terça-feira, 20 de maio de 2014

Foto 341: 22

Numa época onde os números nos carros de F1 não eram fixos, as equipes tinham, que se virar para colocá-los antes das atividades de pista. Nesta foto um garoto e um homem estão a pintar o número 22 no W196 que Hans Hermann utilizou na estréia da Mercedes no GP da França de 1955, disputado em Reims.
Hermann abandonou na 16ª volta com problemas no motor, mas antes disso garantiria a melhor volta da prova com a marca de 2'32''900.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Foto 340: Brabham e Piquet



Certa vez alguém comparou Jack Brabham e Nelson Piquet. Não apenas pelo fato deles terem sido tri-campeões do mundo, ou até mesmo pelo fato de terem sido campeões pela Brabham. Mas o modo dos dois levarem o automobilismo de competição, aquele puro sem qualquer tipo de oba-oba, onde os carros eram tão brutos e selvagens quanto um cavalo e eles procurando o máximo para domá-los. Ou seja, aquele automobilismo das antigas, onde o piloto tinha um olho na pista e outro para a garota do lado de fora. Época em que as perguntas inteligentes eram respondidas de forma correta e com brilhantes, enquanto que as idiotas tinham respostas sarcasticamente históricas. Isso, sem contar, que os dois sobrenomes foram de fácil relação nos início dos anos 80 e perdura até hoje. Impossível não lembrar de Piquet e não mencionar Brabham em uma conversa.
Começaram cedo a se envolver com os carros, se iniciando ainda na adolescência; foram campeões nos seus respectivos países e rapidamente ganharam a Europa para mais tarde conquistar os seus títulos mundiais na Fórmula-1. Turrões, de forte opinião e com humor negro, se destacaram não apenas pela pilotagem precisa, mas também por serem ótimos acertadores de carros. Também formaram parcerias piloto-projestista que lhe renderam bons frutos – Jack Brabham e Ron Tauranac, além de serem sócios na equipe Brabham, ergueram a equipe até o primeiro título mundial em 1966, para depois torná-la uma das maiores da categoria. Coincidentemente, após dez anos da aposentadoria de “Black Jack” (apelido que foi lhe dado devido ao seu humor negro), Nelson Piquet e Gordon Murray, exatamente na equipe Brabham, reeditaram essa parceria que rendeu ao piloto brasileiro seus dois primeiros títulos mundiais.
Tentaram também a sorte nas 500 Milhas de Indianápolis algumas vezes, mas sem obter sucesso. A coincidência entre eles continua quando olhamos para a prole: cada um tem três filhos que estão envolvidos com automobilismo. Geoff correu nos anos 80 nos EUA onde fez carreira na Indy e na IMSA enquanto que Gary e David Brabham chegaram à F1, mas sem obter sucesso. Pelo lado de Nelson Piquet, ele teve a oportunidade de pavimentar o caminho de Nelsinho à categoria máxima até a metade dos anos 2000. Geraldo Piquet é piloto da Fórmula Truck e agora Pedro Piquet, que começou neste ano a trilhar a sua história no mundo dos monopostos, é o mais novo do clã a tentar chegar à F1.  Nelson Piquet é um fã confesso de Jack Brabham, a quem ele admira pelo fato de ter conquistado um mundial de pilotos pilotando o próprio carro, feito que dificilmente será igualado nesta F1 de hoje. E vale lembrar que o velho Jack foi quem indicou Nelson a Bob Sparshot no final dos anos 70, para que ele contratasse o piloto brasileiro para a sua equipe BS. Certamente Brabham deve ter ficado feliz quando viu Piquet vencendo dois mundiais na equipe que levava o seu nome.
Jack morreu. Chegou ao fim da vida de 88 anos ontem na sua casa em Gold Coast, na Austrália numa altura em que a terceira geração dos Brabham começa a ganhar destaque no automobilismo mundial com a presença de Matthew – filho de Geoff – que está a ganhar destaque na Indy Lights enquanto que Sam – filho de David – está iniciando suas atividades na F-Ford na Grã-Bretanha.
E para aquele cara que sobreviveu a uma das épocas mais cruéis do automobilismo, onde pilotar era como “fumar um charuto cubano numa banheira cheia de gasolina” – frase de Graham Hill – e conseguiu chegar a um título mundial pilotando o seu próprio carro, aqui fica o nosso respeito e admiração.  

sexta-feira, 16 de maio de 2014

Foto 339: Na rua

Lorenzo Bandini e a sua Ferrari na subida do cassino, durante o GP de Mônaco de 1967. Ao lado os fotógrafos na calçada, algo impensável nos dias de hoje e totalmente normal naquela época.
Outros tempos.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

