quinta-feira, 23 de setembro de 2010

As alternativas caso a chuva aconteça em Marina Bay

Não sei se quando eles trataram dessa prova noturna para o ano de 2008, se estudaram também a possibilidade de chuva. Todos sabem que Cingapura é um país de clima tropical, assim como na região norte do Brasil, portanto uma hora ou outra isso iria acontecer.
Está previsto uma tempestade justamente na hora da corrida, o que tornaria inviável afinal com as luzes dos refletores ligados e mais o spray lançado pelo carro da frente, deixará a visão nula. Para quem dirige em auto estrada, atrás de um caminhão sabe o terror que é. E isso tanto faz se for de dia ou à noite.
Vai valer e muito a participação da GPDA nesta hora, assim como foi na Malásia ano passado, quando pararam a corrida no meio devido à tempestade que abateu sobre o circuito. Também gostaria de ver o posicionamento da FIA e FOM sobre isso, principalmente dessa última que é de propriedade de Bernie Eclestone. Sabendo da sua sede inacabável por dinheiro, será interessante ver o comportamento dele frente a isso.
Estaria ele de acordo em cancelar a prova? Jogá-la para segunda-feira? Fazer a prova inteira sob SC? São várias as perguntas.
Em Fuji 2007, com todo aquele aguaceiro, a prova teve quase vinte voltas feita em SC. Vendo que a s coisas seriam monótonas demais ou que talvez alguém tenha gritado que a audiência no mundo estava despencando, decidiram soltar os pilotos para se engalfinharem debaixo daquele dilúvio. Transferir a prova para segunda, no meu modo de ver, seria o mais inteligente. Não lesaria ninguém, mas atrasaria em alguns dias a liberação do trânsito em Marina Bay. Já o cancelamento só acontecerá caso as coisas estiverem irreversíveis.
As respostas virão domingo e espero que sejam as melhores, pois estou cansado de tanta bagunça na F1.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Grandes Atuações- Jim Clark, Monza 1967


