terça-feira, 20 de abril de 2021

Foto 911: Mauricio Gugelmin, Indy 500 1994

 

(Foto: Indycar)


Mauricio Gugelmin com o seu Reynard 94I Ford Cosworth da Chip Ganassi, na tradicional foto antes das 500 Milhas de Indianápolis de 1994. Foi a estréia do piloto na tradicional corrida.
Esta que ficou marcada pelo grande domínio da Penske e de Emerson Fittipaldi, que parecia ter a corrida na sua mão até a 185 volta quando escapou de traseira e bateu na curva quatro. Desperdiçou a chance de vencer pela terceira vez e deu a seu companheiro de Penske, Al Unser Jr., a oportunidade de vencer a prova pela segunda vez.
Além de Emerson e Maurício, Raul Boesel e Marco Greco estiveram presentes, mas abandonaram: Boesel saiu na volta 150 com problemas na bomba de água e Greco abandonou na volta 100.
Mauricio Gugelmin, que largou em 29o e terminou em 11o, comentou sobre a sua participação: "Aprendi muita coisa hoje. É impressionante como tudo é diferente dos treinos. Foi ótimo".
Gugelmin completa 58 anos hoje.

Foto 910: Erros e Lições

(Foto: Motor Sport Magazine)

Como escrevi no outro texto logo após a corrida, é dificil você ver um piloto do calibre de Lewis Hamilton errar e isso acaba sendo a grande manchete para vários sites, revistas, jornais, postagens, etc... 

Por outro lado, especificamente falando de Hamilton, seus dois erros acabaram prejudicando a sua corrida que poderia muito bem ter lhe rendido mais vitória ou até mesmo um duelo mais visceral com Max Verstappen. O primeiro desses erros recaem sobre a sua largada, onde ele dividiu a entrada da Tamburello com Max e acabou passando por sobre as "lombadas" colocadas exatamente para que os pilotos não excedessem os limites da pista. Isso lhe custou uma pequena quebra de asa e também um distanciamento em relação a Verstappen que já estava em três segundos logo na volta inicial e que aumentaria para cinco nas voltas seguintes. Talvez se tivesse se segurado mais, pudesse ter conseguido manter-se mais próximo e com a pista criando um trilho bem mais para frente lhe daria todas as chances de ameaçar o piloto da Red Bull. 

O segundo e mais importante dos erros de Hamilton, que poderia muito bem ter mudado totalmente o panorama para ele e favorecido imensamente Verstappen, foi a sua escapada na Tosa onde tentou por uma volta em George Russell por dentro exatamente onde ainda estava molhado, num momento que ele estava com pneus médios que colocara poucas voltas antes. Conseguindo ainda voltar de ré e voltando para pista, para ir aos boxes trocar a asa dianteira danificada, a sorte lhe sorriu quando o acidente de Russel e Bottas forçou o uso da bandeira vermelha pela direção de prova e isso deu a Lewis a possibilidade de manter-se em nono, trocar a asa e esperar pela relargada. Bom, o resto é história e o heptacampeão conseguiu subir de oitavo - herdando uma posição após a rodada de Kimi Raikkonen durante o Safety Car - para conseguir uma importante segunda posição. 

Com estes dois erros, destacando o segundo, foi importante para Lewis ter conseguido voltar para a prova e ainda com chances de ganhar posições que o ajudariam - e ajudou - muito a diminuir o prejuízo que poderia ter sido bem maior. Voltar de imediato e realizar aquela prova de recuperação, ajudou a exorcizar qualquer que fosse a falta de confiança que poderia aparecer em Portimão caso tivesse abandonado. em Imola - e claro que o prejuízo de sair com dobro de pontos atrás Verstappen seria algo bem catastrófico já que temos um mundial bem equilibrado neste inicio. 

Portanto, foi importante que este erro tenha aparecido agora neste inicio de mundial e como o próprio Lewis declarou, é a partir deste que ele precisará tirar lições futuras. 


