sexta-feira, 13 de março de 2020

Foto 844: Lyn St. James, Watkins Glen 1985


Uma grande festa. Lyn St. James festejando a sua vitória na classe GTO na etapa de Watkins Glen da IMSA, denominada de 500km de Watkins Glen disputada em setembro de 1985.
Lyn venceu a classe a bordo do Ford Mustang da equipe Roush Racing com uma volta de vantagem sobre a dupla do Camaro formada por Carter/ Felton. No geral - e na classe GTP - a prova foi vencida pela dupla Al Holbert/ Derek Bell com um Porsche 962 da Holbert Racing.
A conquista de Lyn St James foi a primeira de uma mulher na IMSA.
A grande piloto estadunidense completa hoje 73 anos.

Foto 843: Ayrton Senna, Macau 1983


Ayrton Senna e Teddy Yip antes da largada de uma das duas baterias do GP de Macau de 1983.
A prova foi dominada amplamente pelo piloto brasileiro - que correu pela West Surrey Racing/ Marlboro Theodore Racing - que marcou a pole e venceu as duas baterias sempre com Roberto Guerrero (Eddie Jordan Racing) e Gerhard Berger (Trivellato Racing) completando o pódio.
A edição de 1983 foi a 30a da história da prova, que é realizada desde 1954. E naquele ano foi a primeira vez que a Fórmula 3 passou a correr em Macau, substituindo os Fórmula Atlantic, que realizaram as últimas edições.

Foto 842: GP da Venezuela, 500cc 1977


A linha de frente do GP da Venezuela, na primeira visita da Motovelocidade naquele país em 1977. Johnny Cecotto (Yamaha #20), Barry Sheene (Suzuki #7), Steve Baker (Yamaha #32) e Pat Hennen (Suzuki #3) na primeira fila das 500cc. Sheene venceu aquela prova inaugural em 48 minutos e 56 segundos, três segundos a frente de Steve Baker que foi o segundo, enquanto que Pat Hennen terminou em terceiro com 39 segundos de atraso. Cecotto, que vencera a prova das 350cc e foi o pole da 500cc, terminou em quarto. A prova das 250cc foi vencida por Walter Villa e a 125cc ganha por Angel Nieto.
A pista de San Carlos, situada na cidade que leva o mesmo nome, foi construída no início dos anos 70 e em 1976 sediou a Fórmula 750 em duas baterias, sendo vencidas por Johnny Cecotto e a segunda por Gary Nixon. Mas uma confusão em relação a pontuação acabou por manchar a prova e consequentemente a reputação dos organizadores, que pretendiam realizar ainda naquele ano uma etapa do Mundial de Moto que acabou sendo negada.
Para 1977 as coisas se saíram bem e a corrida foi realizada e mais outras duas edições foram feitas, com Barry Sheene vencendo todas (1977, 78 e 79), o que lhe valeu o apelido de "Rei de San Carlos".
Problemas financeiros impossibilitaram a realização de outras edições do GP e a pista de San Carlos, que foi motivo de elogios devido as suas modernas instalações, acabou ficando pelo caminho. Dos anos 80 para cá o circuito realizou apenas provas locais. Com a crise econômica na Venezuela, a pista está a venda.
O circuito tem extensão de 4.135m e pode ser usado um traçado menor, de 3.135m.

quinta-feira, 12 de março de 2020

Foto 841: Maranello Concessionaries, 24 Horas de Le Mans 1967


Os trabalhos de box no Ferrari 412P durante as 24 Horas de Le Mans de 1967. O Ferrari 412P #23 foi inscrito pela equipe inglesa Maranello Concessionaries e foi conduzido por Richard Attwood e Piers Courage. Abandonaram na 15 hora após problemas na bomba de óleo.
A vitória ficou para o Ford GT40 MK IV #1 pilotado por Dan Gurney e A.J. Foyt, seguidos pelo Ferrari 330 P4 #21 de Ludovico Scarfiotti e Mike Parkes e pelo outro Ferrari 330 P4 #24 da Equipe Nationale Belge, que foi conduzido por Willy Mairesse e Jean Blaton.
A Maranello Concessionaries Racing Team foi fundada por Ronnie Hoare no início dos anos 60 e obteve um total de 92 vitórias nos seus anos de atividades de 1961 até 1972. A Maranello Concessionaries foi uma das mais importantes distribuidoras no Reino Unido e que hoje é a atual Ferrari UK.

