quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Grandes Atuações: Ivan Capelli, Paul Ricard 1990




No ínicio de 1990 a F1 estava sob a guerra Senna vs Prost, mas agora ambos se encontravam em lados opostos: o brasileiro continuava na Mclaren e Prost mudara para a Ferrari, afim de conquistar seu quarto título mundial - também um pouco de paz. O título daquela temporada  ficaria na mãos de um dos dois, mas isso não privou alguns pilotos de "beliscarem" algumas vitórias como Piquet (Japão e Austrália); Mansell (Portugal); Boutsen (Hungria). Também tivemos pilotos que, mesmo não vencendo, mostraram desempenhos dignos de nota: Alesi foi um deles, ao dar trabalho à Senna em Phoenix, e Capelli que por pouco, muito pouco, não venceu no GP da França.

Era uma temporada  complicada para Ivan Capelli e seu companheiro Mauricio Gugelmin na Leyton House. O modelo CG901A tinha sido projetado por Adrian Newey, mas o carro era uma porcaria. Ivan e Mauricio sofreram aos montes nas classificações, tanto que o italiano e o brasileiro ficaram de fora de algumas provas naquele inicio de campeonato como no GP do Brasil, onde os dois caíram nas qualificações, por exemplo. O cume disso tudo foi outra não classificação dos dois carros para a corrida do México, 6ª etapa, e isso poderia custar à equipe Leyton House descer para a fase de pré-classificação nas manhãs de sexta-feira! Antes de sair para a Williams, Newey tinha descoberto que o vilão da mal concepção do carro era o túnel de vento da Universidade de Southampton, onde o bólido tinha sido trabalhado. Os testes que eram feitos lá não batiam com os do túnel de vento particular da equipe, tanto que Newey pensava que o errado era esse e não o da universidade. Mas outros carros desenvolvidos em Southampton, como os March da Indy e Reynard de F3, também apresentaram os mesmos problemas de desequilibrio aerodinâmico dos Leyton House. Com isso, Newey trabalhou apenas no túnel da equipe e antes de ir embora fez melhorias nas laterais do carro e um novo difusor foi construido e instalado. Os resultados foram instântaneos.

A próxima prova foi na França, em Paul Ricard. O circuito receberia a F1 pela última vez, já que para o ano de 1991 o GP seria em Magny-Cours. A pista tinha recebido um novo asfalto, totalmente sem ondulações e os pilotos elogiaram isso e outras melhorias no autódromo.
Os treinos foram competitivos com Mansell marcando a pole com o tempo recorde de 1min04s402, seguido por Berger, Senna, Prost, Nannini, Patrese e Capelli. Gugelmin largava em décimo ao lado de Piquet. Os Leyton House tinham melhorado e muito.

Após a largada Mansell sustentou a liderança até ao final da reta Mistral, quando Berger ultrapassou-o e assumiu a liderança antes de completar a primeira volta. O leão cairia mais uma posição quando Senna passou por ele também na segunda volta.

Enquanto isso, Capelli travava uma boa batalha contra Alesi na disputa pela oitava posição. A briga era acirrada, tanto que ambos chegaram a bater rodas quando Ivan tentou ultrapassar Jean e o francês fechou-lhe a porta de imediato. As coisas foram facilitadas para Capelli quando o diferencial do Tyrrell de Alesi quebrou na 23ª volta e assim o italiano pode subir para sétimo, já que Boutsen tinha se retirado da prova também.

As Mclarens continuavam firmes na liderança, e na 27ª passagem Senna assumia a liderança ao passar Berger no final da reta principal. O austríaco parou nos boxes na volta seguinte e gastou 12,7 nos boxes voltando em nono. Voltas depois Senna também parou e tivera o mesmo azar quando os mecânicos se atrapalharam na troca do pneu traseiro esquerdo. Ele perdeu 16,6 na sua parada e voltava em oitavo. As chances da Mclaren vencer em Paul Ricard tinham ido pelo ralo.

Enquanto a turma ia parando, Capelli e Gugelmin subiam na classificação. Na 33ª volta Capelli foi para a liderança e seria o único a não parar nos boxes. Em segundo estava Gugelmin e isso para a Leyton House, que quinze dias antes não qualificara nenhum dos seus carros para a prova mexicana, era um sonho.