O outro erro

(Foto: Getty Images)


O acidente entre George Russell e Valtteri Bottas na volta 34 causou um belo susto e ao mesmo tempo despertou a ira do jovem inglês da Williams, que estava prestes a fazer uma bela ultrapassagem sobre Valtteri quando se aproximavam da Tamburello. A leve mudança de trajetória do finlandês, tipica de defendesa de posição, e a tentativa de George em usar o máximo do circuito para tentar a manobra foi o estopim de um mega acidente após o inglês botar os pneus do lado direito na grama molhada que fez o Williams girar para dentro e acertar o Mercedes, causando um mega acidente.

A fúria de George logo após o acidente, indo tirar satisfações com Bottas, que ainda estava dentro do carro, acabou gerando uma situação não muito boa para a sua imagem e comportamento a ponto de Toto Wolf vir a público e repreender o futuro candidato mais forte a assumir uma das vagas na Mercedes em 2022. Para alguns o acidente foi de corrida, enquanto que outros apontaram George como o principal culpado e por isso condenaram a sua atitude com Bottas e também o fato de não assumir a culpa pelo ocorrido.

Com a cabeça mais fria e a poeira tendo assentado - e logicamente, uma conversa bem franca -, George fez uma nota pedindo desculpas por tudo que ocorreu: "Ontem não foi um dia de orgulho pra mim. Eu sei que aquela foi uma das nossas melhores oportunidades de pontuar nessa temporada e, quando os pontos importam tanto como importam para nós agora, às vezes você assume riscos. Mas não deu certo, e eu tenho que assumir minha responsabilidade. Com tempo para refletir sobre o que aconteceu depois, sei que eu deveria ter lidado melhor com a situação. Emoções podem falar mais alto no calor do momento e ontem as minhas apagaram o que tenho de melhor. 

Peço desculpas para Valtteri, a equipe e todos que se sentiram decepcionados por minhas ações. Eu não sou assim e eu espero mais de mim mesmo, assim como outros também esperam mais de mim. Aprendi duras lições nesse fim de semana e me tornarei um piloto melhor e uma pessoa melhor com essa experiência. Agora, o foco é em Portugal e na chance de mostrar pelo que realmente estou aqui. Obrigada a todos pelas mensagens, positivas ou negativas. Todas elas vão me ajudar a amadurecer.".

É de se entender que pilotos logo após um acidente deste nível, saem de cabeça totalmente quente e transtornados a ponto até mesmo de serem ignorantes em alguma situação. Ainda para George que poderia marcar pontos com aquela Williams que de certa forma teve uma breve melhora e que estava prestes a fazer uma ultrapassagem impressionante sobre uma Mercedes. A mistura de frustração com raiva pelo ocorrido, cega o individuo e o leva a ter esse tipo de atitude que não agrada a ninguém. 

Ao menos, ainda teve tempo de refletir e voltar atrás nas suas ações. Ainda é um piloto em formação e de quem se espera muito no futuro e talvez esse capitulo o ajude a amadurecer mais rápido.

domingo, 18 de abril de 2021

GP da Emilia Romagna - Contra-ataque rubro-taurino

 

(Foto: Red Bull/ Twitter)


Sabemos quanto que este duelo entre Hamilton e Max é esperado. Tivemos algumas amostras disso, principalmente na corrida da Hungria de 2019 onde a Mercedes colocou a equipe Rubro-taurina num beco sem saída e teve em Lewis o grande vitorioso. A prova de abertura deste campeonato foi o momento em que a Red Bull aparecia melhor, mas mais uma vez a Mercedes fez a estratégia e deixou a equipe austríaca e situação de precisar resolver na pista. Max até conseguiu, mas a malandragem de Hamilton na famosa curva quatro tirou do holandês a chance de iniciar o campeonato no lugar mais alto do pódio.

Desta vez, em Ímola, para a realização do GP da Emilia Romagna, a Mercedes mostrou uma certa evolução e isso deu uma boa impressão de que o duelo entre os dois principais postulantes seria ainda mais acirrado. O que diferencia as coisas em Ímola, foi a largada precisa de Verstappen que não apenas serviu para redimir-se do erro do sábado, como também foi importante para assumir a liderança logo de cara e bater rodas com Hamilton.