Foto 840: Johnny Rutherford, Indy 500 1980

(Foto: Indystar.com)
A terceira festa do "Lone Star". Johnny Rutherford após vencer a Indy 500 de 1980. Foi a terceira conquista de Rutherford na grande corrida, tendo vencido as outras duas em 1974 e 1976 pela Mclaren. A de 1980 foi pela Chaparral.
Apesar de ter liderado o maior número de voltas, Rutherford teve o desafio vindo de Bob Unser e Rick Mears: enquanto que Bob ficou pelo caminho por causa de problemas no turbo na volta 126, Rick Mears era uma certa ameaça até que apostou numa parada de box arriscada na volta 178 quando tinha 20 segundos de vantagem sobre Tom Sneva, que ia a frente de Rutherford. A parada foi feita em bandeira amarela e Mears, apostando na larga diferença, completou apenas o combustível e manteve os pneus. Sneva também foi aos boxes, exceto Johnny que se manteve na pista. O resultado foi Rutherford mantendo a liderança e aumentando a diferença sobre Sneva, enquanto que Rick precisou fazer uma parada extra para trocar os pneus e dar adeus a qualquer chance de vitória, terminando em sexto. Rutherford venceu com mais de 29 segundos de vantagem sobre Tom Sneva, que largada na 33a posição. A terceira posição ficou para Gary Betenhausen, que largara em 32o.
Hoje Johnny Rutherford completa 82 anos.

quarta-feira, 11 de março de 2020

Foto 839: Arturo Merzario, 400km de Barcelona 1972


O pequeno Art. Na foto, Arturo Merzario com o Abarth Osella SE021 da Scuderia Brescia Corse durante os 400km de Barcelona disputado em Montjuic Park, etapa válida pelo Campeonato Europeu de 2 Litros de 1972.
Arturo é daquela leva de pilotos que tentaram o sucesso na Fórmula 1, mas foi no mundo dos carros esporte e protótipos que encontrou o sucesso. Conquistou por duas vezes a Targa Florio (1972 com a Ferrari ao lado de Sandro Munari em 1975 com a Alfa Romeo) e venceu os 1000km de Spa Francorchamps de 1972.
Além dessas conquistas em 1972, Merzario terminaria o ano coroado com o título do Campeonato Europeu de 2 Litros com o Abarth Osella ao vencer três corridas (Dijon, Silverstone e Enna-Pergusa) e marcar 71 pontos, contra os 50 pontos de John Burton que pilotou um Chevron B21.
Hoje Merzario completa 77 anos.

terça-feira, 10 de março de 2020

Foto 838: Brian Redman, F5000 1976


Brian Redman com o Lola T332C da equipe de Jim Hall/ Carl Haas durante uma das etapas do Campeonato norteamericano da Fórmula 5000 de 1976, da qual sagrou-se tricampeão consecutivo.
Apesar de todos reconhecerem Redman como um dos pilotos mais versáteis de sua geração, foi na F5000 onde o piloto inglês achou seu lugar. No campeonato da categoria - que tinha franquias na Europa, Austrália, África do Sul - era o disputado nos EUA o mais ferrenho deles, contando com pilotos de renome que corriam na IndyCar e também na Fórmula-1. Brian desafiou e venceu os melhores pilotos daquela década - e também da história do automobilismo. Na sua primeira temporada completa, perdeu o título de 1973 para Jody Scheckter; em 1974 agradeceu a oportunidade que lhe foi dada na Shadow na F1, onde correu em substituição do falecido Peter Revson até o GP de Mônaco e depois passou a dedicar-se integralmente ao campeonato americano da F5000 onde derrotou Mario Andretti naquele ano; repetiu o feito em 1975, mais uma vez sobre Mario Andretti e em 1976 ganhou o tricampeonato contra Al Unser. Redman foi o piloto com mais títulos na série americana com três campeonatos - todos consecutivos -, seguido por Patrick Tambay que ganhou dois (1977 e 1980).
Brian Redman completou ontem 83 anos.

