quarta-feira, 12 de maio de 2021

Foto 925: Stefano Modena, Mônaco 1991


Na foto, Stefano Modena no trecho final do Casino com a Tyrrell 020 Honda no final de semana do Grande Prêmio de Mônaco de 1991. Foi um final de semana quase de glória para o piloto italiano na ocasião, quando chegou a lutar pela pole position contra Ayrton Senna. Ele ficou em segundo, com 0.465 décimos de atraso para o brasileiro, que ficou com a pole. 

Na corrida, Stefano ficou na segunda posição por 42 voltas até que o motor Honda estourasse na saída do túnel e lavando todo aquele trecho em descida que antecede a chicane do porto. Azar de Ricardo Patrese, que perseguia de perto Stefano e acabou escorregando no óleo e bateu. Foi uma grande dose de azar para Modena, que havia ficado em terceiro na edição de 1989 quando pilotava pela Brabham e que desta vez teria a chance de pegar outro pódio caso o motor Honda não o deixasse na mão.

Para o resto da corrida, Ayrton Senna chegou a sua quarta vitória consecutiva na temporada e a quarta no Principado. Na luta pela segunda posição, Nigel Mansell chegou ficou logo atrás após ultrapassar Alain Prost na freada para a chicane do porto e, assim, conseguiu marcar seus primeiros pontos na temporada de 1991. Em terceiro ficou Alain Prost. 

Stefano Modena completa hoje 58 anos.

terça-feira, 11 de maio de 2021

Foto 924: Herbert Müller, Can-Am, Mid-Ohio 1974


A Ferrari 512M Spyder pilotada por Herbert Müller - e inscrita pelo próprio - durante a etapa de Mid-Ohio, que foi a quarta do campeonato da Can-Am no ano de 1974. O piloto suíço largou em 10º e abandonou na volta 11 com problemas no motor.

Essa etapa de Mid-Ohio contou com a presença do Porsche 917/30 TC da equipe Penske, nesta que foi a única aparição do carro campeão da temporada anterior na competição de 1974. Com as restrições de consumo de combustível devido a crise do petróleo, Roger Penske resolveu retirar seu "monstro" de cena, mas para aquela etapa de Mid-Ohio ele entendia que o seu carro podia render melhor naquele circuito sem ter preocupação com o alto consumo. Foi a corrida que colocou frente a frente o Porsche 917/30 contra os Shadow DN4 Chevrolet de George Follmer e Jackie Oliver, que vinham dominando aquele campeonato. 

Na qualificação, Brian Redman, que foi chamado por Penske para pilotar o Porsche, fez a pole com mais de 1 segundo de vantagem sobre os Shadow de Follmer e Oliver que apareciam nas duas posições seguintes. Já na corrida, que inciara com pista molhada, Redman optou pelos pneus de chuva enquanto que os dois pilotos da Shadow usaram pneus slick, custando um ritmo melhor. Follmer chegou rodar e despencar na classificação, mas recuperou-se rápido para, junto de Oliver, começar a alcançar a Porsche de Redman que já estava a sofrer com os pneus para pista molhada. Essa disputa caseira entre os Shadow acabou num contato entre Oliver e Follmer, sendo que George levou a pior e teve o carro danificado. O americano levou o carro para os boxes após o chamado da equipe, porém ele acabou entendendo que ali ele seria chamado atenção pelo acontecido. Num ataque de fúria, ele saiu do carro para não voltar mais, indo embora do circuito. Mas o chamado da equipe era apenas para fazer reparos e inspecionar se nada demais tinha acontecido ao carro...

A prova continuou e mesmo dosando o ritmo por causa dos pneus, Redman não conseguiu suportar a pressão de Jackie Oliver que assumiu a liderança para vencer a quarta corrida seguida da Shadow e sua também, alcançando 80 pontos no campeonato. Redman ficou em segundo e a terceira posição foi de Hurley Haywood com o Porsche 917/ 10 da equipe. 

A Can-Am ainda teve a quinta etapa (Road America), que foi vencida por Scooter Patrick com um McLaren M20 Chevrolet. A crise do petróleo e financeira da categoria, que já havia cancelado anteriormente etapas em Laguna Seca e Edmonton, só piorou e a etapa final que seria em Riverside também foi cancelada e com apenas cinco etapas, a primeira - e espetacular - encarnação da Can-Am chegava ao fim de forma melancólica.

