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quarta-feira, 23 de novembro de 2011

F1 Battles: Nelson Piquet vs Nigel Mansell, GP de San Marino 1988

Agora em lados opostos, após duas temporadas nada amistosas, Piquet (Lotus-Honda Turbo) trava um curto - mas muito bom -  duelo com Mansell que compensa a deficiência técnica da sua Williams-Judd no braço. Uma batalha das boas que foi vencida pelo Nelsão que terminou em terceiro, uma volta atrás da Mclarens. Nigel abandonou na volta 42 com problemas elétricos.

terça-feira, 25 de outubro de 2011

F1 Battles - Keke Rosberg vs Alain Prost, GP da França 1985

Por mais que Mansell seja o grande piloto da história da Williams, não posso deixar passar que outro bigodudo também fazia das suas: Keke Rosberg reinou na equipe de Frank Williams entre 82 e 85 brindando com belas apresentações e duelos. Já mostrei vários dele aqui no blog e deixo mais um para vocês: uma disputa pela segunda posição contra Alain Prost em Paul Ricard, 1985.
Nessa prova  Williams contou apenas com os serviços do finlandês, já que Mansell havia se acidentado fortemente nos treinos e não participara da corrida. Keke foi segundo, com Prost em terceiro. Piquet venceu a corrida, no que foi a sua única vitória naquele ano.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O desabafo de Ayrton Senna, 1991

Um ano que começou dominante, teve seus altos e baixos na metade e que terminou da melhor forma possível ao conquistar o seu terceiro mundial contra um carro que já estava a dominar as ações nos GPs. Assim foi a temporada de Ayrton Senna em 1991, que ficou marcado pelo aparecimento do já fantástico Williams FW14, conduzido por Mansell e Patrese, e pela estréia daquele que viria a ser o maior recordista da F1: Michael Schumacher.
Na coletiva de imprensa após a conquista do título, mais uma vez decidida em Suzuka, Senna desabafou. Em primeiro plano falou sobre a sua terceira conquista, em especial sobre a prova que o consagrara. “Claro que estou contente, pois foi um título difícil, de luta com uma equipe com melhor equipamento. Hoje aconteceu o acidente de Mansell e eu fiquei com o título de imediato. Depois tentei divertir-me um pouco para tentar chegar no Berger. Mas aí o Ron (Dennis) chamou-me pelo rádio para lembrar que ainda tínhamos de brigar pelo título de construtores. E logo agora, que eu queria me divertir um pouco , depois de fazer tanta prova e pensar nos pontos. Não gosto nada de correr pelos pontos. Queria mesmo era dar show, andar nos limites, para deliciar os milhares de espectadores japoneses. Aí decidi atacar. No entanto, antes da largada tínhamos acordado que nenhum dos dois atacaria o outro. Só me apercebi disso depois, quando era tarde. Tinha mesmo que ceder a vitória ao Berger. Doeu mesmo muito, já que seria muito mais bonito ganhar o título com uma vitória. Nas últimas dez voltas, quando o motor do Berger começou a dar problema pensei em perguntar pelo rádio se deveria diminuir o meu trem de corrida para deixar passar, mas não conseguia comunicação. Foi uma tremenda luta comigo mesmo. Ninguém iria acreditar se eu ganhasse e dissesse que não tinha conseguido falar com o Ron. Aí houve um momento que não acelerei para poder ouvir melhor o rádio. Foi então que para meu desgosto – mas também satisfação da minha consciência – ouvi a resposta do Box: deixar o Berger ganhar. Foi justo. Havia sido acertado, e ele merecia por tudo o que fez durante o ano.”
Por último falou, aí sim em tom de total desabafo, sobre as novelas de 89 e 90 contra Prost e Balestre: “Em 88 tive o meu melhor ano. No ano seguinte tive de lutar contra Prost na mesma equipe e também contra Balestre e a FISA. Aqui no Japão aconteceu o que todos conhecem: ataquei Prost na chicane, voltei à pista e ganhei. Mas, Balestre não quis e julgou contra mim. Depois, na época passada,pedi aos comissários para mudarem o lugar do pole, ao que eles acederam. Apareceu Balestre e mudaram tudo de volta. ‘Aqui quem manda sou eu’, foi a resposta dele. Foi só para me prejudicar. Aí pensei que não podia ser f... por pessoas estúpidas. Decidi que Prost não poderia de alguma forma sair Curva 1 na frente, para mim só haveria uma trajetória. Era melhor ele não tentar nada. Foi o que se viu. E, eu não queria que fosse assim. Ele de fato largou melhor, passou à minha frente, fechou a porta e não me desviei um centímetro. Ao me sinto culpado. Todo foi um resultado de decisões erradas e parciais por pessoas que deveriam fiscalizar e não tomar partido. Venci o campeonato e isso é que importa. Tanto 89 como 90 foram maus exemplos para o automobilismo. Na altura não me importei com o incidente. A partir do momento que Prost tentou ser primeiro, dispus-me a não o deixar passar. Tudo foi resultado do ano anterior. O importante é falarmos o que vai dentro de nós. Vivemos num mundo moderno e essas regras que proíbem os pilotos de falar verdades , são uma m... Nunca pedi desculpas a Balestre. Foi tudo mentira. Forçado pelo Ron e pela Honda, apenas assinei um acordo com alguns parâmetros, que lhe foi enviado por fax e ele mudou para divulgar.”
Sobre a primeira fala de Ayrton, é claro que nenhum piloto quer entregar uma vitória de mão beijada para o companheiro de equipe, principalmente quando se acaba de conquistar um título mundial. Mas, como já haviam apalavrado sobre o não ataque um contra o outro na primeira curva e Senna quebrado esse acordo durante a corrida (se bem que aí, com a prova já em curso, não valia muito esse acordo), isso lhe pesou na consciência e por isso decidiu dar a vitória para Berger. Se bem que poderia ter feito de um modo mais elegante, algo como ter tirado o pé algumas voltas antes e não na última curva. No seu real desabafo contra o duo Prost-Balestre, é entendível a fúria de Ayrton. Ouvi muito, e ouço, o quanto que Ayrton foi imprudente no acidente de Suzuka (o que concordo), mas pensando bem um cara que foi ferrado ao final de 89 num incidente provocado por Alain e mais tarde teria, por muito pouco, a sua super-licença cassada após correr a primeira metade de 90 sob sursis e ao final daquela temporada, na penúltima prova, exatamente em Suzuka, ter mais uma vez Balestre no seu caminho no capítulo da posição do pole, não é para menos ter aquela atitude (que mais vez digo errada) de acertar o Ferrari de Prost. Mas conhecendo bem o sangue de nós latinos e colocando-se no lugar dele naquele momento, acho que não faria diferente.
Ayrton ainda venceu a prova da Austrália última etapa daquela temporada, sob forte chuva, naquela que foi a corrida mais curta da história da F1, já que foi percorrida apenas 14 voltas das 81 programadas. Foi a coroação final para o seu tri-campeonato conquistado quinze dias antes em Suzuka, que completa hoje 20 anos.

