sábado, 17 de junho de 2017

85ª 24 Horas de Le Mans - 1ª Hora

Uma largada bem tranquila em Sarthe para esta 85ª 24 Horas de Le Mans. Descontando o fato do By Kolles #4 ter a dianteira arrebentada no contorno da Dunlop, o restante dos participantes passaram incólumes.
O Toyota #7 tratou de abrir vantagem sobre o #1 da Porsche, que ganhara a posição do #8 da Toyota após este ter destracionado na Dunlop. Com as paradas de box, a Toyota lidera com o #8 após um breve duelo com o então líder #7.
Na LMP2, duelo dos bons neste momento entre Nelson Piquet Jr. (#13) e Jean Eric Vergne (#24) pela terceira posição. Ainda tivemos uma slow zone, por conta da escapada do Signatech Alpine #36 de Gustavo Menezes no final da Mulsanne, mas sem consequencias para o carro e piloto. A liderança é do #31 da Rebellion, pilotado por Bruno Senna neste momento.
Na LMGTE-PRO a disputa é intensa, mas a liderança continua nas mãos da Aston Martin que agora está com a dobradinha #95 e #97. Em terceiro aparece o Ferrari #51.
Na LMGTE-AM liderança para o Ferrari #39, seguido pelo Aston Martin #90 e pelo Ferrari #55.

85a 24 Horas de Le Mans: Duelos

Descontando o fato do Toyota #7 ter destoado dos demais com aquela volta espetacular, os demais carros de Toyota e Porsche estão bem próximas na tabela de tempo e isso sugere, por si próprio, que a disputa será pra lá de acirrada por todas as 24 horas de prova. Se a Toyota fez um Journey Test onde priorizou a velocidade, a Porsche focou no desempenho de corrida. Mas isso não faz dos alemães totais favoritos: o desempenho da Toyota nas duas provas iniciais do WEC foi muito bom e importante para mostrar em que passo está o TS050 Hybrid que estreou ano passado e que está em sua segunda geração. A forma como encararam de igual para igual a Porsche ano passado em Sarthe, num momento que o carro parecia ainda não ter potencial para duelar pela vitória, impressionou. Desta vez eles estão bem preparados e um dos maiores erros da equipe neste período - na visão deste que vos escreve - foi resolvido com a adoção do terceiro carro. Tirar o escorpião do bolso pode render algo muito bom a eles neste final de semana.
A Porsche conhece bem os atalhos que podem levá-la ao 19o triunfo em Sarthe, só que desta vez terão que lutar contra um contigente maior da Toyota. A quarta geração do 919 Hybrid não dá sinais de cansaço, e ainda pode muito bem dar combate a um TS050 que parece estar em melhor forma.
O equilíbrio será bem interessante neste certame todo. Com o ritmo alucinante que foi apresentado na classificação, fica quase que descarado que o Toyota #7 deve ditar o ritmo deixando que os gêmeos #8 e #9 dêem combate aos #1 e #2 da Porsche.
Se os japoneses se inspirarem na estratégia adotada pela Porsche em 2015, talvez venham a sorrir no final do domingo.
Na LMP2, se nada de anormal acontecer, alguma das equipes que utilizam o conjunto Oreca - Gibson deve sair vencedora. Será bem complicada a vida dos Signatech Alpine, que tentam a sua terceira conquista consecutiva nesta classe. Mas como bem sabemos, corrida só acaba na quadriculada.
Na LMGTE-PRO, a disputa, como sempre, promete ser das boas. Aston Martin e Corvette certamente vão tentar reverter a péssima apresentação de 2016 e podem muito bem fazer frente aos Ferraris e Ford GT. Estes últimos não foram tão brilhantes na classificação, mas não se pode duvidar da capacidade deles. A Porsche também não fez grande trabalho na classificação, mas no BOP feito neste sábado conseguiram perder oito quilos de lastro após verificarem que estavam perdendo 9 km/h nas retas para os demais carros da classe. Espera - se ao menos que com essa mudança, os Porsches possam dar combate aos seus rivais. Outras mudanças podem acontecer até amanhã.
E ficaremos de olho, também, nos possíveis recordes de melhor volta nas quatro classes.