Herbert Müller marcou 16 pontos naquele campeonato, tendo chegado em quarto na etapa de Atlanta e em sexto na prova de Road America e ficando na nona posição na tabela do campeonato, que foi vencido por Jackie Oliver com 82 pontos.

O piloto austríaco completaria 81 anos hoje.

segunda-feira, 10 de maio de 2021

Foto 923: Helio Castroneves, Indy 500 2001

 


A vitória do novato... Helio Castroneves comemorando a sua vitória na Indy 500 de 2001 logo na sua primeira aparição na tradicional prova. Para a Penske foi a primeira desde a terrível não qualificação de 1995, que foi a última vez que os carros da CART estiveram no lendário circuito.

Foi a segunda Indy 500 que foi vencida por uma equipe que ainda estava na CART, sendo que em 2000 a Chip Ganassi levou a prova com Juan Pablo Montoya que, a exemplo de Castroneves, também estreava na corrida. Helio largou na 11ª posição - quarta fila - e assumiu a liderança faltando 52 voltas para o final de uma corrida que foi atribulada pela chuva, com direito a bandeira vermelha já próximo da fase final para secamento da pista que foi ajudado pelo aparecimento do sol.

Apesar de algumas investidas de Robbie Buhl - que viria se acidentar na volta 166 - Helio sustentou a liderança e venceu a sua primeira Indy 500, seguido pelo seu companheiro de equipe Gil De Ferran e a terceira posição ficando para Michael Andretti (Team Green). Para a Penske foi um retorno triunfal: após desastrosa não qualificação de 1995, era a primeira vez que a equipe de Roger Penske voltava a disputar uma Indy 500 e aquele 1-2 - a primeira deles na história da prova - foi um momento de alívio para o Capitão "Acho que nos redimimos pela coisa ruim que fizemos em 1995 ... este é o melhor dia da minha vida voltando assim", declarou Roger Penske após a conquista.

Seis carros da CART ocuparam as seis primeiras posições (Helio, Gil (Penske), Michael Andretti (Team Green), Jimmy Vasser, Bruno Junqueira e Tony Stewart (Chip Ganassi Racing) ) e o primeiro carro da IRL apareceu em sétimo com Eliseo Salazar (AJ Foyt Enterprises).

Helio Castroneves, que tentará neste ano sua quarta conquista na clássica prova, completa 46 anos hoje.

Foto 922: Lorenzo Bandini, GP da Áustria 1964

 


Lorenzo Bandini com a Ferrari 156 durante o GP da Áustria de 1964, realizado no aeródromo de Zeltweg. Foi a sétima etapa do Mundial de Fórmula-1.

Esta prova foi a primeira da Áustria de forma oficial, sendo quem em 1963 recebeu a categoria caráter extraoficial e que foi vencida por Jack Brabham. A edição de 1964 foi uma prova de resistência para os carros, umas vez que o asfalto do circuito era bem irregular trazendo inúmeros problemas para favoritos como Jim Clark, Graham Hill, Dan Gurney, John Surtees - os problemas mais comuns foram de suspensão e câmbio. Phil Hill sofreu um forte acidente na 20ª volta quando seu Cooper Climax escapou em uma das curvas e bateu. Ele foi lançado do carro, enquanto este sofreu um incêndio que foi prontamente controlado.

Bandini partiu da sétima posição no grid e aproveitou-se bem dos problemas que aconteciam com aqueles que iam à sua frente até assumir a liderança na volta 47 após o abandono de Dan Gurney com a suspensão do Brabham quebrado. Daí em diante o italiano apenas administrou e escapou das armadilhas que aquele aeródromo austríaco reservava para chegara a sua primeira vitória - e única - na Fórmula-1. Richie Ginther ficou em segundo e Bob Anderson, que largou na 14ª posição com Brabham Climax da DW Enterprises, ficou em terceiro. Esta corrida também marcou a estréia oficial de Jochen Rindt na categoria pilotando o Brabham BRM da equipe de Rob Walker. Rindt, que também tornou-se o primeiro austríaco a competir na categoria, largou em 13º e abandonou na volta 58 com problemas na direção. 