A precisão de Max na pista molhada e aproveitando -se do fato de Hamilton ainda tentar achar aderência necessária, foi importante para ele construir uma vantagem que oscilou entre 5.5 e 4.5, mas com a chegada dos retardatários essa diferença passou a oscilar ainda mais. Com a pista criando um trilho, começou a ficar claro que Hamilton parecia ter mais carro que Max e a diferença passou a cair e aí que morou o erro do inglês voltas depois de fazer o pit-stop quando errou na Tosa ao tentar colocar uma volta em Russell, exatamente quando procurava tirar diferença para Max.

A grande sorte de Lewis, aliado a sua habilidade em sair da brita e voltar para a pista, foi de logo em seguida acontecer o forte acidente entre Bottas e Russell na Tamburello. Isso ocasionou a bandeira vermelha para a limpeza da pista e deu ao inglês a oportunidade de voltar ao jogo.

Enquanto que Verstappen abria grande vantagem com a retomada da prova, foi a vez Norris brilhar ao tomar a segunda posição de Charles Leclerc e ficar ali até quando faltava quatro voltas para o final. Foi o momento em Hamilton, formidavelmente recuperando -se da nona posição, chegou ao segundo lugar após duelar o jovem conterrâneo.

Foi uma grande corrida de Max, assim como a forte recuperação de Hamilton e o talento cada vez mais vistoso de Lando, num pódio onde os três saíram sorrindo e de onde poderemos ter cada vez mais rostos diferentes naquele local.

Um impressionante Max

A cada corrida que passa fica mais claro que Verstappen tem deixado de lado algumas de suas impaciência e procurado ficar exclusivamente na sua condução. Essa corrida foi a prova clara disso ao realizar uma largada dos Deuses e sair de terceiro para primeiro na freada para a Tamburello, jogando duro contra Hamilton que procurou vender caríssimo a posição.
Infelizmente o erro de Lewis nos privou de uma boa batalha entre os dois, mas isso não deve demorar a acontecer - e talvez aconteça com mais frequência a nesta temporada.

Lewis errou, assumiu, teve sorte e competência

É difícil ver o melhor piloto do lote errar e quando erra, é algo impressionante. Pelo menos nessa corrida Lewis teve dois erros: o primeiro na largada, quando tentou intimidar Max na freada para a Tamburello e acabou não funcionando e por muito pouco não danifica a asa dianteira - onde chegou perder uma pequena aleta do lado esquerdo - e depois na sua tentativa de tentar alcançar Vertappen e errar na Tosa, ao sair do trilho seco para a parte molhada quando estava para por volta em Russell.

Sua sorte após o acidente de Bottas e Russell em ter dado a bandeira vermelha lhe deu a oportunidade de sair em nono e recuperar-se fortemente para chegar em segundo e ainda garantir a melhor volta, que lhe garantiu a liderança do Mundial por 1 ponto sobre Max.

Mas ficou claro que o desempenho do Mercedes em pista seca era bem melhor e isso daria ao heptacampeão a chance de buscar a vitória.

Sobre a corrida

Excetuando os dois principais pilotos das duas equipes, Perez e Bottas foram bem abaixo. Iniciando pelo finlandês, este passou todo o momento da corrida tomando calor de Lance Stroll e no momento do acidente estava disputando com Russell. A manobra que ocasionou a batida é questionável, mas Valtteri fez uma leve movimentação de defesa e George, no reflexo, jogou um pouco mais além do asfalto indo pegar a grama molhada. Foi um momento bastante critico, exatamente para dois personagens que tem suas carreiras ligadas a possibilidade de continuar ou chegar a Mercedes.

Perez fez uma classificação espetacular ao ficar em segundo, mas na corrida foi bem sofrível. Teve os problemas no volante, que foi trocado, mas a impressão que ficou, por conta de seus erros, foi de tentar pilotar no mesmo nível de Max e isso é difícil para um piloto que sempre teve a pilotagem cadenciada como é o do mexicano. Tanto os erros quanto a ultrapassagem sobre Vettel, passaram essa impressão de ir além do que lhe é costumeiro.

