Mostrando postagens com marcador GP dos EUA. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador GP dos EUA. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 11 de março de 2015

F1 Battles: Jean Alesi vs Ayrton Senna - Phoenix, 1990

Como eu disse num comentário hoje à tarde no Facebook, Jean Alesi foi como Juan Pablo Montoya para Michael Schumacher nos anos 2000: uma pedra - e das grandes - no sapato de Ayrton Senna.
E o duelo memorável do pequeno gaulês contra o piloto brasileiro nas ruas de Phoenix, na abertura do mundial de 1990, foi um dos grandes momentos da categoria naquela década e na história.
E hoje faz 25 anos daquela sensacional batalha.


domingo, 2 de novembro de 2014

GP dos EUA: A dois passos


Depois daquela pole avassaladora de Rosberg, imaginavasse que as coisas poderiam pender para o lado do piloto alemão. De fato, você conseguir uma "vitória parcial" no meio desta batalha interna acaba ajudando bastante para tentar desestabilizar o seu concorrente direto. A verdade é que Nico aguentou bem a pressão na largada, sustentando-se bem à frente de Lewis, mas este, após o primeiro pit-stop, resolveu atacar Rosberg de forma gradativa até que efetuasse a ultrapassagem ainda no primeiro terço da corrida para não perdê-la mais. E aquele balde de água gelada que Nico dera em Lewis, foi devolvida hoje na parte do fim de semana que mais interessa que é a corrida.
Impressiona bastante esta fase de Lewis onde ele está mais seguro. Também tem que se valer que os problemas externos que sempre o atrapalharam, estão mais tranquilos. Qualquer rusga com o pai ou uma das inúmeras separações com a namorada, sempre o deixavam perdido. Desta vez, com tudo correndo a seu favor, as coisas tem fluido normalmente sem nenhum percalço.
Certamente este cenário ajudou muito ele para que aguentasse os problemas que teve anteriormente sem maiores contratempos, fazendo com que não perdesse o foco.
Agora faltam duas provas, com 75 pontos em jogo, e a tendência é que o piloto inglês passe a trabalhar serenamente rumo ao seu segundo mundial.

A corrida

Não foi aquele primor, mas foi bom ver o desempenho de alguns pilotos como Ricciardo, Alonso e Vettel se entregando totalmente as disputas como se não houvesse um amanhã. Talvez você não goste de um ou do outro, mas cabe reconhecer que não entregam o ouro tão facilmente e quando pilotos deste calibre estão em posse de carros não tão bem balanceados - como é o caso de Alonso e Vettel -, você passa a ver as qualidades de cada um de forma mais clara e vistosa, coisa que um carro superior, muito bem acertado, acaba mascarando e nos leva a levantar suspeitas de suas qualidades.
Quem me decepcionou um pouco foi a Williams. Esperava bem mais da equipe inglesa, mas erros de estratégia nos pits de Bottas e Massa os deixaram para trás após serem superados por Ricciardo que ganhou as posições baseando-se na estratégia traçada pela Red Bull e nos erros da equipe inglesa.
Por ter sido uma corrida bem abaixo do que esperávamos, destaco os duelos pelas posições intermediárias, aquelas onde as ultimas colocações pontuáveis são disputadas a tapas. Vergne e Grosjean quase misturaram tinta num momento em que Vettel, após a sua paradas há sete voltas para colocar pneus macios, lhe deu a chance de vir papando quem estivesse na frente sem nenhuma piedade e isso lhe rendeu uma ótima sétima posição. No entanto, outros postulantes as ultimas posições pontuáveis, continuaram se matando para conseguir as migalhas, como foram oa casos de Button, Kvyat, Maldonado, Grosjean, Raikkonen. Mas quem se deu melhor mesmo foi Maldonado, que garantiu o seu primeiro ponto no ano.
De resto foi uma corrida normal, com emoções bem contidas. Esperamos que Interlagos honre a sua reputação de GP marcante, que tanto nos animou nos últimos anos.