Atrás dos dois carros azuis estava Prost, que tentava de todas as formas passar Gugelmin mas este sempre se defendia. Mauricio vinha tendo problemas de perda de potência no motor e na volta 52 ele acabou sendo ultrapassado por Prost. O motor Judd não aguentou e abriu o bico algumas voltas depois, deixando Gugelmin de fora do pódio.

Na frente continuava Capelli, 8 segundos à frente de Prost que logo descontou essa diferença e na volta 60 já estava no encalço de Ivan. Assim como tinha sido contra Gugelmin voltas antes, Prost atacava Capelli principalmente na reta Mistral  e na curva seguinte, a Signes. Mas o italiano continuava forte, se defendendo do francês. Mais uma vez o motor Judd traiu a Leyton House. Faltando cinco voltas para o fim, a pressão da gasolina baixou, e depois foi a vez do propulsor começar a falhar. Capelli acabou cedendo aos ataques de Prost e perdendo a primeira posição para o francês que venceu sua terceira prova naquele mundial e deu a Ferrari sua centésima vitória na F1. O bravo italiano ainda cruzou em segundo, 3 segundos na frente de Senna. “Esta é a segunda vez que Prost me tira a vitória bem debaixo do meu nariz. Já o tinha conseguido em 1988 no Estoril. Gostaria que ele se aposentasse ... ", brincou um sorridente Ivan Capelli.

Mesmo com esses problemas no final da prova, a exibição tinha sido maravilhosa da equipe e de seus dois pilotos, lutando bravamente contra carros muito melhores.




terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Clermont Ferrand



Tava fuçando no Youtube e achei este video do circuito de Clermont Ferrand, um dos mais belos e desafiadores circuitos da história da F1. São boas imagens desde 1958, com uma corrida de carros Sport, até os dias atuais com imagens de aulas de pilotagem.
A pista recebeu quatro provas de F1 entre 1965 e 1972. Jim Clark (Lotus Climax) venceu em 65; Jackie Stewart (Matra Ford) em 69; Jochen Rindt (Lotus Ford) em 70; Jackie Stewart (Tyrrel Ford) em 72. Coincidência, ou não, seus quatro vencedores tem a letra "J" na inicial dos seus nomes.

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Os Renaults Turbo- Do sonho ao fracasso

Foi um apresentação tímida, mas notável. No grid de largada do GP da Inglaterra de 1977, mais precisamente da 21ª posição, um carro amarelo cortado horizontalmente por uma faixa preta com o nome Renault fazia sua estréia na F1. Talvez fosse normal aquela estréia, mas tinha algo a mais naquele "Bule de chá amarelo"( apelido dado pelos ingleses por conta dos problemas enfrentados pela Renault com o seu motor): sob a carenagem traseira estava instalado um motor turbo V6 com ângulo de 60° graus, 500 cv de potência e que chegava à 11.000rpm. Ao volante daquele carro estava Jean Pierre Jabouille, que estava no desenvolvimento deste motor desde 1975 e no comando da equipe Gerard Larrousse, um dos ótimos pilotos de endurance da França naquela década. A corrida, porém, foi curta: já na 14ª volta o motor apresentou problemas nos coletores de admissão forçando o abandono de Jabouille. A equipe não correu nas duas provas seguintes - Alemanha e Áustria - voltando nas últimas etapas e não completando nenhuma também por problemas.
O começo realmente não era dos melhores, principalmente para um motor que tinha sido apenas testado exaustivamente por Jabouille durante o ano de 76 todo e não tinha um ritmo de prova ainda. Mesmo assim eles sabiam que estavam no caminho certo, pois o motor era potente demais e era só o tempo de conseguir confiabilidade para os resultados chegarem com força.
Os primeiros passos de um gigante: a prova durou apenas 14 voltas no GP da Inglaterra de 77