A Ferrari foi bem com seus dois pilotos e fica claro a impressão que se Carlos Sainz não tivesse errado tanto, poderia até mesmo buscado o pódio. Isso esteve nas mãos de Leclerc, mas perdeu a segunda posição para Norris na relargada e mais tarde para Lewis, fechando em quarto. McLaren apareceu bem mais uma vez e com Norris, que conseguiu um belo terceiro lugar; Ricciardo ficou em sexto, mas longe de ter um grande desempenho como o de Lando. Lance Stroll foi mais uma vez o homem da Aston Martin com bom desempenho entre os dez, sempre dentro das possibilidades do carro; para Vettel restou mais uma tarde de azar, onde foi punido por não ter os pneus montados há cinco minutos antes da largada, mesmo tendo saído dos boxes e depois abandonaria por problemas mecânicos.

Gasly sofreu com o uso dos pneus de chuva extrema e isso o atrasou demais e quando optou pelos intermediários, já havia caído na classificação. Ainda salvou uma oitava posição; Yuki Tsunoda até que realizou uma boa corrida, mas errou após a relargada e ficou em 13o. A Alfa Romeo salvou alguns pontos com a mina posição de Raikkonen, enquanto que Giovinazzi fechou em 14o. A Alpine não teve uma boa jornada, apesar de Ocon ter ficado entre os dez primeiros no grid. Ele e Alonso estiveram próximos por toda corrida e o espanhol ficou logo atrás de Esteban, que conseguiu um ponto com o décimo lugar. Para a Williams foi um final de semana que se desenhava até bom, mas que terminou da pior forma possível com seus dois carros destruídos - primeiramente com o enrosco entre Lattifi e Mazepin e depois entre Russell e Bottas - onde era bem possível que George ficasse com alguns pontos nessa prova. Sobre a Haas, seus dois pilotos competem internamente apenas. Mick chegou anos luz a frente do errático Mazepin - uma vez que o filho de Michael também errou ao bater na saída de box quando aquecia os pneus.

O GP da Emilia Romagna, que iniciou com pista molhada, foi bem melhor do que era imaginado e nos deu uma importante visão do que pode ser neste campeonato, onde a Red Bull e Mercedes serão as postulantes ao título, mas com coadjuvantes que podem muito bem desequilibrar a balança. 

sábado, 10 de abril de 2021

F1 Battles: Carlos Reutemann vs Mario Andretti - Zandvoort 1980


A bela disputa entre Carlos Reutemann e Mario Andretti pela quarta posição no GP da Holanda de 1980, então 11a etapa daquele mundial.

Enquanto que os dois veteranos - e ex-companheiros de Lotus - batalhavam por aquela posição, Nelson Piquet liderava o GP para conquistar uma importante vitória que o deixou com dois pontos de desvantagem para Alan Jones, que terminou em 11o nesta prova. Jones somava 47 pontos contra 45 de Piquet. A segunda posição do GP ficou para René Arnoux e a terceira para Jacques Laffite.
Sobre a batalha da quarta posição Reutemann levou a melhor e ficou com a posição, enquanto que Mario abandonou na volta 70 por pane seca.

Foto 909: Juan Manuel Fangio, GP de Berlim 1954

 


Uma festa para o campeão. As Mercedes W196 lideradas por Karl Kling, Juan Manuel Fangio e Hans Hermann durante o I Grosser Preis von Berlin, realizado em 19 de setembro de 1954 em AVUS.

Esta prova foi organizada para comemorar a conquista de Juan Manuel Fangio naquele ano de 1954 e contou com a participação de 14 participantes ao todo. Além dos três Mercedes, ainda teve três Gordini T16 para Jean Behra, André Pilette e Fred Wacker. A Maserati levou dois 250F oficiais para Stirling Moss e Sergio Mantovani, mas a marca ainda teve outros dois carros de modo particular: Louis Rosier inscreveu um 250F em seu nome e Harry Schell um antigo A6GCM também em seu nome. A equipe de Louis Rosier inscreveu uma Ferrari 625 para Robert Manzon, mas este nem chegou a participar da corrida após apresentar problemas pouco antes da largada. Um Ferrari 500 foi inscrito pela Ecurie Francorchamps e pilotada por Jacques Swaters. A lista de inscritos ainda contou com duas participações particulares: Helmut Nierdermayr pilotou um Klenk Meteor, enquanto que Rudolf Krause usou um BMW Eingebau.