sábado, 1 de novembro de 2014

GP dos EUA - Classificação - 17a Etapa



(Foto: Austosport)
Engraçado você olhar as tabelas de tempos das três sessões feitas antes da classificação, e ver o quanto que Hamilton estava num degrau acima dos demais. Até mesmo de Rosberg, que ficara em todas as práticas exatamente atrás do inglês, sendo que a maior surra que levara tinha sido no terceiro treino quando ficou oito décimos de desvantagem. E isso ficava claro que Lewis era o favorito disparado, porém não contava com a performance arrasadora de Rosberg que o dominou por completo na classificação e marcou uma respeitável pole, com mais de quatro décimos de vantagem. Um balde de água gelada daquelas em Hamilton.
Para o restante, a batalha caseira entre as Williams mostra quanto que o carro inglês está bem no circuito texano: Bottas venceu o duelo contra Massa e ficou na terceira posição. Ricciardo fechou em quinto, seguido por Alonso, Magnussen, Button (que perderá cinco posições por troca de câmbio), Raikkonen, Sutil e Maldonado, que sairá em décimo.
Espera-se apenas uma batalha intensa entre os dois postulantes ao título e com os demais lutando frenéticamente pela terceira posição. Devemos observar também a prova de recuperação de Vettel e Kvyat, que largarão das últimas posições devido a trocas de componentes nos motores.

Grid de largada para o Grande Prêmio dos Estados Unidos - 17ª Etapa

PosPilotoCarroTempoDif
1Nico RosbergMercedes1m36.067s -
2Lewis HamiltonMercedes1m36.443s 0.376s
3Valtteri BottasWilliams/Mercedes1m36.906s 0.839s
4Felipe MassaWilliams/Mercedes1m37.205s 1.138s
5Daniel RicciardoRed Bull/Renault1m37.244s 1.177s
6Fernando AlonsoFerrari1m37.610s 1.543s
7Kevin MagnussenMcLaren/Mercedes1m37.706s 1.639s
8Kimi RaikkonenFerrari1m37.804s 1.737s
9Adrian SutilSauber/Ferrari1m38.810s 2.743s
10Pastor MaldonadoLotus/Renault1m38.467s -
11Sergio PerezForce India/Mercedes1m38.554s -
12Jenson ButtonMcLaren/Mercedes1m37.655s -
13Nico HulkenbergForce India/Mercedes1m38.598s -
14Jean-Eric VergneToro Rosso/Renault1m39.250s -
15Esteban GutierrezSauber/Ferrari1m39.555s -
16Romain GrosjeanLotus/Renault1m39.679s -
17Daniil KvyatToro Rosso/Renault1m38.699s -
18Sebastian VettelRed Bull/Renault1m39.621s -

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

GP dos EUA - Treinos Livres - 17ª Etapa

Nenhuma grande novidade durante os treinos livres em Austin. Talvez a única coisa que animasse foi o bom desempenho das Mclarens no primeiro treino livre, com Button ficando na terceira colocação e Magnussen na quinta. Porém, no segundo treino livre, os cromados de Woking ficaram em oitavo (Magnussen) e nono (Button).
As Mercedes dominaram, como era de se esperar: Lewis dominou as duas sessões, mas Rosberg esteve no encalço principalmente neste último treino livre, onde a diferença entre eles foi de três milésimos.

Treino Livre 1
PosPilotoCarroTempoDifVoltas
1Lewis HamiltonMercedes1m39.941s - 28
2Nico RosbergMercedes1m40.233s 0.292s 32
3Jenson ButtonMcLaren/Mercedes1m40.319s 0.378s 27
4Daniil KvyatToro Rosso/Renault1m40.887s 0.946s 33
5Kevin MagnussenMcLaren/Mercedes1m40.987s 1.046s 29
6Fernando AlonsoFerrari1m41.065s 1.124s 27
7Sebastian VettelRed Bull/Renault1m41.463s 1.522s 20
8Luiz Felipe NasrWilliams/Mercedes1m41.545s 1.604s 19
9Nico HulkenbergForce India/Mercedes1m41.722s 1.781s 24
10Max VerstappenToro Rosso/Renault1m41.785s 1.844s 32
11Felipe MassaWilliams/Mercedes1m41.907s 1.966s 21
12Kimi RaikkonenFerrari1m41.965s 2.024s 23
13Pastor MaldonadoLotus/Renault1m42.329s 2.388s 28
14Adrian SutilSauber/Ferrari1m42.333s 2.392s 23
15Sergio PerezForce India/Mercedes1m42.359s 2.418s 23
16Esteban GutierrezSauber/Ferrari1m42.516s 2.575s 24
17Daniel RicciardoRed Bull/Renault1m42.598s 2.657s 5
18Romain GrosjeanLotus/Renault1m43.229s 3.288s 26

