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domingo, 31 de março de 2019

GP do Bahrein: Um dia de azar... E sorte

O homem certo na hora certa: Lewis aproveitou bem a chance para vencer a sua primeira prova em 2019
Havia uma grande expectativa em torno do que Charles Leclerc poderia fazer quando estivesse em posse de um carro competitivo. Se em Melbourne os problemas de acerto da Ferrari limitou o seu desempenho e o de Vettel, os deixando longe de uma possível batalha com a Mercedes, em Sakhir a melhora significativa da Ferrari foi importante para os colocarem de volta a disputa e também dar a oportunidade de Charles mostrar o seu potencial e a pole position foi um belo cartão de entrada.
É claro que a sua má largada que quase o jogou para quarto esfriou um tanto a euforia em torno do jovem monegasco, mas a sua rápida recuperação sobre Hamilton e a velocidade com que alcançou Sebastian Vettel fez aumentar a expectativa. Ainda mais quando conseguiu duelar com Sebastian pela liderança e vencer a disputa. Abriu grande vantagem, chegando bater na casa dos nove segundos e estava alheio de qualquer importunação de outro piloto. Seria uma vitória fabulosa, num dia que soube domar os dois melhores pilotos da categoria com talento e velocidade. Seria... O motor da Ferrari passou a apresentar problemas quando estava faltando treze ou doze voltas para o fim, e aquela diferença de quase dez segundos para Hamilton se desfez em poucas voltas. Lewis assumiu a liderança para conquistar uma vitória bem improvável, diga-se e Leclerc ainda perderia a segunda colocação para Bottas. Charles teve a sorte aparecer um Safety Car nas últimas três voltas que o fez sustentar a terceira posição, que seria perdida para Verstappen.
Já o vencedor da prova não teria grandes chances de levar essa corrida barenita. No entanto, pelo menos com Vettel, Hamilton esteve bem próximo em toda prova e isso lhe deu a oportunidade de tentar quebrar a possível dobradinha da Ferrari. A disputa pela segunda posição entre os dois maiores campeões dessa década foi o ponto alto deste GP. Por mais que Hamilton tivesse sofrido com os pneus macios antes do seu segundo pit-stop, a diferença não foi tão grande e isso permitiu-lhe continuar com Sebastian na alça de mira até que ambos entrassem numa batalha aberta, com Vettel conseguindo se defender bem no primeiro grande ataque de Lewis. O inglês soube esperar mais uma volta e dar carga total, fazendo manobra idêntica a primeira mas com muito mais agressividade. Vettel acabou rodando após destracionar na saída de curva quando Lewis já estava a frente. Enquanto que Hamilton caminharia tranquilamente para uma possível segunda posição - antes que a aparecesse o problema de Leclerc -, Vettel ainda perdeu a asa dianteira de forma estranha, que o forçaria ir aos boxes. Voltou ainda entre os dez, mas sem grandes chances de tentar um pódio ao fechar num melancólico quinto lugar.
Esta corrida barenita ainda reservaria ao novato Lando Norris a chance de conquistar um honroso sexto lugar, aproveitando-se bem do ótimo rendimento da McLaren nesta pista de Sakhir que já havia sido bem visto nos treinos e principalmente no bom início de prova de Carlos Sainz, que acabara se tocando com Max Verstappen na disputa pela quinta posição e despencando para último, de onde não sairia até seu abandono nas voltas finais.
O GP do Bahrein acabou por mostrar o aparecimento de um terceiro elemento que pode incomodar qualquer um dos dois possíveis campeões.

