terça-feira, 26 de março de 2019

Foto 711: Lella Lombardi, 78 anos

O Lancia Stratus #3 - inscrito pela equipe Aseptogyl - de Cristine Dacremont e Lella Lombardi durante as 24 Horas de Le Mans de 1976.
A dupla terminou na vigésima posição na geral e em segundo na classe GTP, que foi vencida pelo Inaltera LM de Jean Pierre Beltoise/ Henri Pescarolo.
A prova foi vencida pelo Porsche 936 de Jacky Ickx/ Gijs Van Lennep.
Lella Lombardi completaria hoje 78 anos.

Foto 710: Interlagos, 29 anos atrás




Foi um retorno e tanto da Fórmula-1 a um Interlagos reformulado, e a festa para uma possível vitória de Ayrton Senna estava armada. E a obtenção da pole do brasileiro numa de suas costumeiras volta-canhão, deixou a torcida ainda mais eufórica.
Mas o enrosco de Ayrton ao tentar dobrar Satoru Nakajima no Bico de Pato acabou por adiar essa vitória, frustrando toda a torcida.
Para Alain Prost, o homem certo na hora certa, só teve o trabalho de herdar a liderança e caminhar para a sua primeira vitória no ano de 1990 e também pela Ferrari. Além, claro, de cravar a sua sexta vitória em GPs do Brasil.

segunda-feira, 25 de março de 2019

Foto 709: Fritz d'Orey, Sebring 1959

Sinceramente, é bem difícil achar fotos desse momento. Talvez seja o único registro, realmente.
Aqui um então jovem brasileiro e promissor Fritz d'Orey pilotando um Tec Mec F415 Maserati desenvolvido por Valerio Colotti a partir ultraconfiavel Maserati 250F. O nome Tec Mec vinha de "Studio Tecnica Mecanica", fundado pelo próprio Colotti. Porém, o carro foi inscrito pela Comoradi no GP dos EUA de 1959, em Sebring.
Fritz largou em 17o e estava na décima colocação quando um vazamento de óleo pôs fim a sua corrida na sétima volta. Foi a única aparição do Tec Mec F415 na Fórmula-1. A prova de Sebring, que encerrou a temporada de 1959, foi histórica para o Oceania: enquanto que um jovem Bruce McLaren (Cooper-Climax) chegava a sua primeira vitória, Jack Brabham - também com um Cooper-Climax - conquistava seu primeiro mundial na categoria. Nada menos que dois grandes nomes que viriam a fazer parte da história da categoria com mais intensidade, ao fundarem duas equipes de grande sucesso: McLaren e Brabham.
Para Fritz d'Orey foi a derradeira corrida na F1 - já havia andado na França (onde foi décimo) e na Inglaterra (onde abandonou). Em ambas as provas correu com o Maserati 250F da Scuderia Centro Sud. Depois disso, Fritz se enveredou nas provas de Endurance, correndo pela Ferrari com destaque para as 12 Horas de Sebring de 1960, quando fechou na sexta colocação no geral e primeiro na categoria destinada a carros de 3.000cc). A sua carreira foi interrompida no final de semana das 24 Horas de Le Mans do mesmo ano, quando sofreu grave acidente ao acertar uma árvore e ficou 8 meses em recuperação. Fritz não voltou mais a pilotar.
Hoje o grande piloto completa 81 anos.

Foto 708: Jacarepaguá, 1984





É sempre bom rever fotos do velho Jacarepaguá, principalmente com a Fórmula-1 usando e abusando do saudoso circuito nas suas costumeiras aberturas de campeonatos - isso sem contar dos testes de pré-temporada que aconteciam semanas antes - dos anos 80, que tornou-se uma marca registrada.
Nas fotos que acompanham o post, são da abertura do Mundial de 1984 no já distante dia de 25 de março. Uma torcida depositando confiança em Nelson Piquet e saudando o novo recruta Ayrton Senna; a largada que teve Alboreto (Ferrari) e De Angelis (Lotus) comando a primeira fila italiana, mas apenas com o ferrarista segurando a posição; o duelo dos novatos Stefan Bellof (Tyrrell), Senna (Toleman) e Martin Brundle (Tyrrell), com este último tendo melhor sorte ao completar a prova em sexto; um esfuziante Alain Prost vencendo seu primeiro GP pela McLaren no seu retorno a equipe e o pódio com o francês, De Angelis e Keke Rosberg ao fundo.
Hoje completa exatos 35 anos.

