quinta-feira, 21 de maio de 2015

GP de Mônaco - Treinos Livres - 6ª Etapa



Lewis Hamilton: “Ótimo. Foi um bom dia até agora. Aqui é questão de entrar no ritmo o mais tempo possível e tem que ser bem específico com as mudanças de acerto que faz. Não são muitas. Hoje o equilíbrio não estava longe do ideal, então estávamos só mudando pequenas coisas para ganhar performance. Ainda tem o que melhorar, mas estou feliz.
A primeira sessão foi realmente positiva, muito boa mesmo. E essa última também.
Eu dei uma volta na chuva. As linhas brancas, que foram pintadas de preto, estão mais escorregadias do que nunca. A tinta preta que colocaram ficou mais lisa que a branca. Ainda é a pista mais difícil de andar no molhado.
De qualquer forma, estou feliz com o acerto, mas há coisa que posso melhorar em cima disso e também na pista”.


Nico Rosberg: “Não foi o dia perfeito hoje, especialmente com esse tempo. Ninguém viu a chuva chegando, senão teriam colocado supermacios logo, então fomos pegos de surpresa. Mas deu para ver que o carro é rápido.
Tenho de ir melhorando na quinta, no sábado e então arrebentar na classificação.
Estamos confiantes de que vai, porque fizemos no ano passado e nada é diferente. É mais uma questão de acertar o carro e fazer uma boa classificação”.


Sebastian Vettel: “Nós esperamos descobrir no domingo. Até lá, obviamente, é difícil prever. No entanto, acho que devemos estar próximos aqui outra vez, embora, obviamente, é a natureza da pista e todos estão um pouco mais próximos. Não acho que possamos pegar Mônaco como referência, mas, claro, acho que estamos mais próximos.
É o que é e é o mesmo para todos. Obviamente, quando chove e nós sabemos que a previsão é melhor para os próximos dias, nós não tendemos a rodar, mas acho que o carro parecia ok. Nós não rodamos muito nessa manhã — e fizemos uma saída de tarde —, mas parece estar ok. Obviamente, teremos de esperar para ver no sábado.
Claro que estava bem escorregadio — escorregadio demais para realmente aproveitar bastante, mas acho que foi útil completar algumas voltas no início. Não tem muito sentido em fazer mais já que, obviamente, nós não temos pneus ilimitados então, se chover outra vez, podemos precisar deles.
Para ser honesto, não perdemos muita coisa. Nós queríamos testar algumas coisas na segunda saída e aí fazer um long-run, mas ninguém conseguiu fazer isso. É uma pena não ter ideia do pneu supermacio, mas acho que vamos ver no sábado”.


Max Verstappen: “Foi um bom dia. Procurei ir de forma gradual no primeiro treino porque tudo era novo para mim, mas eu me senti muito bem no carro de forma imediata. Isso me deu muita confiança, e terminar o treino da manhã em segundo me fez sentir ótimo.
Na parte da tarde, foi uma pena porque choveu e não pudemos completar tantas voltas como queríamos, mas, ainda assim, terminar em sétimo não é ruim, então estou muito feliz com meu primeiro dia guiando aqui em Mônaco”.


Felipe Massa: “Eu acho que não foi um grande dia. Andamos muito na primeira sessão, mas não muito na segunda por causa da chuva. Não testamos o supermacio, então é uma ‘meia’ compreensão do carro.
Eu acho que o único problema que tivemos hoje foi para aquecer os macios. Não andamos com o supermacio, espero que possa ser melhor para o nosso carro e que esteja mais quente também”.


Felipe Nasr: "Não foi um dia fácil para nós. Pela manhã, foi difícil fazer os pneus dianteiros funcionarem de forma adequada. Isso foi influenciado pelas baixas temperaturas e também pela falta de downforce. No TL2, fizemos algumas voltas antes de a chuva começar.
Nós identificamos que a nossa principal limitação no momento é falta de tração. Precisamos melhorar isso para sábado".

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Vídeo: Indy 500 1987

A 71ª Indy 500, disputada em 24 de maio de 1987, foi uma das mais surpreendentes da década de 80, após ficar claro que a vitória seria de Mario Andretti devido a sua belíssima performance na corrida, mas problemas mecânicos o traíram no final de a vitória foi de presente para outro mestre das 500 Milhas: Al Unser Snr.
A verdade é que Al Unser nem correria esta edição, mas foi chamado pela Penske para substituir Danny Ongais que havia tido uma concussão após um acidente. Sem patrocínio e sem ter testado adequadamente, Unser assumiu o volante de um March Cosworth - com um ano de defasagem para os demais modelos da marca -  e classificou-se na sétima fila, em 20º, ao lado de Derek Daly e Tom Sneva.
Mario Andretti havia dominado amplamente as atividades em Indianápolis - até mesmo a famosa disputa de pit-stops entre equipes ele tinha ganho - e estava confortavelmente na liderança da prova e quando faltavam 25 voltas para o fim, problemas de alimentação do combustível fez com que o ítalo-americano abrandasse o ritmo para depois ir aos boxes, deixando o caminho aberto para que Roberto Guerrero - que fazia uma corrida muito boa, apesar de estar uma volta atrás de Andretti - assumisse a ponta. O colombiano fez bem o seu papel, mas ao parar no boxes para o seu último pit-stop, verificou-se que este tinha problemas na embreagem e câmbio. Isso fez com que Guerrero perdesse quase uma volta para Al Unser - que até seis voltas atrás era carta fora do baralho, pois possuía duas voltas de atraso para Andretti.
Com Roberto recuperando quase uma volta perdida ele passou a caçar Al Unser, mas uma série de bandeiras amarelas acabou ajudando o velho Unser a vencer a Indy 500 pela quarta vez, tornando-se o mais velho a vencer a prova com 47 anos.
O mês de maio contabilizou um total de 25 acidentes nos treinos e dois acidentados com gravidade - Danny Ongais com concussão cerebral e Jim Crawford que teve sérios ferimentos nas pernas, sendo substituído por Gordon Johncock.
Um espectador acabou morrendo após ser acertado por um pneu solto do carro de Gary Bettenhausen, que acidentara na volta 130. O pneu vôou para a arquibancada após o carro de Roberto Guerrero ter colidido nele. O espectador Lyle Kurtenbach sofreu sérios danos na cabeça e foi declarado morto no Hospital Metodista de Indianápolis.
O detalhe mais interessante nesta vitória de Al Unser, é que o March que ele utilizara estava exposto em um hotel na Pensilvânia. De um simples adorno, para uma conquista histórica no Brickyard. 

