segunda-feira, 24 de março de 2014

Foto 314: Penske

O cara aí de trás, que está entortando a Ferrari 250 GTO, é nada mais que Roger Penske durante um dos estágios do Tourist Trophy, realizado em Goodwood em 1963 e válido para o World Sportscar Championship.
Roger pilotou para a North American Racing Team (NART) e largou em sexto e terminou em oitavo no geral. A sua frente o Jaguar E-Type de Jack Sears, um dos melhores pilotos britânicos de turismo dos anos 60, tendo ganho dois campeonatos do Saloon Car Championship - precursor do atual BTCC - nos anos de 1958 (temporada inaugural) e em 1963. Sears terminou em quarto no Tourist Trophy após ter largado em sétimo.
A prova foi vencida por Graham Hill (Ferrari 250 GTO), seguido por Mike Parkes (Ferrari 250 GTO) e Roy Salvadori (Jaguar E-Type).

sábado, 22 de março de 2014

Pole Lap: Ayrton Senna, Interlagos 1991

A galera já deve estar cansada de ter visto essa pole do Senna em Interlagos 1991, mas fica como registro pelos 54 anos que o piloto brasileiro teria completado ontem.

terça-feira, 18 de março de 2014

GP da Austrália: A corrida da cautela



No baixar da bandeira quadriculada para a incontestável vitória de Nico Rosberg em Melbourne, a minha impressão é de que a prova ficou devendo algo a mais para os fãs. Depois de uma classificação tão interessante, com um grid atraente, eu esperava mais dessa primeira etapa. Mas um breve raciocínio me fez enxergar as coisas de outro modo.
Quando as equipes se reuniram para os primeiros testes, alguns comentários apareceram de que os pilotos não podiam usar toda a potência dos novos motores exatamente para preservá-los naqueles primeiros dias. Até faz sentido, pois nos oitos dias seguintes, no calor do deserto de Sakhir, eles puderam acelerar ao máximo extraindo tudo, ou quase tudo, de seus propulsores. Em Melbourne fiquei com a impressão de os pilotos estavam cautelosos demais, arriscaram pouco em tentar alguma manobra de ultrapassagem. Outro fator que deve ter contribuído – e muito – para isso, foi a preocupação com o consumo de combustível que mais tarde ceifaria a segunda posição de Ricciardo. Salvo as belas ultrapassagens de Bottas, o único a se arriscar de fato nessa corrida, é que acabou sendo a salvação de um GP que poderia ter sido interessante.
Apesar disso a prova serviu para mostrar que a Mercedes apresenta um bom carro neste início de temporada e que os seus motores são fortes. Não dá para saber a real potência deles – ano passado rodou o boato de que tinha em torno de 100cv a mais que Ferrari e Renault – mas percebe-se que tem um bom desempenho e suas clientes estão bem servidas nesse quesito. A Williams que o diga...
Aproveitando o gancho, Valtteri Bottas foi o grande nome do dia em Melbourne com a sua série de ultrapassagens e após uma bela recuperação após tocar o muro na décima volta, que acabou por estourar o pneu esquerdo direito quando já estava na cola de Alonso. Recuperou-se bem e terminou em sexto. Baseando-se no que Bottas fez durante as 58 voltas, dá para imaginar o que teria conseguido Felipe Massa, caso este não tivesse ficado de fora logo na largada quando Kobayashi o acertou. Mas o fato é que a Williams possui um bom e que pode reservar a equipe bons resultados no decorrer do ano.
Além de Bottas, não posso esquecer-me de falar de Magnussen e Kyyat que tiveram uma boa jornada em Melbourne. Enquanto que o dinamarquês levou foi ao pódio pela primeira vez, conseguindo em alguns estágios pressionar Daniel Ricciardo na luta pela segunda posição, Kvyat esteve no encalço de Kimi Raikkonen e a frente do seu companheiro de Toro Rosso, Vergne. Daniil garantiu um ponto que serviu também para colocá-lo na história da F1 como o piloto mais novo a pontuar, superando Sebastian Vettel. Já Kevin Magnussen, além de ser o primeiro dinamarquês a chegar ao pódio, mostrou qualidades que pode garantir a ele um bom ano de estréia e também, quem sabe, colocar o sobrenome Magnussen entre os melhores da categoria, algo que seu pai, Jan, deixou escapar nos anos 90.
Para os australianos ficou a frustração de um final de semana que tinha sido perfeito para Daniel Ricciardo, que conseguiu se colocar à frente de Vettel no grid e que passou toda a corrida na segunda colocação. O rolo entre FIA e Red Bull com a história do fluxômetro, acabou por tirar os dezoitos pontos que conquistara. Uma pena.
Apesar do temor de nenhum carro completar o GP – quanto exagero – até que o número de pilotos que completaram o GP foi decente: catorze chegaram ao final, sendo que dos oito abandonos 6 foram por problemas. Vettel e Hamilton saíram logo no início, o primeiro mostrando que o motor Renault ainda não tem toda força, apesar da bela corrida de Ricciardo que não apresentou problemas, e outro, com um foguete nas mãos, teve uma avaria ainda nas primeiras voltas, sendo forçado a se retirar.
Já a Ferrari não apresentou grande ritmo nessa prova e parecia que tanto Alonso, quanto Raikkonen estavam pilotando caminhões – se alguém da Ferrari ler isso – tamanha a dificuldade de ambos.
Quando os carros estiveram rodando pelo circuito de Sepang nos dias 28, 29 e 30 de março, é que podemos continuar a analisar as coisas. Como disse, a impressão que tive é que os pilotos estavam comedidos, receosos em arriscar. Talvez numa pista permanente, com bons pontos de ultrapassagens, eles possam tentar algo mais.