Treino Livre 2
PosPilotoCarroTempoDifVoltas
1Lewis HamiltonMercedes1m39.085s - 18
2Nico RosbergMercedes1m39.088s 0.003s 34
3Fernando AlonsoFerrari1m40.189s 1.104s  29
4Daniel RicciardoRed Bull/Renault1m40.390s 1.305s 30
5Felipe MassaWilliams/Mercedes1m40.457s 1.372s 36
6Kimi RaikkonenFerrari1m40.543s 1.458s 32
7Daniil KvyatToro Rosso/Renault1m40.631s 1.546s 34
8Kevin MagnussenMcLaren/Mercedes1m40.641s 1.556s 38
9Jenson ButtonMcLaren/Mercedes1m40.698s 1.613s 36
10Nico HulkenbergForce India/Mercedes1m40.800s 1.715s 25
11Valtteri BottasWilliams/Mercedes1m40.828s 1.743s 37
12Romain GrosjeanLotus/Renault1m41.054s 1.969s 31
13Jean-Eric VergneToro Rosso/Renault1m41.110s 2.025s 36
14Sergio PerezForce India/Mercedes1m41.123s 2.038s 35
15Pastor MaldonadoLotus/Renault1m41.158s 2.073s 37
16Adrian SutilSauber/Ferrari1m41.332s 2.247s 33
17Esteban GutierrezSauber/Ferrari1m41.420s 2.335s 34
18Sebastian VettelRed Bull/Renault1m44.437s 5.352s 19

terça-feira, 27 de maio de 2014

Foto 347: Especialistas


Ao vencer a prova de Mônaco, Nico igualou a marca de seu pai Keke de cinco vitórias na F1. O mais interessante de tudo é, que além do número alcançado, também tenha uma coincidência no tipos de circuitos onde venceram: o velho Rosberg conquistou vitórias na Suiça 1982; Mônaco 1983; EUA 1984 e 1985 e depois no final da temporada de 1985, na estreante Adelaide que acolheu o GP da Austrália. Ou seja, quatro circuitos citadinos (Monte Carlo, Dallas, Detroit e Adelaide).
Nico Rosberg chegou à sua primeira vitória na China 2012; venceu em Mônaco 2013 e mais tarde na Grã-Bretanha; e ganhou na abertura deste mundial na Austrália e repetiu a dose em Mônaco. Das suas cinco vitórias, três em pistas de rua (Monte Carlo por duas vezes e Albert Park). 
Sete vitórias para a família Rosberg neste tipo de circuito. 