Foto 837: Alain Prost, GP da França 1981


A primeira do Professor. Alain Prost com o Renault RE30 no grid de largada para o GP da França de 1981, disputado em Dijon-Prenois. Na ocasião Alain saiu da terceira posição atrás de John Watson (McLaren) e do pole René Arnoux, então seu companheiro de Renault.
Alain teve caminho aberto para tentar a vitória com a má largada de Arnoux, que caiu para sétimo, mas Prost precisou lutar contra problemas na asa traseira e no câmbio além, claro, de batalhar a dianteira da prova contra  Nelson Piquet. A sorte mudou quando a prova foi interrompida na volta 58 por causa de uma forte chuva e na relargada ele assumiu a dianteira, conseguindo abrir boa vantagem sobre o brasileiro e assumir a liderança absoluta  da prova - uma vez que os tempos eram somados com a primeira parte antes da bandeira vermelha. Alain ainda teve que aguentar a pressão de Watson, conseguindo sobressair para garantir a sua primeira vitória na Fórmula 1. John Watson ficou em segundo e Piquet em terceiro.
Prost ainda venceria mais dois GPs naquele 1981 na Holanda e Itália.

sábado, 7 de março de 2020

Foto 836: Walter Rohrl, Rally Safari 1979

Walter Rohrl e o seu FIAT 131 Abarth - ou o que restou dele - durante o Rally Safari de 1979.
Foi um rally complicado para a FIAT, apesar de Markku Alen e seu navegador Kivimäki Ilkka terem fechado em terceiro - nessa que foi a primeira participação de Alen neste Rally.
Walter enfrentou problemas em todos os dias do evento, passando pela baixa competitividade do 131; a perda do para-brisa por causa da colisão com um pássaro; o atraso por causa de pequeno trecho de rio que estava com o nível acima do normal devido as fortes chuvas - sem contar no susto em ver Mercedes 450 SL de Bjorn Waldegaard quase ser levado pela correnteza, quando este tentou a travessia sem ajuda; e depois um buraco acabou tirando a oportunidade de Walter Rohrl/ Christian Geistdorfer de conquistar uma melhor posição, forçando a dupla a fechar na oitava colocação. A vitória ficou para Shekhar Mehta/ Mike Dougthy com um Datsun 160J.
Segundo Rohrl, o Rally do Safari não era o seu preferido.
Hoje o grande piloto alemão completa 73 anos.

Foto 835: Michael Schumacher, GP da Alemanha 1995

A festa de uma torcida. A bela foto do momento em que Michael Schumacher vence o GP da Alemanha de 1995 com o Benetton B195 Renault. Foi a quinta vitória dele naquela temporada.
Schumacher tornou-se o primeiro alemão a vencer o GP caseiro desde a conquista de Rudolf Caracciola no distante ano de 1939, quando ele venceu em Nurburgring com a Mercedes W154 - porém, Michael Schumacher voltaria a vencer em território alemão naquele ano de 1995 ao ganhar uma corrida em Nurburgring, mas esta nomeada de GP da Europa.

sexta-feira, 6 de março de 2020

Foto 834: Ferrari, GP de Mônaco 1962


Os Ferrari 156 no final de semana do GP de Mônaco de 1962. Em primeiro plano o Ferrari #40 de Willy Mairesse, logo atrás o #36 de Phil Hill e ao lado o #38 de Lorenzo Bandini - que foi pilotado também por Ricardo Rodríguez num dos treinos.
A pole foi de Jim Clark (a primeira dele na Fórmula 1), mas o escocês acabou abandonando na volta 55 por problemas na embreagem do Lotus. Bruce McLaren (Cooper) venceu o GP, seguido pelas Ferrari de Phil Hill e Lorenzo Bandini. Willy Mairesse terminou em sétimo - apesar de ter abandonado na volta 90 por queda na pressão do óleo.
A corrida ficou marcada pela morte do  bandeirinha Ange Baldone, que foi acertado pelo pneu do BRM de Ritchie Ginther após este ter se envolvido num enrosco na antiga curva do gasômetro.

quarta-feira, 4 de março de 2020

Foto 833: Jim Clark, GP da Holanda 1963

Houve um período dos anos 60 que para barrar a genialidade de Jim Clark talvez fosse preciso ajuda da polícia. Os holandeses levaram a brincadeira para Zandvoort, quando dois homens da lei "enquadraram" Jim Clark após o GP da Holanda de 1963. Também pudera: o escocês não apenas venceu o GP holandês em Zandvoort como também arrasou a concorrência ao colocar uma volta em todos os competidores, naquela que foi uma de suas melhores apresentações no campeonato mundial. Foi a quinta vitória de Jim na Fórmula 1.
No fim das contas, nem mesmo os policiais podiam com Jim Clark.
Hoje o espetacular escocês faria 84 anos.