sábado, 15 de março de 2014

Pole Lap: Lewis Hamilton, Melbourne 2014

E que beleza de volta que Hamilton fez para alcançar a sua pole de número 32 em Melbourne. Detalhe para o trabalho em tentar corrigir o sobreesterço do Mercedes e com a explicação de Mark Webber.

Crash: 12 Horas de Sebring

Forte acidente entre dois protótipos da classe PC paralisou a corrida por alguns minutos, quando o carro de David Ostella entrou forte demais na última curva  do circuito chocando-se contra a barreira de pneus e indo o meio da pista. Frankie Montecalvo não conseguiu desviar e acabou acertando Ostella. Apesar da imagem, os pilotos saíram bem.
E logo no início da prova um incêndio no Viper de Bean Keating, da categoria GTD, pegou fogo e a ineficiência do resgate acabou deixando com que o carro fosse envolvido pelas chamas. Keating já estava fora do carro no momento.


GP da Austrália - Classificação -1ª Etapa

Foi a 32ª pole de Hamilton, igualando a marca de Nigel Mansell
(Foto: Getty Images)
Apesar da minha torcida para que a chuva não caísse durante a classificação, não há como negar que ela tenha contribuído para deixar a tomada de tempos mais interessante e caótica. Lewis Hamilton cravou uma pole que era certeira, mas ao seu lado apareceu a grande estrela do dia Daniel Ricciardo que conduziu de forma imaculada o seu RB10 rumo a um segundo lugar que, até semanas atrás, era totalmente descartável. Ok, a marca foi alcançada numa situação que mais parecia uma loteria, mas isso não tira de forma alguma o mérito do piloto local que levou a torcida a loucura. Esta mesma torcida que minutos antes havia delirado com o fato de Sebastian Vettel, que lutava com um carro quase inguiável, não ter conseguido passar para o Q3 (algo que não acontecia com o quatro vezes campeão mundial desde a classificação para o GP da Bélgica de 2012). Imagino o quanto que os australianos devam estar ansiosos pela prova de logo mais.
Além da bela performance de Ricciardo, também façamos justiça ao trabalho primoroso de Kevin Magnussen e Danil Kvyat que marcaram a 4ª e 8ª posições respectivamente, ficando bem à frente de seus parceiros de equipe Button e Vergne.
A Ferrari teve Fernando Alonso conquistando um quinto tempo, mas poderia ter ido mais à frente se ambos não tivessem optado por pneus intermediários quando a chuva estava mais forte no Q3. Quando pôs os de pista molhada Fernando conseguiu uma melhora, mas era tarde para conseguir um lugar entre os quatro primeiros. Kimi Raikkonen teve trabalho com a sua F14T  durante as duas primeiras partes do treino e quando procurava melhorar o seu tempo, achou o muro. Sairá em 11º.
Para os que apostavam numa boa qualificação da Williams, o desempenho dos dois carros foram bem abaixo do esperado com a pista molhada. Devido o fato de não conseguirem achar aderência com os pneus intermediários, Massa e Bottas tiveram dificuldades no Q3 e o resultado foi a dupla conquistando a nona e décima colocações. Mas Valtteri ainda seria punido com a perda de cinco posições e sairá em 15º.

