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sábado, 6 de junho de 2015

GP do Canadá - Classificação - 7ª Etapa

Sem dúvida este treino classificatório foi mais interessante pelo que aconteceu com personagens que poderiam lutar pelo "resto", do que saber quem poderia ameaçar o domínio ainda mais amplo da Mercedes em Montreal.
Os problemas enfrentados por Sebastian Vettel e Felipe Massa, coincidentemente por ordem de falta de potência nos motores, acabaram tirando deles a chance de duelar pelo que restou aos demais na classificação. E olhando bem a tabela de tempos, com Raikkonen e Bottas monopolizando a segunda fila, fica claro que teria sido interessante tê-los no Q3 lutando acirradamente.
As Mercedes fizeram o que era de se esperar. A luta entre Hamilton e Rosberg pela pole até que foi tranquila, sendo que o piloto alemão, pelo que foi dito via rádio na volta para o box após o treino, foi um "lixo" o trabalho (como o próprio definiu). Certamente deve ter errado na sua última volta, assim como acontecera em Monte Carlo duas semanas atrás. A diferença entre as duas Silver Arrows foi de três décimos, enquanto que para a Ferrari de Raikkonen foi de seis.
O que me agradou foi a forma apresentada até aqui pela Lotus com os seus dois carros. Desde ontem que Grosjean e Maldonado se colocavam tranquilamente entre os cinco primeiros e com bons tempos, perdendo por pouco para as Ferraris. E na qualificação, onde Romain e Pastor sairão na terceira fila, a desvantagem para Bottas (4º) foi de nove centésimos e para Raikkonen de um décimo - contando a partir do tempo obtido por Grosjean. As Force India também estiveram em boa jornada, com Hulkenberg fazendo o sétimo tempo e Perez o décimo. A Red Bull, com Kvyat e Ricciardo, fechou com oitava e nona colocações respectivamente.

O que esperar da corrida?

Olhando a formação deste grid, fica claro que a possível escalada de Vettel durante o GP será uma das atrações de amanhã e isso vale também para Felipe Massa que costuma ter um bom ritmo em Montreal. Da terceira posição para trás, também desenha-se um bom cenário para disputas intensas principalmente pelo que apresentou a Lotus. Se os dois pilotos da equipe britânica não fizerem besteira, terão uma boa chance de colecionar bons pontos amanhã.
Em relação à Mercedes, apenas um problema mecânico é que pode pará-los. E isso aconteceu ano passado quando os dois carros apresentaram problemas de freio. E isso é um alerta para a equipe campeã.

sexta-feira, 5 de junho de 2015

GP do Canadá - Treinos Livres - 7ª Etapa

Lewis Hamilton: “Eu me sinto bem neste fim de semana. Bem no carro, o mesmo da última corrida. E também nos long-runs. Espero que consiga continuar assim e conseguir o que estou mirando.”


Sebastian Vettel: "Eles são rápidos, nós sabemos. Qualquer outra coisa diferente disso seria uma surpresa. Mas não sabemos o que todos estão fazendo, combustível e essas coisas, então temos que tomar cuidado.
Tudo parece estar funcionando como esperado, mas precisamos melhorar ainda e vamos usar a noite para isso"


Kimi Raikkonen: “Tudo funcionou como esperávamos, tudo bem. Mudamos nosso programa um pouco por causa da chuva, mas tudo bem. Não andamos tanto hoje, mas vou tentar melhorar as coisas e ver onde estaremos amanhã. Ainda há trabalho para ser feito com os pneus, mas é mais fácil aqui do que em Mônaco”.


Nico Rosberg: "Aprendemos muito, com certeza. Andamos com pouco combustível e o pneu macio, difícil de aquecer os pneus. A Ferrari está perto. Ainda não falei com os meus engenheiros, então não sei quão perto estão, e eles sabem quanto combustível, pneus eles têm, o que diz muito mais do que os tempos.
O tempo vai ficar seco no resto do fim de semana, então vai ficar mais fácil"


Pastor Maldonado: “Estou feliz com hoje. Nós não conseguimos fazer a volta que eu queria esta manhã, mas o carro pareceu bom na parte seca da segunda sessão. Nós tivemos um bom ritmo nas retas e o carro também está trabalhando bem no setor mais lento. Acho que podemos fazer um progresso extra amanhã e podemos ter um fim de semana forte”


Valtteri Bottas: “A chuva comprometeu o TL2 para todos, mas sabíamos que seria assim, então trabalhamos mais no fim do TL1 mais do que o normal. Fiz um stint longo com muito combustível, então pegamos informações dos freios, motor e temperatura dos pneus, além do equilíbrio do carro. Hoje foi tão competitivo como qualquer outra sexta-feira do ano, então devemos ter uma performance similar à de Barcelona”



sexta-feira, 8 de maio de 2015

Foto 513: Villeneuve e Jones, Montreal 1979


“Não conseguia acreditar naquilo. Ele pura e simplesmente não aceita que foi batido. Suei que nem um doido para lhe ganhar dois segundos, relaxei durante duas ou três curvas e ali estava ele a encher-me os espelhos retrovisores. Aquele balde de merda vermelho em cima de mim. Tive que continuar rápido o resto da corrida porque sabia que se ele me passasse não teria mais hipótese de passá-lo outra vez.”
A frase é de Alan Jones, referindo-se a uma característica que já tinha sido percebida há tempos em Gilles Villeneuve: de nunca desistir, qualquer que fosse a condição. 
Provavelmente isso foi dito após o GP do Canadá de 1979, quando ambos fizeram uma corrida de "gato e rato" depois que Gilles assumiu a liderança na largada e perdendo-a para Alan na volta 50, quando estavam a contornar o hairpin. 
E hoje completa 33 anos do desaparecimento do fabuloso canadense.

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Vídeo: As oito vitórias de Michael Schumacher - 1994

E hoje completa 20 anos do desfecho de um dos campeonatos mais trágicos e marcantes da história da Fórmula-1. Ao mesmo tempo que Ayrton Senna desaparecia de cena, a genialidade e o lado negro de Michael Schumacher afloravam a olhos vistos fazendo com que o germânico tomasse o trono de melhor piloto da categoria e ao mesmo inserisse o seu nome entre os melhores de todos os tempos.
Abaixo as nove vitória de Michael "The Machine" Schumacher naquela temporada de 1994.

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Foto 413: Tires

O transporte dos pneus e materiais da Tyrrell durante o fim de semana do GP do Canadá de 1974, em Mosport.
De admirar o equilibrio encontrado pelo motorista com os pneus praticamente pendurados na capota.
Outros tempos.

terça-feira, 16 de setembro de 2014

Foto 393: Mosport

Jackie Stewart mostrando o caminho das pedras para Howden Ganley, durante o GP do Canadá de 1972 no belo circuito de Mosport.
O piloto neozelandês terminou na décima posição, duas voltas atrás de Jackie Stewart. Completaram o pódio o duo da Mclaren, Peter Revson e Denny Hulme.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

GP do Canadá: Montreal não decepciona

Acredito que os pilotos quando entram na pista de Montreal, ficam imbuídos com o espiríto de Gilles Villeneuve. E isso tem sido a cada ano. Quando você imagina que aquela corrida de determinado ano foi espetacular, a primeira coisa que vem à cabeça é "será que veremos outra dessa novamente?". Assim foi com aquelas voltas finais de 2012, com Button atacando de forma impiedosa Vettel e ano passado, com aquelas voltas finais que pareciam mais pareciam uma loteria infidável, era de se imaginar que fatalmente demoraríamos a ver isto novamente por aquelas bandas. Principalmente com este domínio avassalador dos dois Mercedes.
Mas Montreal não apenas carrega o nome de Gilles Villeneuve, mas também o seu espiríto de luta. Impossível você ver um piloto não estar pronto para defender ou atacar uma posição. Até mesmo pilotos mais burocráticos, que optam pela discrição ao invés de uma performance mais acrobática, mandam às favas este estilo conservador e atacam seus oponentes como se fosse a última oportunidade na corrida. Jenson Button é um desses caras e foi assim que ele venceu em 2012 de forma lendária e ontem, quando surgiu num quarto lugar impensável. Montreal tem o dom de transformar estes caras.
E o que falar de Daniel Ricciardo, que estava levando uma sova de Vettel desde o primeiro treino livre e passou toda a corrida apenas "cozinhando o galo", para definir tudo nas últimas cinco voltas? Atacou Perez numa das mais belas ultrapassagens do ano na entrada do S, para depois atacar impiedosamente um indefeso Rosberg que se arrastava com um problemático Mercedes. Foi uma primeira vitória categórica, maiúscula de um cara que até o ano passado era questionado e que para muitos seria presa fácil para Sebastian Vettel. E as coisas tem sido diferente até agora.
Montreal renovou por mais dez anos a sua permanência no calendário da F1. Mas na verdade deveria ser efetivada de vez na categoria.