WEC: 6.000 Km de teste para a Porsche em Aragão

E a Porsche levou o seu 919 Hybrid para a pista de Aragão (Espanha) para três dias de testes, que incluiu uma fase noturna neste programa e todos os seis pilotos regulares da fábrica neste certame do WEC estiveram presentes. Eles realizaram 6.009Km no único carro que a Porsche levou para a pista espanhola.
Andreas Seidl, chefe da Porsche no WEC, comentou sobre os três dias em Aragão: "Então, pouco antes da nossa primeira corrida de 24 horas , é claro , temos focado na confiabilidade do carro. Com a experiência de testes anteriores e as duas primeiras corridas do WEC , tínhamos feito modificações que provaram ser as mais acertadas. Ao mesmo tempo , fomos capazes de descobrir novos pontos fracos, que também vamos tentar corrigir . As próximas duas semanas serão usadas para preparar os dois carros de corrida e suas peças de reposição para o teste de pré-corrida no dia 1 º de junho, em Le Mans. Além disso, vamos continuar praticando todos os procedimentos específicos de corrida, especialmente pit stops" .

Fonte: Endurance-Info.com

Foto 338: Tabac

Confesso que nunca tinha visto essa foto e também desconheço se era normal eles fazerem isso em Monte Carlo: o grid de largada - na verdade um pré-grid ou grid falso, como queiram - montado na pequena reta que antecede a curva da Tabacaria em Mônaco, no famoso GP de 1972 que foi vencido por Jean Pierre Beltoise com a BRM. Mas a largada foi feita no lugar habitual.
Para mim, uma foto inusitada.  

Vídeo: A volta de Elio De Angelis em Monza, 1984

Elio De Angelis extraindo tudo e mais um pouco da sua Lotus 97T durante a classificação para o GP da Itália de 1984 - e no vídeo nota-se como era veloz a curva de Lesmo. Ele largou em terceiro e abandonou na 14ª volta por problemas no câmbio. A vitória foi de Niki Lauda.
E hoje faz 28 anos que Elio De Angelis faleceu na pista de Paul Ricard quando testava sua Brabham BT 55 "Skate".

Vídeo: GP de Mônaco,1969

No próximo dia 18 completará 45 anos do GP de Mônaco, que foi disputado a luz da controvérsia sobre o uso dos aerofólios, mais precisamente da altura que estes deveriam ser usados. Os acidentes da última corrida, realizada nas ruas de Montjuich Park, havia assustado exatamente por causa da fragilidade destes.
A prova de Mônaco acabou por marcar a última vitória de Graham Hill no Principado, a quinta dele naquele circuito estabelecendo um recorde que seria quebrado por Ayrton Senna vinte quatro anos depois.

quarta-feira, 14 de maio de 2014

Foto 337: Na zebra

Ronnie Peterson fazendo da zebra uma extensão da pista, em Mônaco 1974. Clay Regazzoni deve ter tido alguns pesadelos com essa manobra do piloto sueco. Peterson venceu a prova, seguido por Jody Scheckter e Jean Pierre Jarier. Regga fechou em quarto.
Mas a manobra de Ronnie foi sensacional.

Foto 336: Spa, 1970

Mais uma das belas imagens do velho traçado de Spa Francorchamps. Nesta foto a Porsche 917K da equipe AAW Racing Team de Gijs Van Lennep e Hans Laine durante os 1000 Km de Spa, sexta etapa do Campeonato Internacional de Marcas de 1970.
A prova foi vencida por Jo Siffert/ Brian Redman com a Porsche 917K da J.W. Engineering. Lennep/Laine terminaram em quinto, com três voltas de atraso para os vencedores.

F1 Teste: Espanha: 2ª Dia

Pastor Maldonado: “Foi nosso primeiro teste normal e sem problemas. Completamos todo o nosso plano, o que é bem positivo. Sobre o resultado, estou bem feliz porque não tivemos nenhum problema no carro, tudo estava funcionando bem. Aprendemos mais do carro, e está melhorando mais e mais.
“É um grande passo à frente. Acho que isso hoje foi importante para nós continuarmos desenvolvendo acertos e tentando diferentes coisas. Esperançosamente vai ser melhor para nós pelo resto da temporada.
“Decidimos colocar os supermacios porque vamos usá-los nas próximas duas corridas. Testamos coisas diferentes para Mônaco e para Montreal, e foi positivo observar os pneus e ver como o carro se comportava”