Vídeo: GP de Mônaco 1965

O GP de Mônaco, diputado em 30 de maio de 1965, não contou com a presença de Jim Clark, Mike Spence e Dan Gurney, assim como o Team Lotus, estavam em Indianápolis para a disputa das 500 Milhas - prova que Jim Clark e Lotus venceriam.
Esse GP marcou a estréia de Denny Hulme na F1 pela Brabham, conseguindo uma oitava colocação no grid e terminando por lá mesmo no resultado final. Para Jackie Stewart foi também um dia especial: além de ter liderado uma corrida pela primeira vez, acabou por estrear em pódios terminando em terceiro com a sua BRM.
A vitória - a terceira no Principado - foi de Graham Hill, com Lorenzo Bandini em segundo. A prova foi marcada pela queda de Paul Hawkins no mar, após ter rodado e batido na chicane do Porto.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Vídeo: Indy 500 1982

A 66ª Indy 500 foi disputada em 30 de maio e teve como vencedor Gordon Johncock após uma batalha contra Rick Mears, que durou pelas últimas 40 voltas e terminou com Johncock vencendo Mears por apenas um centésimo - até então a chegada mais apertada de Indianápolis, até 1992. O mês de maio foi marcado pelo acidente mortal de Gordon Smiley, num dos mais violentos acidentes no Brickyard, durante os treinos.
Foi marcante também o acidente na largada entre Kevin Coogan e Mario Andretti, quando este tentou fechar A.J Foyt que saía em terceiro e rodou com Mario acertando ele em cheio. Outros dois carros ficaram de fora devido este acidente.
A prova daquele ano não contou pontos para os pilotos que corriam da PPG/CART, já que as 500 Milhas de Indianápolis era da USAC.

Foto 515: Nelson Piquet, Mônaco 1986

Nelson Piquet no túnel, durante o GP do Mônaco de 1986. Ele terminou na sétima colocação, uma volta atrás do vencedor Alain Prost. Nelson nunca foi fã da pista de Monte Carlo, a quem ele comparava ao mesmo que "andar de bicicleta na sala de casa".
A melhores colocações dele em Mônaco foi um terceiro em 1980 e segundo em 1987.

Vídeo: GP de Mônaco 1955

Foi a prova que os italianos deitaram e rolaram após a desistência das Mercedes de Juan Manuel Fangio, Stirling Moss e André Simon (que substituíra Hans Hermann que havia e acidentado), que abandonaram por problemas mecânicos.
Maurice Trintignant (Ferrari) venceu, seguido por Eugenio Castelloti (Lancia) e Jean Behra/ Cesare Perdisa (Maserati). As outras duas posições pontuáveis foram de pilotos e carros italianos: Nino Farina (Ferrari) e Luigi Villoresi (Lancia).
Foi nesse prova - que levou também o nome de GP da Europa - que Alberto Ascari caiu no mar com a sua Lancia.
 

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Vídeo: GP de Mônaco 1960

Um resumo da magistral vitória de Stirling Moss em Monte Carlo 1960. Foi a primeira conquista da Lotus na F1, pela equipe particular de Rob Walker.

Vídeo: Indy 500 1991

A 75ª edição das 500 Milhas de Indianápolis, disputada em 26 de maio, foi vencida por Rick Mears após este ter largado da pole - a sexta dele no Brickyard. Foi uma prova dolorida, literalmente, para o americano que fez toda a prova com dores no pé direito após tê-lo machucado em um dos treinos - foi a primeira vez que Mears se acidentara em Indianápolis. Segundo Rick, ele teve que cruzar as pernas para continuar acelerando com o pé esquerdo devido a tamanha dor que estava no direito. Foi a sua quarta e última vitória em Indianápolis, igualando Al Unser e A.J Foyt.
Essa prova teve algumas marcas históricas, como a presença de um piloto negro e japonês pela primeira vez no grid - Willy T.Ribbs e Hiro Matsushita - e da classificação de quatro membros da mesma família - o clã Andretti foi representado por Mario, Michael, Jeff e John.

terça-feira, 12 de maio de 2015

Foto 514: Que liberem tudo e dane-se o resto

O que tenho lido nos últimos tempos sobre a atual F1, as opiniões de várias pessoas sobre a fase que a categoria passa e a possibilidade de mudanças para melhoria da mesma, que pode entrar em vigor em 2017, não tem sido brincadeira. 
Entendo perfeitamente a indignação da maioria em relação à isso, principalmente as velocidades dos carros atuais que também não tem agradado os pilotos do grid, como bem destacou David Coulthard em sua coluna na BBC.  
Porém, a maioria do comentários que leio sobre o que deve mudar para uma possível melhoria na F1, repousam exclusivamente nos motores, combustíveis e pneus, mas acho que liberar a criatividade dos projetistas é algo que pode melhorar bastante a categoria. Sem ter essa do cara criar algo revolucionário ou eficiente (como o caso dos difusores duplos ou soprados) e depois a FIA vir e passar a foice proibindo tudo. 
A entrada de uma nova fornecedora de pneus ajudaria bastante. Quem se lembra do duelo Bridgestone vs Michelin na década passada, sabe do que estou falando. 
Os combustíveis, sim, tem que liberar o consumo. Sem restrição alguma, assim como a venda de chassi como foi nas décadas de 50, 60 e 70. Imagina uma Sauber andando com uma Ferrari de 2014? Para a Scuderia era uma carroça, mas para a equipe do Peter Sauber, com algumas atualizações para alinhar nesta temporada, seria um belo carro. Sem contar a Manor, que seria ajudada com uma novidade dessa. 
E os motores? Não tenho nada contra os V6 Turbo Híbridos. Se realmente aumentarem a potência para daqui dois anos, será um salto de qualidade muito bom e até o barulho pode melhorar. Mas acho que o desenvolvimento desses motores deveriam ser liberados à vontade, até que atingisse um teto de potência aceitável pela FIA - lembrem-se que a entidade ficou paranóica após o 1º de maio de 1994, lutando ostensivamente para diminuir a velocidade dos carros e pistas, sendo que esta última eles conseguiram, enquanto que os carros agora que estão conseguindo "pará-los". Para mim, deveria liberar cada fábrica a fazer seu motor, independente de cilindrada ou potência. 
Quer fazer um 4 cilindros? Faça; Quer continuar com os V6 Turbo Híbridos ou ir apenas com um clássico V6 Turbo? Faça; Quer voltar aos V8 aspirados? Ótimo, faça; Ah, tenho saudades dos gritantes V10... Faça; Se a italianada quer voltar com os V12? Que volte; Tem condições de trabalhar um V16 ou W16? Manda ver... 
Se as cabeças pensantes da F1 fizessem isso tudo e principalmente, como já disse, liberando junto a criatividade dos projetistas, teríamos um belo campeonato. Ah, e a FIA ficaria exclusivamente para redigir as regras e trabalhar fortemente na segurança dos carros e pistas. 
Você certamente dirá que "assim a categoria vai minar de vez, por causa dos altos custos". De certa forma vai, porque não acredito que a F1 vá diminuir os gastos. 
E se a categoria for acabar que seja em grande estilo. Seria um encerramento e tanto.