Sobre a corrida
(Foto: Reuters)
Se havia algo que pudesse confrontar as Mercedes nesse ano, não seria nenhuma equipe ou algum piloto que andasse além do carro. Os problemas mecânicos apareceram de forma brutal nos dois carros. Inicialmente com perda de potência e depois nos freios, exatamete no momento que Rosberg e Hamilton duelavam ferozmente pela primeira posição e logo depois pela segunda posição. O abandono de Lewis foi um breve alívio para Nico, mas a presença constante de Perez, Ricciardo, Vettel e Massa colocou em prova a resistência mental do piloto alemão. Nico aguentou como pôde a pressão Ricciardo até que foi ultrapassado. Para a sorte da Mercedes, Perez segurou bem aquela trio e se não fosse isso, Rosberg nem teria chegado ao pódio.
A Red Bull chegou a sua primeira vitória no ano se aproveitando bem dos problemas com a Mercedes. Mas o mais importante foi a atitude de Ricciardo em resolver a parada nas cinco voltas finais, com uma ultrapassagem memorável sobre Perez e depois caçando Nico para conseguir ultrapassá-lo e chegar a sua primeira vitória na F1. Foi importante aquela manobra sobre o piloto mexicano que mais parecia um tampão para os carros rubro taurinos. Vettel fez uma bela corrida também, mas não esperava que voltasse atrás de seu companheiro após seu último pit stop, o que privou o tetra-campeão de tentar a sua primeira conquista no ano. A parada tem sido dura para ele este ano.
A Williams esteve em grande forma nesta corrida, e confesso que quando Massa disse que poderia desafiar as Mercedes em Montreal, achei de um otimismo exagerado. Mas eles foram bem, muito bem. E foi Felipe quem teve a grande oportunidade de dar um pódio à equipe, e quem sabe, se tivessem ousado mais ou não errado no seu primeiro pit stop, poderiam até ter conquistado a vitória em Montreal. Massa fez uma das melhores corridas de sua carreira nos últimos quatro anos e não fosse o assustador acidente com Perez, poderia muito bem ter discutido o terceiro lugar com Vettel naquela volta final.
Com relação a Ferrari, parece que a cada corrida o carro anda mais para trás. Dessa vez Alonso e Raikkonen lutaram incessantemente contra as Toro Rosso nas posições intermediárias. Tem sido penoso ver Fernando e Kimi lutarem com um carro que tem tido uma queda de performance absurda durante os GPs. A dor de cabeças naqueles lados tende a aumentar ainda mais.
Gostei da Force India neste GP. Seus dois pilotos souberam bem administrar o consumo dos pneus e caso tivessem passado para o Q3 poderiam ter discutido a vitória nesta corrida. E Jenson Button apareceu do nada para surgir em quarto.
A próxima parada será no revitalizado A1Ring, que agora se chama Red Bull Ring. E como todos sabem, é uma pista de alta velocidade e a tendência é que tenhamos uma boa prova por lá também.

sábado, 7 de junho de 2014

GP do Canadá - Classificação - 7ª Etapa

Nico Rosberg, aos poucos, parece estar a dominara Lewis Hamilton pelo menos no que se diz respeito a classificações. Desta vez, sem nenhum tipo de polêmica, Rosberg conseguiu bater seu companheiro pela segunda vez consecutiva na briga pela pole. Claro que as coisas podem reverter à favor de Lewis amanhã, principalmente se ele conseguir partir melhor que Nico, porém o filho de Keke tem conseguido fazer boas largadas e isso pode animar um pouco o GP canadense que está fadado a mais um dominio prateado.
Mas ao menos a batalha pelo resto das posições parece ser o grande atrativo desta corrida. Red Bull, Williams e Ferrari estão bem próximas e, se estiver numa boa jornada, a Mclaren de Button pode entrar na jogada.
Vettel conseguiu, enfim, superar Ricciardo pela segunda vez em classificações este ano e sairá na terceira colocação enquanto que seu companheiro partirá da sexta posição. Mas vale olhar a tabela de tempos para perceber que Sebastian precisou tirar um coelho da cartola para ficar à frente do australiano, uma vez que quando iniciou a sua última tentativa estava quatro décimos atrás e conseguiu ficar 0''041 centésimos de Daniel, que ainda melhorou a sua volta no fim, mas não superando o duo da Williams.
Falando no time de Frank Williams, os seus carros estiveram bem desde o Q3 quando Massa foi o "melhor do resto" ao se posicionar em segundo. Na classificação a possibilidade de ficar na segunda fila com seus dois carros foi bem grande, porém Vettel estragou essa possibilidade no final ao terminar dois milésimos mais veloz que Bottas. Mas o presságio para a corrida de amanhã é positivo, uma vez que seus dois carros estão bem velozes em retas - em contraponto da Red Bull. A chance de pódio para um de seus dois pilotos é bem grande.
A Ferrari pareceu bem nos treinos livres, mas como de costume falhou na classificação e terá Alonso saindo em sétimo e Kimi em décimo. A equipe por inteiro terá que fazer mágica se quiser algo de bom em Montreal. Vergne conseguiu um bom oitavo lugar para a Toro Rosso e Button sairá na nona colocação.

O que esperar da prova?

Nada mais que uma vitória de um dos dois Mercedes. Aliás, a batalha promete ser mais intensa que em Mônaco devido a característica de Montreal em oferecer bons pontos de ultrapassagens e Lewis pilotar impecavelmente naquela pista. E o desejo de vencer Rosberg após aquele acontecimento em Monte Carlo, pode ajudar... Como também pode atrapalhar.
No restante das posições, será aquela briga de foice para quem ficará com as migalhas. Acredito num pódio para a Williams, mas não posso descartar Vettel dessa briga. Mas o alemão terá que se valer da estratégia da Red Bull do que da velocidade de seu carro para superar os carros de Tio Frank. E ficar de olho nos outros carros com motores Mercedes que podem muito escalar o pelotão.

Grid de Largada para o Grande Prêmio do Canadá - Montreal  7ª Etapa

Pos Piloto                Equipe                 Tempo     Dif   
 1. Nico Rosberg          Mercedes             1m14.874s         
 2. Lewis Hamilton        Mercedes             1m14.953s  +0.079s 
 3. Sebastian Vettel      Red Bull-Renault     1m15.548s  +0.674s 
 4. Valtteri Bottas       Williams-Mercedes    1m15.550s  +0.676s 
 5. Felipe Massa          Williams-Mercedes    1m15.578s  +0.704s 
 6. Daniel Ricciardo      Red Bull-Renault     1m15.589s  +0.715s 
 7. Fernando Alonso       Ferrari              1m15.814s  +0.940s 
 8. Jean-Eric Vergne      Toro Rosso-Renault   1m16.162s  +1.288s 
 9. Jenson Button         McLaren-Mercedes     1m16.182s  +1.308s 
10. Kimi Raikkonen        Ferrari              1m16.214s  +1.340s 
11. Nico Hulkenberg       Force India-Mercedes 1m16.300s  +1.246s
12. Kevin Magnussen       McLaren-Mercedes     1m16.310s  +1.256s
13. Sergio Perez          Force India-Mercedes 1m16.472s  +1.418s
14. Romain Grosjean       Lotus-Renault        1m16.687s  +1.633s
15. Daniil Kvyat          Toro Rosso-Renault   1m16.713s  +1.659s
16. Adrian Sutil          Sauber-Ferrari       1m17.314s  +2.260s
17. Pastor Maldonado      Lotus-Renault        1m18.328s  +2.578s
18. Max Chilton           Marussia-Ferrari     1m18.348s  +2.598s
19. Jules Bianchi         Marussia-Ferrari     1m18.359s  +2.609s
20. Kamui Kobayashi       Caterham-Renault     1m19.278s  +3.528s
21. Marcus Ericsson       Caterham-Renault     1m19.820s  +4.070s
22. Esteban Gutierrez     Sauber-Ferrari       no time

