As noticias que vinham do grid de largada, onde os mecânicos ferraristas trabalhavam apressadamente para resolver algum problema no carro de Sebastian Vettel, logo se alastraram. Quando as imagens começaram a pipocar na internet, minutos antes da volta de apresentação, as coisas pareciam ainda pior. Por mais que eles tenham conseguido entregar o carro a tempo da volta de apresentação, ainda faltava ver o desempenho deste na corrida. E foi a mais desastrosa – ou dolorosa – que se podia esperar: Vettel foi caindo de forma vertiginosa na classificação, sendo ultrapassado como se o alemão estivesse a bordo de um carro da F2. Sebastian ainda aguentou até depois da saída do Safety Car – que entrara na pista por conta do acidente de Carlos Sainz – quando teve que acatar a decisão da equipe em recolher o carro para o box. Mais tarde saberíamos que o que fez a desistência prematura tinha sido a falha de uma vela, que deve custa alguns dólares. Uma real apunhalada no ânimo de quem esperava começar reverter o jogo a partir deste GP nipônico. Se as outras derrotas ainda lhes davam uma certa esperança de tentar reagir a partir da próxima corrida, desta vez as coisas são bem diferentes. Afinal, não dependerá mais de Vettel e Ferrari para conseguirem o tão sonhado título.
Por outro lado, Hamilton conseguiu ampliar ainda mais a sua diferença sobre Sebastian colocando agora 59 pontos de vantagem para o alemão. Uma diferença tão confortável o que o deixa numa situação de nem precisar mais subir ao pódio para conquistar o seu quarto mundial. A sua vitória foi mais uma vez maiúscula, sendo que tivera um bom ritmo com os super macios no primeiro stint, conseguindo manter um (mais uma vez) brilhante Max Verstappen numa boa distância. Porém, após a troca para os macios, o desempenho teve uma queda exatamente por conta da borracha que se desgastou rapidamente deixando com que Max se aproximasse perigosamente. Com Valtteri Bottas a frente, foi preciso fazer a inversão de posições – o que acabou matando uma possível chance do finlandês tentar o pódio – para que o #77 “freasse” a ameaça rubro taurina. E isso fuincionou pelas voltas que Valtteri se manteve na frente de Verstappen e quando foi para a sua troca de pneus, Hamilton tinha já uma diferença mais confortável para o jovem holandês que foi muito bem administrada pelo tricampeão. Porém, as voltas finais foram dramáticas: a aproximação de Max era evidente e com Lewis sofrendo de fortes vibrações na parte de trás do carro – que depois foi constatado que era por conta do motor – ficava quase que claro que dependeria e muito de um tempo para que Verstappen tentasse a ultrapassagem. Mas ao encontrarem Alonso e Massa pelo caminho – que disputavam a décima colocação – estes acabaram atrapalhando as pretensões de Max de tentar uma cartada naquela volta final. O cruzar da linha de chegada foi um alivio e isso ficou bem claro quando soube-se que a Mercedes havia trocado algumas peças no carro de Hamilton que agora já está no limite da sua quarta unidade de força. Ou seja: se agora trocar algum outro componente nestas últimas quatro corridas, o inglês perderá posições. Mas com uma diferença tão grande e sem a necessidade real de chegar ao pódio nestes derradeiros GPs, chega a ser um alivio de fato.
Outro ponto importante e que deve dar uma animada – e que já está animando – é a grande crescente da Red Bull do GP de Singapura para cá. Ficou claro que o ritmo de Verstappen foi muito bom, não deixando Hamilton abrir uma enorme diferença no primeiro stint e conseguindo acompanhar – e até ameaçar – o mercediano na parte final do GP. Interessante observar, também, é a grande forma de Verstappen nestas duas últimas provas ao conseguir extrair tudo do RB13 e dar trabalho para Hamilton e sua Mercedes. Já são 43 pontos conquistados nestas últimas corridas, sendo que esta é a sua segunda prova sem nenhum tipo de problema. Apesar de não ter conseguido seguir o ritmo de seu companheiro de equipe, Ricciardo fez o seu trivial ao conseguir mais um pódio no ano.
