quinta-feira, 29 de outubro de 2015

Foto 544: Dennis



Enquanto que a Cooper alinhava um quarto carro para o mexicano Moises Solana disputar o GP do México - última etapa do mundial de 1966 -, outra personagem fazia sua estréia na F1, mas metendo a mão na graxa: Ron Dennis, então com 19 anos, começava a trabalhar pela Cooper naquela etapa final cuidando do carro de Jochen Rindt.
Ele acompanharia o piloto austríaco quando este rumou para a Brabham em 1968.
Curiosamente foi o ano da estréia da Mclaren na categoria, cuja equipe Dennis compraria no início dos anos 80.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Foto 543: Barbatana



Aquela época onde os testes eram feitos a qualquer momento, rendia boas fotos. Era onde as equipes faziam seus experimentos mais inusitados, que nem sempre iam para as corridas.
Este é o caso dessa foto da Ferrari 126C3 em algum momento de 1984, testando uma barbatana no nariz do carro pilotado por René Arnoux.
Bem bizarro, diria...

domingo, 25 de outubro de 2015

GP dos EUA: Austin, a melhor do ano

Ainda no twitter escrevi que a prova de Austin é daquelas provas doidas que acontecem de vez em quando, como as de Adelaide 1995 e Monte Carlo 1996. Mas a verdade é que esta corrida tornou-se sensacional pela tensão do primeiro "Match Point" na decisão do campeonato e devido o início dela com a pista ainda molhada.
A presença dos dois pilotos da Red Bull, aproveitando-se bem do acerto para chuva, deu um calor na Mercedes que fizeram a maioria pensar que hoje a equipe energética sairia do zero neste ano para vencer a primeira. O ritmo de Ricciardo - sempre espetacular na condução - e de Kvyat - que também soube fazer uma corrida agressiva - deu o tom de uma batalha interessantissima, onde Daniel chegou a liderar. Uma pena que a pista secou e toda essa vantagem deles foi para o limbo.
O caminho ficou aberto para Vettel, que agora era o homem a ameaçar o poderio da Mercedes: uma recuperação digna de mestre o colocou com chances de até mesmo vencer, quando adiantou-se na parada de box quando aconteceu a entrada do SC para a retirada do Sauber de Ericsson.
O uso de pneus médios frente aos macios d Mercedes, abria a possibilidade de conquista. Mas as paradas dos dois
Mercedes - mais a entrada do SC por conta do acidente de Kvyat - logo os coloca de volta na briga e Vettel sucumbe ao melhor ritmo de Rosberg. Ao menos tentou um ataque ao seu compatriota no fim, o que lhe daria a chance de adiar a decisão para o México, mas não conseguiu.
Até mesmo a presença das Mclarens em quinto e sexto numa certa parte da prova, foi surpresa para muitos. Button terminou em sexto e Alonso, com perda de potência no Honda, fechou em 11o. Não podemos deixar de destacar o grande trabalho de Max Verstappen, que chegou a incomodar Vettel num certo ponto da corrida e depois disputar o terceiro posto com o mesmo. Terminou em quarto.
Para Rosberg, que fez uma corrida muito boa em Austin, os erros foram frutos de um desespero em tentar algo que deveria ter feito durante todo ano e diferente da sua forma em 2014, este foi decepcionante. Com um desempenho deste em algumas etapas, poderia ter dificultado mais para Lewis.
E Hamilton fez apenas o trivial: não se meteu em disputas que poderiam lhe dar alguns problemas, exceto a largada, onde jogou duro com Nico Rosberg pela liderança - e venceu. Vitória mais que merecida na corrida e no título.
A prova de Austin acabou sendo o contrário de algo que é normal nestas pistas "Tilkeanas", onde a corrida é uma procissão. Não sei se os pilotos estavam animados em dar ao público um belo espetáculo ou se o pouco tempo de pista - principalmente com ela seca, que foi inexistente - ajudou para este belo GP.
Mas sem dúvida foi a melhor da temporada.

GP dos EUA: O que esperar?

Não será nenhuma surpresa se os carros saírem para a prova comboiados pelo Safety Car, devido as condições climáticas. Mas haverá a dúvida em relação ao comissários, se eles colocarão o SC na frente mesmo que não esteja chovendo. As prova da Porsche Super Cup e da F1 Historic Grand Prix foram realizadas sem maiores transtornos. Já é uma boa base.
E relação a prova, pelo que foi visto nos treinos, as Mercedes poderão ter a presença da Red Bull por perto. Os dois carros rubro taurinos  foram bem na pista molhada e até chegou a incomodar - sendo mais veloz - Hamilton no Q1 com Riciardo. É para se observar bem o passo dos carros do energético. Por outro lado o grande atrativo da prova será as recuperações de Vettel, Raikkonen e Bottas, que sofreram punições por troca de motores (os dois primeiros) e câmbio (Bottas), e terão que vir do fundo para tentar os pontos.
Ao mesmo tempo que a prova tenderá a ser boa, a presença do SC pode aparecer em ocasiões  por contas de acidentes, incidentes e até mesmo por conta da chuva. E a claridade natural também pode dar cabo da corrida, principalmente por causa do tempo nublado.

sábado, 24 de outubro de 2015

GP dos EUA: E a zuera não para...