sábado, 17 de novembro de 2012

GP dos EUA - Classificação - 19ª Etapa

Era de se esperar uma pole fácil de Vettel, daquelas que ele costumou a fazer com uma volta canhão e depois ir para os boxes e ficar relaxado, enquanto que o restante se matava para tentar alguma mágica e tirar-lhe da primeira colocação. Por um momento se pensou, quando ele fez a marca de 1'35''877, mas Hamilton impecavelmente estava na sua cola e forçou o alemão à voltar para a pista e melhorar a sua marca,baixando para 1'35''657. Era boa, mas Lewis estava na pista e ainda tinha chances até fazer o tempo de 1'35''766. A pole de Vettel, a 36ª da sua carreira, estava garantida.
O treino em Austin foi complicado para a maioria, em especial a Ferrari, que tentou achar aderência onde não tinha. Se os carros de Maranello tinham esse problema há tempos, isso ficou mais evidente nestes dois treinos de sábado quando Alonso não conseguiu muita coisa além de dois pares de oitavo lugares, conquistado no treino livre da manhã e repetido no classificatório de agora pouco. Massa é quem surpreendeu ao ficar na frente do espanhol em todos os estágios da classificação. Isso lhe rendeu a sexta colocação e a expectativa de um bom domingo na pista texana.
Os Lotus foram bem e poderiam ter colocado seus dois carros entre os cinco, caso Grosjean não tivesse que perder 5 posições por ter trocado o câmbio. Ele sairá em nono, enquanto Raikkonen largará em quarto. Bom trabalho do velho Schumi que fez um ótimo quinto lugar, contra o décimo sétimo de Rosberg.
Será interessante a largada amanhã e não tem como fugir da idéia do que será os carros dividindo aquela primeira curva em subida, seguida por um gancho à esquerda. Para quem vier do fundo, terá alguns horrores porque terá que frear forte e torcer para ninguém tocar, ou bater, em sua traseira. E nisso Hulkenberg e Alonso terão uma fila atrás deles que não é nada confiável: Grosjean e Maldonado.
Numa dessas, o título de Vettel pode ser decidido na primeira curva. Seria seu terceiro mundial consecutivo, no mesmo dia em que completará 100 GPs no mesmo país que fez o seu debut, em 2007. 
Mais um: 36ª pole de Vettel em 99 GPs disputados
(Foto: Reuters)

Grid de Largada para o Grande Prêmio dos Estados Unidos - 19ª Etapa

1. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull): 1min35s657
2. Lewis Hamilton (ING/McLaren): 1min35s766
3. Mark Webber (AUS/Red Bull): 1min36s174
4. Kimi Raikkonen (FIN/Lotus): 1min36s708
5. Michael Schumacher (ALE/Mercedes): 1min36s794
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min36s937
7. Nico Hulkenberg (ALE/Force India): 1min37s141
8. Fernando Alonso (ITA/Ferrari): 1min37s300
9. Romain Grosjean (FRA/Lotus): 1min36s587 *
10. Pastor Maldonado (VEN/Williams): 1min37s842

11. Bruno Senna (BRA/Williams): 1min37s604
12. Jenson Button (ING/McLaren): 1min37s616
13. Paul di Resta (ESC/Force India): 1min37s665
14. Jean-Eric Vergne (FRA/Toro Rosso): 1min37s879
15. Sergio Perez (MEX/Sauber): 1min38s206
16. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber): 1min38s437
17. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min38s501
18. Daniel Ricciardo (AUS/Toro Rosso): 1min39s104
19. Timo Glock (ALE/Marussia): 1min40s056
20. Charles Pic (FRA/Marussia): 1min40s664
21. Vitaly Petrov (RUS/Caterham): 1min40s809
22. Heikki Kovalainen (FIN/Caterham): 1min41s166
23. Pedro de la Rosa (ESP/HRT): 1min42s011
24. Narain Karthikeyan (CHN/HRT): 1min42s740
* Perdeu cinco posições no grid por trocar o câmbio:

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Foto 116: Pedido

Teria sido legal se Mario Andretti, ou Jean Pierre Jarier, tivesse vencido aquele GP dos EUA semanas depois do acidente que matou Ronnie Peterson em Monza.
A torcida pediu, mas infelizmente não foi possível concretizá-la: Mario largou da pole, mas abandonou na volta 27 por problemas de motor e Jarier parou na volta 55.
Carlos Reutemann venceu a corrida, com Alan Jones em segundo e Jody Scheckter em terceiro.

sábado, 25 de junho de 2011

Uma aula de Gilles Villeneuve

Saindo da terceira posição e passando o pole Alan Jones feito um foquete, Gilles começava uma das suas melhores apresentações na F1 ao abrir caminho meio ao aguaceiro de Watkins Glen para vencer a sua quarta prova na categoria, a terceira naquele ano. Aí fica o vídeo, um resumo do que foi aquela prova que encerrava a temporada de 1979:

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Foto 12: Suecos em ação

Peterson não aliviou um milímetro para o seu conterrâneo Gunnar Nilsson, e o piloto da Lotus acabou rodando, batendo nos guard-rails e abandonando a corrida na 9ª volta. Peterson completou a prova, três voltas atrás do vencedor James Hunt. A foto é do GP dos EUA de 1977, disputado em Watkins Glen.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O circuito de Caesar's Palace