Uma das poucas critícas feitas a Jim Clark era sobre seu desempenho quando tinha que fazer uma prova de recuperação. Quando estava no comando era formidavelmente rápido e dominante, porém, tendo que abrir caminho entre seus oponentes para subir de posições, encontrava dificuldades. Talvez esquecessem da sua magnífica prova em Nurburgring 1964, onde em uma só volta ultrapassou 17 carros, quase um carro por quilometro dos lendários 23Km do Nordschleif na primeira volta. Mas em setembro de 1967, durante o GP da Itália, Clark calaria seus críticos com uma condução ainda mais soberba que a apresentada na Alemanha, três anos antes.
Mesmo com a estréia vitoriosa dos motores Cosworth em Zandvoort (3ª etapa) pelas mãos de Clark pilotando o Lotus 49, este motor ainda não era páreo para os Repco da Brabham, conduzido por Jack Brabham e Denny Hulme que vinham na liderança do mundial. O motor Cosworth havia apresentado vários problemas, tendo deixado Clark na mão em três oportunidades após a estréia deste propulsor. E isso deixou o escocês de fora da briga pelo título (mesmo tendo vencido em Zandvoort e Silverstone e depois ficado em sexto em Spa), pois tinha abandonado também a as duas primeiras provas, quando a Lotus estava usando os motores BRM somando assim cinco abandonos em oito corridas.
A largada do GP da Itália de 67
Já em Monza para a disputa da nona etapa, Clark crava a pole, mas numa pista em que era formada basicamente de retas e curvas velozes, esta posição significava pouco. Seus adversários diretos eram Brabham e Hulme, seu companheiro de Lotus Graham Hill, Dan Gurney com seu Eagle e John Surtees a bordo do Honda V12 desenhando por Eric Broadley, o mesmo que havia concebido o Lola vencedor da Indy 500 de 1966 e por isso o carro japonês lembrava um pouco o bólido inglês. Prometia ser uma corrida de grandes ases.
Mesmo com uma largada complicada com Dan Gurney pulando à frente, Clark conseguiu recuperar a primeira posição e pelas treze voltas seguintes, ele conseguiu abrir uma boa diferença para Brabham que lutava freneticamente contra outros contedores nos famosos “slipstreamig” que Monza oferecia sem a existência das chicanes. Era pé cravado no acelerador quase que a volta toda, aliviando apenas nas duas de “Lesmo” (quem tivesse mais coragem, fazia de pé embaixo) e na entrada da “Parabólica”. Na 14ª passagem, um furo em um dos pneus fez com que Clark abrandasse o ritmo e assim caísse várias posições. Entre completar uma volta com pneu furado e a troca deste, Jim voltou em décimo quinto com uma volta de atraso para os demais. Para qualquer um que visse tal situação, diria que a prova para o escocês já havia acabado, mas ainda faltavam 52 voltas para o fim da corrida (de um total de 68) e muita coisa ainda poderia acontecer.
A grande recuperação: Clark passa pelo então líder Graham Hill, para descontar o atraso de uma volta
Com o uso do vácuo, Clark fez uma das recuperações jamais vistas numa corrida. Descontou sua desvantagem de uma volta e na passagem 58, para espanto de todos em Monza, ele estava em primeiro após herdar a liderança de Hill que abandonara com problemas no seu Cosworth. Tomando certa distância da luta titânica que Surtees e Brabham travavam pela segunda posição, Jim caminhava para sua maior vitória na F1.
Porém o azar o visitou novamente. Quando estava no contorno da “Curva Grande” o motor Cosworth começou a falhar e Jim foi alcançado ultrapassado facilmente por Brabham e Surtees, que passaram colados. Ambos decidiram a vitória na linha de chegada, com Surtees a vencer por um bico o Brabham do “Old Jack”. Clark chegou 23 segundos atrás com o motor a sugar as últimas gotas de gasolina.
Jim saiu do carro revoltado por ter perdido a vitória por falta de gasolina, afinal tinha confiado nos cálculos de Colin Chapman. Ele ficaria ainda mais enraivecido quando soube que o tinha lhe tirado a vitória não era a falta de gasolina, mas sim um problema no pescador de combustível que não havia conseguido sugar o resto de gasolina que ainda tinha no reservatório e que com certeza lhe daria a conquista. Clark tinha perdido a sua maior vitória por algumas gotas de combustível.
A chegada mais apertada até então: Surtees (esquerda) vence a prova com uma diferença de 0''2 à frente de Jack Brabham. Clark terminaria em terceiro

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Keke Rosberg vs Alboreto, Mônaco 1986

Talvez vocês já tenham percebido a minha atração por este circuito de Monte Carlo. Não apenas pelas vitórias do Senna, mas também pela sua história e isso vale também para os circuitos tradicionais como Monza, Spa-Francorchamps, Paul Ricard, Interlagos e outros tantos espalhados por ai.
Desta vez vou postar mais um vídeo, com duas belas ultrapassagens de Keke Rosberg (Mclaren-TAG Porsche) sobre Michelle Alboretto (Ferrari) durante o GP de Mônaco de 1986.
Na primeira ultrapassagem, Rosberg, após perseguir Alboreto por algumas voltas, emparelha com o italiano na curta reta dos boxes. Michelle até tentar intimidar Keke, mas como sempre o finlandês não tira o pé e completa a bela ultrapassagem na entrada da Ste. Devote. Na segunda passagem, também na reta dos boxes, as coisas foram mais fáceis com Rosberg ultrapassando o italiano ainda na metade da reta.

domingo, 19 de setembro de 2010

A primeira on board durante um GP

Em desenvolvimento junto a uma TV francesa, a Renault foi a primeira, em 1985, a usar uma câmera on board num F1 durante um GP, no da Alemanha, disputado em Nurburgring. A equipe inscreveu um terceiro carro que foi conduzido por François Hesnault e as imagens de dentro do carro chegava na casa de milhões de espectadores, que puderam ver pela primeira vez como era a sensação e também o trabalho de um piloto dentro do carro. A câmera ainda era robusta e não tinha o sistema que movimentava a tela, fazendo a limpeza desta por isso que no vídeo abaixo a sujeira era constante. Hesnault abandonou a prova depois de 8 voltas.