*As falas de Ayrton Senna foram extraídas do Anuário “Fórmula-1 91/92” do jornalista português Francisco Santos

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Foto 29: Um macaco na F1

Em 1992, no auge do domínio da Williams Renault, soltaram na imprensa que até um macaco seria campeão do mundo pilotando aquele carro. Mansell ficou bravo, claro. Mas se ele tivesse visto essa foto de 1972 não teria ficado tão revoltado assim. O macaco "pilotou" o Lotus 49 de Dave Walker em algum evento no circuito de Silverstone, em 1972. O resultado do teste com o pequeno primata é desconhecido.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Grande Prêmio de Dallas, 1984- Vídeo

Eis a prova de Dallas de 1984, disputado em 8 de julho. A prova foi vencida por Keke Rosberg, seguido por René Arnoux e Elio de Angelis. A corrida ficou mais conhecida pelo forte calor em que foi disputada naquele dia e por isso o horário da prova fora adiantado para as 11 da manhã. O asfalto, que já não era grande coisa, acabou por ser destruido após a corrida dos carros da Can Am. Com a pista a desintegrar-se, até cogitaram seu cancelamento que não acabou não acontecendo. Para completar o final de semana um tanto conturbado, Mansell, que largara na pole, acabou por completar a corrida empurrado sua Lotus Renault até a linha de chegada para garantir o sexto lugar desmaiando logo em seguida. Foi a última aparição da F1 naquele lugar.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

F1 Battles: Alain Prost vs Nigel Mansel- GP da França 1991


Não foi uma grande temporada da Ferrari naquele ano e fora, também, uma das piores, senão a pior, da carreira de Alain Prost na F1. Mas no GP da França o velho professor desfilou sua classe ao duelar com o já poderoso, mas problemático, FW14 de Nigel Mansell naquele GP pela liderança. Ele perdeu ambas, claro, no que ficou marcado como o melhor desempenho de um Ferrari no ano. Por desavenças com Cesare Fiorio, então chefe de equipe da Scuderia, Alain saiu antes do tempo da equipe e nem chegou a disputar o GP da Austrália, o último daquela temporada.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Grandes Atuações: Ayrton Senna, Interlagos, 1991