Dias atrás, quando a decisão foi empurrada para última corrida, lembrei logo que ano passado tinha odiado o circuito de Abu Dhabi. Sim, claro, é uma pista que tem instalações magníficas e realmente a tornam lindíssimas mas até ai, é só. Não me agradou nenhum pouco e mesmo com o campeonato do ano passado decidido, já vi ótimas corridas pós-decisão.
Mas houve outro circuito, que em minha opinião, foi tão ruim quanto o de Abu Dhabi: a pista montada no estacionamento do Caesars Palace, que sediou as decisões de 81 e 82. A pista foi criticada ao extremo, principalmente o modo em que ela foi feita em sentido anti-horário, o que castiga muito o físico dos pilotos. Também teve prejuízo para as equipes. Sem contar, também, o pouco espaço que todas equipes tinham para trabalhar. O pit lane era pequeno, não existia garagens (o que seria normal para uma pista que era montada, literalmente) e por isso os carros ficavam suspensos e muito, muito perto mesmo da área de rolagem dos carros sem contar que naquela época não existia nenhum limite de velocidade nos boxes. Aliando isso ao forte calor do deserto e alguns motores e câmbios quebrados naquele fim de semana, pode-se dizer que eles viveram um inferno, ou quase isso.
Assim como a ida da F1 para Abu Dhabi e outros locais do Oriente Médio e Ásia, a troca da tradicional prova final de Watkins Glen por Las Vegas foi dinheiro. Os organizadores de Glen não cumpriram os pedidos da categoria e Vegas acabou laçando Bernie pelo que ele mais gosta claro. E grana é o que não falta naquele lugar e lá a F1 foi se meter a fazer duas provas, em 81 e 82 que decidiram aqueles mundiais.
A pista em sim foi feito com esmero, fazendo que tivesse espaço suficiente para ultrapassagens e as áreas de escapes feitas com bancos de areia. O trabalho até que foi bom, mas o resultado final não foi dos melhores. Público era quase inexistente, pois o sol ardia o dia todo e por isso eram poucos os espectadores que se arriscaram a ver a prova. Se ao lado tem diversão melhor (cassinos), para que ficar torrando no sol o dia todo. O resultado de tudo foi um público de 30 mil na prova de 82, o que sugere que as marcas de 81 foram piores ou iguais. Interessante, mas escrevendo isso me lembro agora de Aida, no Japão. Foram feitas duas provas lá, em 94 e 95. Mas o circuito era chato, bem chato e valia mais a pena ficar dormindo durante a madrugada. Não havia nenhum ponto que prestasse para fazer uma ultrapassagem, e isso gerou criticas pesadas por parte dos pilotos e equipes. Bernie só coletou o dinheiro dessas duas provas, deu um tapinha nas costas do organizador e nunca mais a categoria botou os pés lá.
Voltando a Las Vegas, o que salvou mesmo a prova foi o fato dos títulos de 81 e 82 serem decididos lá: em 81, três pilotos (Reutemann 49pts, Piquet 48 e Laffite 43) estiveram na luta pelo mundial. Venceu Piquet, que terminou a corrida na quinta posição chegando à frente de Laffite (6º) e Reutemann (8º), que teve problemas de câmbio. Como se viu nas cenas que correram o mundo após o título, Piquet estava esgotado fisicamente por causa do forte calor e do trabalhoso circuito. Em 82, Rosberg (42 pts) e Watson (33) disputaram o título. Mesmo com Watson fazendo uma má largada, caindo de nono para décimo segundo, ele recuperou-se dessa falha e fechou em segundo, atrás de Alboreto que conquistava seu primeiro triunfo na categoria à bordo do Tyrrel. Rosberg, que fechou em quinto, levou o primeiro mundial da Finlândia na categoria.
Após essas duas incursões da F1 por Las Vegas, a prova nunca mais foi realizada por lá pois não tinha conseguido atingir o sucesso que pretendiam. Nos anos 90 quiseram fazer um circuito, ou remontar o do estacionamento, mas os cassinos não autorizaram e nisso a F1 teve que procurar outro lugar nos EUA para sediar seu GP, até encontrar Indianápolis nos anos 2000.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