domingo, 16 de abril de 2017

GP do Bahrein: Estratégia na medida certa

O lance capital da prova talvez tenha sido mesmo o acidente entre Sainz e Stroll, quando ambos contornavam a primeira curva e o espanhol - que saía dos boxes - foi extremamente confiante em tentar atacar o jovem canadense e acabou batendo na lateral do Williams. O carro de Lance parado na parte externa foi o suficiente para a direção de prova colocar o SC na pista. Foi o momento que a galera foi aos boxes - inclusive o duo da Mercedes - e deixar caminho aberto para Vettel assumir a ponta, uma vez que ele já havia feito sua parada voltas antes e colocado os supermacios. Com uma relargada bem feita e se defendendo dos ataques de Bottas, Sebastian fez o que se espera dele quando está no comando de um GP que é abrir uma boa vantagem e apenas administrar. A tática foi perfeita ao final das 57 voltas, quando a idéia de tirar o alemão da segunda posição e levá-lo aos boxes para tentar voltar à frente de Valtteri foi melhor que a encomenda quando o SC foi à pista. E exatamente naquele momento, Hamilton dava um tiro no próprio pé ao atrapalhar Ricciardo na saída dos boxes e levar 5 segundos de punição que foram pagos na sua segunda parada de box.
É claro que para nós que não temos todas as informações em mãos, aquelas bem minuciosas, que apenas as equipes tem em mãos, parecia que Sebastian perdia terreno para Hamilton no final por estar com pneus gastos. Segundo o alemão, ele tinha reservas para contra-atacar e Matias Binotto, responsável pelo bólido vermelho, confirmou ao dizer que eles estavam tranquilos pois as coisas estavam sobcontrole devido administração de Vettel. Portanto, mesmo se tivesse tempo, Hamilton não conseguiria atacar Sebastian. Por outro lado, vendo que Lewis pisou feio na bola e que a Mercedes o deixou mais tempo na pista antes de fazer a sua segunda parada, as coisas poderiam ter sido diferente. Afinal, mais próximo de Vettel, o piloto inglês teria mais tempo para arriscar uma manobra. E Sebastian um contra-ataque. Teria sido umas dez voltas finais eletrizantes com os dois contendores brigando abertamente. Olhando desta forma, o final deste GP foi parecido com o de Shangai semana passada.
A forma decidida da Ferrari, com uma postura mais atirada em arriscar as estratégias de pit-stop - que deu certo na Austrália e hoje no Bahrein - e mais uma postura igualmente arrojada de Vettel em se livrar do tráfego quando volta do pit-stop, tem surtido um grande efeito e se transformado em vitórias. E isso tem anulado uma Mercedes que anda errando bastante nas táticas.
Será interessante quando as duas acertarem a mão numa corrida.

terça-feira, 5 de abril de 2016

GP do Bahrein: Sangue novo. E dos bons

Vandoorne e Wehrlein durante o GP do Bahrein
(Foto: spox.com)
E não é apenas a equipe Haas quem tem ultimamente arrancado suspiros dos entusiastas da F1, pela seu início quase acima da expectativa. Os comentários agradáveis por conta dos trabalhos de Pascal Wehrlein (Manor) e da estréia de Stoffel Vandoorne (Mclaren), foram também os grandes destaques daquela noite barenita.
Ver um piloto como Pascal Wehrlein levar o carro da Manor a lutar contra uma equipe que andou entre os seis primeiros nas provas finais de 2015, fez com que as pessoas passassem a observá-lo com mais atenção. Não é tão fácil batalhar posições com uma carro que, por mais que tenha tido uma leve melhora, ainda não é dos sonhos e chegar a ocupar a sétima posição num GP onde ele mal conhecia, é louvável e até aqui nos faz imaginar o que pode fazer este jovem rapaz no decorrer do mundial com esta Manor. Não duvidaria muito que em alguma prova caótica, ou até mesmo com alguma tática ousada, ele possa marcar pontos neste ano.
Já Stoffel Vandoorne conseguiu a sua chance a partir do momento que Fernando Alonso foi vetado para esta prova, e não decepcionou: largou na frente de Jenson Button - e vale destacar que o belga conseguiu andar próximo do campeão de 2009 em todos os treinos - e batalhou bastante para conseguir marcar o primeiro ponto da Mclaren no ano ao chegar em décimo. Seus trabalhos na GP2 sempre foram elogiáveis e talvez essa oportunidade tenha sido primordial para que este rapaz mostrasse do que é capaz. Com o ponto conquistado no Bahrein, Vandoorne tornou-se o primeiro belga a pontuar na F1 em 23 anos. Thierry Boutsen foi o último a pontuar, quando terminou em quinto no GP da Austrália de 1992 ao volante da Ligier.