terça-feira, 3 de março de 2020

Foto 832: 1953, O Canto do Cisne para os Pilotos Italianos



Ao fim da temporada de 1953 havia muito o que se comemorar: Ferrari campeão pela segunda vez e com seu pupilo Alberto Ascari mais uma vez ao volante da Ferrari 500, arrasando a concorrência sem piedade. Foi uma época espetacular para a Scuderia de Enzo Ferrari que passava a ser o grande nome do esporte a motor naqueles tempos, principalmente na então juvenil Fórmula-1 onde a equipe herdou o trono deixado pela Alfa Romeo, após a mítica fábrica de Milão ter deixado a categoria ao final de 1951 quando conquistou seu segundo e derradeiro título na categoria. A Ferrari, uma força emergente naquele ano, foi a sucessora natural dos seus coirmãos.
Aquela temporada de 1953 não foi nada mais que extensão do sucesso ferrarista sobre os demais: já em 1952, quando a Fórmula-1 iniciou o regulamento de Fórmula 2 – numa tática de tentar encher o grid, uma vez que estava desfalcada da Alfa Romeo e também da BRM para aquele ano – a equipe italiana logo se impôs de forma absoluta nas corridas. Somente naquela primeira temporada do regulamento, a Ferrari venceu sete dos oito GPs daquela temporada, perdendo apenas a Indy 500 onde ela se fez presente com Alberto Ascari, mas não levou. Ascari e Piero Taruffi foram os responsáveis pelas sete conquistas da Ferrari, sendo que Alberto venceu seis provas e Taruffi apenas uma. Alberto Ascari foi coroado campeão do mundo na corrida da Alemanha, realizada em Nurburgring, com duas provas de antecedência.
Quando o campeonato de 1953 iniciou, esperava-se algum equilíbrio e isso se devia ao fato da Maserati ter conseguido algum ganho em relação a Ferrari no final de 1952, quando Jose Froilan Gonzalez foi um rival a altura de Ascari no GP da Itália. Apesar de se imaginar o quanto que seria difícil bater uma equipe onde o regulamento era praticamente o mesmo do ano anterior, ainda havia um pingo de esperança para que houvesse uma batalha. De certa forma a Maserati teve uma melhora, principalmente no intervalo entre os GPs da Argentina e Holanda, onde Gioacchino Colombo e Valerio Colotti fizeram modificações que foram testadas por seus pilotos Jose Froilan Gonzalez, Juan Manuel Fangio e Felice Bonetto, mas mesmo assim ainda faltava algo para alcançar Alberto Ascari: o piloto italiano continuou arrasador naquele inicio de campeonato ao cravar três vitórias seguidas (isso se deixarmos de lado a Indy 500, onde nenhuma equipe do campeonato mundial se fez presente) nos GPs da Argentina, Holanda e Bélgica. Porém foi exatamente na corrida da Holanda onde a Maserati mostrou a sua velocidade em volta lançada, quando Juan Manuel Fangio conseguiu se posicionar em segundo e ameaçar a pole de Ascari. Essa velocidade da Maserati seria comprovada no próprio GP holandês – onde Jose Froilan Gonzalez fez uma corrida recuperação espetacular – e depois nas provas seguintes, onde Fangio cravou a pole na Bélgica e ainda teve o bônus da melhor volta feita por Froilan Gonzalez e o pódio do então novato argentino Onofre Marimon. O primeiro grande embate entre as duas fábricas italianas se deu no GP da França quando Fangio e Mike Hawthorn, que foi para a Ferrari naquele ano, entraram em grande duelo pela vitória – isso sem contar na disputa Gonzalez e Ascari pela terceira posição – com a Maserati se aproveitando bem das grandes retas do circuito de Reims. A vitória ficou para Hawthorn (a primeira dele na Fórmula-1), mas o desempenho d a Maserati tinha sido convincente, mas eles precisavam de um pouco mais de confiabilidade para desafiar a Ferrari e vencê-la. Isso foi notável em Silverstone, quando Gonzalez perseguiu Ascari pelas primeiras voltas até apresentar um vazamento de óleo que lhe custou duas voltas de atraso para fosse reparado, e depois na corrida da Suiça quando os motores de Fangio e Marimon quebraram. Foi apenas na Itália onde a Maserati esteve 100% e se beneficiou das escapadas de Ascari e Farina para que Fangio vencesse a corrida – então primeira vitória da equipe de Alfieri Maserati na categoria. A força da Ferrari naquela temporada que mesmo quando Alberto Ascari não estava no seu melhor dia os outros pilotos conseguiam suprir essa “ausência”, como foram os