F1 Battles- Rene Arnoux vs Eddie Cheveer, Long Beach 1983

Ótima batalha entre Rene Arnoux (Ferrari 126 C2B) e Eddie Cheveer (Renault RE-30C) pela quarta no GP de Long Beach, em 1983. Inicialmente a disputa fora pela quinta posição, com Arnoux (6º) à pressionar Cheveer (5º). No final de uma das retas do circuito, Arnoux aproveita o vácuo e passa Cheveer que se atrapalha com o Williams de Laffite, que era quarto, e que está lento pela pista. Mais adiante, Cheveer se aproveita de um descuido de Arnoux e o passa, reassumindo o posto. Arnoux, como sempre, não baixou os braços e foi novamente buscar a posição no final da reta "Sheroline Drive".
A corrida daquele ano ficou marcada pela bela recuperação e dobradinha da Mclaren, com Watson em primeiro e Lauda em segundo, já que ambos largaram em 22º e 23º respectivamente. Arnoux fechou em terceiro e Cheveer abandonou quando estava em quinto, por problemas de câmbio.

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Outras provas chuvosas e seus mestres

Enquanto que os pilotos discutiam sobre as condições do asfalto coreano sob água no último domingo, fui pesquisar algumas provas em que as situações de pista e visibilidade também não eram favoráveis, mas em que os pilotos de outrora entraram e fizeram delas épicas provas:


GP da Alemanha, 1961- O fabuloso Nordschleif já era perigoso seco, com chuva então as coisas se complicavam ainda mais. Stirling Moss, a bordo de sua Lotus 18/21, desafiou o poderio das Ferraris 156 pilotadas por Von Trips e Phil Hill na prova daquele ano disputado debaixo d’água. Moss bateu os dois pilotos da Ferrari chegando na frente de Trips com mais de 20 segundos de diferença, numa que teoricamente ele e sua Lotus jamais venceria a equipe italiana.


GP da Bélgica, 1963- Foi uma prova chuvosa do início ao fim, bem do estilo de Spa. Contrariando essa situação, Jim Clark iniciou sua caminhada para seu primeiro título ao vencer essa corrida chegando à frente de Bruce Mclaren com 4 minutos de avanço.


GP da Bélgica, 1966- A chuva caiu momentos depois dos pilotos largarem, pegando-os de surpresa em Bonneville. Vários pilotos rodaram e escaparam de bater ou cair em valas, menos Jackie Stewart que acabou batendo em uma casa e foi salvo por Graham Hill e por espectadores que ali estavam. A vitória ficou com John Surtees da Ferrari.


GP da França, 1968- A prova daquele ano foi disputada no circuito de Rouen, que com suas curvas rápidas, feitas em descida, era um circuito a ser respeitar. Desse modo, o estreante Jo Schlesser, ao volante do seu Honda, não respeitou a seqüência de curvas e acabou batendo, vindo morrer carbonizado. Logo em seguida a chuva despencou tornando a corrida ainda mais perigosa. Ickx ignorou a todas essas adversidades e venceu com sua Ferrari, mas quem deu o show foi Pedro Rodriguez ao marcar a melhor volta da prova e discutir a vitória até a sete voltas do fim, quando problemas de câmbio o fizeram ficar de fora.


GP da Alemanha, 1968- Assim como em 62 chovia em Nurburgring, mas desta vez tinha um fator que agravava ainda mais a visibilidade: as costumeiras neblinas baixaram, tr4onando praticamente impossível de ver ao algo. Stewart entrou em seu Matra, assumiu a liderança e efetuou uma das melhores apresentações debaixo de chuva constante e neblina, ao vencer tranquilamente a prova com 4 minutos e 3 segundos de diferença para Graham Hill.


GP de Mônaco, 1972- A chuva forte castigou Monte Carlo durante o fim de semana todo. Enquanto os demais tentavam achar algo além dos sprays lançados pelos carros da frente, Beltoise aproveitou a chance para vencer sua única prova na F1 e a última da BRM.