Realmente, em situações como esta que ocorre em Austin, onde o treino vai sendo adiado de trinta em trinta minutos, a galera tem que passar o tempo.
E nisso a galera da F1 tem sido mestre, neste que é o GP mais comédia da década até agora.

GP dos EUA - 3o Treino Livre

Confesso que há tempos não via um fim de semana com tanta chuva assim para uma prova de F1. Chuva pesada mesmo, diga-se. Interlagos 2009 teve algo assim na classificação, quando atrasou horas e horas e depois no Canadá, 2012, quando a corrida teve que ser interrompida ainda no início devido a forte chuva que rendeu algumas piadas como as 4 Horas de Montreal, devido o longo tempo que ficou parado.
Parece que dessa vez a coisa pode acontecer por causa da forte chuva que tem caído em Austin, proveniente do furacão Patricia que está na costa oeste do México, mas que hoje pela manhã (aqui no Brasil) perdeu força. Mesmo assim o mal tempo continuará, tanto que as autoridades locais pediram para que as pessoas evitassem as estradas. O resultado disso foi o terceiro treino livre realizado com as arquibancadas vazias.
Com essa expectativa em saber se irá ou não acontecer a classificação, o terceiro treino pode servir como classificatório. Hamilton foi o melhor, seguido por Vettel e Hulkenberg, mas em vista que Sebastian terá que pagar dez posições por causa da troca de motor  Hulkenberg poderá formar a primeira fila com Lewis e a segunda seria de Bottas e Sainz Jr. Nico Rosberg largaria em oitavo e Vettel em 12o, o que facilitaria a vida de Hamilton caso a classificação não aconteça.
Mas por enquanto é apenas uma possibilidade, num local onde a chuva reinará por todo dia.

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Foto 542: A última dobradinha

Sabe-se que a vida destes dois senhores da foto que encabeça a postagem, não foram das mais fáceis até certo ponto de suas carreiras: enquanto que Roberto Pupo Moreno teve um título histórico na F3000 em 1988 e uma passagem sofrível pela Coloni em 89 - que repetiria em 1990, agora pela EuroBrun -, Nelson Piquet também passara por momentos complicados na Lotus nas duas temporadas anteriores - e com com direito a não classificar-se para o GP da Bélgica de 89. Um martirio.
Apesar de as coisas terem melhorado para Piquet, que agora era piloto da Benetton, o ano de 1990 não estava a ser fácil para Moreno que teria, mais uma vez que desdobrar-se para passar nas pré-qualificações com um carro que ia caindo aos poucos de rendimento, devido devido a má vontade - ou picaretagem - do time em não repassar a verba dos patrocinadores para o desenvolvimento do carro. Até a Coloni, qu começara o ano com um sofrível motor Subaru de 12 cilindros, agora passava à frente deles - mesmo que não escapasse da degola das prés -, deixando a equipe à frente apenas da Life que era a pior equipe do grid. Tanto que as duas equipes não participariam das duas últimas provas.
Com o acidente de Nannini, que ficara impossibilitado de pilotar por um bom período devido perda de parte do braço - que foi brilhantemente reimplantado, possibilitando a volta do piloto italiano na DTM -, Moreno foi chamado para substituí-lo na Benetton. Uma boa oportunidade e num carro decente para ao menos realizar um fim de semana completo e de problemas quase a zero.
As circunstâncias daquela prova do Japão deu à F1 e todos que assistiram aquele GP, a oportunidade de ver um dos melhores pódios da década: o acidente de Senna e Prost na largada; a saída de Berger logo a segunda volta e a quebra de Mansell após um pit stop, deu a Piquet e Moreno a chance de levar a Benetton a primeira dobradinha deles na F1 e automaticamente a última de pilotos brasileiros na categoria.
"Dedico o meu segundo lugar ao Alessandro pois apenas estou a dar continuidade ao trabalho que ele realizou este ano e também ao Nelson, pelo tanto que ele me ajudou no início da minha carreira. Foi ele quem me mostrou o caminho do automobilismo internacional, e agora posso dizer que já o achei. Tudo se passou tão depressa que nem realizei ainda o que se passou. Fiquei surpreendido até comigo próprio." Essa foi a fala de Moreno ao final daquele GP. Foi um pódio especial, tendo dois caras que se conheciam desde os tempos de garoto, onde passavam horas fuçando carros em busca de conhecimentos que seriam muito bem usados por eles nos anos seguintes. O pódio foi uma recompensa por todo esforço que ambos passaram, principalmente nos anos anteriores. Para Nelson, foi o regresso à linha de frente após três anos de jejum. E aquele dia ficou marcado, também, pela presença de Aguri Suzuki na terceira posição, sendo o primeiro japonês a subir num pódio na F1. E logo no GP de casa.
Foi um grande dia, diga-se.

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...