“Achei que não ia ganhar. A partir da 20ª volta fiquei sem a 4ª marcha, depois sem 4ª e 5ª, e nas últimas sete voltas só tinha a 6ª. Foi um martírio. Só pensava que tinha de dar. Foi ai que Ele me deu forças para conseguir aquele esforço físico. À chegada tive um espasmo muscular devido às câimbras. Esta foi a vitória mais apetecida de todas, só comparável à primeira, o Estoril, e à do Japão em 1988 Agora o meu objetivo é o tri.”
Estas foram as falas de Senna logo após a mais sofrível e magistral vitória de sua carreira até então. O corpo encolhido devido ao esforço quase sobre humano ao segurar uma máquina com mais de 700cv por sete voltas com apenas uma marcha funcionando, transformou aquele ato de vontade e coragem em uma lenda, da qual até hoje é alvo de dúvidas. Como que um piloto, com apenas a sexta marcha, pode se sustentar por tanto tempo na pista? Para Nelson Piquet aquilo foi uma “cascata”, principalmente quando lhe falaram que Ayrton havia feito uma volta com o tempo de 1’24 rodando apenas com sexta velocidade. Por essa ótica, realmente era impossível um piloto fazer um tempo desses travado naquela marcha. Mas Akimasa Yasuoka, um dos responsáveis da Honda, tratou de dizer que quando foi desmontada a caixa de câmbio esta se encontrava travada na sexta marcha e o mesmo já apontavam os computadores de bordo da Honda. Isso é ainda mais reforçado quando até hoje, nos inúmeros vídeos que existem dessa vitória no Youtube, é possível ver que Ayrton não tira a mão do volante em momento algum para trocar as marchas nas voltas finais.
Ayrton procurava redimir-se do erro que tirou sua vitória certa em 90, quando enroscou rodas ao tentar dobrar Nakajima no Bico de Pato. Mas junto disso tinha também o sonho de vencer em casa, em Interlagos, pista da qual ele participou diretamente nas reformas que levaram a F1 de volta à São Paulo. A pole de sábado veio com sua volta canhão, como era sua marca registrada, bem no final do treino. Na corrida a concorrência forte das Williams começava a preocupar o piloto brasileiro, mas o Mclaren Honda ainda era um carro a ser batido naquele momento. Senna teve a companhia de Mansell até a volta 59 quando o leão abandonou a prova com problemas de câmbio ao rodar no “S”. Mas o que parecia ter sido um alívio com a desistência de Mansell, virou tensão: Senna também já sofria com câmbio ao perder a terceira e mais tarde a quarta e quinta e com aproximação perigosa de Patrese, tudo parecia estar perto de se perder. A leve chuva que caiu nas últimas duas voltas deu mais dramaticidade, mas para a sorte de Senna, Patrese também sofria com o câmbio de sua Williams. E isso foi o suficiente para que o italiano não pudesse se aproximar tão rapidamente do brasileiro. Senna cruzou a linha de chegada e foi retirado de seu Mclaren logo em seguida, com o corpo quase todo paralisado pelas câimbras.
Foi uma vitória épica e seu esforço ao levar um carro com apenas uma marcha virou lenda. Isso serviu para mistificar o piloto brasileiro. Não apenas aqui no Brasil, mas também fora dele de tal forma que até hoje os fãs mais ardorosos do tri-campeão citem esse desempenho em qualquer roda de discussão para dizer quem foi o melhor. 
Só para registrar, foi uma tarde mágica em Interlagos e mesmo para quem estava lá ou de casa sabe que foi um momento especial, tanto para o nosso automobilismo quanto para a história da F1. Como o próprio Senna disse, numa das suas máximas de efeito, “Foi Ele que me deu forças para vencer”. Realmente para quem viu todo seu esforço, Deus estava presente naquele dia.


quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

F1 Batlles- Alain Prost vs Nigel Mansell, GP da Bélgica 1989


Nigel Mansell já protagonizou belos duelos contra Senna, Piquet, Berger entre outros. Neste vídeo do GP da Bélgica de 89, ele batalhou nas últimas sete voltas para tomar a segunda posição de Alain Prost. Por mais que nitidamente tivesse seu Ferrari com condições muito melhores que o Mclaren do francês para tomar a posição, o piloto britânico pecou nos erros. Caso tivesse efetuado a ultrapassagem, poderia ter buscado Senna que estava rodar mais lento que os seus rivais. Mas fora uma bela perseguição, antes de tudo.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Ayrton Senna por Antti Kalhola

Quando saiu o documentário sobre a vida e carreira de Ayrton Senna aqui no Brasil, em outubro de 2010, tive vontade de ir ao cinema para ver o tal documentário. Por mais que já soubesse que tudo que eu ia ver já era mais do que manjado, queria ir para ver que visão os cineastas iriam ter sobre o tri-campeão. Li muitas critícas pós e contras sobre o documentário, mas todos chegando num único lugar que o único enfoque da história foi explorar a batalha de Senna contra Prost e com a FISA, em especial contra Balestre.
Concordei com que disseram, pois deveriam ter colocado mais batalhas principalmente as que ele teve contra Mansell (foram inúmeras e fiz um post especial sobre eles entitulado Mansell vs Senna) Piquet e outros tantos. Não posso falar mais, pois nem vi o filme e me baseio apenas no que ouvi ou li sobre. Mas confesso que, para quem for fazer um documentário sobre, será um tanto difícil sair dessa linha Senna vs o resto. 
Vagueando hoje pelo Youtube, tive o prazer de ver um trabalho, divido em 5 vídeos (porém só vai até o quarto, com o vídeo terminando com o pódio do GP do Pacífico de 94), de uma dos caras mais criativos do site. Antti Kalhola é um jovem finlandês que alia ótimas imagens com trilhas sonoras de primeira linha, que acaba por fazer vídeos geniais. Em 1º de maio do ano passado ele postou esse tributo com grandes imagens sobre a carreira do Ayrton na F1, desde a mítica prova de Mônaco até seus últimos dias. 
Como disse, não assisti ao documentário, mas este vídeo, no meu ver, não ficar nada a dever ao que passou nas telonas. Genial!