GP da Inglaterra, 1975- Foi uma corrida em que a chuva se tornou protagonista principal, ao ir e voltar constantemente embaralhando a competição. Sete pilotos revezaram-se na liderança da corrida, enquanto que outro tanto rodou na inundada curva Stowe indo parar nas cercas de proteção. Emerson sobreviveu à tudo e venceu seu último GP na F1.

GP da Áustria, 1975- Lauda brandou o ritmo, reconhecendo que a pista estava perigosa. O spray lançado pelos enormes pneus traseiros cegava os pilotos e por muita sorte, não houve um acidente grave. Brambilla ignorou as condições atmosféricas e do asfalto, abrindo caminho para vencer seu único GP na categoria. Ao comemorar, bateu seu carro.

GP do Japão, 1976- A enrolação em decidir se o GP da Coréia seria ou não realizado e seus atrasos, fez lembrar o do GP do Japão de 76. Por causa de uma chuva pesada que desabou sobre a pista de Fuji, deixando-a quase inundada, a prova foi adiada em três horas até que Ecclestone interveio com medo da corrida terminar no escuro. A prova decidiu o mundial à favor de Hunt quando este terminou em terceiro e Lauda, que ainda se recuperava dos ferimentos do acidente em Nurburgring, abandonou a corrida após duas voltas alegando falta de segurança.

GP dos EUA, 1979- Gilles Villeneuve foi mágico em meio o aguaceiro de Glen: na sexta se divertiu na chuva e enfiou 10 segundos em Jody Scheckter. No sábado sol e pista seca, terceiro tempo no grid e no domingo chuva e assim como na sexta, sobrou na frente dos concorrentes chegando na frente de Arnoux com diferença e 48 segundos.

GP do Canadá, 1981- Jacques Laffite venceu a prova de Montreal com seu Ligier debaixo de um dilúvio, mas quem fez uma apresentação brilhante foi Gilles que pilotou com a asa dianteira do seu Ferrari a cegar-lhe por voltas até que esta caiu pela pista. E ainda completou o GP sem ela, em terceiro. Genial.

GP de Mônaco, 1984- Senna e Bellof acharam aderência necessária para apresentar suas credenciais de estreantes em 84, ao domar suas máquinas e não tomar nenhum conhecimento ao ultrapassar pilotos muito mais experientes como Lauda e Arnoux. Prost pediu para que a prova fosse encerrada na hora em que Ayrton e Stefan estavam em seus calcanhares.

GP de Portugal, 1985- O cenário era bem parecido com Mônaco em 84: muita chuva e névoa d'água a atrapalhar os pilotos. Senna saiu da pole, liderou de cabo a rabo e venceu seu primeiro GP, com uma diferença de 1 minuto e dois segundos para a Ferrari de Alboreto.

GP da Inglaterra, 1988- Na única vez em que um carro não Mclaren não saiu na pole (Gerhard Berger e Alboreto fizeram a dobradinha da Ferrari) a chuva desabou com gosto em Silverstone, proporcionando Senna a fazer uma das suas aulas habituais, vencendo a prova com 23 segundos de avanço sobre Mansell.

GP da Austrália, 1989- Muita chuva e vários acidentes marcaram a prova australiana. Melhor para Thierry Boutsen que levou seu Williams inteiro até o final para vencer seu primeiro GP. Destaque para Satoru Nakajima que marcou a melhor volta da corrida.

GP da Austrália, 1991- Assim como em 89, a chuva desabou pra valer e a corrida qua não valia mais nada para o mundial, teve apenas 14 voltas tornando-a a mais curta de todos os tempos. Senna venceu após ótimo duelo com Mansell pela primeira posição.

GP da Europa, 1993- Ayrton tinha apenas uma chance de vencer as Williams e isso só podia acontecer em piso molhado. Donington amanheceu chuvoso e Senna pode mostrar sua classe mais vez ao derrotar as FW15 de Prost e Hill com autoridade. Mais sobre essa prova é só clicar aqui.

GP do Japão, 1994- Schumi e Hill batalharam em meio o temporal de Suzuka para quem venceria a prova e se aproximaria do título daquele ano. Hill, na melhor prova de sua carreira, venceu o desafio adiando a decisão para Adelaide. Mansell e Alesi travaram ótimo duelo pela quarta posição, sendo vencida pelo francês. Retratei este GP aqui no blog, ano passado.