Nico Rosberg: “Infelizmente não mudou nada, então temos que continuar trabalhando. Queremos, como equipe, fazer os carros ficarem mais barulhentos pelo esporte. Precisamos continuar trabalhando e tentar outras soluções, pois essa não era a certa.
“Trabalhamos um pouco nos freios, que é uma das principais áreas em que ainda não estou confortável – muitas descobertas importantes nisso. E depois disso muita coisa de acerto, motor e todas essas coisas.
“É uma das nossas fraquezas. Acho que aprendemos um pouco nisso, mas não é tão fácil. Embreagem é uma coisa muito complicada”

Susie Wolff: “Foi minha primeira oportunidade de guiar o FW36, e aprendi muito sobre como pilotar os novos carros é muito diferente das temporadas anteriores. No carro do ano passadi, quanto mais você forçava, mas rápido ia. Agora, tem que tomar conta de certos elementos. O carro tem muito mais torque, o que foi uma aprendizagem. Me complicou no começo do treino. No geral, hoje foi um dia produtivo para a equipe, e trabalhamos muito bem juntos para completar nossas avaliações mecânicas e aerodinâmicas. Depois, consegui acumular uma boa quilometragem para entender as características do carro, além de como tirar o máximo desse novo estilo de unidade de força.”

Stoffel Vandoorne: “Quero agradecer ao time - todo mundo foi incrivelmente solicito e positivo. Também é ótimo poder contribuir com o programa de testes. Foram 136 voltas hoje, fantástico. É muito bom, e me garantiu o direito de ter a superlicença da F1. Agora, meu foco está na corrida da GP2 em Monte Carlo na próxima sexta (23) e sábado (24). Quero me recuperar do fim de semana problemático em Barcelona.” 
  
Resultado  
Barcelona - Montmeló
Testes de Temporada  

Fórmula-1 - Dia 2
Pos  Piloto             Equipe                Tempo      Dif    Voltas
 1.  Pastor Maldonado   Lotus-Renault         1m24.871s           102
 2.  Nico Rosberg       Mercedes              1m25.805s  +0.934s  102
 3.  Kimi Raikkonen     Ferrari               1m26.480s  +1.609s  93
 4.  Esteban Gutierrez  Sauber-Ferrari        1m26.972s  +2.101s  84
 5.  Susie Wolff        Williams-Mercedes     1m27.280s  +2.409s  55
 6.  Jules Bianchi      Marussia-Ferrari      1m27.718s  +2.847s  55
 7.  Sebastian Vettel   Red Bull-Renault      1m27.973s  +3.102s  72
 8.  Daniel Juncadella  Force India-Mercedes  1m28.278s  +3.407s  91
 9.  Stoffel Vandoorne  McLaren-Mercedes      1m28.441s  +3.570s  135
10.  Daniil Kvyat       Toro Rosso-Renault    1m28.910s  +4.039s  21

terça-feira, 13 de maio de 2014

Foto 335: Bellof, Mônaco 1984

Mais uma das belas fotos de Dale Kistemaker, diretamente do seu ótimo blog "Poetics Of Speed". Aqui, Stafan Bellof contornando a "Rascasse" em Mônaco, no famoso GP de 1984.
Segundo o próprio Kistemaker, ele achou esta foto num rolo de filme que estava perdido em algum canto da sua casa onde estava registrado essa bela foto de Stefan.
Como disse Dale, "Bellof era como um relâmpago cortando a tempestade" naquela tarde em Monte Carlo. 

F1 Teste: Espanha: 1ª Dia

Max Chilton: “Não queremos dar um passo maior que a perna. Mônaco é um circuito traiçoeiro. O lado positivo de hoje é que as mudanças que fizemos vão ser boas em curvas de baixa velocidade. Espero que a gente vá com um setup semelhante para Mônaco e faça uma corrida melhor que a usual”

Charles Pic: “O programa era bem grande, e tivemos que reduzir. A manhã não foi ideal, pois estava chovendo e não pudemos começar o nosso programa e continuar. Mas melhorou ao longo do dia. Fiquei feliz por voltar a pilotar. Foi um dia bem bom para a equipe e para mim
“Para ser honesto, demorei um pouquinho, pois há muita diferença para o ano passado. As unidades de força são diferentes. A transição é diferente, e você precisa de algum tempo para se acostumar. É mais difícil de guiar, especialmente no molhado”