domingo, 9 de janeiro de 2011

F1 Battles- Ayrton Senna vs Ricardo Patrese vs Nigel Mansell, GP da Itália 1991


A batalha no GP da Itália de 1991, foi reservada a três pilotos: Senna, Mansell e Patrese. Com a intenção de preservar pneus, planejando um futuro ataque à Senna, Mansell deixa Patrese passá-lo para atacar o piloto brasileiro sem nenhuma cerimônia. Patrese pressionou Ayrton por várias voltas, até consegui-lá porém, voltas mais tarde com uma diferença confortável, o piloto italiano roda na saída da primeira perna da curva Ascari deixando com que Senna e Mansell subissem de posições.
Ayrton e Nigel travaram um ótimo duelo, com o piloto brasileiro se defendo como podia dos ataques do leão, que nitídamente, tinha um carro muito superior. Mas o Mclaren também já estavm com os pneus no fim, e isso possibilitava ainda mais Nigel atacar sem dó.
Mansell emparelha com Senna na reta que antecede a Ascari e efetua a ultrapassagem, assumindo a liderança para vencer em Monza.

sábado, 3 de julho de 2010

Leão em ação

Duas belissímas poles de Nigel Mansell em Silverstone. A primeira com Ferrari em 1990, cravando um tempo 0''643 superior ao de Ayrton Senna.


A segunda dele com a Williams FW15B quando truscidou seu companheiro Patrese na luta pela pole do GP da Inglaterra de 1992. Sua marca foi de 1min18s965, colocando assim 1'919 de vantagem sobre Ricardo. Uma volta genial, se lembrarmos que ambos tinham o mesmo carro.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

GP da Europa, 1985

A décima quarta etapa do mundial de Fórmula-1 de 1985 foi realizado na belíssimo circuito de Brands Hatch, entitulado como Grande Prêmio da Europa. Para aquela prova, as atenções estavam voltadas para o possível desfecho do mundial pró Alain Prost (Mclaren- TAG Porsche) contra Michele Alboreto (Ferrari). O piloto francês tinha 16 pontos de vantagem para o italiano e este último precisava mais do que nunca da vitória para empurrar a disputa para as duas últimas provas restantes, em Kyalami (África do Sul) e Adelaide (Austrália).
Enquanto os dois contendores ao título colocariam seus nervos à prova, os demais ficaram relaxados para tentar beliscar uma vitória no GP europeu.
Senna (pole) e Piquet (2º) marcaram a primeira dobradinha brasileira numa primeira fila de uma corrida, com Ayrton a quebrar o recorde da pole em mais de dois segundos. Na segunda fila, o duo da Williams com Mansell aparecendo em terceiro e Rosberg em quarto. Prost estava confortável com a sua quinta colocação, já que Alboreto aparecia dez posições atrás e isso o ajudava e muito.
Senna saiu bem e conseguiu se manter na frente de Mansell, que o pressionou na Paddock após ter passado por Piquet na largada. Nigel erraria o trajeto na curva Druids e assim caiu para quarto, após ser ultrapassado por Rosberg e Piquet.
Agora a briga era de Senna e Rosberg, que resultou numa rodada do finlandês que tentou ultrapassar o brasileiro por dentro na curva Surtees. Keke rodou e foi acertado por Piquet que abandonou ali mesmo. Rosberg ainda foi aos boxes, trocou o pneu estourado, voltou em 23º com quase uma volta de atraso e conseguiu terminar em terceiro após grande recuperação.
Mansell voltou a atacar Senna após o incidente entre Rosberg e Piquet com força total. Na oitava volta Ayrton se encontrava logo atrás de Keke e este o bloqueou. Mansell aproveitou o descuido de Senna e o ultrapassou na curva Surtees. Dai e diante o inglês abriu vantagem e se encaminhou para a sua primeira vitória na F1. Foi a primeira vitória de um britânico na categoria desde a conquista de Hunt no GP do Japão de 1977.
Para Alain Prost, que havia caído várias posições após a largada quando desviou do carro de Rosberg, conseguiu superar Alboreto na pista e no campeonato. O francês chegou em quarto e conquistou o seu primeiro mundial. Alboreto abandonou a corrida na 13ª volta com problemas no turbo do seu carro e assim terminou o sonho de um piloto italiano vencer o mundial pela Ferrari após 32 anos.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

GP do Canadá, 1991

Quando as Mclarens abandonaram a prova antes da metade e com Patrese tendo que fazer uma parada longa para substituir um pneu furado, Mansell viu a grande chance para vencer o GP do Canadá quinta etapa. Ele havia liderado a prova toda, tomando na largada a primeira posição do seu companheiro de Williams Ricardo Patrese e abrindo grande vantagem que o deixou tranquilo para vencer sua primeira prova no ano e acabar com a invencibilidade de Senna, que havia vencido as quatro primeiras etapas do mundial com a Mclaren-Honda.

