sábado, 3 de outubro de 2009

As desventuras de Otto Stuppacher

Otto Stuppacher e Karl Opptizhauser durante o final de semana do GP da Áustria de 1976, onde o primeiro não conseguiu a permissão para correr - recorrendo a um abaixo assinado com os demais pilotos para conseguir a permissão, mas não obteve sucesso. Karl ainda treinou com o March, mas não qualificou-se.
Otto ainda tentou classificar para as outras corridas restantes, mas a sua enorme lentidão não lhe deu tal chance chegando ficar mais de 27 segundos de atraso em relação ao tempo da pole de Hunt em Watkins - que até hoje é um recorde de diferença entre o pole e o último.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Grandes Atuações: Damon Hill, Suzuka 1994

Tinha sido uma temporada traumática e polêmica. As mortes de Ratzenberger e Senna, os vários acidentes graves que quase mataram outros pilotos, a suspeita sobre o desempenho dos carros da Benetton- em especial o de Schumacher- e a suspensão de Schumi foram os acontecimentos da temporada de 1994 uma das mais complicadas da história e que ainda estavam muito vivas na memória quando foi realizado o GP do Japão, 15ª e penúltima etapa daquele mundial.
Damon Hill tinha sido alçado à primeiro piloto da Williams após os acontecimentos do 1º de maio. Lutou com um carro que tinha nascido problemático, mas com o decorrer das provas todas as complicações haviam sido sanadas e agora o carro era o melhor do campeonato. Do outro lado Schumacher com sua Benetton dopada de recursos eletrônicos, já deviam ter matado o mundial mas eles trapacearam em algumas provas e o alemão foi punido com duas provas de suspensão, Itália e Portugal, que ainda era decorrente por desrespeitar a bandeira preta no GP da Inglaterra. Damon venceu em Monza e Estoril e diminuiu a diferença para 1 ponto apenas. Na prova da Europa, disputada em Jerez de La Frontera, Schumi retornou e venceu a corrida subindo a diferença para 5 pontos para Hill que tinha chegado em segundo. No Japão Damon tinha, praticamente, sua última chance de manter claras suas chances de título e isso ele se apegou.
A pista de Suzuka, com sua sessão de curvas rápidas, médias e baixa velocidade, sempre fascinou os pilotos que a colocavam ao lado de Spa como o traçado mais desafiador do campeonato. E isso deveria ser favorável à Williams-Renault de Hill, mas Schumacher fez e a diferença e marcou sua sexta pole na temporada com o tempo de 1'37''209.
O domingo estava chuvoso. Mas no ínicio da prova diminuíra e assim foi dada a largada, com Schumi a sair melhor que do que Hill. Na terceira volta Katayma, Inoue e Herbert batem na reta dos boxes o que força a entrada do safety-car. Este ficou até a 11ª volta quando foi dada a relargada. Schumacher abriu uma boa vantagem para Hill que na 13ª volta já estava em 6.853 segundos, mas o inglês ainda se mantinha forte na corrida.
Na 15ª volta Morbidelli e Brundle se acidentam violentamente e nisso um bandeirinha quebra a perna. A visibilidade estava péssima, quase zero, quando aconteceram os acidentes. A prova fora interrompida no ato.
Após duas voltas atrás do safety, a largada foi dada mas os tempos se mantinham sendo agregados durante a corrida numa espécie de 2ª bateria. Assim, mesmo com Schumi a liderar e Hill à segui-lo de muito perto, a diferença ainda era de 6,8 segundos. Mansell e Alesi começavam uma disputa interessante pela quarta posição, mas o leão estava 4.54 segundos do francês, apesar de estarem próximos. Schumi para nos boxes na volta 18 e volta em terceiro, 14.973 segundos atrás de Hill, que pararia na 24ª volta (de um total de 50) e sairia ainda na frente do alemão da Benetton. Para Michael, que teria que fazer outra parada, tinha que descontar toda essa diferença, ultrapassar Hill e abrir uma boa vantagem para entrar nos boxes e tentar voltar a frente do inglês, que pela sua parada de 9.2 segundos na volta 24 e não reabasteceria mais.
Schumi descontou a vantagem, mas não ultrapassou Hill. Na 40ª volta, ele fez sua segunda parada e com o tempo de 7.0 segundos e saiu do pit, ainda em segundo, com um atraso de 14.599 segundos para Hill que foi descontado volta a volta. Damon Hil, reconhecidamente um péssimo piloto em pista molhada, tinha sobrevivido à todas as complicações daquela prova e não entregaria a vitória tão facilmente. Mas sua Williams tinha problemas nos pneus e assim o carro começava a sair de frente, o que em um circuito com pista molhada como o de Suzuka era um terror. Mas Schumacher, mesmo andando nos limites, tinha vários retardatários para ultrapassar, tanto que Eric Comas deu uma ajudinha a Hill ao atrapalhar Schumi. Assim Damon, com todos os problemas, venceu a corrida com 3.3 segundos de vantagem para Michael.
A diferença tinha caído para 1 ponto e a decisão fora para a Austrália onde aconteceu a famosa batida de Schumi contra Hill que decidiu o mundial a favor do alemão. Mas antes de tudo o inglês tinha mostrado o seu valor ao vencer de modo fantástico o terrível GP em Suzuka. Foi um dos melhores desempenhos da década de 90.