sexta-feira, 16 de junho de 2017

85a 24 Horas de Le Mans: Uma volta canhão e alguns desencontros

Foi uma volta de outro planeta, se assim podemos dizer sobre a marca conquistada por Kamui Kobayashi em Sarthe quando o segundo classificatório estava a caminhar. Foi algo sublime ver o Toyota TS050 HYBRID voar pelo fabuloso circuito francês para atingir tal marca de 3'14"791. É daqueles momentos especiais do motorsport.
Porém a confusão que tomou conta das redes sociais devido aos comentários, repouso sobre o recorde estabelecido: em que situação este recorde de Kobayashi se encaixava? Para este que vos escreve, a marca feita pelo simpático japonês estava na segunda colocação das melhores já feitas em Sarthe, perdendo apenas para a que foi feita em 1971 por Pedro Rodriguez com o Porsche 917 LH da J.W Engineering com a marca de 3'13"9. Kobayashi superaria apenas o tempo feito por Hans Stuck em 1985 com o Porsche 962C que foi de 3'14"843.
Mas por aqui temos o hábito de vermos apenas o tempo de volta como recorde e foi aí que me perdi: numa rápida olhada nas estatísticas ficou claro que a volta de Kobayashi, em média horária, era a mais veloz da história de Le Mans ao superar a média de Stuck feita em 1985. Na ocasião, o alemão fez 251.815km/h e hoje Kobayashi fez a volta em 251.888 de média. A terceira marca é de Pedro Rodriguez em 1971 com 250.069km/h.
Quando Neel Jani cravou a pole para a Porsche em 2015 na casa de 3'16, já havia deixado o duo ACO/FIA de olhos arregalados, imagino que agora os cabelos devam ter ficado em pé. Com uma regulares ainda mais fina, o tempo de volta podia ter caído hoje. Mas isso para o próximo ano. Agora, o de melhor volta em corrida, pode cair também neste fim de semana.
O tempo alcançado hoje pelos japoneses mostra o quanto que a engenharia automobilistica tem evoluído mesmo que haja intervenções, nas pistas ou nos carros para que as velocidades caiam, os engenheiros estarão prontos para responder e os pilotos rápidos para realizarem obras primas como foi o caso de Kobayashi em Sarthe.
E nós agradecemos

85a 24 Horas de Le Mans: Pole recorde para a Toyota

Com uma volta espetacular, obtida ainda no segundo classificatório, deu a Toyota a oportunidade de largar da posição de honra para esta 85a edição das 24 Horas de Le Mans. Kamui Kobayashi, em posse do Toyota TS050 Hybrid #7, pulverizou o recorde de volta em Sarthe com o tempo de 3'14"791 com uma média de 251.888km/h, relegando para segundo lugar a marca feita por Hans Stuck com o Porsche 962C em 1985 que teve a média de 251.815km/h. Em termos de tempo de volta, a marca de Kobayashi é a segunda no quesito perdendo, apenas, para o tempo feito por Pedro Rodriguez em 1971 (3'13"9) quando a pista francesa ainda não era recortada pelas chicanes. O outro Toyota de #8 aparece em segundo, com incríveis 2.3 segundos de atraso para o #7. Um trabalho espetacular até aqui da fábrica japonesa em Sarthe. Em seguida aparecem os outros dois Porsche 919 Hybrid, com o #1 ficando a frente. A diferença entre o #1 da Porsche e o #8 da Toyota é de apenas um décimo. Na quinta posição, o terceiro Toyota #9 que também aparece com tempo próximo do Porsche #2, com cerca de meio segundo de desvantagem. Em sexto aparece o solitário carro da ByKolles na LMP1 particular, com mais de nove segundos de atraso.
Na LMP2 a disputa deve ser bem apertada, como é de costume nesta categoria. A pole foi conquistada pelo #26 da G-Drive com a marca de 3'25"352. Em segundo aparece o #25 da Manor e em terceiro o #38 da equipe do Jackie Chan.
A LMGTE-PRO teve na Aston Martin a dona da pole nesta classe, onde os duelos mais viscerais acontecem do inicio ao fim. O #97 da equipe inglesa cravou a pole com o tempo de 3'50"837. Em segundo aparece o Ferrari #51 da AF Corse e em terceiro o outro Aston Martin #95. Os seis primeiros ficaram no mesmo segundo, mostrando tal equilíbrio. 
E na LMGTE-AM, pole para o Corvette #50 da Larbre Competition com o tempo de 3'52"543. A segunda posição vai para o #98 da Aston Martin e a terceira para o Ferrari #62 da Scuderia Corsa.
Os tempos para obtenção das poles em cada classe foi abaixo das marcas feitas em anos anteriores