Mais atrás estava Piquet, com a sofrível Benetton-Ford. Ele tinha lutado contra as Ferraris de Prost e Alesi e vencido ambos e com os abandonos das Mclarens e após o problema de Ricardo, ele se encontrava em segundo com mais de 40 segundos de desvantagem para Nigel. Já era um ótimo resultado para ele, mas o inesperado estava a seguir.
Mansell abriu a última volta dando tchauzinhos para a câmera e a fez com todo cuidado. Quando saiu do hairpin do Cassino, encostou lentamente seu Williams-Renault com problemas no câmbio. Ele tinha feito a volta com as rotações do motor muito baixa e isso desativou o programa eletrônico do câmbio semi-automático do seu carro, assim o sistema não pôde ler mais as trocas de marcha.

Nelson Piquet acabou agradecendo a mancada do seu rival e passou para vencer a sua última prova na F1 e da Pirelli. Stefano Modena também subiu ao pódio, em segundo e Patrese completou em terceiro.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Emerson Fittipaldi vs Nigel Mansell, Cleveland 1993

Lembro-me desse dia como se fosse hoje. Mansell tinha trocado a F1 pela Indy no final de 1992 após a conquista de seu único campeonato pela Williams. Ele encontrou nos EUA um cenário diferente do que tinha se acostumado no último 1 ano e meio na F1, quando dominava a seu bel prazer com os insuperáveis Williams-Renault.
Na Indy, ele desembarcara na equipe da Newman-Haas tendo como companheiro o grande Mario Andretti e o Lola T9306- Ford XB para pilotar. Do outro lado o duo da Penske, com Paul Tracy e sua juventude aliada a uma velocidade impressionante e o mestre Emerson Fittipaldi ao volante dos elegantes Penske PC22- Chevrolet C. Aliás, tanto estes motores quanto os chassis eram os únicos que estavam em pista na maioria das provas.
Por todo o campeonato a briga foi direta entre o duo da Newman-Haas e Penske pelo campeonato, mas na oitava etapa, disputada na pista do aeroporto de Burke Lake Front, Cleveland, Mansell e Emerson então líder e vice no campeonato, travaram um duelo memorável.
Paul Tracy tinha largado na pole e liderado a prova inteira, exceto por algumas voltas quando teve que ir aos boxes para a troca de pneus e reabastecimento e nisso Mansell aproveitou-se para liderar por um curto espaço de tempo.
Nas últimas dez voltas, ele e Emerson travaram uma batalha das boas pela segunda posição, com o brasileiro a ultrapassá-lo na volta 75, mas o Leão fez valer seu apelido e foi a caça de Fittipaldi. Nas voltas 77 e 78 ambos trocaram de posição várias vezes, chegando em algumas delas contornarem curvas lado a lado. No final foi Emerson quem conseguiu a segunda posição e Mansell ficando em terceiro.
Tracy venceu a corrida com mais de 18 segundos à frente de Fittipaldi, mas a batalha dos dois grandes pilotos tinha sido fabulosa.

quinta-feira, 25 de março de 2010

GP da Austrália, 1985

Neste ano de 2010 o GP da Austrália completa 25 ininterruptos no calendário da F1. No vídeo abaixo, Senna, com sua Lotus 97T-Renault Turbo, em ação no treino classificatório quando conquistou a pole.
A prova foi disputada no circuito de rua de Adelaide, que se caracterizava por ser um pista rápida por mais que fosse citadina.

Na prova Senna travou bons duelos contra Mansell e Rosberg e ainda deu seu show particular, escapando por todos os cantos da pista e andando sem a asa dianteira por um bom tempo. Ele abandonou a prova na 62ª volta com problemas de motor.
A vitória ficou com Rosberg (Williams FW10-Honda), seguido pela dupla da Ligier Laffite e Streiff (Ligier JS25-Renault Turbo).

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Mansell vs Senna

A grande batalha que a F1 acompanhou no final dos 80 e ínicio dos 90 foi sem dúvida entre Senna e Prost, mas isso acontecia frequentemente fora das pistas, sendo um prato cheio para a imprensa que explorava as rusgas de ambos. Mas Ayrton tinha outro opositor: Mansell. Eles trocaram esbarrões por diversas vezes nos Grandes Prêmios, proporcionando-nos momentos de total emoção na categoria. Vamos relembrar alguns:

1986- GRANDE PRÊMIO DO BRASIL- Senna largara da pole e sustentava bem sua posição, mas Mansell, na sua Williams-Honda, tentou resolver tudo na curva após a reta oposta de Jacarepaguá. Eles tocaram rodas e o inglês acabou no guard-rail. Bom para Piquet que passou Senna na reta oposta, e venceu a prova de abertura daquele campeonato.


1986- GRANDE PRÊMIO DOS EUA (DETROIT)- Uma das melhores brigas daquela temporada, com Senna e Mansell duelando pelas estreitas ruas de Detroit. Senna foi ultrapassado por Mansell na terceira volta, mas Senna continuou a persegui-lo até retomar a posição voltas mais tarde numa bela ultrapassagem após o túnel.