domingo, 3 de abril de 2016

GP do Bahrein: Um cala a boca com classe

Grosjean prestes a ultrapassar Massa em Sakhir
Não é nenhuma novidade para quem acompanhou estas duas últimas corridas a agradável surpresa que tem sido a novata equipe Haas, que marcou pontos com Romain Grosjean com um sexto lugar na Austrália e hoje um quinto com o mesmo no Bahrein. Um início que talvez nem mesmo Gene Haas imaginasse para a sua equipe.
Porém, dias atrás, Pat Symonds, diretor técnico da Williams, questionou o modo como as coisas foram abordadas na novata equipe. Sabe-se desde que a Haas foi anunciada como equipe nova para este 2016, que eles teriam uma parceria técnica com a Ferrari onde a equipe italiana entraria com peças e autorizando o uso do túnel de vento. Por volta de 70% do carro da Haas leva peças da Ferrari, o que não caracteriza o uso 100% de um carro Ferrari, o que por regulamento é proibido. Mas mesmo assim, Symonds não gosta muito desta prática indicando que isto não é benéfico para a categoria.
O que se viu em Sakhir foi uma aula da equipe novata sobre a Williams, que - ao lado de Ferrari e Mclaren - constitui a trinca da velha guarda da categoria: Romain Grosjean deitou e rolou e ultrapassou como e quando quis os dois carros da Williams, conseguindo salvar um valente e convincente quinto lugar. Para a Williams, que conseguira se beneficiar da má largada de Hamilton e Raikkonen para subir para segundo e terceiro com Massa e Bottas, viu as coisas andarem para trás quando os pneus médios foram usados por boa parte da corrida e ver os dois carros perderem vertiginosamente rendimento e virar um "boi no rio de piranhas". Talvez Pat Symonds tenha procurado algum lugar para enfiar a cara a cada ultrapassagem que Grosjean efetuava sobre um dos carros brancos.
A atitude inteligente da Haas em se amarrar tecnicamente a uma equipe de ponta, ajuda muito para a sua sobrevivência numa categoria tão cruel com os estreantes. Apesar de eu ser um entusiasta da idéia de equipes venderem chassi para outras, essa nova proposta mostrada entre Haas e Ferrari é uma boa saída para que equipes futuras que pretendam entrar na categoria, possam tentar algo parecido. A verdade é que a Haas, apesar desse apoio técnico, que ajuda bastante, diga-se, tem conquistado esse sucesso instântaneo  por méritos próprios e tendo em Romain Grosjean uma referência, as coisas tendem a ser ainda melhores mesmo que Gene Haas tenha sinalizado que não mais trabalhará na evolução deste carro neste ano.
Mas de todo modo, o cala boca para muitos já começou.

sábado, 2 de abril de 2016

Vídeo: O primeiro recorde para os V6 Turbo Hibridos

Ainda que os V6 Turbo Híbridos despertem uma certa rejeição pela maioria dos fãs da F1, a nova motorização, que inicia a sua terceira temporada neste 2016, já atingiu a sua primeira marca absoluta num fim de semana de Grande Prêmio: a pole obtida por Lewis Hamilton hoje no Bahrein é a mais rápida do circuito desde a sua estréia no calendário em 2004. Naquele ano Michael Schumacher, com a Ferrari, fez o tempo de 1'30''139 (naquela época os pilotos tinham direito a uma volta lançada no qualy) que ficou como recorde de pole até hoje, quando Hamilton cravou a marca de 1'29''493, seis décimos melhor que o antigo recorde. Ainda sim, Schumacher conseguiria largar em quarto para a prova de amanhã.
Apesar de todas as criticas abertas sobre o complexo motor turbo hibrido, o propulsor tem atingido marcas notáveis e é provável que consiga outros recordes neste ano.
Abaixo as duas poles:

quinta-feira, 31 de março de 2016

Foto 562: Out

(Foto: The Guardian)
Realmente escapar sem nenhuma lesão após um big crash daquele em Melbourne (segundo informações, a pancada foi de 46G), seria um enorme milagre. E nos exames de ressonância feita pela equipe médica em Fernando Alonso hoje, acusou uma fratura na costela e pneumotorax, que segundo o piloto, já está curada. Mas mesmo assim, a equipe médica da categoria decidiu vetá-lo para esta prova.
Stoffel Vandorne, piloto de testes da Mclaren e que este ano vai competir na Super Fórmula no Japão, vai substituir o espanhol no Bahrein.
Esta é a segunda vez que Alonso ficará fora de um GP. A outra foi no ano passado,quando sofreu um acidente nos testes da pré-temporada e ficou de fora do GP da Austrália.

