terça-feira, 17 de março de 2015

Foto 492: Eau Rouge, 1985

A imponência e perigo da velha Eau Rouge durante o final de semana do GP da Bélgica de 1985, ainda ladeada pelos guard-rails.
Uma pancada, durante uma largada, seria um desastre de proporções dramáticas.
Mais um belo trabalho de Dale Kistemaker. 

Foto 491: Agora só em Le Mans

O imponente GT-R LM Nismo LMP1: agora só em Sarthe
Todo aquele furor em torno da volta da Nissan à classe principal do endurance, recebeu uma bom balde d'água gelada na esperança dos fãs e entusiastas de verem o GT-R LM Nismo LMP1 em ação contra Toyota, Porsche e Audi: devido aos problemas de performance e do carro não ter passado pelo crash test da FIA, a cúpula da equipe resolveu retirar o carro das duas próximas corridas - 6 Horas de Silverstone (12/4) e 6 Horas de Spa (2/5) - para tentar resolver os problemas e se preparar melhor para as 24 Horas de Le Mans. Além deste problema no crash test, o carro já havia sofrido um trincamento no chassi durante os testes em Sebring, realizados semanas atrás. E nestes mesmos testes, com os tempos sendo comparados ao da Audi, que andou como seu modelo R18, as marcas do protótipo da fábrica nipônica era de dez segundos acima. Uma eternidade dentro da classe LMP1.
Interessante é que os dois retornos mais aguardadas do motorsport para este 2015, tem levado as cabeças pensantes a fervilharem o cérebro neste início de temporada: Honda (F1) e Nissan (WEC), tem enfrentado inúmeros problemas em seus novos desafios.
Mas ao menos, a Nissan poderá "matar" os testes em Paul Ricard e as duas corridas iniciais para melhor se preparar, enquanto que a Honda, em parceria com a Mclaren, terá que resolver os problemas na frente das câmeras. 

segunda-feira, 16 de março de 2015

Foto 490: Nada do que foi, será...

Muitos motores ainda serão estourados, mas acredito que a Mclaren voltará para a briga
(Foto: Autosport)
Desde que a parceria McLaren Honda foi anunciada, foram inúmeros vídeos, fotos, matérias e comentários, exaltando a retomada da velha parceria que rendeu aos dois fabricantes nada mais que oito títulos em quatro anos (quatro de pilotos e quatro de construtores). Nada mais justo que relembrar tudo isso e tentar fazer uma projeção do que poderá ser no futuro. Mas a McLaren não teria exagerado na dose?
Acredito que, talvez, tenham tentando reviver em suas mentes o que se sucedeu em 1988 com aquele inicio brutal onde Prost e Senna praticamente pulverizaram a concorrência a pó com performances eletrizantes, mostrando ao mundo da F1 um domínio tão forte quanto o da Alfa Romeo em 1950 e da Mercedes em 1955. O motor V6 Turbo ajustou-se perfeitamente ao MP4/4 concebido por Steve Nichols e Gordon Murray a ponto de dar ao duo franco-brasileiro, uma facilidade na pilotagem tamanha o equilíbrio do conjunto. A diminuição na pressão do turbo para 2.5 bar, naquela que foi o último ano dos turbos na categoria, ajudou bastante na preservação do motor que apresentou poucos problemas naquela temporada. E mesmo com a mudança de regulamento para 1989, quando a categoria passou a adotar motores atmosféricos de 3.500cc, o domínio, apesar de não ter sido o mesmo do ano anterior, continuou firme.
Mas a McLaren acreditava num cenário parecido? Acredito que não, mas talvez em algo mais tranqüilo para que conseguissem cravar alicerces e aí sim partir para um novo domínio. Os inúmeros problemas enfrentados, que são bem maiores que as demais equipes tiveram em 2014, quando iniciou a era dos turbo híbridos, assusta um pouco e que faz agora as duas partes terem os pés no chão. Não que antes tivessem um ar de arrogância, mas no fundo acreditavam numa nova parceria com águas mais calmas para serem navegadas.
As tempestades enfrentadas desde a pré-temporada e que foram mostradas ao vivo no domingo na prova de abertura, será o grande desafio a ser superado para que voltem ao topo. Naquele ano de 1988, o Honda era o melhor motor que havia disponível e o sucesso foi estrondoso no primeiro ano de parceria, mas para atingir aquele nível os nipônicos tiveram que gastar muitos motores com a Spirit em 1983 e posteriormente com a Williams, até chegar ao primeiro título em 1987 com a equipe do Tio Frank.

E agora será a vez da McLaren ter esse trabalho duro para que ambas as partes cheguem ao topo, mas para isso muitos motores irão pelos ares. 

