocação ficou com Alain Prost. Depois desta conquista de Keke, a Williams só voltaria a vencer no Principado 20 anos depois com Juan Pablo Montoya ao volante.

Vídeo: Uma volta no velho Spa-Francorchamps, com Lucien Bianchi

Tinha curiosidade há muito tempo de ver como era velho circuito de Spa-Francorchamps. Claro, existem inúmeros vídeos de provas virtuais reproduzindo o antigo circuito, mas hoje me deparei com este vídeo de 1962 com Lucien Bianchi - tio avô de Jules Bianchi - pilotando um Aston Martin naquele traçado e ao mesmo tempo narrando a volta. Apesar de ser uma pista simples, com retas intermináveis, dá para ver bem que era extremamente perigosa e qualquer que fosse o vacilo seria fácil entrar com carro e tudo numa vala ou numa das casas que existiam na beira da pista.
Não sei se alguém já havia visto algo igual, mas o registro é ótimo e a imagem está muito boa.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Foto 203: Chuva

E a previsão do tempo para o final de semana do GP de Mônaco não indica possibilidade de chuva. Mas uma chuva leve, apenas para embaralhar as estratégias das equipes, seria bem vinda no Principado. Quem não se lembra dos GPs de 1984, 96, 97, 2008 onde a chuva deu as caras e transformou a corrida de possivelmente chata para uma extremamente espetacular?
Na foto acima, Alain Prost e sua Mclaren MP4/2 durante o GP de 1984 que serviu para revelar o talento de dois jovens: Senna e Bellof.

terça-feira, 21 de maio de 2013

Vídeo: Indy 500, 1989

Emerson Fittipaldi estava formidável nesta 73ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, disputada em 28 de maio de 1989.
Pilotando o Penske-Chevrolet da Patrick Racing, ele partiu da primeira fila que dividiu com outros dois Penskes do Team de Roger Penske: Rick Mears fez a pole e Al Unser Snr. saiu em segundo. Emerson pulou na frente e liderou 156 voltas das 200 programadas, mas teve em Al Unser Jr. uma forte oposição no final da corrida que resultou num toque entre ambos e com Al Jr. levando a pior.
Fittipaldi venceu a prova e tornou-se o primeiro estrangeiro a ganhá-la desde Jim Clark em 1965. A segunda posição ainda ficou com Al Unser Jr. e a terceira com Raul Boesel.

Foto 202: Singin' in the Rain

Não tem como não olhar para essa foto das duas Porsches deslizando de lado durante os 1000km de Brands Hatch, válido para o Mundial de Marcas de 1970, e não lembrar do filme "Singin' in the Rain" de 1952 que teve atuação e direção do mestre do sapatiado Gene Kelly - o outro diretor deste clássico foi Stanley Donen.
As duas Porsches 917 K que aparecem na foto pertecem a Vic Elford/ Denny Hulme (#11) e Pedro Rodriguez/ Leo Kinnunen (#10). A prova foi vencida pelo Porsche #10, seguido pelo número onze. A terceira colocação ficou com a outra Porsche 917 K #12 de Richard Attwood/ Hans Hermann.
Com relação ao bailar das Porsches, nem Gene Kelly faria melhor.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Vídeo: Climb Dance

Postei este vídeo em agosto do ano passado, numa altura que a prova de Pikes Peak estava para ser realizada. Mas agora eles remasterizaram o vídeo, que mostra Ari Vatanen levando o Peugeot 405 T16 GR a vitória na edição de 1988 e que seria repetida por Robby Unser no ano seguinte.
Esta conquista virou um curta metragem dirigido por Jean Louis Mourey que ganhou vários prêmios em festivais de cinema em 1990.
No mês de agosto será a vez de Sebastian Loeb tentar façanha e levar o 208 T16 a vitória nesta que a mais tradicional prova de subida de montanha no mundo.

Vídeo: O teste do Alfa Romeo 155 em Jerez

Um dos meus carros prediletos desde a minha infânca, o Alfa Romeo 155 foi testado e ultra-testado no ano de 1992 para ingressar nos campeonatos de turismo existentes na Europa. E a máquina escarlate simplesmente chegou arrasando seus concorrentes, com títulos e vitórias na DTM (Nicola Larini em 1993), BTCC (Gabriele Tarquini em 1994) e nos campeonatos espanhol e italiano de turismo. Em 1993 Nicola Larini ainda levou este carro ao vice-campeonato do FIA World Turing Car Cup, que foi vencido por Paul Radisich com um Ford Mondeo.
Foram 38 vitórias num período de quatro anos entre o DTM e o ITC quando ela se retirou desta competição em 1996. Naquele mesmo ano apareceu o modelo 156 que deu continuidade as vitórias para a Alfa Romeo, mas em outros campeonatos. 

terça-feira, 14 de maio de 2013

Foto 201: 700 mil dólares



Wilbur Shaw, que foi bi-campeão da Indy 500 no biênio 1938 e 1939, agora trabalhava para a Firestone na sua fábrica situada em Akron, Ohio, durante a Segunda Guerra Mundial. A ele era destinado os testes de pneus e em 1944 ele foi enviado à Indianapolis para testar um novo composto sintético para a fábrica. Chegando ao circuito ele se deparou com a cena que é retratada na foto que encabeça este post, com a pista toda tomada por mato e em ruínas. Assim como outros circuitos daquela época, Indianápolis também serviu de base militar e aérea.

Eddie Rinckenbacker, que era o dono do circuito na ocasião e que havia sobrevivido por 24 horas no Oceano Pacífico após uma queda de avião, foi contactado por Shaw que lhe perguntou se o Indianápolis estava à venda. Com a confirmação de Rickenbacker, Wilbur ligou de imediato para Anton "Tony" Hulman, um empresário bem sucedido daquela região de Indiana que trabalhava no ramo de refinação e distribuição de petróleo, que aceitou comprar a pista.
 
Em 1945 Hulman comprou o circuito por U$ 700.000 e investiu pesado na pista. Wilbur Shaw foi nomeado presidente do Indianápolis Motor Speedway e em 1946 as 500 Milhas foi realizada após cinco anos e a vitória coube a George Robson, num Thorne Engineering.

Wilbur Shaw morreu em 1954 num acidente de avião, um dia antes de completar 52 anos. Já Tony Hulman, morreu em 1977 por insuficiência cardíaca.

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...