O que esperar da corrida? Devido a dificuldade que foi vista por quase todos os pilotos em controlar os carros, devido o maior torque do V6 Turbo (segundo Hamilton, foi o carro mais difícil de pilotar no molhado que ele já teve), não será surpresa se alguém rodar já na largada e causar uma carambola já na primeira curva. Também não será surpreendente se alguém ficar pregado na linha de partida assim que as luzes vermelhas se apagarem...
Por outro lado as apostas estão na Mercedes, em especial sobre Hamilton, para quem a maioria aposta numa conquista em Melbourne. De fato até eu apostaria, mas existe um velho fantasma por aqueles lados que ainda repousa sobre os pneus e tanto Lewis, quanto Rosberg, reclamaram sobre o desgaste já no terceiro treino livre. É algo que devemos ficar de olho, assim como no consumo de combustível. Se a prova for feita com chuva, os motores "beberão" menos. Se for em pista seca, aí os cuidados devem ser redobrados.
As nuances do que pode vir a ser o desempenho dos Mercedes, a luta de Raikkonen, Vettel, Button, Massa e Bottas em tentar escalar o pelotão, a impetuosidade dos novatos Magnussen e Kvyat e mais a virtuosidade já conhecida de Alonso, já é convite para ficar acordado e assistir essa abertura de mundial.

Grid de Largada para o Grande Prêmio da Austrália - 1ª Etapa

1. Lewis Hamilton (Mercedes): 1m44s231
2. Daniel Ricciardo (RBR-Renault): 1m44s548
3. Nico Rosberg (Mercedes-Mercedes): 1m44s595
4. Kevin Magnussen (McLaren-Mercedes): 1m45s745
5. Fernando Alonso (Ferrari-Ferrari): 1m45s819
6. Jean-Eric Vergne (STR-Ferrari): 1m45s864
7. Nico Hulkenberg (Force India-Mercedes): 1m46s030
8. Daniil Kvyat (STR-Ferrari): 1m47s368
9. Felipe Massa (Williams-Mercedes): 1m48s079
10. Jenson Button (McLaren-Mercedes): 1m44s437
11. Kimi Raikkonen (Ferrari): 1m44s494
12. Sebastian Vettel (RBR-Renault): 1m44s668
13. Adrian Sutil (Sauber-Ferrari): 1m45s655
14. Kamui Kobayashi (Caterham-Renault): 1m45s867
15. Valtteri Bottas (Williams-Mercedes): 1m48s147*
16. Sergio Pérez (Force India-Mercedes): 1m47s293
17. Max Chilton (Marussia-Ferrari): 1m34s293
18. Jules Bianchi (Marussia-Ferrari): 1m34s794
19. Marcus Ericsson (Caterham-Renault): 1m35s157
20. Romain Grosjean (Lotus-Renault): 1m36s993
21. Pastor Maldonado (Lotus-Renault): sem tempo
22. Esteban Gutiérrez (Sauber-Ferrari): 1m35s117*

 
* Punidos com cinco posições no grid em razão da troca do câmbio

sexta-feira, 14 de março de 2014

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...