E a chuva atrapalhou tudo

Nos treinos realizados nesta sexta feira em Suzuka, o que se aproveitou mesmo foi a sessão da manhã que teve como mais rápido Kovalainen da Mclaren. No segundo treino a chuva atrapalhou todos, e Sutil foi o mais rápido da sessão com 1'47''261. Mas nos tempos agregados o finlandês do time Woking ficou com o melhor tempo de 1'40''356. Barrichello só treinou na parte da manhã marcando o nono tempo e Button, que também andou só no primeiro treino, ficou em 18º. Os tempos agregados:
1. Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - 1min40s356
2. Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - 1min40s648
3. Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min40s806
4. Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari) - 1min40s985
5. Sébastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min41s421
6. Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 1min41s443
7. Fernando Alonso (ESP/Renault) - 1min41s532
8. Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - 1min41s577
9. Rubens Barrichello (BRA/Brawn) - 1min41s821
10. Nico Rosberg (ALE/Williams) - 1min42s188
11. Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min42s332
12. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min42s475
13. Jarno Trulli (ITA/Toyota) - 1min42s657
14. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min42s667
15. Robert Kubica (POL/BMW) - 1min42s833
16. Nick Heidfeld (ALE/BMW) - 1min42s977
17. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 1min43s218
18. Jenson Button (ING/Brawn) - 1min43s318
19. Kamui Kobayashi (JAP/Toyota) - 1min43s407
20. Romain Grosjean (FRA/Renault) - 1min43s572

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Agora sim!




Depois de uma novela quase interminável se ia ou não, Alonso e Ferrari confirmaram o contrato que vai durar pelas três próximas temporadas e que põe fim à essa novela que durava já desde o ano passado.
O anúncio foi feito hoje no site oficial da equipe italiana que destacou que Alonso é o segundo espanhol a correr pela Scuderia na história do mundial. O espanhol será companheiro de Massa na próxima temporada e talvez, se Montezemolo conseguir a autorização para colocar um terceiro carro na pista, Fisichella também fará parte. Mas de principio o italiano já é piloto de testes para o ano de 2010.
Stefano Domenicali, chefe da equipe, exaltou a contratação do espanhol: "Estamos orgulhosos de receber no nosso time outro piloto vencedor, que demonstrou seu incrível talento ao conquistar dois títulos mundiais até hoje", disse o dirigente. Ele também agradeceu as três temporadas de Raikkonen na Ferrari: "Queremos agradecer Kimi por tudo que ele fez durante o seu período na Ferrari: no seu primeiro ano, foi campeão, contribuindo com a história da equipe, além de ter um papel vital nos títulos de Construtores de 2007 e 2008. E, mesmo em uma temporada difícil como a atual, demonstrou seu grande talento com ótimos resultados, como a grande vitória em Spa. Temos certeza de que vamos dividir novos ótimos momentos nas três últimas provas do ano."
O outro piloto espanhol que correu na Ferrari foi Alfonso Antonio Vicente Eduardo Ángel Blas Francisco de Borja Cabeza de Vaca y Leighton (UFA!!!!) ou simplesmente Alfonso de Portago, que correu nos anos de 1956 e 1957. A sua melhor posição de chegada numa corrida de F1 foi o segundo lugar no GP da Inglaterra de 1956 pilotando uma Lancia-Ferrari (a Ferrari comprou os carros da Lancia no final de 55 já que a equipe estava de saída da F1) em dupla com Peter Collins. De Portago viria morrer num acidente durante as Mille Miglia de 1957 quando sua Ferrari estourou um pneu e invadiu a multidão que estava na beirada da pista.

