Damon Hill tinha sido alçado à primeiro piloto da Williams após os acontecimentos do 1º de maio. Lutou com um carro que tinha nascido problemático, mas com o decorrer das provas todas as complicações haviam sido sanadas e agora o carro era o melhor do campeonato. Do outro lado Schumacher com sua Benetton dopada de recursos eletrônicos, já deviam ter matado o mundial mas eles trapacearam em algumas provas e o alemão foi punido com duas provas de suspensão, Itália e Portugal, que ainda era decorrente por desrespeitar a bandeira preta no GP da Inglaterra. Damon venceu em Monza e Estoril e diminuiu a diferença para 1 ponto apenas. Na prova da Europa, disputada em Jerez de La Frontera, Schumi retornou e venceu a corrida subindo a diferença para 5 pontos para Hill que tinha chegado em segundo. No Japão Damon tinha, praticamente, sua última chance de manter claras suas chances de título e isso ele se apegou.
A pista de Suzuka, com sua sessão de curvas rápidas, médias e baixa velocidade, sempre fascinou os pilotos que a colocavam ao lado de Spa como o traçado mais desafiador do campeonato. E isso deveria ser favorável à Williams-Renault de Hill, mas Schumacher fez e a diferença e marcou sua sexta pole na temporada com o tempo de 1'37''209.
O domingo estava chuvoso. Mas no ínicio da prova diminuíra e assim foi dada a largada, com Schumi a sair melhor que do que Hill. Na terceira volta Katayma, Inoue e Herbert batem na reta dos boxes o que força a entrada do safety-car. Este ficou até a 11ª volta quando foi dada a relargada. Schumacher abriu uma boa vantagem para Hill que na 13ª volta já estava em 6.853 segundos, mas o inglês ainda se mantinha forte na corrida.
Na 15ª volta Morbidelli e Brundle se acidentam violentamente e nisso um bandeirinha quebra a perna. A visibilidade estava péssima, quase zero, quando aconteceram os acidentes. A prova fora interrompida no ato.
Após duas voltas atrás do safety, a largada foi dada mas os tempos se mantinham sendo agregados durante a corrida numa espécie de 2ª bateria. Assim, mesmo com Schumi a liderar e Hill à segui-lo de muito perto, a diferença ainda era de 6,8 segundos. Mansell e Alesi começavam uma disputa interessante pela quarta posição, mas o leão estava 4.54 segundos do francês, apesar de estarem próximos. Schumi para nos boxes na volta 18 e volta em terceiro, 14.973 segundos atrás de Hill, que pararia na 24ª volta (de um total de 50) e sairia ainda na frente do alemão da Benetton. Para Michael, que teria que fazer outra parada, tinha que descontar toda essa diferença, ultrapassar Hill e abrir uma boa vantagem para entrar nos boxes e tentar voltar a frente do inglês, que pela sua parada de 9.2 segundos na volta 24 e não reabasteceria mais.
Schumi descontou a vantagem, mas não ultrapassou Hill. Na 40ª volta, ele fez sua segunda parada e com o tempo de 7.0 segundos e saiu do pit, ainda em segundo, com um atraso de 14.599 segundos para Hill que foi descontado volta a volta. Damon Hil, reconhecidamente um péssimo piloto em pista molhada, tinha sobrevivido à todas as complicações daquela prova e não entregaria a vitória tão facilmente. Mas sua Williams tinha problemas nos pneus e assim o carro começava a sair de frente, o que em um circuito com pista molhada como o de Suzuka era um terror. Mas Schumacher, mesmo andando nos limites, tinha vários retardatários para ultrapassar, tanto que Eric Comas deu uma ajudinha a Hill ao atrapalhar Schumi. Assim Damon, com todos os problemas, venceu a corrida com 3.3 segundos de vantagem para Michael.A diferença tinha caído para 1 ponto e a decisão fora para a Austrália onde aconteceu a famosa batida de Schumi contra Hill que decidiu o mundial a favor do alemão. Mas antes de tudo o inglês tinha mostrado o seu valor ao vencer de modo fantástico o terrível GP em Suzuka. Foi um dos melhores desempenhos da década de 90.
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