Fotos: Motorsport Images

sábado, 23 de março de 2019

Foto 706: Mike Hailwood, Monza 1972

(Foto: Motorsport Imagens)
A primeira...
Enquanto que Emerson Fittipaldi encaminhava-se para a vitória no GP da Itália de 1972 que lhe garantiria o primeiro título mundial, Mike Hailwood, a bordo do Surtees Ford, assegurava a segunda posição que marcaria o seu primeiro pódio na Fórmula-1. Ele ainda conseguiria mais um pódio em 1974, ao fechar em terceiro no GP da África do Sul de 1974 pela McLaren.
Hoje completa 38 anos da morte do grande piloto após um acidente rodoviário.

Foto 705: Jacarepaguá, 33 anos



Quando éramos reis...
Uma pole canhão de Ayrton; duelo visceral com Mansell; um astuto Piquet; dobradinha brasileira.
A tarde do já distante 23 de março de 1986, no escaldante calor de Jacarepaguá, foi palco d'uma das maiores festas do automobilismo nacional ao ver seus dois melhores pilotos daquele momento no pódio. Piquet e Senna levaram a torcida brasileira ao delírio com o pódio daquele GP do Brasil, que abria a temporada de 1986. Uma imagem que resume bem o que foram aqueles dias de Brasil na Fórmula-1.
Hoje completa exatos 33 anos de tal feito.
Grandes dias aqueles.

sexta-feira, 22 de março de 2019

Foto 704: Schumacher, Hermanos Rodriguez 1992


O início da saga...
Michael Schumacher e sua Benetton Ford durante o GP do México de 1992, que resultaria no seu primeiro pódio na F-1 ao terminar em terceiro.
Hoje completa exatos 27 anos desta marca que deu início aos recordes do piloto alemão na categoria.

Foto 703: Revson, 45

Indy 500 1970

12 Horas de Sebring 1971

Grande Prêmio do Brasil 1974

Queira num volante de um IndyCar; de um Sportscar ou até mesmo de um Fórmula 1, Peter Revson foi um dos pilotos mais versáteis de sua época ao conseguir respeito e admiração por onde passou.
Hoje completa 45 anos que o grande piloto estadunidense morreu num acidente com a Shadow, durante testes particulares em Kyalami 1974.

quinta-feira, 21 de março de 2019

Foto 702: Senna, 59


Um emergente Senna...
Aqui Ayrton Senna, com o Van Diemenn- Ford, no final de semana da sexta etapa do Campeonato Europeu de Fórmula Ford 2000, onde ele acabou por vencer e dar um passo importante para o título daquela temporada, que seria sacramentado em Jyllandring (Dinamarca). Senna venceu ao todo seis etapas das nove do calendário de 1982.
O piloto brasileiro completaria hoje 59 anos.

quarta-feira, 20 de março de 2019

Foto 701: 110 anos

Uma foto para a história!
Henry Ford, Carl G. Fischer, James Allison, Arthur Newby e Frank Wheeler, estes quatro últimos responsáveis pela Fundação do Indianápolis Motor Speedway.
O primeiro evento de motorports foi realizado em 14 de agosto do mesmo ano, com uma série de corridas de motos. Já os carros tomaram conta alguns dias depois, em 19 de agosto, com várias provas sendo realizadas ao longo de três dias.
E claro, a primeira edição daquela que tornaria o circuito conhecido mundo a fora, foi disputada dois anos depois: as 500 Milhas de Indianápolis foi realizada em 30 de maio de 1911 com vitória de Ray Harroun.
Inicialmente traçado foi usado como pista de testes, o que contribuiu muito para o desenvolvimento automobilístico dos EUA.
Hoje completa 110 anos do início da construção do IMS.

segunda-feira, 18 de março de 2019

GP da Austrália - Um novo Bottas ou uma jogada da Mercedes?