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Análise dos 8 primeiros- GP de Cingapura


LEWIS HAMILTON-Marcou uma pole com muito mais gasolina que os outros 4 que estavam logo atrás dele. A sua vitória pareceu fácil quando terminou a corrida, mas realmente acabou tendo uma ajudinha de seus amigos Rosberg e Vettel para que ficasse tranquila sua prova. Não tem nada a perder e como ele já havia dito antes, está indo pra cima dos demais sem tomar conhecimento.

TIMO GLOCK- Quando o carro não oscila tanto ele consegue bons resultados. Tinha um grande ritmo de prova, mas não o suficiente para incomodar Vettel e nem Hamilton. Dai seu compatriota deu uma mancada e ele aproveitou para ganhar a segunda posição. Com um carro melhor pode dar bastante trabalho.






FERNANDO ALONSO- O carro é péssimo, mas mesmo assim ele consegue fazer milagres. E assim vai sendo suas últimas provas pela Renault. Sentiu o gostinho de liderar uma prova, pelo menos por 4 voltas, mas lutou muito e foi agraciado, na base da sorte, por um lugar no pódio. Pelo menos força de vontade e garra não faltam ao espanhol.





SEBASTIAN VETTEL- Se tinha um cara que poderia ter saído vencedor neste domingo, além de Hamilton, era ele. Tinha uma diferença de 0.7 segundos quando foi para o box fazer sua segunda parada, dai acabou andando rápido demais no pit lane e tomou uma punição que o jogou para 7º. Saiu caro e isso custou, de vez, sua chances de tentar o título.





JENSON BUTTON- Parecia que a vaca tinha ido pro brejo ao ter que sair da 11ª posição, mas acabou tendo um desempenho quase igual ao de Barrichello, mesmo tendo 30Kg de combustivel à mais que o brasileiro. O Safety também ajudou e isso mudou as coisas. Saiu com um ponto a mais que Barrichello e pode liquidar o título já em Suzuka.





RUBENS BARRICHELLO- Talvez tivesse sorte melhor, mas acabou se dando mal com a entrada do Safety após sua primeira parada, o que acabou com sua diferença, que antes da parada estava na casa de 7 segundos para Button e depois do seu pit cairia para, talvez, uns 5 segundos. No seu segundo pit o motor morreu e ele perdeu tempo que saiu caro mais tarde com perda de posição para seu rival. Com quinze pontos de desvatagem agora terá que incorporar o desempenho de Kimi em 2007 para descontar esse atraso.


HEIKKI KOVALAINEN- Outra corrida normal do finlandês. Passou a prova toda no pelotão intermediário lutando contra as Brawns, a Red Bull de Webber e a BMW de Kubica. Com essas atuações sua cabeça já está prêmio na equipe, apesar dos esforços do pai de Hamilton para tentar deixá-lo lá, afinal ele é inofensivo ao filhinho.




ROBERT KUBICA- Continua vendendo seu peixe. O carro teve uma leve melhora o que possibilita ele e Heidfeld marcarem pontos, coisa inimaginável até pouco tempo atrás. Não tem emprego para o próximo ano, mas acho que a equipe continua com o nome Sauber e dai ele pode continuar por lá mesmo.

domingo, 27 de setembro de 2009

MUNDIAL DE PILOTOS01 Jenson Button/ Brawn 84 pts
02
Rubens Barrichello/ Brawn» 69pts
03
Sebastian Vettel/ Red Bull» 59pts
04
Mark Webber/ Red Bull» 51,5pts
05
Kimi Raikkonen/ Ferrari» 40pts
06
Lewis Hamilton/ McLaren Mercedes» 37pts
07
Nico Rosberg/ Williams» 30,5pts
08
Fernando Alonso/ Renault» 26pts
09
Timo Glock/ Toyota» 24pts
10
Jarno Trulli/ Toyota» 22,5pts
11
Felipe Massa/ Ferrari» 22pts
12
Heikki Kovalainen/ McLaren Mercedes» 22pts
13
Nick Heidfeld/ BMW Sauber» 12pts
14
Robert Kubica/ BMW Sauber» 9pts
15
Giancarlo Fisichella/ Ferrari» 8pts
16
Adrian Sutil/ Force India» 5pts
17
Sebastien Buemi/ Toro Rosso» 3pts
18
Sebastien Bourdais/ Toro Rosso» 2pts
MUNDIAL DE CONSTRUTORES

01 Brawn» 153
02
Red Bull» 110,5
03
Ferrari» 62
04
McLaren Mercedes» 59
05
Toyota» 46,5
06
Williams» 30,5
07
Renault» 26
08
BMW Sauber» 21
09
Force India» 13
10
Toro Rosso»
5