1986- GRANDE PRÊMIO DA ESPANHA- Na volta da Espanha ao calendário da categoria, eles foram agraciados com uma disputa fabulosa entre Senna e Mansell que chegaram lado a lado e fazendo, até então, a segunda chegada mais apertada da história da categoria, 14/1000 de segundos.


1987- GRANDE PRÊMIO DA BÉLGICA- Mansell marcara a pole e Senna o perseguia de perto, mas a prova foi interrompida por causa do acidente entre Streiff e Palmer. Na segunda largada, Senna pula de terceiro para primeiro surpreendendo os dois pilotos da Williams que largavam na primeira fila. Mansell perseguiu-o até a entrada da curva Pouhon onde os dois se enroscaram. Senna abandonou no ato e Mansell prosseguiu, saindo da prova 17 voltas depois.
1989- GRANDE PRÊMIO DA HUNGRIA- Mansell saiu de 12º para vencer a prova em Hungaroring fazendo uma bela ultrapassagem sobre Senna que se atrapalhara com Johansson, que vinha com problemas de cambio em sua Onyx.


1989- GRANDE PRÊMIO DE PORTUGAL- O inglês tinha tomado bandeira preta por ter dado ré nos boxes, mas não aliviou para Senna quando este tentou ultrapassá-lo no final da reta dos boxes. Resultado de tudo isso: os dois bateram e ficaram de fora.


1991- GRANDE PRÊMIO DA ESPANHA- Era o grande confronto de ambos pelo título mundial daquele ano e eles se enfrentaram naquela prova, com Senna deixando Berger sumir na frente e ele tendo um combate direto contra Mansell. Na reta dos boxes Mansell colou na traseira do McLaren de Senna e, num dos lances mais memoráveis da F1 moderna, eles desceram a reta lado a lado deixando os torcedores de pé na arquibancada, afinal um movimento em falso de um dos dois o acidente ia ser dos piores. Mas Mansell freou mais tarde e venceu o duelo e a corrida.


1991- GRANDE PRÊMIO DO JAPÃO- Numa reedição da batalha de Barcelona, Senna faz a mesma estratégia e cuida de Mansell enquanto Berger ficava na liderança, mas desta vez quem ficou pelo caminho foi Mansell, que rodou na 15ª volta e ficou na caixa de brita do final da reta dos boxes, quando estava na cola de brasileiro. Ali Ayrton conquistou seu terceiro mundial.



1992- GRANDE PRÊMIO DE MÔNACO: Mansell nunca vencera em Monte Carlo e naquele ano, com sua imbatível Williams- Renault, parecia que levaria a vitória. Mas uma entrada forte em uma curva acabou danificando uma das rodas que quebrou ao tocar numa guia. Ele foi para os boxes, trocou o pneu e voltou em segundo atrás de ... Senna. O leão descontou uma diferença de mais de 5 segundos para Senna e nas cinco voltas finais travaram outro duelo memorável, que acabou culminando na quinta vitória de Senna no principado.


1992- GRANDE PRÊMIO DA AUSTRÁLIA- Última etapa daquele mundial e também o último duelo dos dois que acabam batendo na disputa pela primeira posição, quando Senna acerta a traseira do carro de Mansell ocasionando o abandono de ambos.

sábado, 21 de novembro de 2009

Os campeões que sairam e voltaram para a F1

Raikkonen não sabe se fica um ano fora da F1 ou pega algum lugar, que provavelmente pode ser o de companheiro de Rosberg na Mercedes. Mas alguns pilotos na já pasaram por isso e acabaram tirando alguns anos de férias.



MÁRIO ANDRETTI- A sua aparição nos GPs aconteceu na prova dos EUA de 1968, ao volante do Lotus 49- Ford  marcando a pole position em Watkins Glen. Ele ficou na F1 até 1972, quando correu pela Ferrari. Voltou em 74 pela Parnelli e correu ainda pela Lotus de 1977-80 (campeão do mundo de 1978), Alfa-Romeo 1981, Williams e Ferrari 1982 encerrando sua participação na F1.
Estreando pela Lotus em 1968 nos EUA


Pilotando pela Ferrari em 1972, África do sul

Equipe Parnelli Jones, 1974

Campeão do mundo pela Lotus em 1978

Última prova na F1 pela Ferrari em 1982, Itália


NIKI LAUDA- O fabuloso piloto austríaco estreou na F1 em 1971 correndo pela March ficando até 72. Em 73 disputou o mundial pela equipe BRM e de 74 à 77 atingiu seu alge pela Ferrari, quando conquistou os mundiais de 75 e 77. Em 76 poderia ter saido com o bi-campeonato, mas o pavoroso acidente em Nurburgring, durante a disputa do GP da Alemanha, acabou deixando-o de fora de alguns GPs. Perdeu aquele título para James Hunt da Mclaren. Entre 78 e 79 ele pilotou para a Brabham vencendo duas provas (Suécia e Itália 78). Ao final do ano de 1979, anunciou sua aposentadoria e batia de pé firme, durantes os anos, que não voltaria à pilotar. Mas em 1982, Ron Dennis o persuadiu e convenceu-o à voltar as pistas, agora pela Mclaren. Durante este período, Lauda conquistou 8 vitórias pela Mclaren e em 1984, numa disputa memorável contra Prost, ele venceu seu terceiro mundial por apenas 0,5 pontos. Correu até 1985, vencendo a prova da Holanda e ao final do ano encerrou de vez suas participações.