domingo, 15 de março de 2015

GP da Austrália: Morno, mas com boas surpresas

A Sauber foi a boa surpresa desta primeiro GP, apresentando um carro rápido e confiável.
E isso permitiu a seus dois pilotos conquistarem 14 pontos, algo que a equipe, em 2014, nem passou perto.
De vez em quando os testes de pré-temporada escondem muito o atual desempenho das equipes. Mas neste ano, as coisas parecem ter sido mais claras. O fato do pouco tempo de preparação (apenas 12 dias), não dá tempo da equipe aprontar os blefes que as levam a ganhar destaques nos noticiários, podendo gerar o interesse de algum investidor. Nessa época em que "tempo é dinheiro", não há muito o que disperdiçar: é fazer o carro, trabalhar duro e tentar fazer o máximo para desenvolvê-lo.
Nesse quesito destaco a Sauber, que teve uma pré-temporada muito positiva, mas que gerava uma certa desconfiança devido as ótimas performances apresentadas por Nasr e Ericsson que mais pareciam uma isca para atrair mais patrocinadores. Porém, o bom trabalho continuou até o último dia dos testes.
Os problemas judiciais com Giedo van Der Garde que quase melaram o fim de semana da Sauber, atrasaram em um treino o trabalho de seus dois pilotos, mas o desempenho apresentado por Nasr na classificação foi positiva. Conseguiria algo na corrida? Talvez...
A agressividade de Nasr na largada e a luta incessante de Ericsson para escalar o pelotão, foi o ponto alto do time na corrida. Mas o carro também se mostrou rápido e confiável, e esse é um ponto a ser
observado pelas próximas etapas.

A corrida


Sem dúvida alguma a Mercedes está num nível acima dos demais, o que caracterizou numa corrida (mais uma) solitária para seus pilotos. Mas Rosberg não teve qualquer chance contra Hamilton, que fez mais uma corrida sensacional e se o grau de performance e concentração for o mesmo, ou maior, pelas próximas provas, ele minará qualquer chance de Nico.
A Ferrari mostrou o quanto que o carro e motor melhoraram. O ritmo de Vettel e Raikkonen, que conseguiu um bom números de voltas velozes que poderiam ter lhe dado a chance de brigar com Massa pelo quarto lugar, mostra que o trabalho de Allison e sua equipe técnica no inverno europeu foi crucial para este grande salto. E o melhor: o carro consome pouco pneu, o que já é uma marca registrada de Allinson desde a Lotus. Vettel e Raikkonen vão se divertir bastante neste ano.
Massa conseguiu um quarto lugar para Williams quando o terceiro era praticamente garantido, mesmo com a presença constante de Vettel no seu retrovisor. Mas a sua parada de box o relegou para quarto e os pneus médios não ajudaram na tentativa de aproximar de Vettel. Será um duelo interessante entre Williams e Ferrari neste ano.
A Red Bull terá bastante o que fazer. Talvez o carro seja bom, mas o motor Renault não está grande coisa e isso já dispertou a ira na equipe. Ricciardo salvou um sexto lugar no braço, enquanto que Kvyat nem largou devido problemas no câmbio.
A Toro Rosso apresentou um bom ritmo com seus dois novatos, sendo que Sainz conseguiu seus primeiros pontos e Verstappen ficou pelo caminho. Mas o carro é bom, pena que o motor não ajuda muito.
O calvário da Mclaren Honda ainda teve o capitulo da não largada de Magnussen, devido o estouro do motor ainda na volta de instalação para o grid. Button se virou como pôde nas 58 voltas do GP e ainda teve uns brilharetes, que foi a batalha contra Perez. No entanto, foi aquilo que estamos vendo desde a pré-temporada: motor sendo usado em modo de segurança para não explodir, o que torna o carro extremamente lento - este que chegava rodar até quatro segundos mais lento que os rivais.
Malásia será mais um capitulo interessante, e o calor, aliado a umidade, será um fator a ser fortemente trabalhado pelas equipes.
Ainda mais na Mclaren.

sábado, 14 de março de 2015

Foto 489: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 7

Nesta década a Austrália continuou a ser a primeira corrida do calendário, descontando 2010 quando o mundial começou no Bahrein.
De lá até o ano passado, os vencedores não se repetiram.


2010: Fernando Alonso – Ferrari – Grande Prêmio do Bahrein

2011: Sebastian Vettel – Red Bull Renault - Grande Prêmio da Austrália


2012: Jenson Button – McLaren Mercedes - Grande Prêmio da Austrália


2013: Kimi Raikkonen – Lotus Renault - Grande Prêmio da Austrália



2014: Lewis Hamilton – Mercedes - Grande Prêmio da Austrália

Foto 488: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 6

O GP australiano continuou reinante nos anos 2000 ao sediar a abertura do campeonato, exceção feita a 2006 quando a primeira prova foi realizada no Bahrein.
Michael Schumacher venceu quatro vezes


2000: Michael Schumacher – Ferrari - Grande Prêmio da Austrália


2001: Michael Schumacher – Ferrari - Grande Prêmio da Austrália


2002: Michael Schumacher – Ferrari - Grande Prêmio da Austrália


2003: David Coulthard – McLaren Mercedes – Grande Prêmio da Austrália


2004: Michael Schumacher – Ferrari - Grande Prêmio da Austrália


2005: Giancarlo Fisichella – Renault – Grande Prêmio da Austrália


2006: Fernando Alonso – Renault – Grande Prêmio do Bahrein


2007: Kimi Raikkonen – Ferrari - Grande Prêmio da Austrália


2008: Lewis Hamilton – McLaren Mercedes - Grande Prêmio da Austrália



2009: Jenson Button – Brawn Mercedes - Grande Prêmio da Austrália

Pole Lap: Lewis Hamilton, Melbourne 2015

E foi uma volta de sensacional de Lewis que não apenas superou a marca de Rosberg, feita ano passado, como também aniquilou o tempo da pole feita por Sebastian Vettel em 2013.
E além do vídeo da pole, ainda tem uma comparação entre as voltas dele e de Rosberg em 2014.

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...