As equipes- GP de Cingapura 2009

MCLAREN- Teve um final de semana quase perfeito. Digo isso porque só faltou Kovalainen para treminar no pódio ou próximo pelo menos. A equipe colocou novas evoluções no carro para esta prova e surtiram efeito. Hamilton fez outra prova muito boa e conseguiu uma vitória que no final pareceu fácil.
FERRARI- Não foi um final de semana dos melhores. Raikkonen, que tinha conseguido ótimos resultados nas últiamas provas, não teve chances nessa apesar de estar sempre combativo. Fisichella ainda bate cabeça com o carro italiano e não conseguiu nada de bom nesta prova. Parece que o carro é muito complicado.
BMW SAUBER- Outra prova legal da equipe, pelo menos com Kubica que conseguiu andar num ritmo parecido com as Brawns e a Red Bull de Webber. Já Heidfeld abandonou a prova após se acidentar com Sutil. Mas sua prova já estva compliocada após a troca de motor e câmbio antes da corrida. O carro teve um melhora, o que pode ser um bom trativo para quem quiser comprar a equipe ou apoiá-la para o ano que vem.
RENAULT- Era melhor colocar só o carro de Alonso na pista. É apenas com ele que a equipe pode contar afinal Grosjean abandonou no inicio da prova. Ele foi a piada do final de semana ao rodar e bater, de leve, no mesmo local em que Nelsinho fez a batida do escandalo no ano passado.
Alonso, como de costume, levou a equipe nas costas e conquistou uma terceira posição inesperada. A equipe já começa a se despedir dele para o ano que vem.
TOYOTA- É estranho essa equipe. Ora andam em algumas corridas e em outras ficam se matando nas posições intermediárias. Nesta prova, Glock foi quem comandou a equipe e conseguiu andar quase no ritmo dosd ponteiros, mas no final da prova acabou chegando ao pódio. Trulli ficou encaixotado lá nas posições intermédias e terminou em 12º. A Toyota já pensa em destinar esforços para o projeto Le Mans, o que pode ser um indício de que a equipe pode realmente acabar no final deste ano.
TORO ROSSO- O carro parece ter melhorado pouca coisa, o que possibilitou Buemi e Alguersuari fazerem uma boa prova. Mas acabaram abandonado a corrida na mesma volta por problemas no no carro.
RED BULL- Parecia que tinha tudo para conquistar a vitória. Mas Webber teve problemas e caiu de quarto para sexto na largada e durante a prova caiu para nono. Abandonou com problemas nos freios. Vettel era o que tinha a melhor chance, mas acabou abusando da velocidade nos pits e tomou uma punição o que tirou dele a chance de vencer. Agora só um milagre para coloca-los de volta na briga pelo mundial.
WILLIAMS- A exemplo da Red Bull tinha chances de vencer com Rosberg, mas este acabaou jagando tudo por terra quando saiu da faixa limite que separa a saída dos boxes da pista. Com a punição caiu para 14º e as chances de vitória foram pro espaço. Nakajima mais uma vez nada fez de especial e terminou em nono.
FORCE INDIA- O sonho de uma noite de verão da equipe acabou. Depois de dua exibições maravilhosas em Spa e Monza, eles voltaram a realidade. Largaram com Sutil em 16º e Liuzzi em último. Na prova, Sutil abandonou após rodar e ter o bico do carro arrancado por Heidfeld e Liuzzi terminou em 14º e último. Mas quero vê-los em Suzuka, daqui uma semana. O circuito se assemelha um pouco com Spa que tem curvas de variadas velocidades e isto pode trazê-los de volta aos pontos.
BRAWNGP- A briga caseira teve como vencedor Button, mas Barrichello terminou próximo. A disputa entre eles está bem legal, sem apelações para parte alguma e isso vai até quando decidir o campeonato. Em Suzuka não teram grandes chances, até porque a temperatura pode estar baixa por lá. Mas acho que podem fazer um bom papel por lá, mesmo com essa adversidade.

