A julgar pela pole de sábado e seu desempenho durante a
corrida em Marina Bay,
estava quase certo que Lewis Hamilton poderia sair do GP cingapuriano colado em Fernando Alonso no
campeonato. Por outro lado a sua possível conquista ainda teria que passar pela
prova de fogo que estava se desenhando após a primeira parada de box: Vettel
estava próximo dele, muito mais do que antes. A diferença entre eles estava
oscilando entre um a dois segundos e isso indicava que o piloto da McLaren
teria, em breve, alguns problemas em segurar os ataques de Sebastian que vinha
virando voltas melhores que o inglês. Mas mesmo com uma batalha sendo prevista
para as voltas seguintes, os dois estavam em boas situações, afinal Alonso
encontrava-se na quarta colocação encaixotado em Maldonado sem conseguir
nenhuma manobra de ultrapassagem. E caso terminasse assim, a diferença de
Hamilton e Vettel para Fernando, cairia bastante. Um resultado animador até
aquele momento.
Mas o problema de câmbio que tirou Lewis surpreendentemente
da prova de Cingapura, deu à Vettel a chance de vencê-la e retornar com força na
luta pelo título. Aquele abandono forçado em Monza, quando estava em quarto,
talvez tenha colocado muitas dúvidas na cabeça do bi-campeão do mundo e a vitória
em Marina Bay,
após duas horas quase que intermináveis, o colocou de volta na disputa. Alonso
também tem o que comemorar: não era um fim de semana para grandes aspirações
para ele. Carro pouco competitivo – apesar de ter apresentado bom rendimento
nos treinos livres, caindo apenas na classificação – que o forçou a apresentar
uma performance cadenciada devido o alto desgaste dos pneus, principalmente
traseiros, do seu Ferrari. Não foi à toa que em determinadas voltas, Fernando
tomasse quase que meio segundo nos tempos em relação à Pastor Maldonado e Paul
Di Resta e em outras, andar próximo das marcas alcançadas por Hamilton e
Sebastian. Ele arriscou em não tentar uma terceira troca de pneus e foi salvo
pelas duas entradas do Safety Car. Quanto à Hamilton, ele parecia feliz com o
carro, mas a quebra foi um golpe duro. Ele venceria a corrida, mas discordo
dele quando disse que “seria a mais fácil”. Vettel estava com tempos de volta
muito parecidos com o dele e quando abandonou o alemão já estava na sua cola. A
batalha seria uma questão de tempo e Lewis teria muito trabalho. Mas o rádio da
equipe falando que fizeram de tudo, quando ele abandonou, indica que já estava
com algum problema.
Já sobre a corrida, foi nada de especial. Alguns duelos
interessantes no meio do pelotão quebraram o sono dessa prova, mas não o
suficiente para animar a noite em Marina Bay. Aliás, o tempo de duração dessa prova
tinha que ser revista: além de ser castigante para os pilotos, devido à alta
umidade, para o público também se torna cansativa. Qualquer entrada do SC nessa
prova altera o tempo de duração que, com andamento normal, já chega a quase
1h50. Umas cinqüenta o cinqüenta e cinco voltas, já estaria bom. Não é à toa
que a chamei de “As 2 Horas de Marina Bay”.
Agora faltando seis provas para o fim, Alonso ainda tem a
corrida de Suzuka para ficar na liderança do mundial, já que está com 29 pontos
de avanço sobre Vettel. A sua salvação é que a Ferrari, pelo que apresentou em
pistas com mais velocidade, tem se saído bem. Foi assim que obteve os pódios em
Silverstone, Hockenheim e Monza. Mas terá que batalhar e contar com a sorte
contra uma McLaren que tem feito provas sensacionais nessa segunda parte do
campeonato, cravando três vitórias consecutivas e quatro poles. E Vettel também
poderá enfrentar problemas com um Red Bull que tem sido pouco competitivo em
pistas que tem longas retas. Mas vale lembrar que em 2010, nessa altura do
campeonato, é que ele começou a sua arrancada rumo ao primeiro título.
Eu quero ver até quando vai esse contra-ataque dele, F-1 esse ano esta muito emocionante de se assistir.
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