Mas a história deste motor remonta à fevereiro de 75 quando a Renault encomendou dois motores de 1,5 litros à Renault-Gordini, a famosa casa de preparação de motores de Amedeé Gordini. Com os motores prontos, a Renault instalou-os nos protótipos Alpine que tinham sido campeões da categora Sport 2 Litros no ano de 74 e agora correriam no Mundial de Marcas. Os Alpine-Renault Turbo se mostraram extremamente velozes em todos os circuitos e só não venceram o campeonato de 75 porque apresentaram vários problemas. Ao menos venceram a prova de Muggelo com Jabouille/Larrousse dividindo o volante do Alpine A441. O título daquele ano ficou com Alfa-Romeo. Mesmo não conseguindo o título, o motor turbo tinha sido a grande vedete daquele campeonato e assim, uma das unidades de 1,5 litro, foi colocado num Alpine monoposto em 1976 para que Jabouille testasse à vontade o ano todo em vista da Renault entrar para a F1 em 77. Eles se aproveitaram do regulamento que permitia o uso de turbocompressores em motores de até 1.500cc e assim, em 14 de julho de 77 eles estrearam na F1.
Larrousse levando o Alpine-Renault Turbo à vitória em Mugelo no campeonato Mundial de Marcas de 1975

No ano de 78 o motor ainda apresentava problemas, mas a medida que o tempo passava eles começaram a concluir as provas como em Mônaco, 5ª etapa, quando Jabouille terminou a prova em décimo, 4 voltas atrás de Depailler que venceu a prova. E Watkins Glen, 15ª prova, ele marcou os primeiros pontos chegando em quarto na mesma volta que o vencedor Carlos Reutemann. Naquele mesmo ano a Renault conseguiu a tão sonhada vitória nas 24 Horas Le Mans com o protótipo Alpine-Renault Turbo pilotado por Jean Pierre Jaussand/ Didier Pironi.
A grande conquista: O Alpine-Renault Turbo enfim consegue sua vitória em Le Mans com a dupla Jassaud/Pironi

Em 79 eles colocaram mais um carro na pista destinado à René Arnoux que assim fazia par com Jabouille. Este último ficou com as honras ao marcar a primeira pole da Renault-Turbo no GP da África do Sul, disputado em Kyalami, e ao vencer o GP da França do mesmo ano em Dijon. Mas sua vitória histórica na França foi, de algum modo, ofuscada por aquela que foi a maior batalha entre pilotos dentro da pista em busca por uma posição estrelada pelo fantástico Gilles Villeneuve, com sua Ferrari, e René Arnoux com a outra Renault. Foi algo que até hoje, por mais que você veja o video milhares de vezes, ainda fique entusiasmado pela disputa limpa entre ambos que se tocavam, travavam pneus, usavam o vácuo um do outro. A batalha foi vencida por Villeneuve que assim tirou a chance da Renault fazer 1-2 na sua grande vitória. Os Renaults Turbo tinham mostrado, enfim, sua força.
Jabouille caminhando para a vitória em Dijon-Prenois, a primeira da equipe e de um turbo na F1

Entre 1980 e 81 a Renault venceu 5 provas com Arnoux e Alain Prost ganhando duas cada  e Jabouille ficando com uma. A Renault ficaria sem os serviços de Jabouille após este ter quebrado as pernas num acidente no GP do Canadá de 1980, quando seu Renault passou reto e bateu de frente num guard-rail.
Outras equipes e fábricas aderiram aos turbos como a Ferrari, BMW e Honda, mas o domínio no campeonato ainda eram das equipes inglesas que se apoiavam nos motores Cosworth e no efeito-solo para enfrentarem os Turbos. Mas os dias dos carros asa estavam contados: a FISA decidira bani-los e isso causou a famosa guerra contra a FOCA que representava as equipes pequenas. Elas sabiam que se perdessem os seu coringa, seriam dominadas pelos carros turbo e nem todas tinham dinheiro suficiene para bancar esta tecnologia. Mas em 1982 o golpe foi duro: vários acidentes causados pelo efeito-solo e a morte de Villeneuve, que teve ligação imediata ao uso deste quando seu carro decolou em Zolder, mostraram que a FISA estava certa e para tentar acabar com este perigo crescente a entidade proibiu seu uso para 83. Assim em 82 foi o último ano dos carro-asa. 
A Renault esteve perto de conseguir o título, mas problemas entre Prost e Arnoux azedaram esta chance de vencer o campeonato e Keke Rosberg com sua Williams-Cosworth, levaram o mundial de 82. Foi o último título da gloriosa fase da Cosworth na F1.
Prost com sua Renault em Dijon 1982. Ele deveria ter vencido esta prova, mas Arnoux ignorou um combinado entre eles e venceu a corrida. Azar de Prost