Estréia pela March, 1971

Bicampeão do mundo pela Ferrari em 75 e 77

Pilotando a Brabham em Monza 78

Campeão pela Mclaren em 1984

ALAN JONES- O valente piloto australiano estreou em 1975 por uma equipe privada, usando os chassis Hesketh e depois passou para a equipe de Graham Hill. Em 76 correu pela Surtees: 77 pela Shadow onde venceu o GP da Austria daquele ano, sendo sua primeira conquista e a única da Shadow na F1. Para o ano de 78 ele começou uma parceria que lhe renderia vitórias e títulos ao correr pela Williams. Em 78 eles passaram em branco, mas de 79 até 81 conquistaram juntos 11 vitórias e levaram o titulo de 1980, quando disputou palmo a palmo contra a Brabham de Piquet. Ao final de 81 ele encerrou sua participação na F1, mas voltaria em 83 para disputar a prova de Long-Beach pela Arrows. Voltou pra valer em 1985 para trabalhar no desenvolvimento do carro da Lola que apoiava o time  de Carl Haas. Disputou entre 85 e 86 sem conseguir grande sucesso, pois o carro era uma carroça e assim deu adeus aF1.
Correndo pela Surtees em 1976

Primeira vitória pela Shadow em 77 na Áustria

Campeão do mundo pela Williams em 1980

Fim de carreira em 1986 pela Beatrice Lola

ALAIN PROST- O tetra campeão correu pela Mclaren em 1980 e já em 1981 estava no volante da Renault, onde por pouco não venceu o campeonato de 83, perdendo para Piquet em sua Brabham. A siução ficou complicada na Renault, pois os franceses tinham perdido o mundial para uma equipe que estava euipada com motor turbo,uma tecnologia que eles mesmo tinham introduzido na categoria em 1977. Assim Prost saiu da equipe e juntou-se à Mclaren novamente, correndo de 1984 até 89, conquistando três mundiais e criando também uma das maiores rivalidades da F1 com Senna, seu companehiro de equipe em 88/89. Mudou-se para a Ferrari e 90 e disputou o título contra Senna, perdendo após um acidente na prova do Japão. Ficou aos trancos e barrancos na Scuderia em 91 ao final daquele ano foi dispensado pela equipe após rusgas com os dirigentes. Tirou o ano de 92 para descansar e voltou em 93 pilotando os Williams Renault. E novamente travou bons duelos com Senna, mas este limitado pelo carro da Mclaren que estava abaixo dos Williams não pode impedir o título de Prost. Fez sua última corrida na Austrália, onde Senna conquistou sua última vitória na F1, o que se tornou um fato comovente.
Estréia pela Mclaren em 1980

Vice-campeão pela Renault em 1983


Fracasso na Ferrari em 90/91

4º título mundial, agora pela Williams
NIGEL MANSELL- O Leão começou sua odisséia na F1 em 1980, quando saiu do banco de piloto de testes da Lotus e foi assumir a vaga de títular na prova da Áustria. Ele era o grande protegido de Colin Chapman, por quem o grande construtor depositava suas esperanças. Colin faleceu em 82 e Mansell continuou na Lotus até 84 sem conquistar uma vitória se quer. Em 85 foi para a Williams e lá começou sua carreira de pra valer, vencendo vários GPs mas também tendo sua dose cavalar de azarares misturadas com trapalhadas. Perdeu os títulos de 86 e 87 para Prost e Piquet, respectivamente, quando estes já estavam ganhos. Em 87 foi uma batalha dura contra Piquet que era seu companheiro de equipe, e quando tinha quase certo a conquista do campeonato, bateu forte nos treinos em Suzuka (GP do Japão) e ficou de fora entregando de bandeja o título para Piquet. Ficou até 88 na Williams. De 89 até 90 correu pela Ferrari, travando outro bom duelo contra Prost em 90. Ao final daquele ano tinha anunciado que iria se aposentar, mas Frank Williams o convenceu a voltar atrás e pilotar para ele em 91. Voltando à sua velha casa, o Leão tinha uma máquina fabulosa nas mãos, a FW14, mas esta também tinha muitos problemas de câmbio que o atrapalhou na tentativa de tirar o título de Senna. Mas 92 ele fez miséria. O carro acertara e agora era imbátivel, tanto que ele venceu 9 corridas estabelecenco novo recorde até então. Ao final do ano não conseguiu um aumento de salário e nem a renovaçõa com a Williams e dai partiu paras as corridas da Indy em 93, conquistando o campeonato em seu primeiro ano. Em 94, com a morte de Senna, a Williams foi buscá-lo na América e assim ele se revezou entre as provas da Indy e a F1. Venceu a prova da Austrália de 94, seu último triunfo na categoria e em 95 fez duas provas pela Mclaren onde não conseguiu resultados convicentes, sendo dispensado da equipe e finalizando sua carreira na F1.
Estréia na F1 pela Lotus na Áustria, 1980