domingo, 19 de abril de 2015

GP do Bahrein: Um outro Hamilton

Foram tantas às vezes em que criticamos Lewis Hamilton em seus tempos de McLaren, e até mesmo nesse seu período de Mercedes, onde ele não tinha a mínima noção em poupar equipamento e consequentemente os pneus, que eram sem dúvida o seu ponto fraco durante as provas.
Desde o ano passado para cá, temos visto o piloto inglês numa forma muito positiva neste quesito e aliando isso a sua indiscutível velocidade e habilidade, tem se mostrado altamente superior aos demais na pista, principalmente à Rosberg.
A corrida de hoje em Sakhir foi a prova disso: soube poupar os pneus, dando a si a oportunidade de parar bem depois das Ferraris e quando parecia que teríamos uma batalha pela primeira colocação devido ao fabuloso ritmo de Raikkonen na parte final, ele respondia com voltas equivalentes ou até mesmo ligeiramente melhores que Rosberg e o finlandês. Em outros tempos, teríamos a oportunidade de ver Lewis fazendo o que podia para se equilibrar em pneus aos frangalhos, resultado puro e único da sua brutalidade na condução de um carro.
E essa sua abordagem nas pilotagens tem dado a ele a oportunidade de aniquilar aos poucos o que resta de chances de Rosberg tentar igualar as condições dentro da Mercedes.
E olha que Nico foi bem hoje, mas Lewis foi melhor ainda.

A corrida

Sem dúvida a prova de hoje bem parecida com a da semana passada em Xangai, com a Mercedes dando aos seus pilotos a oportunidade de parar depois das Ferraris, mas a única diferença – e que se tornou uma ameaça real no fim – foi a proximidade de Raikkonen. A Ferrari apostou num longo período de Kimi com os pneus médios para depois colocá-lo de volta à pista com os macios, que o fizeram andar até dois segundos mais veloz que o duo da Mercedes. Se alcançar a liderança de Lewis – que respondia de vez em quando a esse ritmo do ferrarista – seria complicado, a segunda colocação de Nico Rosberg era bem possível e isso foi facilitado quando o alemão teve problemas de freio na abertura da penúltima volta ao frear no final da reta dos boxes. Isso facilitou a vida de Raikkonen, que conseguiu o seu primeiro pódio no ano.
Em contraste ao seu companheiro, o dia não foi dos melhores para Vettel que, além de ter tomado três ultrapassagens de Rosberg – duas delas com muito arrojo por parte de seu conterrâneo, diga-se – Sebastian parecia estar com o ritmo de carro bem comprometido, conseguindo em algumas situações até seguir as Mercedes, mas se perdendo em outras – como foi no caso do primeiro ataque de Rosberg, quando ele passou direto na freada da primeira curva, dando a oportunidade para que Nico encostasse nele. Aliás, Vettel deve ter tido problemas de freios nessa corrida, onde ele errou quatro vezes e na última quase batendo na traseira do carro de Bottas, quando ambos disputavam a quarta colocação.
E por falar em Rosberg, até que a sua corrida não foi de todo mal, conseguindo um ótimo ritmo e atacando as Ferraris com arrojo. Pena que não teve ritmo suficiente para alcançar Hamilton.
Felipe Massa teve mais um dos seus azares ao ficar parado no grid de largada e quando estava escalando o pelotão, teve problemas no assoalho do Williams o que comprometeu a sua evolução no GP. Nasr teve também uma boa performance – com belas ultrapassagens sobre Massa e Hulkenberg –, mas ao que parece a equipe pecou na estratégia e ele fechou em 12º.
Apesar de suas limitações mecânicas, a Mclaren, que teve apenas Alonso na prova já que Button ficou de fora devido os intermináveis problemas que o seguiram desde sexta, apresentaram um ritmo bem parecido com que o fizeram na China. Fernando arriscou em apenas duas paradas que lhe valeram a 11ª colocação.
Apesar de uma corrida muito boa que resultou em mais um vitória da Mercedes, fica claro que Ferrari está em sua cola, mas dependerá e muito de dois fatores para conseguir bater as Silver Arrows novamente: entrada do Safety Car e uma má jornada da equipe inteira. As possíveis atualizações que levarão para Barcelona podem dar às eles um gás maior para essa batalha.

Caso contrário, terão que remar muito para chegar na Mercedes.

Foto 502: O que esperar da corrida em Sakhir?

Apesar de apostar numa vitória de Lewis Hamilton para logo mais, não creio que esta será fácil devido o ritmo apresentado pelas Ferraris na sexta quando fizeram long runs satisfatórios com pneus macios. Isso implicaria em paradas de box mais tardias para os pilotos ferraristas, mas, por outro lado, devemos ficar de olho na Ferrari em relação ao uso dos pneus médios: na China, Vettel e Raikkonen tiveram uma queda de performance quando estavam usando este composto, fazendo com que a diferença de três segundos – que foi a distância quase que permanente para a Mercedes de Hamilton durante boa parte da prova – aumentasse para a casa dos vinte no final. Outro ponto a ser visto também é que a Mercedes, de forma surpreendente até, conseguiu parar depois dos carros vermelhos conseguindo assim anular esta vantagem ferrarista. Mas claro cada corrida tem a sua história e, portanto podemos ter uma noite bem interessante em Sakhir.