Por mais que o mundial esteja quase que encaminhado para as mãos de Hamilton, ainda faltam quatro etapas onde alguma reviravolta pode acontecer. Mas com um carro a prova de bala que tem se mostrado até aqui, será um pouco difícil que aconteça algo mecânico com o Mercedes de Hamilton. Por outro lado, é bem provável que a própria equipe passe a dar uma atenção para que Valtteri chegue ao vice-campeonato, uma vez que está treze pontos atrás de Vettel. E se os vermelhos conseguirem um bom final de semana, podem medir forças com a Mercedes e também servirá para a que a Red Bull mostre em que nível está realmente. Talvez possamos ter quatro provas bem interessantes neste final. Uma prévia do que podemos esperar para 2018.
domingo, 8 de outubro de 2017
GP do Japão - Quase lá
terça-feira, 3 de outubro de 2017
domingo, 17 de setembro de 2017
GP de Singapura - Uma noite para o campeonato
Mas aquele que não deveria ter vencido em Marina Bay, acabou vencendo. E de forma convincente até, pois conseguiu manter boa vantagem para Ricciardo no período que a pista esteve molhada e quando esta secou, continuou com ótimo ritmo. E isso foi até certo ponto surpreendente, pois a Mercedes esperava certa dificuldade neste traçado mais sinuoso e o que se viu – especialmente com Lewis – foi uma boa velocidade que se tornou importante para anular qualquer chance de Daniel Ricciardo. Talvez Hamilton não tivesse bala suficiente para desafiar as Ferraris se estas estivessem na pista, mas ao menos o terceiro lugar estaria em pauta com o que foi mostrado em Marina Bay.
Ao contrário do que muitos pregoam após este resultado, entregando a taça para Hamilton, o campeonato ainda está aberto. Os vinte oito pontos que separam Lewis de Sebastian podem muito bem serem diminuídos numa má jornada do inglês nas seis provas restantes. Porém, Hamilton passa a ter a matemática a seu favor a partir de agora e qualquer outra vitória, com Vettel chegando, por exemplo, em terceiro, vai abrir ainda mais a possibilidade do inglês passar a marcar o alemão nas corridas seguintes. E ainda terá a ajuda de Valtteri Bottas para que isso aconteça, uma vez que o finlandês, que fechou a prova em terceiro, declarou ter em mente superar Sebastian Vettel na classificação.
Por mais que possa acontecer algo do tipo com Hamilton nas próximas etapas, a verdade é que os acontecimentos na noite de Marina Bay podem, e muito, influenciar no resultado final do mundial. E ainda teremos mais seis etapas para acompanhar essa epopeia.
quinta-feira, 14 de setembro de 2017
Foto 638: SEGA
Ficou bem bonito... O Porsche 956B da Kremmer Racing, com o patrocínio da SEGA, pilotado por Manfred Winkelhock e Rusty French, durante os 1000km de Sandown Park de 1984. A dupla fechou em quinto no geral.
A vitória ficou com o Porsche 956 da Porsche Rothmans, conduzido por Stefan Bellof e Derek Bell.
quarta-feira, 13 de setembro de 2017
Foto 637: Grand Prix de Pau, 1933
Muita, muita neve. Guy Moll e seu Bugatti T51 durante o GP de Pau de 1933. Foi o GP inaugural no traçado citadino, realizado em fevereiro de 1933 sob forte neve.
A vitória foi de Marcel Lehoux (Bugatti T51), seguido por Moll (Bugatti) e Philippe Étancelin (Alfa Romeo Monza).
Dos dez primeiros, sete eram carros da Bugatti dividos entre os T51 e T35C.
Os 30 anos do título de Raul Boesel no Mundial de Marcas
Boa leitura!
Raul Boesel, Eddie Cheever e damais integrantes da Jaguar, momentos antes da decisão em Spa. (Foto: @Chrisdwells8) |
domingo, 3 de setembro de 2017
GP da Itália: Sem chance para os demais
A classificação já era um indicativo do que poderíamos ter nesta etapa de Monza, onde a Fórmula-1 encerra sua estadia no velho continente: além do recorde de poles alcançado por Lewis Hamilton, chegando para a já mítica marca de 69 poles, a volta feita pelo inglês no encharcado asfalto italiano foi mais de um segundo veloz que o alcançado por Max Verstappen que fez o segundo tempo, mas por conta das punições, derivadas pelas trocas de motor e demais componentes, o holandês despencou para o meio do pelotão e isso proporcionou ao igualmente jovem Lance Stroll a chance de largar pela primeira vez na fila de honra, sendo assim o mais jovem a conseguir o feito. Em terceiro aparecia outra promessa que tem feito boas corridas até aqui ao volante do Force India, Esteban Ocon. A dúvida sobre o que poderíamos esperar dessa corrida, pairava sobre o que esperar do desempenho das Ferraris, especialmente de Sebastian Vettel, uma vez que ele em Spa foi um carrapato na trajetória de Hamilton na conquista deste na semana passada com um desempenho até surpreende, por se tratar de uma pista veloz e que onde esperava-se um pouco mais de facilidade para a Mercedes chegar a conquista. Mas a tarde de Monza mostrou um cenário bem diferente do que sugeria em termos de desempenhos.