domingo, 10 de maio de 2015

GP da Espanha: 60%

Após três semanas de ausência no cenário automobilístico, a F1 retomou seus trabalhos na em Barcelona para a disputa do GP espanhol. Esperava-se um confronto mais direto entre a Mercedes e Ferrari, principalmente pelo que foi visto nas últimas quatro corridas onde a equipe italiana esteve no encalço dos alemães, conseguindo até uma vitória na Malásia com Vettel e boas atuações do mesmo e de Kimi Raikkonen na última corrida. Mas a Mercedes ficaria de braços cruzados frente a essa evolução da Ferrari? Certamente não. Afinal de contas, estamos falando de uma equipe que aniquilou a concorrência em 2014 sem piedade alguma.
Apesar de uma largada bem melhor de Vettel sobre Hamilton, ficou claro que alguma vantagem a Mercedes tinha na manga ao vermos que Rosberg estava com voltas extremamente velozes no início do GP e em pouco tempo, tinha aberto quase toda a reta dos boxes de distância para Sebastian, que estava com Hamilton na sua cola. Lewis pareceu um pouco apático nas duas vezes que estava atrás do piloto da Ferrari, sempre dizendo que era impossível aproximar-se de Vettel para tentar uma manobra. Até que conseguiu chegar perto, mas as tentativas nunca aconteceram e enquanto ele se matava na terceira posição, Nico continuava tranquilamente na ponta da corrida que perdeu apenas nas suas paradas de box.
Porém, após a sua segunda parada de box, é que veio a grande cartada de Hamilton: com pneus duros, conseguia andar até dois segundos mais rápido que Vettel – ele rodava na casa de 1’29-1’30, enquanto que Sebastian ficava na casa de 1’31-1’32 – e a diferença foi despencando até que o alemão foi para os boxes fazer a sua segunda e última parada. Com um ritmo tão bom que apresentava, após um belo par de voltas com aqueles pneus duros, até a hipótese de ir ao fim da corrida com aqueles compostos podia ter sido considerada, mas o terceiro pit-stop foi feito – como era esperado – e Lewis conseguiu voltar com três segundos de vantagem sobre Vettel, que em poucas voltas aumentou para sete, depois dez... até chegar aos 45 segundos finais. Uma lavada que pouca gente considerava após quatro corridas bem interessantes realizadas no outro lado do mundo.
Apesar de Sebastian Vettel achar que os tráfego o prejudicou na tentativa de garantir a segunda colocação, creio que seria muito difícil segurar Lewis devido a performance que este teve hoje. Para Nico Rosberg, que vinha tendo um desempenho bem abaixo do esperado, foi uma prova revitalizante para suas pretensões no mundial e com a próxima corrida sendo num lugar que ele costuma se dar bem – GP de Mônaco – tende a ser uma oportunidade de ouro para que possa sair dessa pequena fase européia com ânimo ainda mais elevado.
Por mais que esta prova de Barcelona não tenha sido a melhor das cinco disputadas até aqui, serviu apenas para mostrar em que passo se encontra a Mercedes. Pode ser também que a pista tenha ajudado, mas vale lembrar que todas – ou quase – equipes levaram atualizações para esta corrida e a Mercedes só não fez o que quis por completo porque Hamilton passou uma parte do GP encaixotado em Vettel.

Mas a próximas provas nos darão uma real sensação se a Mercedes está andando apenas em 60% da sua capacidade técnica – como foi dito no paddock espanhol neste fim de semana – e caso seja isso, eles poderão usar os 40% restantes a qualquer momento. E na corrida de hoje, a julgar pelo desempenho do seu duo, usaram esta sobra... ou apenas um pouquinho dela.  

sexta-feira, 8 de maio de 2015

GP da Espanha - Treinos Livres - 5ª Etapa

Lewis Hamilton: “Foi OK. Foi um dia bem decente, sem problemas, de verdade.
Apenas trabalhamos no acerto. Estava ventando bastante, então o carro foi afetado, mas foi bom.
Você vai mudando o equilíbrio. Às vezes é difícil. Entre o primeiro e o segundo treino, a pista e o tempo mudam, então você vai tentando entender os pneus.”


Sebastian Vettel: “Melhoramos o carro, sim. Embora a diferença tenha sido de 0s4, foi mais se você analisar o dia como um todo. Não comparei os long-runs, mas creio que a diferença ainda está lá. Essa é a má notícia para todos nós.
Acho que foi bastante tranquilo com os médios sendo os pneus mais rápidos, mas hoje foi um dia meio escorregadio para todos os carros. A aderência parece ser muito baixa, mas nada de anormal, como vimos em outros anos. Geralmente no verão a pista é um pouco mais lenta. Claro que até domingo vai melhorar, mas no geral as condições seguirão as mesmas. Dizem que será um pouco mais frio no domingo e isso talvez possa ajudar.
Não fiz a melhor volta hoje, mas acredito que com essas condições é difícil para todo mundo. A diferença entre os dois pneus é muito grande em volta lançada, mas muito menor em long-run. No entanto, quando você anda mais, aí não dá para tirar o máximo da performance dos pneus. Hoje todo mundo escorregou muito, por isso não dá pra ser justo ao analisar as novas peças no carro. Mas o mais importante é que não há nada de errado com elas. Funcionaram conforme o esperado, então podemos trabalhar de forma esperançosa em cima disso”


Nico Rosberg: "Estava muito quente, então foi difícil de lidar com os pneus. E isso é uma coisa que, com certeza, tenho de trabalhar para amanhã.
Foram alguns pequenos contratempos, precisamos ajustar algumas coisas ainda. Estávamos avaliando novas configurações para a redução das marchas, mas não deu certo.
De qualquer forma, foi um bom dia, especialmente no que diz respeito à corrida. Estamos realmente muito bem, principalmente na comparação com a Ferrari, que é importante, e também com relação a Lewis. Agora, preciso trabalhar mais e melhorar a meu desempenho em uma única”


Kimi Raikkonen: “Foi um dia muito estranho. A posição e os tempos de volta não foram ruins, mas não fiquei completamente feliz com o comportamento do carro. Não sei se isso foi causado pelo vento ou pelas condições da pista, mas lutei o tempo todo.
Não vi nada de ruim com as atualizações que trouxemos aqui. A impressão é que não acertamos tudo por completo, já que o carro escorregou muito. Sinto que há muito a melhorar e ganhar, vamos analisar os detalhes à noite e ver o que podemos fazer no resto do fim de semana. Temos muito trabalho a fazer”


Daniil Kvyat: “Nossa segunda sessão foi boa, e temos muitos dados para a equipe analisar e encontrar melhorias. Temos alguns ajustes aqui e precisamos olhar de perto como eles funcionam. Tentaremos extrair o máximo do carro para que tenhamos uma boa classificação amanhã”