Para o restante, que lutará da quinta posição para baixo, acredito em outra prova solitária por parte da Williams, assim como uma luta interessante pelas últimas posições pontuáveis entre Red Bull, Lotus, Force India e Sauber. E será igualmente interessante ver o ritmo de prova da McLaren, sendo que Alonso fez bons treinos livres na sexta. 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

GP do Bahrein - Treinos Livres - 4ª Etapa

Nico Rosberg: “O primeiro treino, aindadurante o almoço, não foi de grande utilidade, porque estava muito quente e a corrida será disputada no início da noite, porque esse segundo treino foi bem mais proveitoso.
Nós tivemos condições de fazer muitas voltas, o que é bom, mas o ritmo da Ferrari é preocupante. Na classificação, nós seremos muito rápidos, mas na corrida eles podem ser ainda mais rápidos também.
A classificação novamente será muito importante, como tem sido nas últimas corridas. Mas estou me sentindo muito confiante e tudo correu muito bem. Eu fui rápido em apenas um volta, mas também nos long runs, então acho que posso dizer que foi um bom dia”.
                                                                                                              

Lewis Hamilton: “Acho que travei na curva 8, então perdi um pouco, é um trecho em que preciso trabalhar para ganhar tempo. Em geral, o segundo setor foi fraco. Mas o carro está bom.
No geral, foram duas sessões bastante boas. Conseguimos muitas voltas, além de entender melhor os pneus. Definitivamente, estamos numa posição melhor do que na Malásia”.


Kimi Raikkonen: “Ainda não está tão bom quanto esperava, ainda precisamos melhorar a dirigibilidade. Foi um pouco difícil acertar o set-up. É complicado em duas partes da pista e temos de resolver isso. Com sorte, encontraremos algo. É esperar e ver. Tomara que possamos fazer um bom trabalho amanhã.
Não tem tantas curvas, mas quando se tem dificuldades em um lugar isso pode custar sua volta”.


Sebastian Vettel: "A minha melhor volta rápida não foi perfeita, mas, mesmo assim, eu acho que estamos muito perto. Nós, no entanto, sabemos também que a Mercedes vai mexer nos motores para a classificação. Então, o quanto mais perto estiver melhor.
Mas o mais importante é nos sentirmos confortáveis com o carro e ter uma boa base para trabalhar. Agora, vamos ver todos os dados e entender aonde podemos melhorar".


Valtteri Bottas: “Foi uma boa sexta-feira. O carro está bom, mas como é só sexta, é difícil se comparar com nossos adversários. Ainda estamos focando na performance dos pneus em ritmo de corrida, e fizemos progresso, especialmente com o pneu macio. Apesar disso, creio que ainda podemos achar um ritmo ainda melhor. Parecemos bem fortes para a classificação, mas o ritmo de corrida é importante e vamos trabalhar nessa área.”


Daniel Ricciardo: “Tive uma sessão ok. Acho que parecemos estar bem. Estamos mais ou menos onde esperávamos estar. Somos um pouco mais competitivos em condições mais frias, de modo que à noite deve ser bom aqui. O desgaste dos pneus é um pouco alto aqui, e provavelmente vamos para uma corrida de duas paradas, mas vamos ver. Amanhã será um dia com muito vento, então poderemos ter um pouco mais de areia na pista.”

Resultado do segundo treino livre




sábado, 14 de março de 2015

Foto 489: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 7

Nesta década a Austrália continuou a ser a primeira corrida do calendário, descontando 2010 quando o mundial começou no Bahrein.
De lá até o ano passado, os vencedores não se repetiram.


2010: Fernando Alonso – Ferrari – Grande Prêmio do Bahrein

2011: Sebastian Vettel – Red Bull Renault - Grande Prêmio da Austrália


2012: Jenson Button – McLaren Mercedes - Grande Prêmio da Austrália


2013: Kimi Raikkonen – Lotus Renault - Grande Prêmio da Austrália



2014: Lewis Hamilton – Mercedes - Grande Prêmio da Austrália

Foto 488: As provas de abertura dos mundiais de F1 - Parte 6

O GP australiano continuou reinante nos anos 2000 ao sediar a abertura do campeonato, exceção feita a 2006 quando a primeira prova foi realizada no Bahrein.
Michael Schumacher venceu quatro vezes