Lewis Hamilton: "Fizemos muitas coisas diferentes de acerto do carro durante a tarde, quando a pista secou. Os testes não são tão divertidos quantos as corridas, mas são uma parte importante do trabalho. E hoje foi um dia bastante produtivo para nós, especialmente por conta das coisas que queríamos mudar no carro depois dos problemas do fim de semana. As condições foram diferentes, mas, no fim, eu fiquei bem satisfeito com o desempenho
"Apesar da vantagem que temos no campeonato, temos de ficar atentos porque os nossos rivais não estão parados. Tenho uma semana agitada pela frente até Mônaco, mas ainda vou trabalhar bastante na fábrica antes de seguirmos para a próxima corrida"

Felipe Massa: “Hoje a gente não andou muito, até porque o tempo não ajudou. Testei algumas coisas importantes, que a gente precisava, pensando naquilo que aconteceu no fim de semana. Demos voltas importantes pensando em acerto e vendo coisas que a gente não tinha tanta certeza. Acabei tendo um resultado bom".
Resultado  
Barcelona - Montmeló
Testes de Temporada  

Fórmula-1 - Dia1
 
Pos Piloto                 Equipe                  Tempo       Dif
 1. Max Chilton            Marussia-Ferrari        1m26.434s
 2. Charles Pic            Lotus-Renault           1m26.661s  +0.227s
 3. Lewis Hamilton         Mercedes                1m26.674s  +0.240s
 4. Kimi Raikkonen         Ferrari                 1m26.965s  +0.531s
 5. Jean-Eric Vergne       Toro Rosso-Renault      1m27.724s  +1.290s
 6. Nico Hulkenberg        Force India-Mercedes    1m27.727s  +1.293s
 7. Felipe Massa           Williams-Mercedes       1m27.756s  +1.322s
 8. Jenson Button          McLaren-Mercedes        1m28.333s  +1.899s
 9. Kamui Kobayashi        Caterham-Renault        1m30.101s  +3.667s
10. Sebastien Buemi        Red Bull-Renault        1m31.440s  +5.006s
11. Giedo van der Garde    Sauber-Ferrari          1m31.783s  +5.349s
 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

GP da Espanha: Outra categoria



Após um período de dois finais de semana com a Fórmula-1 fora de combate, alguns esperavam com certa ansiedade por esta etapa espanhola que deu início a parte européia do campeonato – digamos que apenas uma passagem, afinal a sétima etapa será realizada em Montreal no mês de junho – para ver em qual estágio Mercedes e seus oponentes estavam. O que se viu foi o domínio de sempre e talvez ainda mais cruel do que nas etapas anteriores.
Tanto Hamilton, quanto Rosberg tinham um passo extremamente forte neste final de semana conseguindo uma primeira fila na classificação com certa folga e uma corrida totalmente particular, sem ter ameaça de ninguém. A marca feita por Lewis na obtenção da pole foi de 1 segundo de vantagem para Ricciardo, que aparecia em terceiro. Durante a prova, a diferença por volta chegava à quase 1,3 segundos de vantagem para Bottas e Daniel que disputavam a terceira posição. Algo tão assombroso quanto à recente época que Red Bull dava as cartas com Sebastian Vettel. Aliás, ele conseguiu a melhor volta da prova nas voltas finais quando estava em uso dos pneus médios, enquanto uma parte dos que iam a sua frente já usava os duros. A marca alcançada pelo tetra-campeão foi cerca de quatro décimos mais veloz que Hamilton, que utilizava os duros. Apesar da excepcional volta, ainda assim percebe-se o quanto que o carro prateado está acima dos demais.
Foi a quinta vitória da Mercedes no ano, em cinco corridas. Foi também a quinta pole consecutiva da equipe e a quarta dobradinha, o que faz deste início um dos melhores da história. Comparando com outras épocas em que tivemos uma equipe dominante assim no início, dá para pensar que a Mercedes possa liquidar os dois mundiais a seu favor. Apenas o de pilotos é que pode se arrastar até as últimas etapas, pelo foi visto até aqui entre essa disputa aberta entre seus dois pilotos.
Abaixo uma pequena comparação com outras temporadas em que uma equipe dominou as cinco primeiras corridas:

McLaren Honda Turbo – 1988 – Alain Prost/Ayrton Senna

1-      Brasil: 1º Prost – Senna (Desclassificado)
2-      San Marino: 1º Senna – 2º Prost
3-      Mônaco: 1º Prost – Senna (Fora)
4-      México: 1º Prost – 2º Senna
5-      Canadá: 1º Senna – 2º Prost