(Foto: carsradars.com)
Cronistas esportivos costumam dizer que normalmente o que se chega aos ouvidos da imprensa é em torno de 10, 20%. O restante é chute justamente em cima do que chegou a eles. Para uma melhor compreensão dos fatos é preciso ter uma fonte 100% confiável e ainda sim, precisar pesquisar fundo para que não caia numa autêntica "barrigada" que nada mais é um erros dos grandes numa informação que não se concretiza.
Porém, mesmo que não estejamos dentro do front, nos resta imaginar alguns cenários e supor situações que possam desvendar tal coisa. A vitória surpreendente - e convincete - de Valtteri Bottas neste GP da Austrália foi uma situação que quase ninguém apostaria até metade da prova, sabendo que a Mercedes poderia intervir à favor de Lewis. Mas a jogada foi diferente e o piloto finlandês fez a sua melhor corrida numa atuação digna de... Lewis Hamilton!
O próprio Bottas já havia alertado que ele teria de mudar a sua postura nesse ano de 2019. Uma por conta do ano de 2018, no qual ele passou longe de uma vitória e outra que neste 2019 seu contrato com a Mercedes acaba. Mas Valtteri é um funcionário que vale bastante e as suas contribuições nos últimos dois anos - especialmente o de 2018 - não deve ser descartado.
Vale lembrar que na temporada passada Bottas teve duas grandes chances de vencer: no Azerbaijão estava com a vitória no bolso quando um dos pneus estourou já nas voltas finais, com a primeira colocação caindo no colo de Lewis Hamilton. A segunda, e mais dolorosa do que aquela de Baku, foi no GP russo: em Sochi Bottas estava em grande forma ao andar constantemente à frente de Vettel e Lewis que batalhavam fortemente pela segunda posição. Com o piloto inglês superando Sebastian e conseguindo abrir boa distancia para o ferrarista, a dobradinha da Mercedes estava garantida e, consequentemente, a conquista de Bottas também estaria uma vez que a segunda posição de Hamilton dava a ele naquele momento uma vantagem confortável sobre Vettel no campeonato. O mandado de troca de posições entre os dois pilotos da Mercedes gerou o grande mal-estar da temporada, uma vez que a matemática jogava à favor de Lewis e a vitória naquele momento não mudaria muita coisa. Com a entrega de Valtteri, a sua derradeira chance de vencer se esvaiu e o finlandês encerrou a sua temporada sem vitória e uma enxurrada de criticas a sua performance durante o ano.
Se Bottas teve uma desempenho pessoal bem abaixo, a suas prestações para a equipe foram as melhores. O finlandês esteve sempre no que costumo dizer "jogo sujo", onde ele precisava sacrificar sua prova por conta da estratégia da equipe em tentar anular os pilotos da Ferrai, em especial Vettel. Os GPs do Bahrein, Azerbaijão, Grã-Bretanha e Hungria - as que vem em mente neste exato momento - foram corridas onde Bottas sempre esteve no encalço de Sebastian em alguma situação: no Bahrein ele ameaçou o piloto alemão nas últimas voltas, mas sem nunca fazer uma real manobra de ataque para ganhar a primeira posição; Azerbaijão ele estava na frente de Vettel quando este mergulhou na relargada para tentar retomar a liderança, mas caso não tivesse este erro do alemão poderia sim ter lutado pela vitória ou até mesmo ter segurado-o para uma chegada de Hamilton, que vinha logo em terceiro; em Silverstone a situação exatamente a mesma de Baku, mas desta vez a disputa durou algumas voltas com Bottas se segurando e segurando os ataques de Vettel como podia. Porém os pneus gastos da Mercedes acabou expondo ele demais, cedendo as investidas de Sebastian (que fez manobra idêntica a de Baku, mas desta vez com maior sucesso e pneus bem mais aquecidos). Esse trabalho de Valtteri foi importante para a aproximação de Hamilton que se recuperava na prova a terminar em segundo e salvar uma corrida que beirava o desastre; e por último em Hungaroring, onde Bottas segurou Vettel impecavelmente, só tomando a ultrapassagem nas últimas voltas num momento em que Hamilton já estava anos luz à frente deles. Foi outro ponto importante, exatamente numa pista onde a Mercedes não deveria vencer e venceu. Não há como negar que Valtteri Bottas tenha sido extremamente importante para aquele jogo de xadrez que foi a temporada de 2018. Claro, méritos e mais méritos para Hamilton que soube bem aproveitar toda a situação e vencer o campeonato, mas Bottas foi uma peça pra lá de importante nessa engrenagem.
Valtteri Bottas iniciar o campeonato dessa forma importante e imponente, mostra duas faces interessantes: além da gana de mostrar a todos seus detratores que ele é bem melhor que aquele Bottas que andou todo 2018 na sombra de Hamilton, mostra também que ele pode ser novamente uma peça importante para a Mercedes e Lewis neste ano, mas de uma forma muito mais letal para os adversários. Sabe-se que esta temporada será intensa e de possível reviravoltas, assim como foi em 2017 e 2018, e por isso contar com um Bottas mais próximo de Hamilton significa não deixar escapar pontos e oportunidades para os outros, mesmo que isso signifique colocar o finlandês na disputa pelo titulo e lá para o final do campeonato eles (Mercedes) tenham que resolver o abacaxi de alguma forma. Isso sem  contar com um fator extra pista que se fez presente nesta prova de abertura, que foi a presença de Esteban Ocon por todo final de semana na garagem da Mercedes. Portanto, o combustível para inflamar a um novo Bottas surgiu logo de cara num ano que pode ser grandes batalhas.
É claro que essa conquista de Bottas, onde ele teve todos os méritos ao aproveitar-se muito bem da situação que lhe apareceu, pode render muitas idéias do que possa ser o seu desempenho geral neste ano de 2019 visando a sua permanência para 2020. Mas a certeza que fica, a primeira vista, é que Bottas parece ter mudado seu jeito e as próximas etapas é que indicarão até que grau isso pode influenciar nesta temporada. 