terça-feira, 13 de junho de 2017

Foto 630: Riccardo


Riccardo Paletti com o March 812/ BMW da equipe March Onyx, durante a etapa de Pau, a sétima válida para o Campeonato Europeu de F2 de 1981. O piloto italiano abandonou na volta 47 com problemas no motor.
Hoje completa 35 anos da morte do piloto italiano na largada para o GP do Canadá de 1982.

segunda-feira, 12 de junho de 2017

GP do Canadá: Território de Hamilton

Foi uma vitória incontestável de Hamilton  em Montreal. Num lugar onde ele se sente bem e casa perfeitamente com seu estilo bruto de pilotagem, seria quase certeira uma conquista dele em Montreal. Mas havia algumas dúvidas no ar, exatamente após a sua apresentação apagada em Monte Carlo duas semanas atrás e essas foram começando a dissipar - se com uma pole arrancada a fórceps, conseguindo neutralizar uma dominante Ferrari até ali. A emoção em receber a réplica do capacete usado por Ayrton Senna em 1987, foi o ponto alto para uma atuação que acabara de levá-lo ao empate de pole com o brasileiro  (65) e certamente foi uma injeção de ânimo para uma batalha que se avistava no domingo tendo Vettel ao seu lado na primeira fila.
Mas a coisas foram facilitadas com uma má largada do piloto alemão, que ainda teve a asa dianteira danificada por conta de um toque com Max Verstappen na largada. E tudo ficaria ainda mais fácil para Hamilton, quando Vettel precisou trocar o bico após a saída do SC, despencando para último.
Lewis fez o que se espera dele em Montreal: pilotou de forma segura e não teve nenhum incomodo durante as 70 voltas que ele liderou em toda a sua totalidade, marcando, assim, o seu quarto Grande Chelem na carreira.
Foi sua sexta vitória num território que ele conhece bem e que pôde mostrar do que era capaz há exatos dez anos, quando venceu brilhantemente seu primeiro GP de F1 naquele local.

segunda-feira, 5 de junho de 2017

Foto 629: Revista Speed, cinco anos atrás

Todas as edições da Revista Speed
Há exatos cinco anos a Revista Speed foi ao ar, contando um pouco da história de Frank Williams e de sua simpática e querida equipe.
Ao todo, foram onze edições - contando a partir da desta mesma edição, que foi denominada como #0 - e procuramos abordar as principais categorias e provas do motorsport, como a F1, Indycar, WEC, WTCC,  WRC, Paris-Dakar, 24 Horas de Daytona, 24 Horas de Le Mans... Isso sem contar com o conteúdo voltado para a história do automobilismo, que teve uma importância imensa para que aquela revista.
Passados cinco anos, não posso deixar de agradecer a oportunidade que me foi confiada, quando o Diego Trindade me fez o convite para integrar o núcleo da Speed, que já contava com uma galera boa como Paulo Alexandre Teixeira, Bruno Mendonça, Daniel Machado, Ron Groo, Patricia Sayuri, Rafael Ligeiro e outros tantos que participaram no decorrer daquelas edições.
Enfim, se ainda querem dar uma olhadela nas revistas, deixarei o link do blog que armazena todas as edições.
Divirtam-se!

Revista Speed: http://speedrevista.wordpress.com/

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...