2000: Michael Schumacher – Ferrari - Grande Prêmio da Austrália


2001: Michael Schumacher – Ferrari - Grande Prêmio da Austrália


2002: Michael Schumacher – Ferrari - Grande Prêmio da Austrália


2003: David Coulthard – McLaren Mercedes – Grande Prêmio da Austrália


2004: Michael Schumacher – Ferrari - Grande Prêmio da Austrália


2005: Giancarlo Fisichella – Renault – Grande Prêmio da Austrália


2006: Fernando Alonso – Renault – Grande Prêmio do Bahrein


2007: Kimi Raikkonen – Ferrari - Grande Prêmio da Austrália


2008: Lewis Hamilton – McLaren Mercedes - Grande Prêmio da Austrália



2009: Jenson Button – Brawn Mercedes - Grande Prêmio da Austrália

quarta-feira, 9 de abril de 2014

terça-feira, 8 de abril de 2014

GP do Bahrein: Assim que tem que ser


(Foto: Getty Images)

A Mercedes deu uma lição nas outras equipes. Não apenas em relação ao seu desempenho, que foi nitidamente superior aos demais me fazendo lembrar dos tempos da Williams no distante biênio 1992/93, mas sim com relação a disputa direta e aberta entre Hamilton e Rosberg pela vitória em Sakhir.
A própria cúpula da Mercedes já havia acenado para esta possibilidade caso seus dois pilotos se encontrassem na pista numa luta direta, independentemente por qual fosse a posição em questão. E isso foi reforçado com as criticas feitas por Niki Lauda após o episódio da Williams para com os seus dois pilotos na Malásia. E o que vimos na pista barenita foi algo digno de automobilismo puro, com apenas os pilotos a cuidarem de seus equipamentos e se entregando numa luta direta pela posição de honra.
Lewis Hamilton e Nico Rosberg se conhecem desde os tempos do kart, onde foram, inclusive, companheiros de equipe. Talvez seja a dupla que mais conhecem um ao outro, sabendo exatamente as qualidades e defeitos de cada um. Foi importante observar a maturidade de Lewis nesta disputa, principalmente em momentos em que os dois estiveram próximos de um acidente que poderia muito bem limar ambos da prova. Por outro lado, a vontade de Nico Rosberg em mostrar que é um piloto que não deve ser subestimado em nenhum momento e que está, sim, na batalha pelo título desta temporada.
O mais legal de tudo será observar o quanto que a Mercedes terá trabalho em segurar o ímpeto de seus dois jovens – e experientes – pilotos durante esta temporada, onde está florescendo a grande chance da equipe da estrela de três pontas retornar ao topo da categoria após 60 anos do seu triunfal retorno à F1 em 1954.

A corrida
(Foto: Reuters)