Max Verstappen: “Estou feliz com esta sexta. Nessa manhã, na primeira sessão, fiz algumas simulações de corrida, assim como testamos as novas atualizações aerodinâmicas que trouxemos para cá. Conseguimos informações importantes, e acredito que o carro está bastante forte na pista, o que me deixa bastante satisfeito. Agora precisamos manter o bom desempenho, otimizar tudo e esperar que continuemos assim para o resto do final de semana”

Foto 513: Villeneuve e Jones, Montreal 1979


“Não conseguia acreditar naquilo. Ele pura e simplesmente não aceita que foi batido. Suei que nem um doido para lhe ganhar dois segundos, relaxei durante duas ou três curvas e ali estava ele a encher-me os espelhos retrovisores. Aquele balde de merda vermelho em cima de mim. Tive que continuar rápido o resto da corrida porque sabia que se ele me passasse não teria mais hipótese de passá-lo outra vez.”
A frase é de Alan Jones, referindo-se a uma característica que já tinha sido percebida há tempos em Gilles Villeneuve: de nunca desistir, qualquer que fosse a condição. 
Provavelmente isso foi dito após o GP do Canadá de 1979, quando ambos fizeram uma corrida de "gato e rato" depois que Gilles assumiu a liderança na largada e perdendo-a para Alan na volta 50, quando estavam a contornar o hairpin. 
E hoje completa 33 anos do desaparecimento do fabuloso canadense.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Foto 512: Melhor que a encomenda

(Foto: David Lord/ DailySportscar.com)
Para os fãs que devem ter vibrado a cada prova do WEC ano passado, a espera pelo mundial deste ano era de grande entusiasmo e furor, principalmente pela entrada da Nissan no certame, formando assim um quarteto de respeito na LMP1. Mas apesar da ausência da fábrica japonesa, que precisou ficar de fora das duas primeiras etapas para corrigir o enorme atraso do seu GT-R LM Nismo LMP1 para os adversários, as duas provas foram espetaculares e ofereceram ao público presente em Silverstone e Spa, corridas de alto nível técnico e de estratégia pura, sem contar, claro, com duelos viscerais entre as duas fábricas germânicas.
O retorno da Audi ao seu lugar habitual após uma temporada bem abaixo da sua qualidade, como foi em 2014, acabou por ser o grande toque a este mundial. Porque se olharmos como a Toyota tem se comportado até aqui e o nível de competitividade alcançado pela Porsche, a equipe de Weissach teria trucidado a concorrência sem nenhuma piedade nas duas corridas. Mas com duas provas ganhas na base da estratégia, derrubando um 919 Hybrid que tem sido o carro mais veloz do mundial, no dá a impressão que a Audi fará provas ainda mais espetaculares. E o mais importante: a Porsche elevará a disputa a outros níveis devido esse conjunto quase imbatível que apresentou até aqui. Digo imbatível porque a Audi os derrubou nas estratégias até aqui, conseguindo esticar ao máximo o uso dos pneus com stints bem longos, como foi no caso de Spa. Se a Porsche acertar as estratégias e junto disso aparar os erros que os seus pilotos tem cometido, as coisas ficarão ainda mais interessantes.
Para a Toyota, que não se acertou até aqui, restará apenas testar incansavelmente para tentar tirar este pequeno atraso para os alemães. Talvez ainda tenham o motor mais potente, mas o carro parece ser bem atrasado em comparação seus rivais mais próximos. Será um trabalho bem duro para a turma de Pascal Vasselon.
A diferença é que em Le Mans nem sempre quem está bem é a favorita. E as edições passadas, mostraram muito bem isso.  

Foto 511: Mirabeau

Bela foto onde pode-se ver dois trechos do circuito de Monte Carlo, em 1971: na Mirabeau, Jean Pierre Beltoise com sua Matra e lá embaixo, o Surtees com o patrão John ao volante, saindo da Lowes.
A foto foi feita durante a classificação, que foi feita com pista molhada.
Na corrida, Beltoise abandonou na volta 47 e Surtees terminou na sétima colocação. Jackie Stewart venceu, seguido por Ronnie Peterson e Jacky Ickx.

Vídeo: A primeira vitória de Nelson Piquet na BMW M1 Procar

Um presente para os fãs do Nelson Piquet: a primeira vitória dele na sensacional BMW Procar M1 Champíonship, em 1979 no circuito de Donington Park onde foi disputado o "Gunnar Nilsson Trophy", prova extra-campeonato realizada em memória do piloto sueco, morto meses antes em decorrência de um câncer.
A primeira vitória dele no campeonato viria na etapa seguinte, em Dijon-Prenois.
Nelson terminou aquele campeonato na sexta colocação, somando 36 pontos. O título foi de Niki Lauda que somou 78 pontos, três a mais que Hans Stuck que foi o vice.


Vídeo: 6 Horas de Spa 2015

E aí fica o vídeo da prova completa das 6 Horas de Spa, disputada no último sábado.
Divirtam-se!

sábado, 2 de maio de 2015

Foto 510: Um duelo à germânica

Para quem assistiu por inteiro, ou algumas horas, não se arrependeu em nada do que acabou de ver em Spa-Francorchamps durante a segunda etapa do Mundial de Endurance. Uma Porsche  mostrando ainda mais força, após ter feito a trinca na classificação e dominado boa parte da prova, e uma Audi que, se não tem um carro veloz para as classificações, ao menos em ritmo de corrida está ligeiramente melhor que os seus conterrâneos.
Foi muito bom ter visto a disputa aberta entre o Porsche #18 e Audi #7 pela ponta da corrida e foram os únicos que chegaram em condições de disputar a vitória, que coube ao trio Fässler/ Lotterer/ Tréluyer no Audi #7 que chegou treze segundos à frente do Porsche #18 de Dumas/ Jani/ Lieb.
Na LMP2 vitória da Jota Sport com Dolan/ Evans/ Tinknell, com uma volta de vantagem sobre o Ligier da G-Drive comandado por Yacaman/ Derani/ Gonzalez.
Na LMGTE-PRO a briga estava aberta até os últimos quinze, dez minutos entre o Aston Martin #99 (McDowall/ Rees/ Stanaway) e a Ferrari #51 (Bruni/ Villander), mas um stop & go para a Ferrari, devido um erro no seu último pit-stop, arruinou qualquer chance de vencer, uma vez que estavam na cola do Aston Martin #99 que acabou por vencer. A segunda colocação foi do Porsche #92 (Makowieck/ Lietz) e a terceira para o outro Porsche #91 (Müller/ Estre).
Na LMGTE-AM conquista para o Aston Martin #98 dos "3 L" Lana/ Lamy/ Lauda. A segunda posição, com mais de um minuto de atraso, para a Ferrari #83 (Perrodo/ Collard/ Aguas) e a terceira para a Ferrari #72 (Shaytar/ Bertolini/ Basov).

sexta-feira, 1 de maio de 2015

WEC: 6 Horas de Spa - Classificação (Vídeo)

O vídeo completo das classificações da LMGTE-PRO e AM e dos LMP1 e P2.
Divirtam-se!