sexta-feira, 6 de junho de 2014

GP do Canadá - Treinos Livres - 7ª Etapa

E os dois treinos livres para o Grande Prêmio do Canadá chegaram ao fim em Montreal. Enquanto que Fernando Alonso colocou a Ferrari no topo da tabela dos tempos pela manhã, Lewis Hamilton recolocou ordem na casa na parte da tarde ao comandar a dobradinha da Mercedes no segundo treino livre.
O interessante foi observar o bom andamento de Red Bull, Ferrari e Williams que estiveram no mesmo segundo da Mercedes nesta segunda sessão de treinos. Enquanto que Vettel - que dominou o seu parceiro de equipe Ricciardo nas duas sessões - ficou há quatro décimos de Hamilton, Raikkonen e Alonso ficaram há cinco, seguido pelo duo da Williams que teve Massa ficando há seis décimos e Bottas há sete. Pode não ser nada animador a primeira vista, mas para quem estava tomando mais de um segundo de desvantagem para os carros alemães, é um bom avanço. A Mclaren também foi bem, ao ficar nove décimos atrás com Button e Magnussen a fecharem os dez primeiros neste segundo treino livre.

Resultados dos dois Treinos Livres realizados em Montreal

Treino Livre 1:

(Foto: Autosport)
Pos Piloto                Equipe                  Tempo      Dif    Vol
 1. Fernando Alonso       Ferrari               1m17.238s           21
 2. Lewis Hamilton        Mercedes              1m17.254s  +0.016s  25
 3. Nico Rosberg          Mercedes              1m17.384s  +0.146s  32
 4. Sebastian Vettel      Red Bull-Renault      1m18.131s  +0.893s  28
 5. Valtteri Bottas       Williams-Mercedes     1m18.361s  +1.123s  20
 6. Daniel Ricciardo      Red Bull-Renault      1m18.435s  +1.197s  26
 7. Jenson Button         McLaren-Mercedes      1m18.446s  +1.208s  33
 8. Kevin Magnussen       McLaren-Mercedes      1m18.514s  +1.276s  31
 9. Kimi Raikkonen        Ferrari               1m18.578s  +1.340s  15
10. Jean-Eric Vergne      Toro Rosso-Renault    1m18.643s  +1.405s  14
11. Nico Hulkenberg       Force India-Mercedes  1m18.733s  +1.495s  30
12. Sergio Perez          Force India-Mercedes  1m18.959s  +1.721s  22
13. Adrian Sutil          Sauber-Ferrari        1m19.108s  +1.870s  24
14. Romain Grosjean       Lotus-Renault         1m19.142s  +1.904s  32
15. Daniil Kvyat          Toro Rosso-Renault    1m19.177s  +1.939s  21
16. Pastor Maldonado      Lotus-Renault         1m19.340s  +2.102s  37
17. Felipe Massa          Williams-Mercedes     1m19.575s  +2.337s  7
18. Esteban Gutierrez     Sauber-Ferrari        1m19.804s  +2.566s  15
19. Jules Bianchi         Marussia-Ferrari      1m20.200s  +2.962s  15
20. Max Chilton           Marussia-Ferrari      1m20.844s  +3.606s  26
21. Marcus Ericsson       Caterham-Renault      1m21.404s  +4.166s  33
22. Alexander Rossi       Caterham-Renault      1m21.757s  +4.519s  27



Treino Livre 2:

(Foto: Autosport)
Pos  Piloto             Equipe                Tempo      DIF      Vol
 1.  Lewis Hamilton     Mercedes              1m16.118s            42
 2.  Nico Rosberg       Mercedes              1m16.293s  +0.175s   39
 3.  Sebastian Vettel   Red Bull-Renault      1m16.573s  +0.455s   26
 4.  Kimi Raikkonen     Ferrari               1m16.648s  +0.530s   31
 5.  Fernando Alonso    Ferrari               1m16.701s  +0.583s   27
 6.  Felipe Massa       Williams-Mercedes     1m16.774s  +0.656s   37
 7.  Valtteri Bottas    Williams-Mercedes     1m16.893s  +0.775s   37
 8.  Kevin Magnussen    McLaren-Mercedes      1m17.052s  +0.934s   42
 9.  Jenson Button      McLaren-Mercedes      1m17.059s  +0.941s   38
10.  Jean-Eric Vergne   Toro Rosso-Renault    1m17.180s  +1.062s   40
11.  Romain Grosjean    Lotus-Renault         1m17.626s  +1.508s   28
12.  Daniel Ricciardo   Red Bull-Renault      1m17.644s  +1.526s   36
13.  Nico Hulkenberg    Force India-Mercedes  1m17.712s  +1.594s   35
14.  Sergio Perez       Force India-Mercedes  1m17.819s  +1.701s   33
15.  Pastor Maldonado   Lotus-Renault         1m17.868s  +1.750s   27
16.  Adrian Sutil       Sauber-Ferrari        1m17.964s  +1.846s   47
17.  Esteban Gutierrez  Sauber-Ferrari        1m18.340s  +2.222s   43
18.  Max Chilton        Marussia-Ferrari      1m18.693s  +2.575s   34
19.  Daniil Kvyat       Toro Rosso-Renault    1m18.732s  +2.614s   9
20.  Kamui Kobayashi    Caterham-Renault      1m20.244s  +4.126s   38
21.  Marcus Ericsson    Caterham-Renault      1m22.418s  +6.300s   13
22.  Jules Bianchi      Marussia-Ferrari      1m32.127s  +16.009s  3


sexta-feira, 15 de novembro de 2013

Foto 276: Montreal, 1978

Alan Jones, Jody Scheckter e Gilles Villeneuve durante o GP do Canadá de 1978, que acontecia pela primeira vez na pista de Montreal.
O interessante neste instantâneo é que aparecem os campeões de vice das duas temporadas seguintes: Scheckter e Villeneuve - campeão e vice de 1979 - e Jones, campeão de 1980.
Isso sem contar nos inúmeros duelos que Alan e Gilles travaram durante algumas temporadas e que foram, sem dúvida, grandes momentos daqueles tempos.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

Relembrando Riccardo Paletti






Apesar de ter sido uma temporada altamente competitiva, contando com um recorde de 11 vencedores, aquele ano de 1982 para Fórmula-1 foi também um tanto traumático. Não bastasse a batalha ao extremo que a categoria vivia entre a FISA e a FOCA pelo comando, aquele campeonato custou a vida de dois pilotos: Gilles Villeneuve deixou um punhado de fãs órfãos da sua pilotagem espetacular ao morrer num estúpido acidente, no momento em que estava tentando andar mais rápido que seu companheiro de equipe Didier Pironi nos minutos finais do treino em Zolder. Foi um duro golpe para a categoria, Ferrari e para os que o admiravam. Enquanto que a falta de Gilles era sentida, outro piloto, jovem e que estava no seu começo de carreira, também teve a sua vida encerrada por um acidente um mês depois: Riccardo Paletti tinha 23 anos e estava feliz naquele momento por estar realizando seu sonho de correr na Fórmula-1, quando o seu Osella chocou-se na traseira do Ferrari de Pironi na largada do GP da Canadá.

Riccardo Paletti, que nasceu em 15 de junho de 1958, teve uma juventude muito ativa na área dos esportes: aos 13 anos foi campeão italiano de karatê na categoria júnior e mais tarde, quando praticava esqui alpino, chegou a seleção juvenil italiana deste esporte. Somente aos 19 anos é que optou pela sua grande paixão: o automobilismo.