Outra chance para a Renault apareceu em 83 quando Prost esteve perto de conseguir o título, mas perdeu-o para Piquet com sua Brabham na última prova do campeonato disputado na África do Sul. O mais doloroso de tudo foi que a Renault, a primeira equipe a usar turbo na F1, tinha sido derrotada pela BMW que tinha desenvolvido o turbo no seu motor de 4 cilindros em linha. Mesmo com a suspeita de a equipe Brabham usava gasolina ilegal, a derrota tinha deixado uma ferida que não cicatrizaria nunca mais.
Prost vencendo em Spa 1983. Ele perderia o mundial daquele ano para Piquet com sua Brabham-BMW Turbo

Em 1984 e 85 a Renault ainda tentou algo com sua dupla de pilotos, Patrick Tambay e Derek Warwick, mas sem conseguir repetir os feitos de um passado não tão distante. Outras fábricas tinham passado à sua frente como por exemplo a BMW, que chegou a desenvolver um motor com 1.275 cv de potência para a Brabham em treinos de classificação e outro de 860cv para corridas. A Honda e a TAG Porsche também estavam bem adiantadas.
Ao final de 1985, numa altura em que a Renault também fornecia motores a Lotus, decidiu sair de cena. Eles alegavam problemas financeiros, mas sabiam todos que os dissabores por não ter conquistado aqueles dois mundiais tinham sido fundamentais para aquele desfecho.
François Hesnault no terceiro carro da equipe em Nurburgring 1985. Ele abandonou na 8ª volta e seus companheiros, Tambay e Warwick, tiveram destino semelhante. No final do ano a equipe saiu de cena

A Renault ainda preparou motores para a Lotus, onde um motor de 1.240 cv foi usado por Senna nos treinos de classificação em 85 e 86, e Tyrrel. Ao final de 86 eles sairam de vez da F1.
A era turbo continuou até 88 quando a Mclaren, em parceria com a Honda, massacraram os concorrentes que estavam usando motores aspirados de 3.500cc. A FISA decidiu, em 87, que em dois anos os motores turbo seriam tirados de cena da F1 e assim as equipes foram, aos poucos, se adequando ao novo regulamento. Já em 89 todos os carros tinham motores aspirados.
A Renault voltou em 89 fornecendo os famosos motores V10  para a Williams e esta parceria rendeu 5 títulos de construtores e 4 de pilotos com a equipe do tio Frank e mais 1 de pilotos e construtores com a Benetton em 95. Sairam de novo de cena em 98 para voltar em 2002 com a equipe própria. Venceram os mundiais de 2005 e 2006 com Alonso, mas nenhum destes títulos cicatrizou aquelas perdas de 82 e 83 quando já estavam praticamente garantidas.
O motor Renault Gordini Turbo

 Vídeo de um teste em 2007 no circuito de Dijon, quando testaram o Renault RS01 de 1977 com a presença de René Arnoux.

sábado, 21 de novembro de 2009

Os campeões que sairam e voltaram para a F1

Raikkonen não sabe se fica um ano fora da F1 ou pega algum lugar, que provavelmente pode ser o de companheiro de Rosberg na Mercedes. Mas alguns pilotos na já pasaram por isso e acabaram tirando alguns anos de férias.



MÁRIO ANDRETTI- A sua aparição nos GPs aconteceu na prova dos EUA de 1968, ao volante do Lotus 49- Ford  marcando a pole position em Watkins Glen. Ele ficou na F1 até 1972, quando correu pela Ferrari. Voltou em 74 pela Parnelli e correu ainda pela Lotus de 1977-80 (campeão do mundo de 1978), Alfa-Romeo 1981, Williams e Ferrari 1982 encerrando sua participação na F1.
Estreando pela Lotus em 1968 nos EUA