Descontando o fato de a Mercedes ter feito a sua corrida particular, deixando que Lewis e Rosberg resolvessem quem sairia vencedor, esta foi surpreendentemente positiva, principalmente por ser uma pista que normalmente não oferece grandes provas. E esta, de fato, foi a melhor da história deste GP do Bahrein que é disputado desde 2004.
A Williams esteve em boa performance nesta corrida, principalmente devido a ótima classificação de Bottas no sábado e a largada – no melhor estilo Gilles Villeneuve – de Felipe Massa, que saiu de sétimo para ganhar uma terceira posição no virar da segunda curva. Apesar da presença perigosa dos Force India de Hulkenberg e Perez, os Williams estiveram próximos de beliscarem um pódio com um dos seus pilotos. Uma pena que a entrada do Safety Car para a retirada dos destroços e do carro de Gutierrez, tenha quebrado a estratégia deles jogando-os para o meio do Top Ten. Mas foi legal ver, também, que após o episódio de Sepang a equipe não interferiu nos breves duelos que Massa e Bottas tiveram nessa corrida, deixando-os batalhar por conta própria. Num todo, foi bom ver a equipe do Tio Frank andando entre os primeiros após alguns anos.
A Force India com seus dois pilotos foram os grandes nomes do dia em Sakhir. Fizeram de gato e sapato a concorrência – em especial os Ferraris, passando os carros vermelhos do jeito que queriam – e conseguiram posicionar se posicionar em terceiro (Perez) e em quinto (Hulkenberg). Este último podia ter brigado fortemente pelo pódio, caso seu carro não tivesse perdido performance nas últimas voltas, possibilitando a ultrapassagem de Ricciardo.
A Red Bull sofreu problemas em retas, problema este que foi alertado por Vettel, mas o RB10 parece ter achado um pouco de downforce para melhor fazer as curvas, fato que tem sido – e será – o grande desafio do ano para os engenheiros. Caso acerte este problema nas retas, que talvez isto esteja ligado principalmente ao motor Renault, será um carro páreo para a Mercedes na parte européia. Sebastian mais uma vez sofreu com o ímpeto de Ricciardo, que peitou o tetra-campeão do mundo sem nenhuma cerimônia. O momento em que Vettel teve um pedido da equipe para que deixasse Daniel passá-lo, talvez tenha tirado algumas gargalhadas de Mark Webber, que agora concentra as suas forças para a disputa do Mundial de Endurance a serviço da Porsche.
A McLaren não fez nada de especial nesta prova, assim como havia sido em Sepang. Aquele brilharete, comandado por Magnussen em Melbourne, ficou pelo caminho e ao que parece a equipe de Ron Dennis terá que remar bastante para tentar algo mais nas corridas seguintes. Os seus dois carros não chegaram ao final da corrida.
A Ferrari teve um dia de cão em Sakhir: já fazia um bom tempo que não víamos os carros vermelhos levar tanta porrada dos adversários, como nesta corrida. Enquanto que Fernando Alonso levava ultrapassagem até da sombra das Force India, Kimi Raikkonen sofria pressões de Williams, Red Bull e em algum momento, teve que duelar com a... Lotus de Pastor Maldonado. Fernando teve alguns problemas relacionados à potência do seu carro já na classificação, e que voltou a se manifestar durante a corrida e isso também pode ter acontecido com Raikkonen. Os dois Ferraris tiveram uma exibição pífia em Sakhir e a cara de Luca De Montezemolo, ao ver seus dois carros serem ultrapassados facilmente, não foi das melhores. Não é a toa que talvez o pau de macarrão em Maranello comerá a solta por aqueles lados.
Além de ter sido uma corrida maravilhosa em termos de disputas, não posso deixar de destacar como foi bom ver as equipes deixarem seus pilotos disputarem as posições diretamente sem nenhuma interferência mais forte, que coibisse o tal ato. A única recomendação que pôde ser ouvida – e que o normal – é para que eles trouxessem os carros inteiros. Acho que os episódios passados serviram de lição para que estas equipes pensassem um pouco com relação a esta história de jogo de equipe. Não tenho nada contra a esta situação. Até acho que, se caso algum dos dois ainda tenha chances de conquistar um campeonato, ou até mesmo o da frente esteja numa condição bem abaixo do seu parceiro, acredito que isto deva ser feito, mas que seja conversado antes de cada corrida. Certamente, no caso de Lewis e Rosberg, ambos dêem ter conversado muito sobre a possibilidade de um duelo e o que se viu foi uma das melhores disputas pela liderança nos últimos tempos da categoria. Cabe a equipe apenas recomendar aos seus pilotos que cuidem dos carros, e o resto que eles resolvam na pista.
O que aconteceu na pista de Sakhir servirá de lição para o resto deste campeonato e para os outros que ainda virão pelo resto desta década. E quem ganhou com isso fomos nós, os fãs, e a própria F1.
O GP de número 900 não podia ter sido melhor. Apesar do circuito...  

sábado, 5 de abril de 2014

Pole Lap: Nico Rosberg, Sakhir 2014

Mudou o piloto, mas não o carro. Dessa vez foi Nico Rosberg quem cravou a pole no Bahrein - a sua quinta pole na carreira, igualando a marca de seu pai Keke.
Uma volta limpa, sem nenhuma correção brusca. Sem sustos. O W05, de fato, é um belo carro.