Foto 509: 1º de maio

A imponência d'uma parte do circuito de Ímola, do trecho que vai da "Tosa" até a "Piratella" durante o GP de 1994 no exato momento em que o pelotão é comboiado pelo Safety Car.
A beleza de um lugar num dos finais de semana mais negros da história da F1.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

WEC: 6 Horas de Spa - Treinos Livres (Vídeo)

A Porsche comandou as ações hoje em Spa-Francorchamps nos dois treinos livres que foram realizados, visando a segunda etapa da categoria em solo belga. E foram treinos bem difíceis devido a chuva que caiu nas duas sessões, e por causa dela tivemos um acidente entre Kazuki Nakajima (Toyota #1) e Oliver Jarvis (Audi #8), quando estes estavam a dobrar um carro da LMP2 na Kemmel. Pelo que parece, devido a densa nuvem d'água, Nakajima não conseguiu ver o Audi de Jarvis à sua frente acertando-o na traseira.
O piloto japon~es foi levado o centro médico do autódromo e com fortes dores nas costas, foi diagnosticado uma fratura de vértebra que o deixará de fora do restante do fim de semana. Jarvis não sofreu nada, mas o Audi #8 nem pôde voltar para a pista na segunda sessão devido reparos que tinham de ser feitos na tarseira. No caso no Toyota #1, este teve o monocoque trocado e voltará amanhã à pista com Davidson e Buemi.
A melhor marca do dia, somando os dois treinos, ficou com o Porsche #19 de Lieb/ Jani/ Dumas com a marca de 2'16''616.
E aqui ficam os tempos do primeiro e segundo treinos livres em Spa. E abaixo, um pequeno resumo do dia no circuito belga, que verá a definição do grid amanhã.

Foto 508: 21 anos...

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Foto 507: Nurburgring, 1937

Uma troca rápida: Sai Müller, entra Nuvolari. O duo terminou o GP alemão na quarta posição.
Quando foi com o carro para a linha de largada, o piloto italiano foi ovacionado pelo público que ainda lembrava de sua exibição de gala de 1935.
Do tempo em que você podia começar num carro e terminar em outro. Na foto acima, Tazio Nuvolari prestes a assumir o comando do Auto Union C/D #8 que estava sendo conduzido por Hermann Müller. O piloto italiano avariou seu Auto Union Type D #2 na segunda volta do GP alemão quando travava uma batalha contra os Mercedes após uma rodada, forçando assim o seu abandono. No decorrer da prova, Müller foi chamado para entregar o carro para o "Mantuano Voador" que terminou em quarto. Essa prova também ficou conhecida por ter sido a única vez em que o nazismo tentou influenciar no resultado, quando Erwin Kraus (General Tenente e inspetor técnico na NSKK, que era uma divisão que cuidava da parte automobilística) pediu para que Alfred Neubauer recolhesse os Mercedes para uma inspeção devido a vazamento de óleo que teria sido a causadora do incidente de Nuvolari. Prontamente Neubauer recusou essa ordem, entendo que esta era para favorecer a Auto Union.
Talvez Nuvolari fosse a única esperança de alguém incomodar a prova solitária que foi feita pela Mercedes, que dominou amplamente aquela edição de 1937. Foi uma luta particular entre Richard Seaman e Manfred Von Brauchitsch, onde o piloto alemão teve a maior parte da corrida sob seu controle. Porém começaria a perder a prova após uma desastrosa parada de box que resultou num forte vazamento de combustível, depois que o mecânico deixou transbordar o tanque e o carro entrando em chamas que logo foram combatidas com espuma - aliás a máquina de espuma viria a explodir no final da prova, dando um banho em quem estava próximo dos boxes da Mercedes.
Seaman herdou a liderança nos boxes e na ânsia de retomar a sua posição, Manfred acabou acidentando-se fortemente - à cerca de 200Km/h -, mas escapou ileso. Segundo relatos da época, Brauchitsch tentou argumentar que o volante havia se soltado na aproximação da Flugplatz, mas a equipe rechaçou essa hipótese dando a entender que foi um erro do piloto.
Richard Seaman venceu a prova com mais de três minutos de vantagem sobre Hermann Lang, que assumiu o Mercedes #10 de Caracciola após este ter tido forte dor estomacal.

Foto 506: Só em abril

E o início do Mundial de F1 de 2016 terá a sua realização no primeiro fim de semana de abril, em Melbourne.
A prova será realizada uma semana após o término do horário de verão australiano, sugerindo que a corrida comece uma hora mais cedo.
E para os fãs, um período um pouco maior sem a categoria.   

terça-feira, 28 de abril de 2015

Foto 505: Estreantes

Talvez a única foto dos três estreantes de 1984 juntos. Stefan Bellof travando o que pode para segurar os ataques de Ayrton Senna, enquanto que os dois são "observados" por Martin Brundle durante o GP do Brasil.
Stefan e Ayrton não completaram a corrida abandonando nas voltas 11 e 8, respectivamente. Brundle teve melhor sorte, ao chegar em sexto. 

domingo, 26 de abril de 2015

Foto 504: Segunda geração


Duas fotos do primeiro triunfo do filho de Michael Schumacher nos monopostos, conquistada hoje na terceira bateria da etapa de Orchersleben da F4 alemã. Mick Schumacher, que largou da segunda posição, se beneficiando da inversão do grid, venceu a bateria com um pouco mais de meio segundo de vantagem para Joey Mawson que é o seu companheiro de equipe. A prova terminou com a intervenção do Safety Car. Nas outras duas baterias realizadas, Mick ficou em nono na primeira bateria (sábado) e em 12º na segunda bateria (domingo).
Foi um ótimo inicio para um garoto que terá de carregar um fardo gigantesco que é este sobrenome. É certo que isso irá facilitar a abertura de várias portas para ele, mas terá que fazer valer este sobrenome Schumacher ou será mais um filho de piloto campeão a ficar vagueando pelas categorias do mundo.
Toda sorte ao Mick!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Foto 503: Há 30 anos...