Para a corrida, com 60 voltas programadas, apenas 11 carros estiveram presentes – Moss, Mantovani e Krause nem treinaram – e o número de participantes cairia ainda para 10 quando Robert Manzon não alinhou na oitava posição. Juan Manuel Fangio, que fez a pole com 1.3 segundos de vantagem sobre Hans Hermann, liderou o corrido por um bom tempo e sempre comboiado pelos outros dois Mercedes. Faltando  poucas voltas para o fim, o argentino diminuiria a velocidade e deixaria Karl Kling assumir a liderança para vencer por uma margem de cinco décimos sobre Fangio, com Hermann em terceiro fechando a trinca da equipe Mercedes. O piloto argentino teria abdicado da vitória seguido comando vindo dos boxes para que Kling vencesse.

Na foto em destaque no post ainda pode-se ver a presença de um outro carro, que trata-se do Gordini de Jean Behra que conseguiu acompanhar o ritmo dos Mercedes pelas primeiras voltas, mas que acabaria por ter o motor quebrado - justamente pelo grande esforço em acompanhar os carros alemães - e abandonar na volta 14. 

Ainda sobre Fangio, o argentino acabou recebendo um volante feito por um artesão local e que está em seu Museu na cidade de Balcarce.

quarta-feira, 7 de abril de 2021

Foto 908: Jim Clark, GP da Holanda 1965

 


Jim Clark com Lotus 33 Climax durante o GP da Holanda de 1965. Foi o GP onde Colin Chapman teve uma briga com os policiais locais, tendo dado um soco em um deles pouco antes do início da corrida. Colin foi levado para a delegacia, onde ficou preso por dois dias.
Este foi o GP onde a Honda, com Richie Ginther, desafiou o Lotus de Jim Clark e o BRM de Graham Hill nas voltas iniciais com um bom ritmo. O bom desempenho do Honda RA272 tinha sido visto já em Silverstone semana antes com o mesmo Ginther, e a repetição em Zandvoort durou algumas voltas mais do que foi no GP britânico.
Richie Ginther ficou por duas voltas na liderança até ser ultrapassado por Graham Hill e Jim Clark. Mais tarde, na volta 6, foi a vez de Clark assumir a liderança para não mais perdê-la e conquistar a sua quinta vitória no ano, naquele que foi o sexto GP da temporada.
Hoje completa 53 anos da morte de Jim Clark, que aconteceu durante uma prova de Fórmula 2 em Hockenheim. 

terça-feira, 6 de abril de 2021

Foto 907: Hermann Lang, Trípoli 1939

 


(Foto: Daimler Benz)

Hermann Lang a caminho da vitória no GP de Trípoli de 1939 com o icônico Mercedes Benz W165, cujo carro que foi construído em poucos meses especificamente para esta prova. Rudolf Caracciola, como modelo idêntico ao de Lang, e Emilio Villoresi com Alfa Romeo 158 completaram o pódio.

Lang venceu por três vezes este GP de Trípoli e forma consecutiva, ao vencer de 1937 até 1939. A sua primeira vitória naquele circuito marcou dois fatos curiosos: a primeira foi logo após a conquista, quando estava voltando da premiação e foi abordado por uma pessoa que o beijou várias vezes. Mais tarde soube -se que esta pessoa é a que havia ganhado na loteria - os resultados da prova eram válidos pela loteria também. O outro fato se deu mais tarde quando houve a festa de gala que acontecia tradicionalmente para congratular o vencedor do evento. Tanto Hermann, quanto sua esposa Lydia, não tinham roupas adequadas - e nem dinheiro para comprá-las - para a situação e se trancaram no quarto do hotel, atrasando a ida para a festa - é de se destacar que Hermann Lang não tinha a mesma fama de um Caracciola, Manfred Von Brauchitsch ou Hans Stuck, sendo que o piloto estava despontando para ao automobilismo naquele momento, tendo saído da posição de mecânico para piloto da equipe já em 1935. Alfred Neubauer, o grande chefe da equipe Mercedes, acabou por convencê-los a ir para a festa onde Hermann seria premiado pela conquista.

Hoje Hermann Lang completaria 112 anos hoje.


Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...