Hoje completa 54 anos da morte de Lorenzo Bandini, que não resistiu aos ferimentos e queimaduras do acidente sofrido no GP de Mônaco de 1967 realizado em 7 de maio.

domingo, 9 de maio de 2021

GP da Espanha - À risca

 

(Foto: Mercedes/ Twitter)


Simbiose é algo interessante: ou aparece de imediato e faz um estrago impressionante ou então é conquistada aos poucos e depois de um certo tempo torna-se uma fortaleza quase indestrutível, a ponto de não ser fácil de ser batida. Mercedes e Hamilton se encaixam bem nessa situação e a corrida da Espanha é um prova disso.

A princípio, quando Hamilton foi para os boxes de forma repentina, era difícil acreditar que ele chegasse em Verstappen a ponto de tentar assumir a liderança. Mas a Mercedes talvez tenha se lembrado do GP da Hungria de 2019 onde Lewis tirou uma grande diferença para Max com uma estratégia que deixou a Red Bull sem saída e forçou os rubro-taurinos a deixarem seu piloto na pista. Ficou e foi presa fácil para Lewis e Mercedes. E hoje na, Espanha, o cenário foi igual... e com resultado igual ao 2019.

Hamilton tirou uma diferença de 23 segundos para Max usando os mesmos pneus médios, porém com 12 ou 13 voltas mais novos que o do holandês. Isso fez uma enorme diferença. Por outro lado, faltou tato da Red Bull em não chamar Verstappen logo após a ida de Hamilton e isso complicou bastante a chance do jovem holandês em tentar, pelo menos, lutar de forma justa pela vitória contra uma eficiência já conhecida dessa simbiose Mercedes/ Hamilton. Assim como na Hungria, Max foi presa fácil para Hamilton que assumiu a liderança faltando cinco voltas para o final e não teve chances de defesa.

Apesar de ter sido mais uma vitória para Hamilton, é de sempre destacar que o inglês - mesmo quando não bota fé na estratégia da equipe - a cumpre de forma precisa e procura transformar uma situação duvidosa em vitória - que poderia ter sido até mais fácil não fosse o vacilo na largada. Ele chegou próximo de Max duas vezes na corrida, mas por destracionar na saída da chicane, perdia um pouco do ritmo e isso influenciava bastante na hora de tentar o uso da asa móvel. E isso foi possível nas voltas finais com uma borracha mais em dia para pegar o vácuo do Red Bull e assumir a liderança. Portanto, não basta ter uma equipe bem alinhada e um carro muito bom, é preciso saber utilizar todo este conjunto ao seu favor. E Hamilton soube fazer isso, através de uma estratégia arriscada e brilhante da Mercedes.

Essa briga de gato e rato entre Mercedes/ Hamilton e Red Bull/ Verstappen terá um próximo capítulo em Monte Carlo onde, em tese, a Red Bull tem o favoritismo.

Blog Volta Rápida - Centésima pole de Lewis Hamilton - GP da Espanha

 

 

 A minha opinião sobre mais este marco do piloto inglês, que alcançou a pole de número 100 na Fórmula 1.

Espero que gostem!

sexta-feira, 7 de maio de 2021

Foto 921: Mike Spence, ROC 1968

 


Mike Spence com o BRM P126 em Brands Hatch durante a terceira edição do Race Of Champions, realizado em 17 de março de 1968. O britânico largou em segundo e abandonou na volta 18 após um vazamento de óleo. A prova foi vencida por Bruce McLaren com o McLaren M7A.

Esta foi a última prova de Mike Spence, que veio falecer nos treinos para as 500 Milhas de Indianápolis quando foi escalado para susbstituir Jim Clark no Lotus Turbina. O acidente mortal de Spence aconteceu exatamente um mês após a morte de Clark na prova da Fórmula 2 em Hockenheim. Mike Spence já havia sido inscrito pela BRM para a prova da Espanha, então segunda etapa do Mundial de Fórmula 1,e com a sua morte a equipe de Louis Stanley competiu apenas com Pedro Rodriguez. 

O último GP oficial de Mike Spence foi na corrida de abertura, realizado em Kyalami - e que também foi a última de Jim Clark -, quando ele abandonou na volta 8 com vazamento de gasolina. 

Hoje completa exatos 53 anos da morte do britânico.  

Foto 1042 - Uma imagem simbólica

Naquela época, para aqueles que vivenciaram as entranhas da Fórmula-1, o final daquele GP da Austrália de 1994, na sempre festiva e acolhedo...