GP da Espanha, 1996- Assim como Ayrton em 93, Schumacher só poderia sonhar em bater as Williams em condições especiais. E assim foi em Barcelona. Com muita chuva e frio, Schumi passou todos e venceu com tranquilidade a sua primeira prova pela Ferrari.

GP da Bélgica, 1998- Teve de tudo naquele GP: chuva continua; um senhor strike na largada envolvendo nada menos que 17 carros; segunda largada com Hakkinen ficando de fora; Schumacher mais uma vez dando uma aula sob chuva até acertar a traseira de Coulthard e indo para os boxes com apenas três rodas e quase socando a cara de David quando desceu do carro. Desse modo Hill ficou com o caminho vago para vencer seu último GP e o primeiro do Team Jordan na F1.

GP da Alemanha, 2000- Era dificil de crer que largando em 18º pudesse conseguir algo. Barrichello saiu desta posição e escalou até chegar à liderança, a poucas voltas do fim. Foi aí que caiu a chuva forte na parte do Stadium. As Mclarens de Hakkinen e Coulthard, com pneus de chuva, não alcançaram Barrichello que não havia parado para trocar pneus, continuando com os de pista seca. Ele igualava com as Mclarens na parte seca ( em sua maioria) e ganhava quase dois segundos na parte molhada, a do Stadium. Ele passou e venceu de modo magistral seu primeiro GP.

GP do Japão, 2007- Lewis Hamilton, o novato mais bem sucedido da história da categoria, provou que também sabia andar sobre água e venceu com folga enquanto que seu companheiro de Mclaren, Alonso, ficara estatelado na barreira de pneus. Outro showman da corrida foi Raikkonen, que se recuperou das últimas posições para chegar em terceiro.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Emerson Fittipaldi, 40 anos atrás

Louis Stanley, chefe e dono da BRM, lamentou muito ter perdido o GP dos EUA quando Pedro Rodriguez teve que fazer uma parada de última hora por falta de gasolina. Assim o mexicano abria caminho para um jovem brasileiro vencer a primeira corrida de um país, que estava mergulhado numa violenta ditadura e que também era conhecido pela boa música, belas mulheres, praias e pelo futebol, recém tri-campeão do mundo. O nome dele: Emerson Fittipaldi.
Foi uma dupla vitória para ele e a Lotus. A conquista de Emerson garantiu o título para o já falecido Jochen Rindt e para a equipe o título de construtores. Para o brasileiro significou mais. Colocou o Brasil no centro das atenções e dentro de dois anos, transformou o país numa das potências do automobilismo mundial ao vencer o mundial de 72 pela mesma Lotus.
Com isso estava aberto o caminho. Emerson venceu o mundial de 74, pela Mclaren, e outros brasileiros seguiram seus passos como Pace, Ingo Hoffman, Alex Dias Ribeiro, Luís Pereira Bueno, seu irmão Wilson Fittipaldi (todos estes nos anos 70) e os campeões Nelson Piquet e Ayrton Senna que continuaram o legado do "Rato" nos 24 anos que se seguiram desde a primeira vitória.
Emerson não se deu por satisfeito e também foi abrir caminho nos perigosos ovais da América na metade dos anos 80. Venceu pela primeira vez na Indy em 85 nas 500 Milhas de Michigan, ganhou o campeonato de 89 e levou o as 500 Milhas de Indianápolis em 89 e 93. Desse modo, como em 1970, ele também abriu as portas para que uma leva de jovens brasileiros, como Gil de Ferran, André Ribeiro, seu sobrinho Christian, Hélio Castroneves, Cristiano Da Matta, e Tony Kanaan atmbém conquistassem seus espaços e sucesso na América.
Se hoje você, assim como eu, é fã e de automobilismo também temos que agradecer ao Emerson.
Ah, e sobre a falta de gasolina no carro de Pedro Rodriguez naquela prova em Watkins Glen, Louis Stanley disse que eles perderam a corrida por "meio copo de combustível".
Passados exatos 40 anos da vitória de Emerson, é de se agradecer aquele "meio copo" de gasolina a menos no BRM de Rodriguez.

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...