Foram tantos textos e lembranças neste 21 de abril sobre a primeira vitória de Senna na F1, que preferi apenas resumir isso em três fotos daquela corrida, exatamente no seu final onde os festejos por aquela conquista foram os mais efusivos.
Afinal de contas, foi a primeira conquista após a "Era Chapman" e também a de um carro assinado por Gerárd Ducarouge na Lotus.

domingo, 19 de abril de 2015

GP do Bahrein: Um outro Hamilton

Foram tantas às vezes em que criticamos Lewis Hamilton em seus tempos de McLaren, e até mesmo nesse seu período de Mercedes, onde ele não tinha a mínima noção em poupar equipamento e consequentemente os pneus, que eram sem dúvida o seu ponto fraco durante as provas.
Desde o ano passado para cá, temos visto o piloto inglês numa forma muito positiva neste quesito e aliando isso a sua indiscutível velocidade e habilidade, tem se mostrado altamente superior aos demais na pista, principalmente à Rosberg.
A corrida de hoje em Sakhir foi a prova disso: soube poupar os pneus, dando a si a oportunidade de parar bem depois das Ferraris e quando parecia que teríamos uma batalha pela primeira colocação devido ao fabuloso ritmo de Raikkonen na parte final, ele respondia com voltas equivalentes ou até mesmo ligeiramente melhores que Rosberg e o finlandês. Em outros tempos, teríamos a oportunidade de ver Lewis fazendo o que podia para se equilibrar em pneus aos frangalhos, resultado puro e único da sua brutalidade na condução de um carro.
E essa sua abordagem nas pilotagens tem dado a ele a oportunidade de aniquilar aos poucos o que resta de chances de Rosberg tentar igualar as condições dentro da Mercedes.
E olha que Nico foi bem hoje, mas Lewis foi melhor ainda.

A corrida

Sem dúvida a prova de hoje bem parecida com a da semana passada em Xangai, com a Mercedes dando aos seus pilotos a oportunidade de parar depois das Ferraris, mas a única diferença – e que se tornou uma ameaça real no fim – foi a proximidade de Raikkonen. A Ferrari apostou num longo período de Kimi com os pneus médios para depois colocá-lo de volta à pista com os macios, que o fizeram andar até dois segundos mais veloz que o duo da Mercedes. Se alcançar a liderança de Lewis – que respondia de vez em quando a esse ritmo do ferrarista – seria complicado, a segunda colocação de Nico Rosberg era bem possível e isso foi facilitado quando o alemão teve problemas de freio na abertura da penúltima volta ao frear no final da reta dos boxes. Isso facilitou a vida de Raikkonen, que conseguiu o seu primeiro pódio no ano.
Em contraste ao seu companheiro, o dia não foi dos melhores para Vettel que, além de ter tomado três ultrapassagens de Rosberg – duas delas com muito arrojo por parte de seu conterrâneo, diga-se – Sebastian parecia estar com o ritmo de carro bem comprometido, conseguindo em algumas situações até seguir as Mercedes, mas se perdendo em outras – como foi no caso do primeiro ataque de Rosberg, quando ele passou direto na freada da primeira curva, dando a oportunidade para que Nico encostasse nele. Aliás, Vettel deve ter tido problemas de freios nessa corrida, onde ele errou quatro vezes e na última quase batendo na traseira do carro de Bottas, quando ambos disputavam a quarta colocação.
E por falar em Rosberg, até que a sua corrida não foi de todo mal, conseguindo um ótimo ritmo e atacando as Ferraris com arrojo. Pena que não teve ritmo suficiente para alcançar Hamilton.
Felipe Massa teve mais um dos seus azares ao ficar parado no grid de largada e quando estava escalando o pelotão, teve problemas no assoalho do Williams o que comprometeu a sua evolução no GP. Nasr teve também uma boa performance – com belas ultrapassagens sobre Massa e Hulkenberg –, mas ao que parece a equipe pecou na estratégia e ele fechou em 12º.
Apesar de suas limitações mecânicas, a Mclaren, que teve apenas Alonso na prova já que Button ficou de fora devido os intermináveis problemas que o seguiram desde sexta, apresentaram um ritmo bem parecido com que o fizeram na China. Fernando arriscou em apenas duas paradas que lhe valeram a 11ª colocação.
Apesar de uma corrida muito boa que resultou em mais um vitória da Mercedes, fica claro que Ferrari está em sua cola, mas dependerá e muito de dois fatores para conseguir bater as Silver Arrows novamente: entrada do Safety Car e uma má jornada da equipe inteira. As possíveis atualizações que levarão para Barcelona podem dar às eles um gás maior para essa batalha.

Caso contrário, terão que remar muito para chegar na Mercedes.

Foto 502: O que esperar da corrida em Sakhir?

Apesar de apostar numa vitória de Lewis Hamilton para logo mais, não creio que esta será fácil devido o ritmo apresentado pelas Ferraris na sexta quando fizeram long runs satisfatórios com pneus macios. Isso implicaria em paradas de box mais tardias para os pilotos ferraristas, mas, por outro lado, devemos ficar de olho na Ferrari em relação ao uso dos pneus médios: na China, Vettel e Raikkonen tiveram uma queda de performance quando estavam usando este composto, fazendo com que a diferença de três segundos – que foi a distância quase que permanente para a Mercedes de Hamilton durante boa parte da prova – aumentasse para a casa dos vinte no final. Outro ponto a ser visto também é que a Mercedes, de forma surpreendente até, conseguiu parar depois dos carros vermelhos conseguindo assim anular esta vantagem ferrarista. Mas claro cada corrida tem a sua história e, portanto podemos ter uma noite bem interessante em Sakhir.

Para o restante, que lutará da quinta posição para baixo, acredito em outra prova solitária por parte da Williams, assim como uma luta interessante pelas últimas posições pontuáveis entre Red Bull, Lotus, Force India e Sauber. E será igualmente interessante ver o ritmo de prova da McLaren, sendo que Alonso fez bons treinos livres na sexta. 

sexta-feira, 17 de abril de 2015

GP do Bahrein - Treinos Livres - 4ª Etapa

Nico Rosberg: “O primeiro treino, aindadurante o almoço, não foi de grande utilidade, porque estava muito quente e a corrida será disputada no início da noite, porque esse segundo treino foi bem mais proveitoso.
Nós tivemos condições de fazer muitas voltas, o que é bom, mas o ritmo da Ferrari é preocupante. Na classificação, nós seremos muito rápidos, mas na corrida eles podem ser ainda mais rápidos também.
A classificação novamente será muito importante, como tem sido nas últimas corridas. Mas estou me sentindo muito confiante e tudo correu muito bem. Eu fui rápido em apenas um volta, mas também nos long runs, então acho que posso dizer que foi um bom dia”.
                                                                                                              

Lewis Hamilton: “Acho que travei na curva 8, então perdi um pouco, é um trecho em que preciso trabalhar para ganhar tempo. Em geral, o segundo setor foi fraco. Mas o carro está bom.
No geral, foram duas sessões bastante boas. Conseguimos muitas voltas, além de entender melhor os pneus. Definitivamente, estamos numa posição melhor do que na Malásia”.


Kimi Raikkonen: “Ainda não está tão bom quanto esperava, ainda precisamos melhorar a dirigibilidade. Foi um pouco difícil acertar o set-up. É complicado em duas partes da pista e temos de resolver isso. Com sorte, encontraremos algo. É esperar e ver. Tomara que possamos fazer um bom trabalho amanhã.
Não tem tantas curvas, mas quando se tem dificuldades em um lugar isso pode custar sua volta”.