domingo, 17 de março de 2019

GP da Austrália - Mais dúvidas




Um sentimento que era aguardado para este GP australiano repousava sobre o possível - e esperado - confronto entre Mercedes e Ferrari (com a "escolta de luxo" da Red Bull) para termos um real parâmetro das forças que ambas haviam mostrado nos testes. Porém, os treinos livres - excetuando o primeiro - e mais a classificação acabaram criando uma vantagem impressionante para a Mercedes que deixou boa parte de seus rivais mais próximos com a pulga atrás da orelha. Mas como sabemos bem, é na corrida que as coisas se revelam.
A má largada de Hamilton possibilitou o avanço de Valtteri Bottas que esteve, talvez, no seu melhor final de semana desde que ingressou na equipe alemã. Um ritmo impressionante que intensificou ainda mais após a parada de box de Lewis Hamilton, que precisou ser sacado da segunda posição para evitar um possível undercut de Vettel. Antes que isso acontecesse, a diferença de Bottas para Hamilton estava em torno de quatro segundos e de Lewis para Vettel oscilando de três a quatro segundos. É tanto que a estratégia da Mercedes em levar o inglês vão box para mudar dos macios para o médio, acabou sendo acertada: Lewis voltou com vantagem de um segundo e meio sobre Sebastian. Talvez algumas voltas depois isso poderia se tornar uma dor de cabeça maior para o inglês.
Com caminho aberto, Valtteri esteve mais a vontade e aumentou o ritmo a ponto de conseguir uma ótima vantagem de 30 segundos e pouco para fazer sua parada e voltar com folga à frente de Lewis, que já iniciava um distanciamento de Vettel.
Enquanto que Bottas dava continuidade a sua fabulosa pilotagem, foi Verstappen quem apareceu para incomodar os dois grandes pilotos: após chegar e atacar inapelavelmente Sebastian, com uma uma bela ultrapassagem, era questão de tempo para alcançar Lewis e fazer o mesmo para chegar ao segundo lugar. Mas o seu erro na primeira curva, mais as respostas de Hamilton para se manter na tal posição, dissiparam uma possível chance de duelo que animaria bem o final da prova.
A verdade é que o GP da Austrália não mostrou a totalidade das impressões que tivemos desde a pré-temporada e as dúvidas que deveriam ser sanadas, aumentaram na verdade. Uma Ferrari que se apresentou tão forte na pré-temporada, não mostrou nem ao menos uma performance parecida com que teve em Melbourne doze meses antes. Apesar das coisas sugerirem desgaste de pneus e mais problemas na unidade de potência no carro de Vettel, que o levou a perguntar o porquê de estar tão lento, o seu início de prova não foi dos melhores também por conta dos erros de acerto.
Apesar de Gasly não ter tido a melhor das estréias, a Red Bull teve em Max Verstappen a sua melhor representação com a sempre ótima combatividade do piloto holandês. E o início desta parceria com a Honda foi dos melhores ao conseguirem, até, desafiar a Ferrari e Mercedes. A terceira colocação de Max resultou no primeiro pódio da Honda nesta era híbrida e também no primeiro deste a terceira colocação de Rubens Barrichello no GP da Grã Bretanha de 2008.
De quem a maioria tinha a maior dúvida, acabou mostrando a velha forma de sempre mesmo que não tenha vindo do piloto esperado: a Mercedes dominou amplamente o final de semana australiano como se nenhuma outra equipe existisse por perto, andar numa classe própria com Lewis nos treinos e depois com Bottas na corrida. Ritmos satisfatórios que impressionou a todos e também a equipe, mesmo que eles digam que não levaram nada de novo para a pista australiana. Mas aqueles testes onde revelaram dois carros diferentes nas duas partes dos testes, podem ter contribuído para uma rápida melhora.
A verdade é que o GP do Bahrein passa a ser o local onde as grandes perguntas da pré-temporada podem ser respondidas.



Grande Prêmio da Austrália – Circuito de Melbourne – 1ª Etapa – Resultado Final

Tempo: 23.6°C Seco & Ensolarado
Asfalto: 43.4-37.1°C Seco
Umidade: 70.3%
Vento: 1.0 m//s
Pressão do ar: 1015.3 bar









































































































































































Melhor Volta: 1.25.580 lap 58 - Valtteri Bottas - Mercedes W10 - Média 223.075 km/h
Top speed: 321.9 km/h - Pierre Gasly - Red Bull RB15 Honda

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...