Com o apoio de seu pai, Arietto Paletti, um empresário do ramo de construção e importação de produtos da Pioneer, ele entrou para a Fórmula Ford em 1978 e teve bom desempenho naquela temporada, ao liderar 18 voltas logo na sua corrida de estréia e obter dois segundos lugares e encerrar o campeonato em terceiro na classificação. Ao final daquele ano, ele debutaria na F3 italiana com um March Toyota e em 1979 faria o campeonato inteiro sem obter grande sucesso. Ele veio a fazer uma corrida de F2 durante aquele ano, mas não a completou por problemas. O caminho rumo à F1 estava sendo trilhado de forma rápida por ele.

Com a ajuda de seu pai, que manteve contatos com equipes de F2, o nome de Riccardo chegou aos ouvidos de Robin Herd, então projetista e um dos fundadores da March. Foi ele quem recomendou Paletti a Mike Earle, então dono da equipe Onyx na F2, dizendo-lhe que o piloto italiano estava interessando em uma vaga em alguma equipe daquela categoria. Com isso, Mike, que nunca havia ouvido falar em Riccardo, aceitou conversar com o jovem piloto. Earle relembra a conversa que teve com Paletti: “Um jovem pálido e de aparência frágil, entrou em meu escritório e, para meu horror não falava uma palavra de inglês, o que era ligeiramente melhor que o meu italiano, conseguimos resolver alguns detalhes e o colocamos para competir em algumas etapas no final de 1980. Então o levamos à Monza onde Riccardo se classificou bem no grid de largada e ocupou a segunda colocação por algum tempo.”

Com o contrato acertado, Paletti tratou de fazer uma boa pré-temporada ao testar intensivamente pela equipe Onyx no inverno de 1980-81. Isso lhe rendeu bons frutos quando estreou bem em Silverstone ao marcar a décima colocação no grid e ficar em segundo ao final desta, atrás apenas de Mike Thackwell. 

Apesar de ter feito um bom início de campeonato, ficando uma parte dele em segundo, junto de Stefan Johansson e apenas três pontos atrás de Thackwell, o restante da temporada foi de azares para ele e isso resultou numa queda na tabela de pontos terminando em décimo. Ao final daquele ano Paletti decidiu que queria entrar para a F1 já em 1982, e com isso ele contava estar junto da Onyx. Mas Earle foi contra desde o início: “No final de 1981, Paletti queria ir para a F1, mas nós não estávamos prontos, não tínhamos um carro. Fui contra e disse ao seu pai: ‘Melhor fazer outro ano de F2, ganhar e então ir para a F1’. Mas Riccardo era jovem, tinha somente 22 anos.” Riccardo tinha aquele ímpeto juvenil, normal para a idade, em decidir tudo no calor da emoção e da vontade. Portanto, ele acabou por assinar um contrato com a Osella para o ano de 1982, garantindo seu lugar por cerca de 1 Milhão de dólares. O que para Riccardo seria a realização de um sonho, Earle considerou “um desastre”.

Riccardo Paletti, então com 23 anos, agora era parte da F1. Correria por uma equipe pequena, italiana como ele: a Osella estava para iniciar sua terceira temporada na categoria. Tinha certa experiência em dar primeiras oportunidades para pilotos novatos. Foi assim com Eddie Cheever, Beppe Gabbiani, Miguel-Angel Guerra, Piercarlo Ghinzani e Giorgio Francia. Paletti teria a companhia do experiente Jean Pierre Jarier na equipe, que estava na Osella desde a metade de 1981. De certa forma, uma boa referência. Apesar de sua inexperiência na categoria, Paletti era profissional. Talvez tenha sido um dos primeiros a levar um preparador físico para as corridas. Este preparador cuidava da sua alimentação, estudava toda a reação do corpo franzino do piloto italiano ao colocar pequenos sensores que monitoravam sua pressão arterial e batimentos cardíacos. Apesar de ninguém ter dado importância, inicialmente, esta seria uma prática muito comum nos anos seguintes.

Paletti foi para a África do Sul, para tentar correr o seu primeiro GP. Esta corrida ficou conhecida, principalmente, pela famosa greve que os pilotos fizeram por causa da obrigatoriedade e da alta taxa cobrada pela FISA para fazer a Super-Licença, um modo que a entidade achou para barrar a entrada de pilotos amadores na categoria e também coibir a mudança de equipe no meio de uma temporada. Riccardo acabou por falhar em sua primeira tentativa de levar o FA1C #32 para grid: ele foi quase dois segundos mais lento e ficou de fora. Jarier largou em último, mas abandonou antes de completar a primeira volta.

Em Jacarepaguá Paletti passou pela Pré-classificação, mas uma roda solta por causa de uma falha na suspensão traseira, o deixou de fora mais uma vez. O FA1C era um belo carro, mas era uma grande porcaria. Frágil, principalmente na suspensão traseira que viria a trazer grandes dores de cabeça para a dupla da Osella nas corridas seguintes.

Na terceira etapa, em Long Beach, parecia que algo estava a melhorar: Jarier conseguiu um bom acerto e colocou-se entre os dez primeiros na classificação. Um resultado surpreendente, diga-se, mas Paletti, sem conhecer um centímetro sequer daquela pista citadina, foi horrorosos três segundos e meio mais lento e não se classificou. A prova seguinte era em San Marino. Algo animador, afinal ele conhecia o traçado.

Ímola assistiu mais um capítulo deprimente da luta FISA vs FOCA, onde apenas 14 carros de equipes que apoiavam a FISA alinharam e as demais, que estavam do lado da FOCA, boicotaram o GP devido à desclassificação de Piquet e Rosberg do GP do Brasil por causa do uso de tanques d’água como lastro, que eram esvaziados no decorrer da prova. Era uma boa chance de Riccardo tentar qualificar-se para a sua primeira corrida. Isso aconteceu e por mais que Enzo Osella tenha dito que aquele feito fora “heróico” tem que ser dito, também, que Paletti conhecia bem aquele traçado de visitas anteriores quando corria nas F2 e 3 italianas. Mas a sorte não estava a seu favor e no domingo: quando se preparava para a sua primeira largada, o Osella não consegue sair do lugar e Paletti perde um bom tempo. Quando conseguiu sair, já era tarde: o pelotão já estava alinhado e partiu para prova e Riccardo atravessou a linha de chegada com uma larga desvantagem para o 13º colocado. A sua prova duraria sete voltas, quando abandonou por problemas na suspensão traseira.

A maré de azar de Riccardo continuou em Zolder, quando ele não passou na pré-classificação. Foi naquele mesmo fim de semana que Gilles Villeneuve perdeu a vida ao tentar bater o seu desafeto Pironi no final da classificação do sábado. Um final de semana para ser esquecido, em todos os sentidos.

Detroit foi uma mistura de sentimentos para Riccardo. Ele havia feito um bom treino e levara o seu carro o grid de largada. Um bom resultado, sinal que estava acertando-se, mas a falta de sorte resolveu dar as caras novamente: ao fazer o warm-up pela manhã, um grave problema na suspensão traseira fez com que Paletti perdesse uma das rodas. Voltou aos boxes, e os mecânicos trabalhavam a toda para que ele pudesse utilizar aquele carro ainda na corrida e caso não conseguisse, o reserva estava pronto. O problema é que o carro titular de Jarier acabou por ter o extintor explodido naquela sessão e ele teve que usar o reserva, que já estava acertado para ele. Os mecânicos trabalharam pesado no carro de Paletti e conseguiram, a tempo, resolver o problema. O piloto italiano já estava para entrar no carro quando Jarier apareceu com a suspensão dianteira arrebentada, devido uma pancada no muro. A Osella acabou por desalojar Paletti de seu carro, que foi entregue à Jarier para que este pudesse largar. Riccardo era a frustração em pessoa.