Williams Renault – 1992 – Nigel Mansell/Ricardo Patrese

1-      África do Sul: 1º Mansell – 2º Patrese
2-      México: 1º Mansell – 2º Patrese
3-      Brasil: 1º Mansell – 2º Patrese
4-      Espanha: 1º Mansell – 2º Schumacher
5-      San Marino: 1º Mansell – 2º Patrese

Ferrari – 2004 – Michael Schumacher/Rubens Barrichello

1-      Austrália: 1º Schumacher – 2º Barrichello
2-      Malásia: 1º Schumacher – 2º Montoya
3-      Bahrein: 1º Schumacher – 2º Barrichello
4-      San Marino: 1º Schumacher – 2º Button
5-      Espanha: 1º Schumacher – 2º Barrichello

Mercedes – 2014 – Lewis Hamilton/Nico Rosberg

1-      Austrália: 1º Rosberg – 2º Magnussen
2-      Malásia: 1º Hamilton – 2º Rosberg
3-      Bahrein: 1º Hamilton – 2º Rosberg
4-      China: 1º Hamilton – 2º Rosberg
5-      Espanha: 1º Hamilton – 2º Rosberg

Visto que Red Bull e Ferrari, por exemplo, acenam com algumas mudanças significativas apenas para a etapa do Canadá, que será realizada em junho, dificilmente teremos alguma mudança de forças até lá. O que nos faz pensar que o domínio das “Silver Arrows” seja ainda mais forte em Mônaco.
E tirar uma desvantagem de 1 segundo, ou mais, não será de uma corrida para outra, não será nada fácil.

A corrida

Tradicionalmente a prova na Espanha, em especial nesta pista de Barcelona, não é grande coisa. É a tal história de que todos conhecem bem o traçado, principalmente por ter sido usada por longos anos como pista de testes da pré-temporada. As curvas de raio longo também dificultam um pouco para o carro que vai atrás, para que consiga manter uma distância suficiente e não perca a dianteira em algum ponto devido à turbulência do carro da frente. Não é à toa que a maioria das ultrapassagens foi feitas nas freadas das duas retas do circuito catalão.
Sebastian Vettel foi quem mais fez ultrapassagens na corrida, em especial na parte final onde usou integralmente seus pneus médios para atacar Raikkonen e Bottas e subir para uma quarta posição, que parecia improvável após os percalços de sexta e sábado e tendo largado da 15ª colocação. Além de mais uma ótima apresentação de Ricciardo, que conseguiu seu pódio, o desempenho de Sebastian foi importante para constatar que a Red Bull é sim a segunda força do campeonato, e apesar de uma melhora, ainda está anos luz da Mercedes. As palavras de Vettel em tentar alcançar os prateados durante o ano soam como um bom motivo para entusiasmar a equipe, mas todos sabem que, no fundo, esse trabalho será quase impossível.
O duelo que eu estava esperando desde a primeira etapa enfim aconteceu: Raikkonen e Alonso tiveram um embate interessante nesta corrida, sendo totalmente baseada no cronometro. Se Kimi ia bem em uma volta, Fernando respondia na seguinte. E isso valia também para os trechos do circuito catalão. A diferença entre ambos - descontando os momentos do pit-stop e no finalzinho, onde Alonso passou Raikkonen e abriu certa vantagem – não foi além de quatro décimos a um segundo, mas sempre com espanhol a perseguir o finlandês. Fernando conseguiu chegar à frente de Raikkonen devido o uso dos pneus médios, frente aos duros de seu companheiro que já estavam bem desgastados. Apesar do duelo entre eles, ficou claro que a Ferrari ainda tem muito que melhorar daqui para frente. Assim como a Red Bull, eles preparam algumas modificações apenas para Montreal.
Destacar a ótima prova de Valtteri Bottas que andou sempre entre os primeiros, sucumbindo apenas ao assédio dos pilotos da Red Bull. Enquanto Bottas marcava mais alguns pontos para a Williams, Massa andava para trás vindo a terminar na 13ª posição. Menção honrosa, também, ao belo trabalho de Romain Grosjean que levou a Lotus ao quinto lugar na classificação e depois ao oitavo na prova, sendo que andou na quinta colocação até a primeira rodada de pit-stops. Apesar de ter falado que ainda tem muito que melhorar no E22, é de louvar o que conseguiu em Barcelona frente ao que estavam fazendo nas primeiras etapas do mundial. Sobre Pastor Maldonado, um gancho de uma prova lhe cairia bem. Um exemplo claro disso vem de dentro da equipe...
Agora é esperar pela prova de Mônaco, onde não creio que grandes mudanças acontecerão.

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...