Pilotando pela Ferrari em 1972, África do sul

Equipe Parnelli Jones, 1974

Campeão do mundo pela Lotus em 1978

Última prova na F1 pela Ferrari em 1982, Itália


NIKI LAUDA- O fabuloso piloto austríaco estreou na F1 em 1971 correndo pela March ficando até 72. Em 73 disputou o mundial pela equipe BRM e de 74 à 77 atingiu seu alge pela Ferrari, quando conquistou os mundiais de 75 e 77. Em 76 poderia ter saido com o bi-campeonato, mas o pavoroso acidente em Nurburgring, durante a disputa do GP da Alemanha, acabou deixando-o de fora de alguns GPs. Perdeu aquele título para James Hunt da Mclaren. Entre 78 e 79 ele pilotou para a Brabham vencendo duas provas (Suécia e Itália 78). Ao final do ano de 1979, anunciou sua aposentadoria e batia de pé firme, durantes os anos, que não voltaria à pilotar. Mas em 1982, Ron Dennis o persuadiu e convenceu-o à voltar as pistas, agora pela Mclaren. Durante este período, Lauda conquistou 8 vitórias pela Mclaren e em 1984, numa disputa memorável contra Prost, ele venceu seu terceiro mundial por apenas 0,5 pontos. Correu até 1985, vencendo a prova da Holanda e ao final do ano encerrou de vez suas participações.

Estréia pela March, 1971

Bicampeão do mundo pela Ferrari em 75 e 77

Pilotando a Brabham em Monza 78

Campeão pela Mclaren em 1984

ALAN JONES- O valente piloto australiano estreou em 1975 por uma equipe privada, usando os chassis Hesketh e depois passou para a equipe de Graham Hill. Em 76 correu pela Surtees: 77 pela Shadow onde venceu o GP da Austria daquele ano, sendo sua primeira conquista e a única da Shadow na F1. Para o ano de 78 ele começou uma parceria que lhe renderia vitórias e títulos ao correr pela Williams. Em 78 eles passaram em branco, mas de 79 até 81 conquistaram juntos 11 vitórias e levaram o titulo de 1980, quando disputou palmo a palmo contra a Brabham de Piquet. Ao final de 81 ele encerrou sua participação na F1, mas voltaria em 83 para disputar a prova de Long-Beach pela Arrows. Voltou pra valer em 1985 para trabalhar no desenvolvimento do carro da Lola que apoiava o time  de Carl Haas. Disputou entre 85 e 86 sem conseguir grande sucesso, pois o carro era uma carroça e assim deu adeus aF1.
Correndo pela Surtees em 1976

Primeira vitória pela Shadow em 77 na Áustria

Campeão do mundo pela Williams em 1980

Fim de carreira em 1986 pela Beatrice Lola

ALAIN PROST- O tetra campeão correu pela Mclaren em 1980 e já em 1981 estava no volante da Renault, onde por pouco não venceu o campeonato de 83, perdendo para Piquet em sua Brabham. A siução ficou complicada na Renault, pois os franceses tinham perdido o mundial para uma equipe que estava euipada com motor turbo,uma tecnologia que eles mesmo tinham introduzido na categoria em 1977. Assim Prost saiu da equipe e juntou-se à Mclaren novamente, correndo de 1984 até 89, conquistando três mundiais e criando também uma das maiores rivalidades da F1 com Senna, seu companehiro de equipe em 88/89. Mudou-se para a Ferrari e 90 e disputou o título contra Senna, perdendo após um acidente na prova do Japão. Ficou aos trancos e barrancos na Scuderia em 91 ao final daquele ano foi dispensado pela equipe após rusgas com os dirigentes. Tirou o ano de 92 para descansar e voltou em 93 pilotando os Williams Renault. E novamente travou bons duelos com Senna, mas este limitado pelo carro da Mclaren que estava abaixo dos Williams não pode impedir o título de Prost. Fez sua última corrida na Austrália, onde Senna conquistou sua última vitória na F1, o que se tornou um fato comovente.
Estréia pela Mclaren em 1980