Já em Montreal, aquela era a primeira corrida no Canadá sem Gilles, que agora dava nome a aquela pista. Justa homenagem. Enquanto isso, Paletti estava feliz, pois havia conseguido um lugar no grid de largada e aquele final de semana parecia que tudo estava a dar certo. Mike Earle também estava em Montreal, onde seu piloto, Emilio de Villota, não havia conseguido tempo para qualificar-se. Também já rolava algumas negociações para que Paletti pudesse pilotar para ele em breve. A mãe de Riccardo, Gianna, também estava em Montreal e havia jantado com seu filho no sábado onde ele tratou de acalmá-la: Eu sei que você fica mais descansada quando não me classifico para o grid, mas também sei que quer minha felicidade”. Gianna murmurou “Quero só sua felicidade. No domingo Paletti estava relaxado. Havia feito uma brincadeira com alguém no grid e conversou com Raul Boesel minutos antes da largada. Gianna, que havia conversado rapidamente com Riccardo, estava numa área para convidados no Paddock com visão para a reta de largada. Os pilotos foram para seus carros e depois partiram para a volta de apresentação.

Os carros pararam no grid. A luz vermelha foi acesa, as rotações aumentaram e na troca para a vermelha os carros dispararam. Menos a do pole Pironi, que de imediato levantou um dos braços acenando que estava com problemas. A sua embreagem havia queimado e o Ferrari ficou estático no meio de uma manada de carros. Quem conseguiu vê-lo, saiu por todos os cantos possíveis. Raul Boesel acabou por desviar, mas um dos pneus acertou a traseira do carro de Didier. Eliseo Salazar e Jochen Mass também se envolveram na batida quando tentavam escapar, mas Paletti não teve a mesma sorte e acabou por encher a traseira do Ferrari, que se deslocou alguns metros acertando, sem nenhuma gravidade, o Theodore de Geoff Lees. 

Didier Pironi saiu do carro e foi até o Osella de Paletti, assim como Sid Watkins que chegou ao local e rapidamente desceu do carro que saiu atrás do pelotão para os primeiros socorros. Ao chegar ele e viu que os estado de Riccardo não era dos melhores: o volante estava cravado em seu peito e as pernas totalmente esmagadas. Situação crítica, que só piorou quando a gasolina que estava vazando pegou fogo no momento em que Watkins tentava retirar o capacete do piloto italiano. Foram minutos agonizantes para Paletti e para quem via toda a cena ou tentava salvá-lo. Gianna apareceu desesperada no meio de todo aquele caos, mas acabou por ser retirada de lá. Após 28 minutos, Riccardo foi retirado do carro e levado de helicóptero par o Royal Victoria Hospital. Sid Watkins, no seu livro “Viver nos Limites”, conta como era o estado do piloto italiano e o seu resgate: “Ele estava profundamente desacordado e coloquei um tubo de ventilação em sua boca. As suas pupilas estavam dilatadas. Tive consciência então de ouvir embora distante o barulho de um líquido escorrendo, que imaginei ser combustível. Nesse momento o eco de uma explosão de chama disparou no ar. Foi muito difícil tirar o rapaz de um carro que mais parecia uma sanfona. Não havia pulsação detectável no pulso.” Mike Earle, que viu tudo pela TV de um hotel, foi para o circuito, mas Paletti já não estava mais no autódromo. De imediato ele confortar a mãe de seu amigo. A corrida reiniciou, tendo como vencedor Nelson Piquet.

Paletti, que deu entrada no hospital inconsciente, morreu horas depois. Segundo boatos daquela época, o fato de ter inalado a espuma dos extintores ajudou na aceleração da sua morte, já que seu tórax tinha se afundado por causa do acidente e a respiração tornara-se muito difícil. Foi o último piloto a morrer em um fim de semana de corrida até o pavoroso final de semana de abril/maio de 1994.

Aquele cara magricela, tímido, que começou a praticar esportes para poder se aproximar das pessoas e que depois prometeu ao seu pai que, caso não conseguisse entrar na F1 poria todas as forças na empresa, faleceu dois dias antes de completar 24 anos. Mas conseguiu realizar o seu sonho de correr na Fórmula-1, sonho que foi despertado em Monza, 1976, quando seu pai o levou para ver o GP da Itália. 

Como o próprio Paletti disse certa vez que “quando estava no cockpit tudo parecia bonito, sentia-se feliz”. Riccardo morreu fazendo o que mais gostava.

*Este texto foi publicado na primeira edição da Revista Speed, que foi ao ar em julho de 2012

segunda-feira, 10 de junho de 2013

GP do Canadá - Corrida - 7ª Etapa


Vettel e o belo trófeu no pódio do GP canadense: foi brilhante durante as 70 voltas e agora tem uma
bela folga de 36 pontos sobre o segundo colocado, Fernando Alonso.
(Foto: EFE)

Após um treino classificatório realizado em condições difíceis no sábado, onde a chuva deu o ar da graça na Ilha de Notre Dame, o domingo amanheceu com sol e algumas nuvens que eram de longe ameaçadoras. Portando a corrida no circuito Gilles Villeneuve fora realizada com piso seco, mas com aquele sol a pergunta que começava a ser levantada era como seria o comportamento dos Red Bulls e Mercedes que reconhecidamente são verdadeiros monstros comedores de pneus, mas que haviam dominado as ações durante a classificação aproveitando bem o fato da chuva. Será que agüentariam o ritmo? A Ferrari e a Lotus estariam no páreo pela vitória, mesmo largando mais atrás?
As questões foram dissipadas com a largada segura e ritmo alucinante de Vettel durante as 70 voltas no circuito canadense. Lewis não teve muito que discutir com Sebastian e apenas tentou acompanhar o ritmo do alemão, mas aos poucos a imagem do Red Bull foi desaparecendo da sua visão para apenas encontrá-lo estacionado no parque fechado após a corrida e ainda com uma Ferrari entre eles: Fernando Alonso acordou da sua corrida tosca no Principado, onde estava mais dormindo no ponto do que correndo – talvez se lembrando da noitada com a russa – para realizar em Montreal uma ótima prova, travando bons duelos com Bottas, Rosberg, Webber e principalmente com Lewis, com quem teve uma disputa visceral contra o seu ex-parceiro de McLaren exatamente num local onde ele viu do que o piloto inglês era capaz há seis anos. Mas dessa vez, em lados opostos, Alonso conseguiu pressionar Hamilton e ganhar a segunda colocação quase que na marra. Um duelo limpo e emocionante por parte dos dois.
Felipe Massa fez uma boa corrida de recuperação ao escalar o pelotão com velocidade e se aproveitando bem do uso do DRS nas duas retas para chegar à casa dos pontos. Seus duelos com Sutil e Raikkonen, onde ele garantiu a oitava posição no final da prova, foram os seus grandes momentos nesta prova. Infelizmente, para Valteri Bottas, a sua corrida não foi como talvez ele e a Williams esperasse, mas o seu desempenho mágico nos treinos ao levar o problemático FW35 ao terceiro lugar é de louvar, mostrando o que este jovem finlandês pode fazer no futuro. Kimi Raikkonen não teve uma das melhores tardes este ano por causa do fraco desempenho da sua Lotus, mas ao menos conseguiu um recorde – o que para ele tanto faz, tanto fez – que foi de igualar o recorde de 24 corridas na casa dos pontos, estabelecido por Michael Schumacher entre 2002 e 2003. Vergne fez um trabalho ao andar constantemente entre os dez primeiros e mais uma vez chegar à frente do seu companheiro de Toro Rosso Daniel Ricciardo. Outro que também fez uma boa corrida foi Paul Di Resta que conseguiu se agüentar na pista por 53 voltas com os pneus médios com que havia largado, fazendo o mais longo stint do ano com estes pneus de farinha da Pirelli. Isso mostra que com um bom acerto, talvez consiga elevar a vida útil dessa borracha.
A temperatura na Ilha de Notre Dame não estava tão alta – 24° graus ambiente e 31° graus no asfalto na maior parte da corrida – e isso talvez tenha ajudado um pouco o desempenho de Red Bull e Mercedes. No caso de Vettel, é uma situação à parte, uma vez que ele não aparentou ter nenhum problema de pneus, exceto um toque em um dos muros do circuito – que não foi no famoso “Muro dos Campeões” – e uma escapada na entrada para a primeira curva. Lewis apresentou um bom ritmo, mas caiu no final da prova possibilitando a aproximação e ultrapassagem de Alonso. Webber e Rosberg também aparentaram desgaste, mas nada absurdo. Essa temperatura baixa talvez tenha influenciado no desempenho de Ferrari e Lotus, mas os italianos estiveram bem melhor com Fernando aumentando a velocidade conforme passava as voltas e Felipe travando bons duelos nas posições intermediárias, enquanto que a Lotus penava com Raikkonen pelas últimas posições pontuáveis e com Grosjean, que até fez uma boa corrida – nos mesmos moldes de Paul Di Resta – mas teve que trocar mais uma vez de pneus pero do fim da corrida. Acreditava numa prova mais acirrada devido o alto desgaste dos pneus naquela pista, que foi muito comum nos últimos anos, e que acabou sendo este o destaque para mim. A baixa temperatura do asfalto contribuiu para isso.
Vettel sai de Montreal com uma folga de 36 pontos sobre Alonso, que agora é o novo vice-líder do mundial, mas a pista de Silverstone aparenta ser mais favorável aos Ferraris por causa da curvas mais velozes. Mas o fator tempo pode jogar a favor dos rubro-taurinos e flechas de prata, uma vez que a temperatura por aquelas bandas da Inglaterra costuma ser instável.
Infelizmente a corrida canadense terminou de modo trágico com a morte de um fiscal de pista, que trabalhava no resgate do carro de Sebastian Gutierrez. Mark Robinson foi atropelado, quando estava ajudando no equilíbrio do carro quando tropeçou e caiu, pelo guincho que levava o Sauber. Ele foi atendido e levado para o hospital, onde acabou por morrer horas depois. Mark era um fiscal experiente, com dez anos de trabalho naquela função. Tinha 38 anos. 