Button chega em 5º e marca um ponto a mais que Barrichello. Hamilton vence com tranquilidade

O medo que todos tinham de que a chuva abatesse sobre a pista citadina de Cingapura, graças à DEUS não aconteceu porém o Safety-Car foi decisivo para definir as posições de Barrichello e Button.
Ambos largaram próximos- Barrichello em 9º e Button em 11º- até porque Heidefeld- que largaria em sétimo- acabou trocando câmbio e motor e caiu para último no grid. O ritmo de prova de ambos durante a corrida foi muito parecido, com Barrichello a fazer voltas entre 49''7 e 49''9 e Button fazendo o mesmo quando ocupava a 10ª posição. Até que em uma curva do circuito, Sutil, numa disputa com Alguersuari, roda e fica atravessado. Heidfeld que vinha logo atrás acerta em cheio o bico do carro do compatriota. Heidfelf anandonou a corrida com a suspensão traseira direita arrebentada e Sutil prosseguiu com a avaria do bico, mas muitos pedaços ficaram na pista, dai a entrada do Safety foi solicitada. Barrichello havia feito sua parada voltas antes e quem acabou se beneficiando disso foi Button, que fez sua parada com tranquilidade e voltou em 8º atrás de Kovalainen (7º) e Barrichello (6º).
O Safety ficou na pista por mais 6 voltas. O ritmo de Barrichello para Button continuou muito parecido, apesar dele ter conseguido abrir 5 segundos de vantagem para o seu rival. Na segunda parada, ele voltou em 7º, atrás de Raikkonen. Button ficou mais 4 voltas na pista, o que foi suficiente para fazer voltas rápidas na casa de 48''1 e 48''6 para fazer sua parada e voltar, no limite, à frente de Raikkonen e Barrichello. O finlandes parou algumas voltas depois e Rubens subiu para sexto. No final da prova Button começou a ter problema de freios e Barrichello conseguiu descontar nas últimas 4 voltas um diferença que estava em 10 segundos. Mas nada pode fazer. Agora ele sai com 15 pontos de desvantagem para Button, mas se for pensar que na hora em que trocou o câmbio isso poderia ter sido o fim de tudo, este 1 pontinho até que saiu barato.
Hamilton teve um domínio amplo na corrida e teve apenas as ameaças de Rosberg e Vettel. Rosberg vinha até bem, mantendo uma diferença de 1.5 à 2.3 segundos de desvantagem para o inglês, mas quando fez sua primeira parada, acabou errando na saída do box e atravessando a linha que separa da pista. foi punido e caiu para 14º dando adeus a chances de vitória. Vettel tinha chances mais reais de vitória, já que antes da sua segunda parada estava à 0.7 de Hamilton e isso dava totais chances a ele para tentar pegar a primeira posição quando o inglês parasse. Mas acabou excedendo a velocidade nos boxes e tomou um drive&through que o jogou para trás na classificação. Terminou em 4º e suas chances de título acabaram de vez.
Hamilton ainda teve em Alonso, que chegou a liderar, e Glock os adversários mais próximos, mas estes não ofereceram perigo algum e o inglês pode comemorar sua segunda vitória no ano e da Mclaren.

RESULTADO FINAL DO GRANDE PRÊMIO DE CINGAPURA-14ªETAPA
1 - Lewis Hamilton (ING/McLaren) - 61 voltas em 1h56min06s337
2 - Timo Glock (ALE/Toyota) - a 9s634
3 - Fernando Alonso (ESP/Renault) - a 16s624
4 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - a 20s261
5 - Jenson Button (ING/Brawn GP) - a 30s015
6 - Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP) - a 31s858
7 - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - a 36s157
8 - Robert Kubica (POL/BMW) - a 55s054
9 - Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - a 56s054
10 - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - a 58s892
11 - Nico Rosberg (ALE/Williams) - a 59s777
12 - Jarno Trulli (ITA/Toyota) - a 1min13s009
13 - Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari) - a 1min19s890
14 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - a 1min33s502
Não completaram:
Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - na volta 48
Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso) - 48
Mark Webber (AUS/Red Bull) - 46
Adrian Sutil (ALE/Force India) - 24
Nick Heidfeld (ALE/BMW) - 20
Romain Grosjean (FRA/Renault) - 4