Sebastian Vettel: "A minha melhor volta rápida não foi perfeita, mas, mesmo assim, eu acho que estamos muito perto. Nós, no entanto, sabemos também que a Mercedes vai mexer nos motores para a classificação. Então, o quanto mais perto estiver melhor.
Mas o mais importante é nos sentirmos confortáveis com o carro e ter uma boa base para trabalhar. Agora, vamos ver todos os dados e entender aonde podemos melhorar".


Valtteri Bottas: “Foi uma boa sexta-feira. O carro está bom, mas como é só sexta, é difícil se comparar com nossos adversários. Ainda estamos focando na performance dos pneus em ritmo de corrida, e fizemos progresso, especialmente com o pneu macio. Apesar disso, creio que ainda podemos achar um ritmo ainda melhor. Parecemos bem fortes para a classificação, mas o ritmo de corrida é importante e vamos trabalhar nessa área.”


Daniel Ricciardo: “Tive uma sessão ok. Acho que parecemos estar bem. Estamos mais ou menos onde esperávamos estar. Somos um pouco mais competitivos em condições mais frias, de modo que à noite deve ser bom aqui. O desgaste dos pneus é um pouco alto aqui, e provavelmente vamos para uma corrida de duas paradas, mas vamos ver. Amanhã será um dia com muito vento, então poderemos ter um pouco mais de areia na pista.”

Resultado do segundo treino livre




segunda-feira, 13 de abril de 2015

Foto 501: Rusgas em Xangai

Ontem assisti a corrida, mas por ter saído o dia todo nem pude colocar o texto sobre a sofrível prova que tivemos ontem em Xangai. Porém, ao abrir sites especializados, me deparei com as reclamações de Rosberg que indicava uma possível "sacanagem" por parte de Hamilton em andar lento numa parte da prova e que isso destruiria os seus pneus macios, deixando-o vulnerável para que Vettel ameaçasse a sua segunda colocação. Após a resposta de Hamilton, ao dizer que se "já que estava lento, porque não passou", as criticas apareceram como um avalanche. Depois de um período favorável a sua pilotagem em 2014 e que esvaiu-se com problemas mecânicos, erros e a subida de performance de Hamilton na parte final do mundial, acabou culminando num final de temporada melancólico para Nico. Comparando o início dos dois mundiais, até que há uma certa semelhança entre ambas, sendo que a única diferença é que ele havia vencido a prova de abertura para depois deparar-se com uma sequência de quatro vitórias de Hamilton que foi barrada por Rosberg apenas em Mônaco, onde o campeonato tomou um rumo que, no momento, parecia estar pendendo para o piloto alemão. Outro fator que está sendo anulado por Lewis é a frequência de poles de Rosberg: esta era uma de suas armas principais para duelar com seu companheiro, tendo a chance de ditar o ritmo da corrida à seu favor e tentar aniquilar qualquer que fosse a chance de Hamilton.  Não creio que Lewis tenha feito aquelas voltas de propósito para prejudicar Rosberg, afinal de contas ele salvou os pneus exatamente para ter o luxo de parar depois da Ferrari de Vettel, o que funcionou muito bem. Mas entendo também o desabafo de Nico após a corrida.
Os acontecimentos de ontem em Xangai, mostram que Rosberg precisa urgentemente de virar o jogo. Não apenas tentar bater Lewis em treinos e corridas, mas como também se cuidar da eminente chegada da Ferrari - principalmente com Vettel - e isso talvez o esteja perturbando-o. Após aquela temporada confortável em que apenas tinha de marcar cerradamente Lewis, o ano de 2015 não começou do jeito que Rosberg imaginava. Voltar aos estudos para tentar parar Lewis, é preciso.
E num carro vermelho, à meia distância, um certo piloto alemão observa atentamente todas essas movimentações...

sábado, 11 de abril de 2015

Vídeo: European Radical Masters - Jerez, 1ª Etapa

A primeira bateria das três que serão disputadas neste fim de semana em Jerez, na abertura do European Radical Masters.

WEC: Porsche na primeira fila em Silverstone

Ao que parece a Porsche continua dando as cartas quando se trata de classificações, assim como foi em 2014. A fábrica alemã cravou a pole com o #17 tendo em Mark Webber e Brendon Hartley, os responsáveis pela condução deste. A marca foi de 1'39''721, seis décimos mais rápido que o #18 de Dumas/ Jaani/ Lieb.
Olhando as marcas do segundo ao quarto (Porsche #18; Audi #8; Toyota #1), a diferença é de apenas 42 centésimos. Isso sugere uma boa batalha para amanhã em Silverstone, com estes três mais o pole, lutando abertamente pela vitória. O Audi #7 e Toyota #2 fecharam em quinto e sexto respectivamente, com mais de um segundo de desvantagem para o pole.
Na LMP2, pole para o trio da G-Drive no #28 pilotado por Pipo Derani/ Gustavo Yacaman/ Ricardo Gonzalez, seguidos pelo outro carro da G-Drive que tem no comando do #26 Rusinov/ Canal/ Bird.
Na LMGTE-PRO, domínio absoluto da Aston Martin que ocupa as três primeiras colocações. E na LMGTE-AM, pole para o Aston Martin de Lana/ Lamy/ Lauda com a Ferrari da AF Corse em segundo (Calado/ Rigon) e na terceira o Corvete da Larbre Competition (Roda/ Ruperti/ Poulsen).