casos dos GPs da França (vencido por Mike Hawthorn) e Alemanha (conquistado por Giuseppe Farina). Com isso a Scuderia manteve um domínio amplo de vitórias: exceto a Indy 500, a Ferrari venceu 14 corridas entre 1952 e 1953, sendo onze somente com Ascari  (o piloto italiano venceu nove corridas seguidas entre 52 e 53 estabelecendo naquela época um recorde que foi igualado apenas em 2013, quando Sebastian Vettel ganhou nove seguidas naquele ano) e as outras três conquistas por parte de Piero Taruffi, Mike Hawthorn e Giuseppe Farina. Apesar do campeonato ter ficado polarizado entre Ferrari e Maserati, outras equipes acabaram por ser meras coadjuvantes: a Gordini conseguiu alguns lampejos principalmente em qualificações com Maurice Trintignant, porém seu carro com motor V8 jamais saiu do papel para aquele ano deixando que Trintignant, Behra e Harry Schell corressem o campeonato todo com seu Tipo 16 com motor de seis cilindros. As equipes inglesas estiveram presentes, mas sem ameaçar o poderio dos italianos, claro: Connaught e Cooper correram em quase todos os GPs, seja como equipe oficial ou apenas representados com inscrições particulares. Falando em inscrições por conta própria, Emmanuel de Graffenried foi o melhor neste quesito ao tomar posse do Maserati A6GCM – o mesmo usado pela equipe oficial – e conseguir marcar sete pontos.
Apesar de Alberto Ascari ter sido o piloto do ano mais uma vez, ao conquistar seu segundo título mundial confirmado no GP da Suíça, ele teve seus oponentes. Talvez o mais próximo dele tenha sido Jose Froilan Gonzalez que praticamente igualava em velocidade pura com o italiano, mas que acabava ficando pelo caminho devido os problemas que a Maserati apresentava. Quando Gonzalez ficou fora do restante do campeonato após seu acidente em Portugal, durante uma corrida de carros sport, foi a vez de Juan Manuel Fangio ser o oponente mais perigoso para Ascari. Fangio havia ficado de fora de quase todo Campeonato de 1952 após um acidente numa prova extra-campeonto em Monza e quando retornou, ele não estava na sua melhor forma física vindo recuperá-la no decorrer do
campeonato de 1953 e num momento importante para a Maserati, que ficara sem Gonzalez. Todo esforço da equipe e de Fangio foi recompensado com a conquista no  GP italiano, que marcou a primeira vitória do argentino desde a corrida da Espanha de 1951 assim como a primeira da Maserati na Fórmula 1. Por mais que Ascari foi o homem da Ferrari naquele Campeonato, Mike Hawthorn e Giuseppe Farina conseguiram suas vitórias exatamente em dias que o bicampeão mundial não esteve em grande forma e/ou com problemas como foram os casos das corridas da França e Alemanha. Talvez a grande revelação daquele ano de 1953 tenha ficado por conta do argentino Onofre Marimon, que assumiu o quarto assento na Maserati no GP da Bélgica (onde foi o terceiro colocado) e fez boas corridas e até mesmo com chances de vitória, como foi o caso na corrida da Itália.
Para os italianos foi um momento especial, mas como tudo na vida nem sempre percebemos as transformações. Foi o terceiro título italiano no Mundial de Pilotos (
1950 com Farina e o bicampeonato de Ascari 52/53), todos com equipes italianas (Alfa Romeo e Ferrari); equipes invictas desde 1950 (se tirarmos fora a Indy 500), e outras marcas mais. Aquele ano de 1953 encerrou um período glorioso para os pilotos italianos que se iniciou no pós Primeira Guerra Mundial e que foi interrompido parcialmente com o domínio das Silver Arrows na segunda metade dos anos trinta, sendo retomada logo após a Segunda Guerra Mundial e que se estendeu até o final de 1953, que marcou a última vitória de Giuseppe Farina na Fórmula 1 e o derradeiro título de um piloto italiano (Alberto Ascari conquistou sua última vitória e, consequentemente, pódio no GP da Suiça em 53), encerrando uma era marcante.
Em poucos meses a Fórmula 1 seria retomada e a história seria bem diferente a partir daquele ano de 
1954.


Os links dos textos das nove etapas do campeonato de 1953, feitas para o site F1 Templo: GP da Argentina; Indy 500; GP da Holanda, GP da Bélgica, GP da França; GP da Grã-Bretanha; GP da Alemanha; GP da Suíça; GP da Itália

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...