Por mais que as Ferraris tenham feito um treino classificatório bem abaixo do que estamos acostumados neste ano, a performance era algo que ainda podia salvar esse pequeno desastre, mas não foi nem sombra do que apresentaram – especialmente com Vettel – em Spa. Sebastian até que chegou de forma rápida ao terceiro lugar ao superar Stroll e Ocon, mas não teve fôlego para alcançar as Mercedes que já estavam bem à frente – quando Vettel chegou ao terceiro posto, já levava cerca de 10 segundos de desvantagem para Hamilton e em tempos de voltas, tanto para o inglês, quanto para Bottas, ele perdia em torno de meio segundo a um segundo de desvantagem e isso se traduziu em mais de trinta segundos ao final da prova, quando Sebastian enfrentou alguns problemas em seu carro e teve a sombra de um soberbo Ricciardo, que vinha em grande performance na quarta colocação. Sobre Kimi Raikkonen, este já enfrentava dificuldades desde o inicio e foi sofrível para o finlandês conseguir superar Stroll e Ocon, coisa que conseguiu após a sua primeira parada de box. A verdade é que a Ferrari apostou tudo num acerto para a pista seca e não conseguiu encontrar o equilíbrio certo para o seu carro justamente na sua prova caseira. Nçao fosse as punições para os dois carros da Red Bull, as coisas podiam ter sido bem piores frente ao que fez Ricciardo que escalou o pelotão de forma magnífica para conquistar um fabuloso quarto lugar.
Sabemos bem da força da Mercedes, especialmente em circuitos velozes, mas o desempenho deles em Monza foi ainda mais brutal que o normal justamente em um ano onde as coisas estão mais equilibradas. Lewis Hamilton rechaçou qualquer possibilidade de complicações com os dois garotos ao defender-se bem na largada e quando virou a chicane na lideranças, não maiores contratempos - fora um suposto “probleminha” que Hamilton chegou a relatar nas últimas dez voltas que não se traduziu em nada. A bem da verdade, Hamilton tem usado deste expediente em algumas etapas onde esteve na frente, mas curiosamente não trazendo nenhum dano que lhe desse maior dor de cabeça. Bottas foi magnifico nas voltas iniciais ao superar brilhantemente Raikkonen – ao fazer toda a Parabolica lado a lado com o seu conterrâneo – e depois passar Stroll e Ocon e assumir a segunda posição. As voltas velozes que ele fez em revezamento com Hamilton, mostrou o quanto que o carro estava bem acertado naquele circuito e tranquila dobradinha da equipe prateada em Monza foi apenas consequência.
Não podia deixar de falar especialmente de quatro pilotos: Ricciardo, ultimamente, tem sido o grande nome das corridas, com ultrapassagens e recuperações impressionantes e a de hoje não foi diferente; Esteban Ocon fez uma corrida tranquila, sem nenhuma atribulação – principalmente porque seu maior desafeto nesse momento, Sergio Perez, andou no meio do pelotão e isso foi bom até mesmo para a Force India que conseguiu capitalizar bons pontos nessa etapa – e mostrou grande forma. Sem dúvida um dos grandes nomes neste mundial; Stroll fez bom trabalho também e aos poucos vai começando a dissipar a pecha de piloto que “chegou lá por conta do dinheiro do papai”. Trabalho muito bem feito principalmente em condições adversas como foi a classificação, onde ficou constantemente à frente de Felipe Massa e com autoridade. Aos poucos, conforme vai aprendendo os macetes do carro e das pistas, vai ganhando auto-confiança e consequentemente experiência; Stoffel Vandoorne fez bom uso do novo motor e conseguiu bons resultados desde os treinos, sempre à frente de Fernando Alonso. Na corrida tinha até mesmo chances de pontuar, caso o motor Honda – mais uma vez – não falhasse. Foi uma corrida interessante para vermos o desempenho dos novos nomes da categoria, sem dúvida.
A grande vantagem que vimos neste GP italiano por parte da Mercedes deve ser transferido diretamente para Ferrari, quando a categoria for para Singapura, próxima etapa. Mas caso a Mercedes vá bem na pista citadina de Marina Bay, a luz amarela ascenderá para os italianos. Será uma corrida bem interessante neste aspecto, daqui quinze dias.
Foto 1042 - Uma imagem simbólica
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