sábado, 26 de setembro de 2009

E no escurinho de Cingapura, Barrichello bate e Hamilton conquista pole


Foi um treino tranquilo, se compararmos com outros que vimos neste ano realmente faltou emoção, a não ser no segundo treino quando nos instantes finais Button lutava para entrar para o grupo dos 10 que iriam para a Q3 e Barrichello que estava pendurado. O ele conseguiu se safar,, mas Jenson ficou na 12ª posição.
Hamilton ficou com a pole, a terceira dele nesta temporada, mas pelo que parecia era Vettel que ficaria com a primeira posição já que este tem 651Kg contra 660,5Kg do inglês. Realmente saiu no lucro o Lewis. Dos dez primeiros, ele é o quarto piloto mais pesado.
Barrichello já teria seu treino complicado por que acabou trocando o câmbio no treino livre e assim perderia cinco posições. Mas quando já havia garantido a 5ª colocação, faltando 26 segundos para o fim do treino, acabou escapando e batendo o que beneficiou a pole de Lewis tirou o doce da boca de Vettel e Rosberg que poderiam ameaçar o inglês. Vai largar em 10º e está mais leve que Button.
No mais o treino foi só isso, nada de mais interessante. Mas a prova promete ser estratégica (novidade não?) e isso sugere uma disputa acirrada entre os ponteiros e uma prova de recuperação de Barrichello e Button.
Ah, e tem outra, o pessoal comentou de possibilidade de chuva, que é remota, mas existente. Agora é só esperar o que vai acontecer no escurinho de Cingapura.
GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DE CINGAPURA- 14ª ETAPA
Q3
1 - Lewis Hamilton (GBR/McLaren) - 1min47s891
2 - Sebastien Vettel (ALE/Red Bull) - 1min48s204
3 - Nico Rosberg (ALE/Williams) - 1min48s348
4 - Mark Webber (AUS/Red Bull) - 1min48s722
5 - Fernando Alonso (ESP/Renault) - 1min49s054
6 - Timo Glock (ALE/Toyota) - 1min49s180
7 - Nick Heidfeld (ALE/BMW-Sauber) - 1min49s307
8 - Robert Kubica (POL/BMW-Sauber) - 1min49s514
9 - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - 1min49s778
10 - Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP) - 1min48s828*Q2
11 - Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - 1min47s013
12 - Jenson Button (GBR/Brawn GP) - 1min47s141
13 - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) -1min47s177
14 - Sebastién Buemi (SUI/Toro Rosso) - 1min47s369
15 - Jarno Trulli (ITA/Toyota) - 1min47s413Q1
16 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - 1min48s231
17 - Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 1min48s340
18 - Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari) - 1min48s350
19 - Romain Grosjean (FRA/Renault) - 1min48s544
20 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 1min48s792
*Barrichello perdeu cinco posições por troca de câmbio.
PESOS DOS CARROS:
1 - Lewis Hamilton (GBR/McLaren) - 660,5 kg
2 - Sebastian Vettel (ALE/Red Bull) - 651 kg
3 - Nico Rosberg (ALE/Williams) - 657,5 kg
4 - Mark Webber (AUS/Red Bull) - 654,5 kg
5 - Fernando Alonso (ESP/Renault) - 658 kg
6 - Timo Glock (ALE/Toyota) - 660,5 kg
7 - Nick Heidfeld (ALE/BMW-Sauber) - 650 kg
8 - Robert Kubica (POL/BMW-Sauber) - 664 kg
9 - Heikki Kovalainen (FIN/McLaren) - 664,5 kg
10 - Rubens Barrichello (BRA/Brawn GP) - 655,5 kg
11 - Kazuki Nakajima (JAP/Williams) - 680,7 kg
12 - Jenson Button (GBR/Brawn GP) - 683 kg
13 - Kimi Raikkonen (FIN/Ferrari) - 680,5 kg
14 - Sebastién Buemi (SUI/Toro Rosso) - 678 kg
15 - Jarno Trulli (ITA/Toyota) - 690,9 kg
16 - Adrian Sutil (ALE/Force India) - 693 kg
17 - Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso) - 683,5 kg
18 - Giancarlo Fisichella (ITA/Ferrari) - 678,5 kg
19 - Romain Grosjean (FRA/Renault) - 683 kg
20 - Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India) - 656 kg

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Cartaz do dia


Grande Premio da França de 1927 realizado pelo ACF (Automóvel Clube da França). Foram realizadas duas provas naquele final de semana: as corrida da Fórmula Livre e o 21º GP do ACF. Na primeira corrida, a Fórmula Livre, disputada no dia 2 de julho tiveram 10 participantes. A vitória ficou com Albert Divo (Talbot T700) após 10 voltas pelo circuito de Montlhéry no tempo de 1h02m20.4. A segunda posição ficou com Louis Chiron (Bugatti T35B) e a terceira com George Eyston (Bugatti T35C). No GP do ACF (categoria Grand Prix), disputado no dia 3 de julho, 14 participantes estiveram na prova e apenas 4 terminaram. A vitória ficou com Robert Benoist (Delage 15S8) após 48 voltas com o tempo de 4h45m41.2. A segunda posição e terceira posições também ficaram com pilotos da Delage, Edmond Bourlier e André Morel respectivamente. O circuito de Montlhéry tinha 12,504 metros de distancia.