As cinco mulheres da F1

Maria Teresa de Filippis- Italiana, nascida em Nápoles em 11/11/1926, esteve presente em 5 GPs entre 1958 e 1959. Correndo por Maserati e Porsche participou de apenas três corridas, todas pela Maserati (Spa, Porto e Monza). Na pista belga obteve seu melhor resultado chegando em décima; no Porto abandonou na sexta volta por problemas mecânicos, assim como em Monza. Falhou as classificações de Monte Carlo 58 e Monte Carlo 59, quando estava ao volante de um Porsche. Parou de correr no mesmo ano. Atualmente é presidente do Clube Maserati e vice do Clube Internacional de ex-pilotos de F1.

Lella Lombardi- Maria Grazia Lombardi (1941-1992) foi a mais bem sucedida de todas. Estreou no GP da Grã-Bretanha de 1974 e fez sua última aparição numa corrida em Osterreichring 1976. Correu por Brabham, March, Williams e RAM. Dos 17 treinos que participou, classificou-se em 12 oportunidades. O seu melhor resultado foi o meio ponto que conquistou no acidentado GP da Espanha de 75, quando chegou em sexto após a prova ser interrompida na metade. Depois da F1, correu em provas de turismo em 1977 chegou a correr em Daytona, na NASCAR. Morreu em 1992 devido a um câncer.

Divina Galica- Britânica, nascida em 1944, tentou por três vezes se qualificar para um GP, mas sem sucesso. Em 76 tentou correr em Brands Hatch, com Surtees (foi a única vez em que teve duas mulheres inscritas para um GP de F1, pois Lella também tentava qualificação para esta corrida) e 78 fez mais outras duas tentativas, em Buenos Aires e Jacarepaguá, correndo com Hesketh. Após este seu segundo fracasso, passou a correr em categorias menores com relativo sucesso.


Desiré Wilson- Nascida na África do Sul em 1953, correu com uma Williams para tentar qualificação para Brands Hacht 1980, mas não obteve êxito. Porém, alguns meses depois, na mesma pista de Brands Hatch pilotando na categoria de velhos carros de F1, conhecida aqui no Brasil como Fórmula Aurora, venceu a corrida. Depois tentou se qualificar para as 500 Milhas de Indianápolis de 1982, onde também não conseguiu tal façanha. Esta com 56 anos.


Giovanna Amati- Esta italiana tentou nas três primeiras provas de 1992 a classificação, falhando em todas. Tentou em Kyalami, Cidade do México e Interlagos correndo pela Brabham. Logo em seguida foi substituída por Damon Hill. Não voltou mais à F1 e continuou sua carreira nos Sport Protótipos. Hoje, com 48 anos, é jornalista na Itália.

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Teste Nº 2- Resultado


O piloto da foto, no caso a piloto, se trata de Giovanna Amati que testou o Benetton 186- BMW no circuito de Donington Park, em dezembro de 1986. Foram cinco dias de testes e além dela, mais outros três pilotos conduziram o carro: Emanuele Pirro (que foi piloto da equipe na temporada de 89), Andy Wallace e David Hunt (irmão de James Hunt).
Teo Fabi, piloto da Benetton nos anos de 86 e 87, fez o set-up do carro que foi usado pelos quatro pilotos nos 5 dias de testes, que foram realizados de 8 à 12 de dezembro. Abaixo o melhor tempo de volta dos pilotos contando também a marca de Fabi:

Teo Fabi 1'23 "04- tempo feito na segunda-feira dia 8 (1'21" 7 foi feito com um carro diferente)
1- Emanuele Pirro: (não há o tempo dele, porém, segundo informações, a marca foi parecida com a que Fabi marcou)
2- Andy Wallace 1'23 "8
3- David Hunt 1'24 "8
4- Giovanna Amati 1'33 "(mas ela foi a única a conduzir em pista molhada)

Subida de Montanha- Norma M20

O local onde foi realizado esta prova não sei, mas posso garantir que é um dos melhores vídeos já postados aqui com o tema de Subida de Montanha. Confiram:

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...