Vice-campeão pela Renault em 1983


Fracasso na Ferrari em 90/91

4º título mundial, agora pela Williams
NIGEL MANSELL- O Leão começou sua odisséia na F1 em 1980, quando saiu do banco de piloto de testes da Lotus e foi assumir a vaga de títular na prova da Áustria. Ele era o grande protegido de Colin Chapman, por quem o grande construtor depositava suas esperanças. Colin faleceu em 82 e Mansell continuou na Lotus até 84 sem conquistar uma vitória se quer. Em 85 foi para a Williams e lá começou sua carreira de pra valer, vencendo vários GPs mas também tendo sua dose cavalar de azarares misturadas com trapalhadas. Perdeu os títulos de 86 e 87 para Prost e Piquet, respectivamente, quando estes já estavam ganhos. Em 87 foi uma batalha dura contra Piquet que era seu companheiro de equipe, e quando tinha quase certo a conquista do campeonato, bateu forte nos treinos em Suzuka (GP do Japão) e ficou de fora entregando de bandeja o título para Piquet. Ficou até 88 na Williams. De 89 até 90 correu pela Ferrari, travando outro bom duelo contra Prost em 90. Ao final daquele ano tinha anunciado que iria se aposentar, mas Frank Williams o convenceu a voltar atrás e pilotar para ele em 91. Voltando à sua velha casa, o Leão tinha uma máquina fabulosa nas mãos, a FW14, mas esta também tinha muitos problemas de câmbio que o atrapalhou na tentativa de tirar o título de Senna. Mas 92 ele fez miséria. O carro acertara e agora era imbátivel, tanto que ele venceu 9 corridas estabelecenco novo recorde até então. Ao final do ano não conseguiu um aumento de salário e nem a renovaçõa com a Williams e dai partiu paras as corridas da Indy em 93, conquistando o campeonato em seu primeiro ano. Em 94, com a morte de Senna, a Williams foi buscá-lo na América e assim ele se revezou entre as provas da Indy e a F1. Venceu a prova da Austrália de 94, seu último triunfo na categoria e em 95 fez duas provas pela Mclaren onde não conseguiu resultados convicentes, sendo dispensado da equipe e finalizando sua carreira na F1.
Estréia na F1 pela Lotus na Áustria, 1980

Temporada fraca pela Williams em 1988

Boa passagem pela Ferrari em 89/90

Campeão do mundo pela Williamas em 1992

Fim de carreira pela Mclaren em 1995

terça-feira, 17 de novembro de 2009

As nove vitórias da Mercedes

A Mercedes comprou a Brawn GP e para o ano que vem ela terá uma equipe oficial, mas esta não é sua primeira aparição na F1 como equipe. Entre 1954 e 1955 a fábrica da estrela de três pontas, dominou aqueles mundiais com força total. Comandada por Alfred Neubauer dos boxes e por Fangio nas pistas, eles ganharam 9 corridas, marcaram 8 poles, 9 melhores voltas e 2 títulos mundiais, sendo o 54 dividido com a Maserati.
Vamos recordar as 9 conquistas deles na F1:

1954:
4ª ETAPA- GRANDE PRÊMIO DA FRANÇA (REIMS)- 4 DE JULHO: A Mercedes voltava ao mundo dos Grandes Prêmios com o modelo W196, mas o carro só pode estrear na prova da França pois o bólido não estava pronto para as três primeiras etapas, tanto que Fangio pilotou pela Maserati nestas corridas iniciais com permissão da fábrica alemã. Na prova disputada em Reims, a Mercedes entregou quatro modelos do W196 nas mão de Fangio, Karl Kling, Hans Hermann e do veterano Hermann Lang. Os Mercedes destroçaram os concorrentes italianos, que até então estavam invictos na F1 desde a criação da categoria em 1950. Hans e Lang não chegaram ao final, mas Fangio e Kling fizeram a dobradinha chegando lado à lado na bandeirada final.

6ª ETAPA- GRANDE PRÊMIO DA ALEMANHA (NURBURGRING)- 1 DE AGOSTO: Correndo em casa a Mercedes voltou a colocar 4 carros na pista entregando aos mesmos pilotos da prova francesa. Mas a prova não foi tão fácil como sugeria. Gonzalez (Ferrari) não deu folga para Fangio, perseguindo-o por quase toda a prova, mas na 16ª passagem ele estava exausto fisicamente e então entregou o carro a Hawthorn que saiu à caça dos Mercedes. Ultrapassou o carro de Kling mas não alcançou Fangio que venceu mais uma para a Mercedes.

7ª ETAPA- GRANDE PRÊMIO DA SUIÇA (BREMGARTEN)- 22 DE AGOSTO: Foi uma prova tranquila para Fangio. Enquanto o argentino assumia a liderança na prova, os outros competidores tinham contratempos, como por exemplo Moss (Maserati) que teve problema na bomba de óleo, Karl Kling tendo problema semelhante com a outra Mercedes. Hawthorn também sairia da prova por complicações em sua Ferrari. Fangio venceu com folga e de quebra ganhou o mundial daquele ano, o segundo de sua carreira.