Temporada fraca pela Williams em 1988

Boa passagem pela Ferrari em 89/90

Campeão do mundo pela Williamas em 1992

Fim de carreira pela Mclaren em 1995

domingo, 11 de outubro de 2009

Grandes Atuações: Nigel Mansell, Silverstone 1987

Quando você se encontra em condições adversas várias hipóteses passam por sua mente, mas as principais são a de desistência e persistência. Caso você opte por desistir, as suas justificativas terão que ser convincentes, caso contrário será taxado de fraco. Agora se persistir, mesmo que mais à frente você quebre a cara, essa atitude pode ser bem recompensada. Nigel Mansell faz parte dos corajosos, lutadores que não abaixam a guarda em momento algum na sua época de F1, mesmo sendo um pouco atrapalhado, o inglês era valente e acreditava nas suas capacidades como ficou demonstrado no GP da Inglaterra de 1987.
Os carros da Williams, equipados com os V6 turbo da Honda, estavam acima de qualquer outro naquela temporada, algo que já acontecia desde a temporada passada. Mas em 86, Prost tinha se beneficiado da briga entre Piquet e Mansell na Williams que tiravam pontos um do outro e isso deixou caminho aberto para o francês com sua Mclaren conquistarem o mundial na Austrália. Mas em 87 os briguentos ainda estavam a guerrear, porém tinham um carro ainda mais forte que o da temporada de 86 - o FW11B - que era anos luz melhor que o Mclaren MP-4 de Prost que estavam no fim da sua vida útil. Isso dava certa tranqüilidade para Nelson e Nigel, mas o clima dentro da Williams era de tensão total e as coisas piorariam depois da prova de Silverstone, 7ª etapa daquele mundial.
Silverstone ainda era aquele circuito exuberante e extremamente rápido sem os Esses e chicanes que deixaram seu traçado mais atraente para a FIA, e isso possibilitava velocidades altíssimas e perseguições vertiginosas. Nelson Piquet marcara a pole por 70 milésimos à frente de Mansell. Os outros dois concorrentes mais fortes daquela temporada, estavam em na segunda fila com Senna em 3º e Prost em 4º, a mais de segundo da dupla da Williams. Realmente a discussão pela vitória naquela tarde seria entre Piquet e Mansell.
Os dois, após a largada, desapareceram na frente abrindo uma boa vantagem para o terceiro colocado. Mansell começou a ter problemas na roda dianteira esquerda na 12ª volta, que de imediato começou a afetar o comprometimento do carro com várias vibrações na dianteira do seu carro. O leão, mesmo com esse contratempo não deixava Piquet escapar, porém as vibrações aumentavam volta a volta. A condução estava difícil e Mansell agüentou-se na pista até a volta 35 quando parou para trocar os pneus. Depois de 9,2 segundos nos boxes ele voltou 28 segundos atrás de Piquet e isso faltando 29 voltas para a quadriculada.
Mansell mandou ver e fez jus ao seu apelido de Leão, indo à caça de Piquet descontando de 1 à 2 segundos por volta. Piquet tinha recebido uma sugestão da Goodyear para não trocar pneus e por mais que Mansell voasse pela pista, ele tentava administrar a vantagem. Os pneus de Piquet “acabaram” faltando 10 voltas para o final, momento que Nigel estava 7,6 segundos atrás do brasileiro e nas 8 voltas seguintes ele descontara a vantagem caindo para 0.8 segundos. Na volta 63, de um total de 65, Mansell sai da curva “Chapell” colado no carro de Piquet e na reta Hangar Straigth o Leão joga seu carro para a esquerda, Piquet procura ele no retrovisor, mas Nigel já estava do lado direito para fazer a ultrapassagem na curva Stowe. Piquet ainda tentou se defender, tocou rodas com o inglês, mas este já havia conseguido a façanha. A torcida veio abaixo como se tivesse assistido a um gol numa final de Copa do Mundo. A festa foi completada com a vitória de Mansell chegando 1,9 segundos à frente de Piquet. O Leão, na volta da vitória, parou seu carro na Stowe e beijou o asfalto como uma forma de agradecimento pelo que aconteceu naquela tarde em Silverstone.
Sobre seu desempenho naquele dia, Mansell disse: “Foi uma sensação extraordinária! Eu pilotei as últimas 20 voltas exatamente no limite, e não gosto de fazer isso num circuito tão rápido. Mas sabia que seria necessário se quisesse superar o Nelson.”
Por mais que perdesse o título para Piquet ao final do campeonato, Mansell tinha mostrado como não se deixava abater por situções adversas mas sim como vencê-las com garra e muita dose de coragem. E se fosse com estilo, melhor ainda!

92ª 24 Horas de Le Mans - Uma Epopéia em La Sarthe

A segunda da Ferrari após o seu retorno à La Sarthe (Foto: Ferrari Hypercar/ X) Começar um texto sobre algo tão fantástico não é das melhore...