GP do Bahrein - Classificação - 3ª Etapa

(Foto: Reuters)
Ora, ora... enfim um treino de classificação sem chuva. Também pudera: se chovesse num lugar onde o deserto é reinante, podíamos considerar de que as coisas estariam de cabeça para baixo neste mundo. De toda forma foi uma boa para que víssemos o quanto que a Mercedes está um degrau e meio acima de qualquer outra equipe nesta atual F1. Impressionante o passo em que Rosberg e Hamilton ditaram desde o primeiro treino livre de ontem, até a classificação de hoje na noite barenita: Nico enfiou dois décimos em Lewis, enquanto que Ricciardo - que foi terceiro na tabela geral - ficou oito décimos atrás, sendo o único a andar no mesmo segundo dos prateados. Mas como o australiano perderia dez posições como punição, ele devia - e fez - a sua parte em colocar o Red Bull num ótimo lugar para minimizar o estrago dessa perda de posições e largará em 13º.
Impressionante, ao mesmo nível do australiano, foi ver Bottas colocando o seu Williams em quarto suplantando Massa por dois décimos e dando uma resposta a toda a polêmica de semana passada em Sepang. Resta a Felipe, que teve um erro na sua última tentativa, fazer uma de suas famosas largada foguete para conseguir se aproximar o mais rápido de Valtteri. Outro bom desempenho foi o de Perez que passou para o Q3 e conseguiu um ótimo quinto lugar (agora quarto), botando tempo no badalado Hulkenberg que ficou pelo Q2. Sem dúvida um dos destaques dessa classificação. ]
A Mclaren voltou a posicionar os seus dois carros entre os dez, com Button em quinto e Magnussen em oitavo. Bom treino - diria ótimo - de Kimi Raikkonen que superou Fernando Alonso pela primeira vez no ano, colocando um diferença de respeito entre os dois.
Além de Ricciardo, que sairá em 13º, a Red Bull teve uma má jornada com Vettel que ficou pelo caminho já no Q2 ao classificar-se em 11º. Segundo Sebastian, algum problema no carro, relacionado a uma escapada ainda no terceiro treino livre da manhã, pode ter danificado o seu RB10 a ponto de não conseguir um bom desempenho na classificação.  

O que esperar da corrida?: Não devemos esperar nada mais que um duelo interno da Mercedes entre Rosberg e Hamilton. Isso se o piloto alemão se manter à frente do inglês. Mas mesmo assim acredito em algo mais ferrenho entre os dois, mesmo que Rosberg fique atrás de Lewis.
Do terceiro lugar para trás, a disputa deve ser boa pela "posição de honra": tanto a Williams de Bottas, quanto a Force India de Perez estão num bom nível, mas a presença de Button, Raikkonen, a possibilidade de uma boa largada de Massa, e mais Magnussen, pode esquentar e tornar imprevisível esse duelo pelo lugar restante no pódio (lembrando que Mclaren e Williams tiveram um desempenho muito próximo em Sepang). Não creio que Fernando Alonso tenha vida longa na corrida, devido ao problema que ele alertou sobre a perda de velocidade do carro, que pode ser muito algo no motor ou parte de recuperação de energia. Caso continue na prova, a presença de Vettel e Hulkenberg dará trabalho ao espanhol.
Falando em Sebastian, este pareceu tranquilo após ter falhado no Q2 e tudo indica que ele tem um jogo pneus extra para prova, o que pode ser uma boa principalmente na parte final da corrida podendo arriscar um pouco na conquista por posições.

Grid de largada para o Grande Prêmio do Bahrein - 3ª Etapa



Pos Piloto                Equipe                 Tempo    Dif  
 1. Nico Rosberg          Mercedes             1m33.185s
 2. Lewis Hamilton        Mercedes             1m33.464s  +0.279s
 3. Valtteri Bottas       Williams-Mercedes    1m34.247s  +1.062s
 4. Sergio Perez          Force India-Mercedes 1m34.346s  +1.161s
 5. Kimi Raikkonen        Ferrari              1m34.368s  +1.183s
 6. Jenson Button         McLaren-Mercedes     1m34.387s  +1.202s
 7. Felipe Massa          Williams-Mercedes    1m34.511s  +1.326s
 8. Kevin Magnussen       McLaren-Mercedes     1m34.712s  +1.527s
 9. Fernando Alonso       Ferrari              1m34.992s  +1.807s
10. Sebastian Vettel      Red Bull-Renault     1m34.985s  +1.277s
11. Nico Hulkenberg       Force India-Mercedes 1m35.116s  +1.408s
12. Daniil Kvyat          Toro Rosso-Renault   1m35.145s  +1.437s
13. Daniel Ricciardo***   Red Bull-Renault     1m34.051s  +0.866s
14. Jean-Eric Vergne      Toro Rosso-Renault   1m35.286s  +1.578s
15. Esteban Gutierrez     Sauber-Ferrari       1m35.891s  +2.183s
16. Romain Grosjean       Lotus-Renault        1m35.908s  +2.200s
17. Pastor Maldonado      Lotus-Renault        1m36.663s  +1.789s
18. Adrian Sutil          Sauber-Ferrari       1m36.840s  +1.966s
19. Kamui Kobayashi       Caterham-Renault     1m37.085s  +2.211s
20. Jules Bianchi         Marussia-Ferrari     1m37.310s  +2.436s
21. Marcus Ericsson       Caterham-Renault     1m37.875s  +3.001s
22. Max Chilton           Marussia-Ferrari     1m37.913s  +3.039s
 

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...