Lutando pela supremacia

Neste GP de Singapura Barrichello e Button continuarão a batalha pelo primeiro título de ambos na F1. Mas também estará em jogo a supremacia de de dois países nas estatísticas da categoria: a de maior nação com títulos mundiais.
Desde a criação do campeonato mundial em 1950, 14 países ganharam o campeonato. Brasil e Inglaterra dividem o topo da lista com oito títulos cada, seguido de perto da Alemanha que tem sete.
A rivalidade começou nos anos 70, quando o Brasil conquistou seus dois primeiros campeonatos com Emerson Fittipaldi em 1972 e 74. Até aquele momento a Inglaterra tinha 4 campeonatos (Hawthorn 1958; Graham Hill 1962 e 1968; John Surtees 1964) mas em 1976 James Hunt conquistou o 5º título para os ingleses, empatando com Escócia e Argentina que tinham o mesmo número de campeonatos conquistados até ali.
Na década de 80 as coisas mudaram de rumo. O Brasil voltou a conquistar mais 4 campeonatos com Nélson Piquet 1981, 83 e 87 e Ayrton Senna 1988 somando assim seis campeonatos mundiais e passando a frente como país com maior números de títulos. Também foi uma década de azares para os ingleses que tiveram de amargar 2 vice-campeonatos de Mansell em 1986 e 87.
Nos anos 90, Senna conquistou mais outros dois campeonatos (1990 e 91) isolando de vez o Brasil na tabela de campeonatos. Mansell teve outro vice em 1991, mas em 92 ganhou seu tão sonhado título. Passaram mais 4 anos até Damon Hill, filho do único inglês Bi-campeão do mundo Graham Hill, ganhasse seu título em 1996 e levando a Inglaterra ao sétimo mundial.
Em 2008 Hamilton travou uma batalha histórica com Massa e acabou levando seu primeiro Mundial e também empatando a disputa Brasil vs Inglaterra no número de campeonatos mundiais em 8x8.
Agora é a vez do tira teima entre Button vs Barrichello e também de quem será a maior nação com títulos na F1.

Mike Hawthorn: Primeiro campeão inglês na F1 em 1958

Emerson Fittipaldi: O primeiro campeão brasileiro na F1 em 1972

Ayrton Senna: 8 título para o Brasil na F1, 1991



Lewis Hamilton: 8º título da Inglaterra na F1, 2008

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Grandes Atuações: Gilles Villeneuve, Jarama 1981


Qualquer vitória que se conquiste na F1 é sempre festejavel. Não importa como, se foi ou não difícil ou até mesmo de pura sorte, mas sempre terá sua importância. Agora, se for conquistada de um modo adverso e principalmente, se o piloto tiver uma participação ativa, superando as deficiências do carro, a vitória é mais fabulosa ainda. Assim foi a conquista de Gilles Villeneuve na 7ª etapa do campeonato de 1981 disputado na Espanha, no circuito de Jarama.

O ano de 1980 foi complicado para a Ferrari (marcara apenas 6 pontos com Villeneuve em todo campeonato) e para o ano de 81 deixara a cargo do Dr. Harvey Postlethwaite a construção do modelo 126CK, mas este era um trabalho a longo prazo já que o ano alvo da equipe era o de 1982. O 126CK não era tão rápido e apesar de ter uma potência absurdamente poderosa de seu V6 turbo, o chassi não conseguia aproveitar toda essa vantagem. Por isso Villeneuve e Pironi tinham que se virar contra carros menos potentes, porém espertos, de Williams, Mclaren, Lotus e Brabham todos usuários dos Ford-Cosworth.

As 5 primeiras etapas daquele campeonato tiveram 3 vitórias das Williams de Jones e Reutemann e 2 da Brabham de Piquet. A sexta etapa, o GP de Mônaco, tinha sido vencida por Villeneuve. O GP da Espanha foi disputado no travado circuito de Jarama próximo a Madrid. A pole ficou com Jacques Laffite (Ligier JS17- Matra), mas na largada este caiu para 11º enquanto Jones e Reutemann assumiam as duas primeiras

Mas Jones acabou errando e caiu para a 16ª posição e Villeneuve assumiu a primeira posição com Reutemann à pressioná-lo.
posições. E Villeneuve? Bom, este fez a sétima colocação nos treinos e na corrida colocou em pratica sua "largada-foguete" pulando para a terceira posição após a largada. Na segunda volta Reutemann foi ultrapassado por Gilles, mas este ao assumir a segunda posição verificou que Jones estava longe e aumentava cada vez mais a distância. A conquista do primeiro lugar parecia pouco provável.