Resultado Final 
Grande Prêmio do Canadá - Circuito Gilles Villeneuve  
Montreal - 70 Voltas 
7ª Etapa - 9/6/2013


1 - Sebastian Vettel (ALE/RBR) - 1h32m09s143
2 - Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1m26s504 - a 14s408
3 - Lewis Hamilton (ING/Mercedes) - a 15s942
4 - Mark Webber (AUS/RBR) - 1m26s208  - a 25s731
5 - Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1m26s008 - a 1m09s725
6 - Jean-Eric Vergne (FRA/STR) - 1m26s543 - a 1 volta
7 - Paul di Resta (ESC/Force India) - a 1 volta
8 - Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1m30s354 - a 1 volta
9 - Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 1 volta
10 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - a 1 volta
11 - Sergio Pérez (MEX/McLaren) - a 1 volta
12 - Jenson Button (ING/McLaren) - a 1 volta
13 - Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 1 volta
14 - Valtteri Bottas (FIN/Williams) - a 1 volta
15 - Daniel Ricciardo (AUS/STR) - a 2 voltas
16 - Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 2 voltas
17 - Jules Bianchi (FRA/Marussia) - a 2 voltas
18 - Charles Pic (FRA/Caterham) - a 2 voltas
19 - Max Chilton (ING/Marussia) - a 3 voltas
20 - Esteban Gutiérrez (MEX/Sauber) - a 7 voltas
 
Melhor volta: Mark Webber (RBR) - 1m16s182 - na volta 69
 
Não completaram:
Nico Hulkenberg (ALE/Sauber) - na volta 46
Giedo van der Garde (HOL/Caterham) - na volta 44

sábado, 8 de dezembro de 2012

Pole Lap: Damon Hill, Montreal 1996

Numa época em que a Williams fez o que quis naquela temporada, com o seu belo FW18, era normal seus pilotos entrarem num embate por vitórias e poles.
Nos treinos para o GP do Canadá, Villeneuve parecia que já estava com a sua pole garantida e isso levaria torcida local ao delírio. Mas Damon Hill tinha algo a mais na manga e lhe tomou a pole por míseros 20 milésimos.

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Foto 96: Gilles e a asa

Gilles estreou pela Ferrari no GP do Canadá disputado em Mosport, 1977. Largou em 17º e terminou em 12º, mas antes disso ele deu seu cartão de visitas a Scuderia de como seriam os próximos anos ao carregar apenas a asa dianteira de volta para os boxes. Já o carro, ficou em algum lugar...

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Foto 90: Paletti

Um lugar onde sentia-se feliz: Paletti prestes a testar o Osella FA1B
(Foto: Divulgação)

“Não tenho muitos amigos, praticar esportes é uma maneira de me aproximar das pessoas. Competi de esqui e vim para o automobilismo. É um mundo estranho, mas quando estou no cockpit, tudo parece bonito, me sinto feliz.” (Riccardo Paletti)

Riccardo morreu num momento em que estava mais feliz: tinha conseguido classificar-se para o grid do GP do Canadá, o que seria a sua segunda corrida; sua mãe estava presente naquele final de semana e Mike Earle, dono da equipe Onyx de F2, que mais tarde levaria a mesma para a F1 no final dos anos 80, tinha um March e já estava em negociações com Paletti para que corresse para ele ainda naquele ano de 1982. Mas o sonho se desfez em poucos metros. Gianna perdeu seu filho e Mike Earle um amigo.
Paletti morreu às vésperas de completar 24 anos.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