Grid de largada para as 6 Horas de Silvertone - 1ª Etapa

PosClassePilotoEquipeCarroTempoDif
1LMP1T.Bernhard, M.Webber, B.HartleyPorsche TeamPorsche1m39.721s -
2LMP1R.Dumas, N.Jani, M.LiebPorsche TeamPorsche1m40.340s 0.619s
3LMP1L.di Grassi, L.Duval, O.JarvisAudi Sport Team JoestAudi1m40.352s 0.631s
4LMP1A.Davidson, S.Buemi, K.NakajimaToyota RacingToyota1m40.382s 0.661s
5LMP1M.Fassler, A.Lotterer, B.TreluyerAudi Sport Team JoestAudi1m41.153s 1.432s
6LMP1A.Wurz, S.Sarrazin, M.ConwayToyota RacingToyota1m41.694s 1.973s
7LMP2G.Yacaman, L.Derani, R.GonzalezG-Drive RacingLigier/Nissan1m48.021s 8.300s
8LMP2R.Rusinov, J.Canal, S.BirdG-Drive RacingLigier/Nissan1m48.083s 8.362s
9LMP2M.Howson, R.Bradley, N.TandyKCMGORECA/Nissan1m49.389s 9.668s
10LMP2N.Panciatici, P-L.Chatin, V.CapillaireSignatech AlpineAlpine/Nissan1m49.498s 9.777s
11LMP1S.Trummer, V.Liuzzi, C.KlienTeam ByKollesCLM/AER1m50.622s 10.901s
12LMP2S.Sharp, R.Dalziel, D.HanssonExtreme Speed MotorsportsHPD1m51.551s 11.830s
13LMP2N.Leventis, D.Watts, J.KaneStrakka RacingDome/Nissan1m52.284s 12.563s
14LMP2J.Nicolet, J-M.Merlin, E.MarisOak RacingLigier/Nissan1m53.457s 13.736s
15LMP2E.Brown, J.Fogarty, D.BrabhamExtreme Speed MotorsportsHPD1m55.491s 15.770s
16GTE ProC.Nygaard, M.Sorensen, N.ThiimAston Martin RacingAston Martin1m59.970s 20.249s
17GTE ProA.MacDowall, F.Rees, R.StanawayAston Martin Racing V8Aston Martin2m00.175s 20.454s
18GTE ProD.Turner, S.MuckeAston Martin RacingAston Martin2m00.333s 20.612s
19GTE ProR.Lietz, M.ChristensenPorsche Team MantheyPorsche2m00.651s 20.930s
20GTE ProG.Bruni, T.VilanderAF CorseFerrari2m00.701s 20.980s
21GTE ProP.Pilet, F.MakowieckiPorsche Team MantheyPorsche2m01.591s 21.870s
22GTE AmP.D.Lana, P.Lamy, M.LaudaAston Martin RacingAston Martin2m01.998s 22.277s
23GTE ProD.Rigon, J.CaladoAF CorseFerrari2m02.156s 22.435s
24GTE AmG.Roda, P.Ruberti, K.PoulsenLarbre CompetitionChevrolet2m02.937s 23.216s
25GTE AmC.Ried, K.Al Qubaisi, K.BachlerAbu Dhabi-Proton RacingPorsche2m03.134s 23.413s
26GTE AmF.Perrodo, E.Collard, R.AguasAF CorseFerrari2m03.482s 23.761s
27GTE AmV.Shaitar, A.Bertolini, A.BasovSMP RacingFerrari2m04.114s 24.393s
28GTE AmF.Castellacci, R.Goethe, S.HallAston Martin RacingAston Martin2m05.050s 25.329s
29GTE AmP.Dempsey, P.Long, M.SeefriedDempsey-Proton RacingPorsche2m06.024s 26.303s

Crash: ELMS e Lamborghini Super Trofeo

O início das provas do ELMS (Silverstone) e Lamborghini Super Trofeo (Monza), foram bem animados.

GP da China - Classificação - 3ª Etapa

Olhando a tabela dos tempos obtidos para a formação do grid de largada e isolando as duas Mercedes, que estiveram num outro nível nessa classificação, e transferirmos isso para a corrida de amanhã - num cenário hipotético, que fique claro -, teremos uma corrida interessantíssima da terceira posição para trás. A diferença de Vettel (3º) para Raikkonen (6º) é de um pouco mais de meio segundo e no meio das duas Ferraris aparecem as duas Williams, que de certa forma foram um surpresa se levarmos em conta o desempenho que vinham tendo nos treinos livres perdendo terreno até para a Red Bull. Mesmo sabendo que em corrida as condições podem mudar para o lado vermelho - o que é a tendência - talvez a Williams tenha achado um bom ritmo para tentar desafiá-los. Mas, por outro lado, Vettel salvou um jogo novo de pneus macios, o que lhe dá uma chance de seguir à frente e tentar se intrometer no meio das Mercedes - uma jogada bem próxima do que aconteceu em Melbourne.
A Mercedes fez o que era de se esperar, tendo em Hamilton um nível de pilotagem bem acima dos demais. Foi quase um segundo de vantagem sobre Vettel a marca alcançada por Lewis e apenas Rosberg é quem se aproximou mais, ao ficar 42 centésimos atrás da marca do seu companheiro. Se as coisas forem normais, em todos os sentidos, a equipe prateada terá uma tarde mais tranquila.
A Sauber foi a surpresa do treino ao levar os dois carros ao Q3: Nasr e Ericsson fizeram um bom trabalho e sairão na nona e décima colocações. Se os problemas que enfrentaram na Malásia - especialmente com Felipe - terem sido resolvidos, é bem provável que cheguem com os dois carros na zona de pontos.
Para a Mclaren, que teve uma melhora considerável, os dois carros ficaram no Q1: Button foi o 17º e Alonso - que enfrentou problemas no terceiro treino livre - foi o 18º.

O que esperar da corrida?

É bem provável que a Mercedes sairá vencedora amanhã, e com o Hamilton, mas a dobradinha já é algo duvidoso devido essa carta na manga que Vettel guardou para a corrida. Por outro lado, os duelos pelas demais posições serão bem interessantes.

Grid de Largada para o Grande Prêmiuo da China - 3ª Etapa

PosPilotoCarroTempoDif
1Lewis HamiltonMercedes1m35.782s -
2Nico RosbergMercedes1m35.824s 0.042s
3Sebastian VettelFerrari1m36.687s 0.905s
4Felipe MassaWilliams/Mercedes1m36.954s 1.172s
5Valtteri BottasWilliams/Mercedes1m37.143s 1.361s
6Kimi RaikkonenFerrari1m37.232s 1.450s
7Daniel RicciardoRed Bull/Renault1m37.540s 1.758s
8Romain GrosjeanLotus/Mercedes1m37.905s 2.123s
9Felipe NasrSauber/Ferrari1m38.067s 2.285s
10Marcus EricssonSauber/Ferrari1m38.158s 2.376s
11Pastor MaldonadoLotus/Mercedes1m38.134s -
12Daniil KvyatRed Bull/Renault1m38.209s -
13Max VerstappenToro Rosso/Renault1m38.393s -
14Carlos SainzToro Rosso/Renault1m38.538s -
15Sergio PerezForce India/Mercedes1m39.290s -
16Nico HulkenbergForce India/Mercedes1m39.216s -
17Jenson ButtonMcLaren/Honda1m39.276s -
18Fernando AlonsoMcLaren/Honda1m39.280s -
19Will StevensMarussia/Ferrari1m42.091s -
20Roberto MerhiMarussia/Ferrari1m42.842s -

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Foto 500: De cara para o vento...


Tratando-se de Indycar e sendo num circuito oval, é talvez umas das imagens mais loucas que ví no motorsport até agora. A oto é de 1983 com Al Unser Jr. no comando do Eagle Chevrolet da Galles e de carona Trevor Harris, um dos melhores engenheiros do automobilismo norte-americano e que já trabalhou - além da Indy, claro - na Can-Am (projetando o pequeno e poderoso AVS Shadow MKI Can-Am e outros) , IMSA (trabalhando por quatro anos no Nissan GTP de Geoff Brabham) projetou carros para as provas do Pikes Peaks, caminhões e por aí vai... Sem contar em várias inovações para motos, carros e bicicletas, todas devidamente patenteadas.

92ª 24 Horas de Le Mans - Uma Epopéia em La Sarthe

A segunda da Ferrari após o seu retorno à La Sarthe (Foto: Ferrari Hypercar/ X) Começar um texto sobre algo tão fantástico não é das melhore...