O canadense começou a ter problemas na sua Ferrari, que inicialmente era com o acelerador e depois os pneus também estavam desgastados. Os seus perseguidores ficaram mais próximos. Com Reutemann na segunda posição e mais tarde Laffite, que se recuperava da má largada, ultrapassara o piloto da Willliams e agora era o novo segundo colocado da prova e estava colado no câmbio de Villeneuve. John Watson (Mclaren MP4-1-Ford) também ultrapassa Reutemann e entra na brincadeira assumindo o terceiro posto. Villeneuve tinha dificuldades extremas no miolo do circuito, porém, na reta, aproveitava a potência do motor turbo para aumentar a diferença para os demais e isso eliminava o risco de Laffite conseguir o vácuo. Assim foi o resto da prova, com os outros atacando e Villeneuve fazendo milagres para defender a sua posição. Gilles venceu a corrida com uma diferença de 1,24 segundos para Elio de Angelis (Lotus 87-Ford) que chegou na quinta posição, o que mostra o quanto foi fabulosa essa corrida e atuação de Villeneuve. Foi a última vitória de Villeneuve naquela temporada e também da sua carreira. A Espanha também sediou seu último GP e os espanhóis voltariam a ver corridas da categoria somente em 1986 no novo circuito construído em Jerez. A Ferrari voltou ao pódio somente na corrida do Canadá, onde Gilles terminou em 3º após outra grande exibição.

O GP da Espanha daquele ano acabou por ser considerada como uma das melhores da década, mas é Reutemann quem definiu melhor aquela corrida: "Isso não foi uma corrida, foi um show".
E ele estava certo!

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Análise dos oito primeiros do GP da Itália

BARRICHELLO- Teve outro fim de semana sensacional. Largando da 5ª posição com estratégia de uma parada, conseguiu um ritmo que o deixou no páreo pela vitória. Descontou mais dois pontos com relação à Button, que passou a prova toda no seu encalço. Foi uma vitória que o deixa à 14 pontos de seu companheiro e também iguala também Nelson Piquet em vitórias em Monza. Ambos tem 3 conquistas no GP italiano.BUTTON- Com estratégia idêntica à Barrichello, fez também uma prova com um ritmo muito bom o que lhe permitiu, sempre seguindo Rubens, á subir para a segunda posição. Chegou a ameaçar seu cmpnheiro algumas vezes, mas este sempre tinha a resposta engatilhada. Foi seu primeiro pódio nesta segunda parte do campeonato, o que caracterizou um grande alivio para ele.
RAIKKONEN- Ele sabia que não teria condições de briga pela vitória nesta prova. Teve uma boa batalha com Sutil, mas sempre deixando uma margem de 0,5 à 1,2 segundos de diferença para o alemão da Force Índia. Foi seu quarto pódio seguido desde o GP da Hungria.






SUTIL- Foi um final de semana dos sonhos para ele. Mais rápido na sexta, quase foi pole no sábado e na prova caiu de segundo para terceiro. Batalhou muito para ultrapassar Raikkonen, com quem brigou a prova inteira, mas foi recompensado ao marcar a volta mais rápida da prova, a primeira dele e da equipe indiana na F1.


ALONSO- Acabou se decepcionando com KERS que não teve resultado algum na prova. Mas mesmo assim lutou por posições contra Kovalainen e Liuzzi. Conseguiu a 5ª posição, mas seu carro é muito inferior aos outros e em circuitos mais velozes isso fica evidente.

KOVALAINEN- Pra quem disse que ultrapassaria à todos na largada foi muito mal. No final da segunda volta, tinha caído para 8º, ali ficando por quase toda a prova. Subiu de posição graças ao abandono de Liuzzi e o erro de Hamilton no final da prova. Seus dias na McLaren estão contados.


HEIDFELD- Tinha esperança de tentar levar o carro para a Q3, mas problemas no motor acabaram deixando-o na Q2. Na prova fico brigando por posições intermediárias e chegou aos pontos com os abandonos de Liuzzi e Hamilton.



VETTEL- Ainda saiu no lucro. Assim como Heidfeld marcou pontos na sorte. Seu carro está limitadíssimo por causa do motor e sua classificação em 9º revela isso. Em Singapura esperam uma melhora, mas na verdade um milagre será bem vindo. O título parece mais distante.

Foto 1039 - Bernd Rosemeyer, Roosevelt Raceway 1937

  (Foto: Adam Gawliczek)  Um momento de descontração antes do embate dos europeus vs americanos pela 13ª edição da Vanderbilt Cup, realizada...