8ª ETAPA- GRANDE PRÊMIO DA ITÁLIA (MONZA)- 5 DE SETEMBRO: A oposição italiana estava disposta a não deixar vencer a corrida em Monza. Ascari, pilotando uma Ferrari 625, estava formidável liderando a prova e se defendendo como podia dos ataques de Fangio com sua Mercedes e de Moss com a Maserati 250F. Mas Ascari abandonou na 49ª volta por falhas no câmbio de seu carro e Moss ultrapassou Fangio, assumindo assim a liderança. Stirling abriu uma boa vantagem de 22 segundos para Fangio, mas o Maserati caiu de rendimento e o argentino passou-o para assumir a liderança da prova e vencer.

1955:

1ª ETAPA- GRANDE PRÊMIO DA ARGENTINA (BUENOS AIRES)- 16 DE JANEIRO: Debaixo de um calor de 54° Graus (!!!), a temporada de 1955 teve seu ínicio. Fangio tripulando os remasterizados W196, partiu da pole para uma vitória dupla: contra os adversários e o calor. Os adversários foram fáceis, com as equipes à revezarem até três pilotos em seus carros devido o tamanho calor. Moss, agora companheiro de Fangio na Mercedes, até parou seu carro na beirada da pista pois não conseguia mais forças para pilotar debaixo daquele sol de fritar. Fangio venceu a prova contra o calor e não parou nenhuma vez para ser substituido, nem mesmo quando foi lhe mostrado a placa de box indicando para ele parar e entregar o carro para Moss que já estava recuperado. O argentino venceu e ao final da prova foi socorrido, pois estava quase desmaiado no carro.

3ª ETAPA- GRANDE PRÊMIO DA BÉLGICA (SPA-FRANCORCHAMPS) 5 DE JUNHO: Após uma dura batalha contra Moss, debaixo de chuva, Fangio conquista outra vitória para a Mercedes. Moss terminou em segundo fazendo assim a primeira dobradinha da Mercedes no ano.

4ª ETAPA- GRANDE PRÊMIO DA HOLANDA (ZANDVOORT)- 19 DE JUNHO: Era a prova seguinte ao trágico acontecimento de Le Mans dias antes, tanto que os donos do circuito holandês fizeram melhorias para a proteção do público e dos competidores. Fangio largou da pole e travou outra briga das boas contra seu companheiro Moss, as vezes sendo importunado por Luigi Musso com sua Maserati 250F. Mas a vitória acabou ficando com Fangio, seguido por Moss.

5ª ETAPA- GRANDE PRÊMIO DA GRÃ-BRETANHA (AINTREE)- 16 DE JULHO: A prova aconteceu no novo circuito de Aintree construido num hipódromo, situado próximo à Liverpool. Com Moss pilotando o melhor carro da temporada, a esperança de uma vitória de um piloto da casa era grande. Moss dominou desde os treinos e venceu a prova, seguido por Fangio, Kling e Taruffi, todos da Mercedes. Para alguns a vitória deveria ter ficado com Fangio. que tinha um ritmo muito melhor que o inglês, mas Neubauer pediu ao argentino e os outros dois pilotos para que abrandassem a velocidade. Esse pedido soou como um "arranjo" para que Moss vencesse frente à sua torcida, mas Fangio, com total elegância, disse que Stirling venceu por méritos.

6ª ETAPA- GRANDE PRÊMIO DA ITÁLIA (MONZA)- 11 DE SETEMBRO: As ondulações no novo pavimento de concreto das curvas inclinadas de Monza estavam a causar enormes vibrações nos carros, tanto que a Mercedes, tentando evitar os trancos que isto causaria a seus carros, endureceu as suspensões dos W196 que usariam nesta prova os chassis lisos, os que cobriam as rodas, para melhorar as performances em circuitos velozes como Monza. Fangio conquistou sua vitória, seguido por Taruffi na outra Mercedes. Moss abandonou com problemas no motor. Foi o terceiro campeonato de Fangio.
Esta prova se tornou melancólica, pois foi a última da Mercedes. Eles alegavam que a saída era por que estavam a destinar todo o desenvolvimento para os carros de passeio da fábrica, mas todos sabiam que o acidente de Le Mans, onde o carro de Leveghe foi lançado para as arquibancadas matando 83 pessoas (inclusive o piloto) e ferindo mais de 100, tinha sido um abalo a ponto de se retirarem das competições. Após a conquista de 55, os W196 foram recolhidos e levados para o museu da Mercedes onde hoje podem ser vistos.