GP do Canadá - Corrida - 7ª Etapa



Lewis não vencia desde o GP de Abu Dhabi do ano passado.
Agora ele é o sétimo vencedor do ano e líder isolado do mundial.
(Foto: AP)
Esqueça das últimas 60 voltas. Aquelas onde Hamilton, Alonso e Vettel, na maioria delas, ficaram medindo os passos um do outro com diferenças mínimas no cronômetro. Não que tenha sido chato, ao contrário: foi interessante porque nenhum deles conseguiu abrir uma vantagem maior que quatro segundos, e por isso este trio manteve-se vivo o suficiente para tentar a vitória em Montreal. Lewis parecia o mais tranqüilo: tinha uma diferença de quase três segundos para Alonso na passagem número 51, mas ele foi para os boxes trocar os pneus, não que estes estivessem desgastados, mas arriscar ficar com eles para as últimas voltas poderia por em risco uma vitória quase certa. Fernando e Vettel ficaram na pista, um marcando o outro. Se ele for aos boxes, também irei. Tinha uma diferença de sete pontos em jogo naquele momento. Mas, e os pneus dos dois? Agüentaria até o final? Alonso havia feito a sua troca para macios na volta 19 e Vettel, para o mesmo composto, na volta 16. E os dois, até aquele momento, tinham um bom desempenho com aquele jogo de pneus. Era impressionante, pois Montreal tem uma fama de consumir muito os pneus e freios. Quem deu mostras de que aqueles pneus eram resistentes, foi Felipe Massa que os trocou na volta 14 e estava em quinto naquela parte final de corrida, com um ritmo satisfatório. Ou seja, a Ferrari tinha dado o pulo do gato até aquele momento. Mas Felipe perdeu rendimento faltando doze voltas para o fim e derrepente, despencou de quinto para oitavo num piscar de olhos. Os pneus macios tinham ido para o ralo e agora ele precisava fazer uma parada urgente, faltando dez voltas para o término. Um sinal que a Ferrari não quis captar e apostou que não aconteceria o mesmo com Alonso. O problema é que Hamilton estava com menos de dez segundos de desvantagem para Fernando, e seus tempos de voltas rodavam em torno de um segundo a um segundo e meio. A vitória para o inglês era possível.
Com o ritmo de Alonso e Vettel despencando, Hamilton passou pelo alemão faltando seis voltas, momento em que Sebastian aproveitou para ir aos boxes, e Lewis apertou o passo e duelou com Alonso por meia volta até conseguir efetuar a ultrapassagem na reta após o hairpin. McLaren na frente, enfim, e Lewis abriu caminho para a sua primeira vitória no ano. Fernando ainda tentou tourear o seu Ferrari nas últimas quatro voltas, mas os pneus, altamente desgastados, não tinham a mínima aderência e isso permitiu a aproximação rápida de Grosjean e Pérez que o ultrapassaram com facilidade. Vettel, que havia feito sua parada a seis voltas do fim, estava destruindo a volta mais rápida em cada passagem e pôde, também, passar Alonso com tranquilidade na freada para o grampo. Foram dez voltas finais de cortar a respiração.
A Ferrari sobrepujou o fato de aquela pista detonar pneus, acreditando que os macios resistiriam até o final. Não é à toa que Massa, na sexta, chegou a dizer que era possível fazer a prova inteira com apenas uma parada de box. Por um momento isso até pareceu possível, pois Alonso diminuiu o ritmo para poupar borracha, apertando a velocidade em alguns momentos para não distanciar-se totalmente de Hamilton. Apesar de Alonso dizer que eles correram para vencer, o erro em Montreal foi totalmente do time, incluindo o próprio, que apostou em algo suicida. A entrada de Massa nos boxes, faltando dez voltas para o fim com os pneus em frangalhos, foi uma mensagem bem clara ao time. Talvez a vitória tenha escapado por pura soberba.
Por outro lado não tem como não elogiar a corrida que Hamilton fez no Canadá. Teve paciência durante os duelos e efetuou-os bem na reta onde era permitido o uso do DRS, e aparentemente, conseguiu poupar bem os pneus. Se a McLaren errou feio com ele em outras provas, esta beirou a perfeição dando ao inglês a chance de tornar-se o sétimo vencedor diferente em sete corridas. Grosjean e Pérez subiram ao pódio com performances elogiáveis na tarde, com o francês a andar bem durante toda a corrida entre os dez e Pérez poupando pneus, que é a sua especialidade, por mais de 40 voltas.
Massa apresentou um início de corrida forte, atacando Rosberg em todas as curvas, mas após efetuar a ultrapassagem e estar na caça de Webber, rodou na saída da primeira curva, despencando de quinto para 12º. Apesar de ter mostrado uma boa velocidade e de estar ocupando a quinta posição a dez voltas do fim, os pneus não agüentaram mais o forçou a para nos boxes, jogando-o para décimo. Mas para quem estava penando no meio do pelotão a duas corridas atrás, essa recuperação mostrada já em Mônaco, já é um lucro e tanto. Bruno foi mal. Passou toda a prova disputando posições entre a 15ª e 17ª e sofreu um bocado com os pneus, principalmente os traseiros e fechou em décimo sétimo. Button foi outro que andou muito mal por lá e acabou em 16º.
Mais uma vez Montreal nos presenteou com uma maravilhosa corrida, precisamente as últimas 10 voltas, e deu à Hamilton a oportunidade de vencer em um local que é especial para ele. Foi lá, em 2007, que vencera a sua primeira corrida. E dessa vez ele venceu mais uma vez, tornando-se o sétimo vencedor diferente e a liderança do campeonato no bolso. Valência é a próxima parada. Pista chata, diga-se, mas que pode dar uma chance a Ferrari de tentar mais uma vitória por tratar-se de um circuito de rua de baixa para média velocidade. E os vermelhos não são bons de reta. Isso pode ajudar.
A largada foi tranquila, com Vettel a sustentar a liderança, que foi tomada por Hamilton na 15ª passagem
(Foto: Reuters)

(Foto: Reuters)

Massa fez uma boa largada e estava em quinto, alcançando Webber quando rodou. Recuperou-se,
chegou andar em quinto e fechou em décimo no final.
(Foto: Reuters)

Vettel teve uma chance de vencer, mas trocou de pneus tarde num momento em que
Hamilton já estava longe. Ao menos ficou à frente de Alonso no final.
(Foto: Getty Images)

Alonso foi o grande perdedor da tarde ao apostar numa tática que parecia certa, há dez
voltas do fim. Mas os pneus não aguentaram e ele despencou de primeiro para
quinto em cinco voltas.
(Foto: Charles Coates/LAT)


Grande Prêmio do Canadá
Circuito Gilles Villeneuve – Montreal
70 voltas – 7ª Etapa – 10/6/2012

1: Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1h32min29s586
2: Romain Grosjean (FRA/Lotus) - a 2s513
3: Sergio Pérez (MEX/Sauber) - a 5s260
4: Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 7s295
5: Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - a 13s411
6: Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - a 13s842
7: Mark Webber (AUS/Red Bull) - a 15s085
8: Kimi Raikkonen (FIN/Lotus) - a 15s567
9: Kamui Kobayashi (JAP/Sauber) - a 24s432
10: Felipe Massa (BRA/Ferrari) - a 25s272
11: Paul Di Resta (ESC/Force India) - a 37s693
12: Nico Hulkenberg (ALE/Force India) - a 46s236
13: Pastor Maldonado (VEN/Williams) - a 47s052
14: Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso) - 1min04s475
15: Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso) - a uma volta
16: Jenson Button (ING/McLaren) - a uma volta
17: Bruno Senna (BRA/Williams) - a uma volta
18: Heikki Kovalainen (FIN/Caterham) - a uma volta
19: Vitaly Petrov (RUS/Caterham) - a uma volta
20: Charles Pic (FRA/Marussia) - a duas voltas

Não completaram:
Timo Glock (ALE/Marussia) - a 13 voltas/problema mecânico
Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - a 36 voltas/problema na asa móvel
Pedro de la Rosa (ESP/Hispania) - a 45 voltas/problema mecânico
Narain Karthikeyan (IND/Hispania) - a 47 voltas/problema mecânico


sábado, 9 de junho de 2012

GP do Canadá - Classificação - 7ª Etapa

Hamilton é um baita piloto e quando se corre em Montreal, ele melhora ainda mais a sua performance. Ele havia dominado com total folga as duas primeiras sessões de treinos livres na sexta. Era fácil apontá-lo como possível pole. Eu, por exemplo, apostava nele. Mas Vettel foi brilhante no terceiro treino e credenciou-se para a luta da pole. O Q3 definiu a parada à favor de Sebastian: 1'13''784. Bang! Hamilton nãofoi tão constante em todas as fases do calssificatório, mas apareceu bem no final ao roubar de Alonso uma quase garantida segunda colocação. Em quarto aparece Webber, ficando assim os quatro primeiros colocados do mundial distribuídos nas duas primeiras filas para o GP canadense. Massa fez mais um bom treino ao se classificar em sexto, sua melhor posição de largada até aqui. Bruno não foi tão bem e marcou apenas o 16º tempo, mas aposta numa única parada para a corrida. Se levar em conta que tem um bom ritmo, pode pensar em pontos.
Como é habitual termos corridas caóticas em Montreal, é de se esperar uma prova movimentada. Mas uma coisa pode atrapalhar que é uma possível estratégia de apenas uma parada de box. É estranho pensar nessa possibilidade, afinal nos últimos dois anos as paradas de box aconteceram antes da corrida atingir dez voltas.
Favoritos? A príncipio Vettel tem uma boa chance saindo da pole, uma vez que ultrapassar naquela pista não seja tão fácil assim, mas confesso que aposto em Hamilton para a vitória em Montreal. 
Foi a 32ª pole da carreira de Vettel. A segunda no ano
(Foto: AP)

GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DO CANADÁ - 7ª ETAPA

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull-Renault) - 1min13s784
2. Lewis Hamilton (GBR/McLaren-Mercedes) - 1min14s087
3. Fernando Alonso (ESP/Ferrari) - 1min14s151
4. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault) - 1min14s346
5. Nico Rosberg (ALE/Mercedes) - 1min14s411
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari) - 1min14s465
7. Romain Grosjean (FRA/Lotus-Renault) - 1min14s645
8. Paul di Resta (GBR/Force India-Mercedes) - 1min14s705
9. Michael Schumacher (ALE/Mercedes) - 1min14s812
10. Jenson Button (GBR/McLaren-Mercedes) - 1min15s182
11. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari) - 1min14s688
12. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus-Renault) - 1min14s734
13. Nico Hulkenberg (ALE/Force India-Mercedes) - 1min14s748
14. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso-Ferrari) - 1min15s078
15. Sergio Perez (MEX/Sauber-Ferrari) - 1min15s156
16. Bruno Senna (BRA/Williams-Renault) - 1min15s170
17. Pastor Maldonado (VEN/Williams-Renault) - 1min15s231
18. Heikki Kovalainen (FIN/Caterham-Renault) - 1min16s263
19. Vitaly Petrov (RUS/Caterham-Renault) - 1min16s482
20. Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso-Ferrari) - 1min16s602
21. Pedro de la Rosa (ESP/HRT-Cosworth) - 1min17s492
22. Timo Glock (ALE/Marussia-Cosworth) - 1min17s901
23. Charles Pic (FRA/Marussia-Cosworth) - 1min18s255
24. Narain Karthikeyan (IND/HRT-Cosworth) - 1min18s330

segunda-feira, 13 de junho de 2011

GP do Canadá- Corrida- 7ª Etapa

A carreira de Button na F1 sempre foi pautada por apresentações conservadoras, por sempre focar seu desempenho na preservação do equipamento frente e isso sempre fez dele um dos pilotos mais regulares da categoria. Por mais que já tenha um punhado de vitórias e um título mundial no currículo, a sua única atuação empolgante, no meu ver, foi a na sua primeira vitória na Hungria em 2006 pela extinta Honda. Ele saíra da 14ª posição e escalou o pelotão numa prova marcada por uma rara chuva no circuito húngaro, para vencer espetacularmente seu primeiro GP na F1. Ontem, em Montreal, as condições eram piores que em Hungaroring porém a sua posição de largada era melhor. Mas por causa de algumas circunstâncias, Button acabou por fazer uma prova de velocidade pura e na raça.
Inicialmente não apostava na Mclaren para vencer em Montreal. Em nenhum dos dois prateados. Hamilton ainda poderia fazer algo por ser sempre genial naquele circuito, afinal ele vencera duas vezes lá e de modo dominante. Button teria que fazer uma daquelas provas clássicas, trabalhando para economizar borracha e tentar atacar no final. Mas Jenson fugiu a esta regra. Bateu rodas com Hamilton e Alonso, tirando ambos da prova, trocou de pneus cinco vezes, tomou um Drive & Through, subiu e desceu na classificação durante as duas partes da prova e estava no encalço de Webber e um soberbo Schumi que lutavam pela terceira posição nas últimas 10 voltas. Superou Webber após um erro deste e partiu com tudo para ganhar a posição de Schumi. Os dois lutaram por uma volta e o Button passou o velho Michael na reta oposta. Faltava Vettel. Mas isso não impediria a Button de alcançá-lo. Mais uma vez ele tirou toda a diferença que o separavam, que estava na casa dos 5 segundos e com 3 voltas para o fim estava na cola do Red Bull. Vettel pareceu, por algum instante reagir, mas quando pensavámos que tudo estava decidido, Vettel sai fora do trilho na curva 9 e escorrega. Button assume a liderança na última volta e o box da Mclaren explode como em gritos e aplausos. Jenson leva seu Mclaren à vitória numa das melhores atuações individuais dos últimos tempos. E isso marca muito, pois como, disse, ele é um piloto mais comedido na sua pilotagem, sem forçar o carro. Mas antes dessa em Montreal, ele já havia feito uma performance genual em Montmeló ao andar 31 voltas com pneu macio e rodar tempos iguais ou abaixo de pilotos que estavam com pneus novos.
Sobre os demais fiquei extremamente feliz ao ver Kobayashi entre os primeiros após o reinicio da corrida. Ele estava muito avontade naquela segunda posição, e por alguns momentos, enquanto a pista estava molhada/húmida, ele estava a afazer tempos iguais ou melhores que Vettel. Naturalmente, com a pista secando, ele foi superado por Schumi, Webber, Button, Petrov e mais tarde, na última volta, por Massa. Mas de todo modo, foi uma atuação brilhante. Michael também fez lembrar seu melhores momentos quando,por várias voltas, fez o melhor tempo. Andou em segundo e até poderia discutir a liderança com Vettel, mas assim como Kobayashi, seu Mercedes perdeu terreno quando a pista secou e assim teve que suportar a pressão de Webber e mais tarde de Button. Este último passou-o com tranquilidade e mais tarde Webber também conseguiu a ultrapassagem, deixando-o na quarta posição. Sinceramente, merecia pódio. Sobre Hamilton, mais uma vez, ele acabou por se afobar ao tentar passar Button num lugar complicado e acabou sendo expremido no mudo pelo seu companheiro. Dessa vez isento-o da culpa, assim como no incidente com Webber após a largada. Mas a maré anda contra ele ultimamente. Massa apareceu bem na foto em Montreal. Andou bem e até poderia sonhar com algo melhor, mas sua afobação ao tentar passar uma Hispania acabou botando tudo a perder já que rodou em seguida ao sair da trilha na tentativa de passar a carroça hispanica. Fechou em sexto, passando por Kobayashi na linha de chegada. Barrichello fez o que pode e fechou na nona colocação.
E assim foi o GP do Canadá. Havia uma grande expectativa sobre essa corrida e ela não nos decepcionou. Por mais que ela tenha demorado 4 horas para terminar, devido sua paralização por causa da lagoa que formara em alguns pontos do circuito, quando voltou, após a relargada com o sempre discutível safety car a comboiar o pelotão, a turma se entregou de corpo e alma a competição travando ótimos duelos e lances inesquecíveis. E para nosso deleite vimos uma atuação de mestre de Jenson Button.
Uma pista que leva o nome de Gilles Villeneuve tem que nos brindar com provas fantásticas. A de ontem foi mais do que isso, foi antológica. Grande Montreal...

As Ferraris estiveram bem em Montreal, mas o resultado podia ser melhor caso Alonso não ficasse de fora da corrida após um toque com Button e Massa ter errado quando dobrava uma Hispania. Os pneus macios e super macios foram decisivos para o bom comportamento dos carros neste final de semana
Kobayashi perseguindo Vettel antes da interrupção. Por pouco o piloto japonês não consegue o seu melhor resultado na F1
Pouca água, não?

 Hamilton mais uma vez ficou de fora por arriscar tanto. Mas não culpo ele nos dois incidentes com Webber e Button
Schumi parecia ter voltado aos seus dias de glória, mas foi só a pista secar que o Mercedes caiu de performance. Mas com uma atuação dessas pode dar um ânimo para o velho multi-campeão, que pareciaum tanto apagado nas últimas provas.

RESULTADO FINAL
Grande Prêmio do Canadá- Circuito Gilles Villeneuve
Montreal- 70 voltas- 12/6/2011


1. Jenson Button (ING/McLaren): 70 voltas em 1h23min50s995
2. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): a 2s709
3. Mark Webber (AUS/Red Bull-Renault): a 13s828
4. Michael Schumacher (ALE/Mercedes): a 14s219
5. Vitaly Petrov (RUS/Renault): a 20s395
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari): a 33s225
7. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber-Ferrari: a 33s270
8. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso: a 35s964
9. Rubens Barrichello (BRA/Williams): a 45s100
10. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso): a 47s
11. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): a 50s400
12. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber): a 1:03s600
13. Vitantonio Liuzzi (ITA/HRT): a 1 volta
14. Narain Karthikeyan (IND/HRT): a 1 volta
15. Jerome D'Ambrosio (BEL/Virgin): a 1 volta
16. Timo Glock (ALE/Virgin): a 1 volta
17. Jarno Trulli (ITA/Lotus-Renault): a 1 volta
18. Paul Di Resta (ING/Force India): a 3 voltas

Não completaram:
Pastor Maldonado (VEN/Williams)
Nick Heidfeld (ALE/Renault)
Adrian Sutil (ALE/Force India)
Fernando Alonso (ESP/Ferrari)
Heikki Kovalainen (FIN/Lotus-Renault)
Lewis Hamilton (ING/McLaren)

FOTOS: FRANCE PRESS; GETTY IMAGES; AP

As marcas de Ímola

A foto é do genial Rainer Schlegelmich (extraído do livro "Driving to Perfection") tirada da reta de Ímola após uma das largadas. ...