domingo, 15 de novembro de 2009

Correndo em outros mundos

Era normal na época mais romântica do automobilismo você ver pilotos de F1 correndo em outras categorias. Ora como como convidados,ora como participantes oficiais eles se aventuraram por corridas de longa duração e outras provas menos importantes. Eis aqui alguns deles:


1955- STIRLING MOSS- MERCEDES 300 SLR- MILE MIGLIA- Moss era frêgues fácil de Fangio nas provas de F1, mas em corridas de longa duração era ele quem ditava as regras e quase sempre batia o pentacampeão de F1 nestas provas. Na Mile Miglia de 55, ele chegou 32 minutos à frente de Fangio que pilotava o mesmo carro que ele.

1965- JACKIE STEWART- ROVER BRM- 24 HORAS DE LE MANS- O motivo pelo qual Stewart nunca tenha aparecido tanto em corridas de longa duração era por causa de um nervo machucado que ele tinha em um dos seus pés, mas em 65 correndo em parceria com Graham Hill ele pilotou na famosa prova e terminou em 10º.

1971- EMERSON FITTIPALDI- PORSCHE 917- 1.000 KM DE BUENOS AIRES- Emerson também deu o ar da graça em carros do Sport Protótipos no ano de 71 quando correu os 1.000 km de Buenos Aires em parceria com Carlos Reutemann válida para o Mundial de Marcas.

1972- GRAHAM HILL- MATRA MS670- 24 HORAS DE LE MANS- Além de ser Bi-campeão de F1  e vencedor das 500 Milhas de Indianápolis de 1966, Hill correu algumas vezes nas 24 horas de Le Mans e em 72 e ele foi agraciado ao vencer esta prova, em parceria com Pescarolo, sendo o único a vencer estes três grandes eventos.

1973- JOSÉ CARLOS PACE- FERRARI 312P- MUNDIAL DE MARCAS- Moco também foi piloto oficial da Ferrari em 73, pelo mundial de marcas e quase venceu a prova de Le Mans daquele ano ao chegar em segundo junto do seu parceiro Arturo Merzario.

1975- JACKY ICKX- MIRAGE GR8- MUNDIAL DE MARCAS- Ickx foi um dos mais notáveis pilotos de sua geração, mas em 75 sua carreira já estava em declive na F1. Porém, no Mundial de Marcas, ele continuava formidável e levou a vitória, junto de Derek Bell, nas 24 Horas de Le Mans.

1984- AYRTON SENNA- PORSCHE 956- 1.000 KM DE NURBURGRING- Senna começava sua caminhada na F1, mas ao meio daquele ano fora convidado a dividir o volante do Porsche do Team Joest com Henri Pescarolo e Stefan Johansson. E não fizeram feio, mesmo tendo problemas no carro que o deixaram 10 voltas atrás dos vencedores daquela prova. Foi a única participação de Senna numa prova de endurance.

1991- JOHNY HERBERT- MAZDA 787B- SPORT PROTÓTIPOS- Herbert também participou de algumas provas de endurance e em 91 foi o responsável, junto de Volker Weidler e Bertrand Gachot (piloto da Jordan na F1 em 91), pela única vitória de uma fábrica japonesa nas 24 horas de Le Mans.


1990/91- MICHAEL SCHUMACHER-SAUBER MERCEDES C11- SPORT PROTÓTIPOS- Do programa de jovens talentos da Mercedes no ínicio dos anos 90, Schumy era a grande estrela ao lado de Wendlinger e Frentzen. Ele chegou a participar de algumas provas daqueles mundiais em parceria com Mass e Wendlinger, com quem venceu a prova de Autopolis de 1991, última etapa daquele mundial. Nesta época o alemão já era uma das grandes sensações da F1 com apenas 5 provas feitas.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...