segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Análise do dez primeiros- GP da Bélgica 2010

Lewis Hamilton- A melhora da Mclaren ajudou muito, mas ele estava intocável na prova belga. Largaria da pole se não fosse a chuva que o atrapalhou no final do treino, mas nem precisou. Largou bem, abriu boa vantagem, superou as condições variáveis da pista e ainda escapou de ficar encalhado na brita. Um final de semana genial dele que foi coroado com vitória e liderança no mundial de pilotos.


Mark Webber- Baita sorte no treino e na corrida também, pois não acreditava que terminaria no pódio após sua péssima largada. Mas aproveitou o final confuso para passar Kubica no pit-stop e assumir o segundo lugar na prova. Agora dependerá mais da equipe do que dele para tentar conquistar seu primeiro mundial.


Robert Kubica- Em Spa a Renault, e muito menos ele, esperavam algo, Mas o uso do duto frontal foi fundamental e ele pode se manter entre os primeiros a corrida inteira. Mas ele e a equipe se atrapalharam no último pit-stop, e isso lhe custaram à segunda posição. Mas num todo foi um fim de semana mágico do polonês.


Felipe Massa- Bom classificatório ao sair na frente de Alonso e na prova se manteve no meio dos dez pontuáveis. Não ameaçou ninguém e também não foi ameaçado. Uma prova tranqüila do brasileiro.


Adrian Sutil- Um treino surpreendente na sexta e uma ótima classificação no sábado ajudaram e muito o alemão a conseguir chegar nessa posição. O carro da Force Índia em Spa é ótimo e não é de hoje. Bom pressagio para Monza daqui a 15 dias, lugar onde eles andaram muito bem ano passado.


Nico Rosberg- Prejudicado pela troca do câmbio, teve que subir de 13º durante a corrida. Fez bons duelos contra Petrov e Schumi e se não tivesse largado no meio d pelotão, poderia, talvez, ter discutido uma posição melhor no final da prova.


Michael Schumacher- Assim como seu companheiro Rosberg, também largou do fundão (21º) como punição da manobra contra Barrichello na Hungria. Foi sua melhor corrida até agora na F1 após seu retorno e teve ótimos duelos contra Kobayashi e Petrov. Sem contar o passão que levou do Sutil na reta Kemmel.


Kamui Kobayashi- Mais uma bela apresentação do japonês. Não se intimidou na disputa com Schumi e o atacou, mas sem sucesso. Talvez ainda falte se concentrar nas classificações, que tem sido seu calcanhar de Aquiles.


Vitaly Petrov- Saiu em último após ter estampado seu carro no início da classificação, ficando assim sem tempo. Na prova foi agressivo e fez boas disputas contra as Mercedes, onde chegou a fazer uma linda ultrapassagem sobre Rosberg no final da reta Kemmel por fora. É, ao lado de Kobayashi, um dos melhores estreantes do ano.


Vitantonio Liuzzi- Tomou uma lavada do seu companheiro desde os treinos de sexta e na prova, sempre brigou pelas posições intermediárias. Herdou a décima posição após Alguersuari ter sido punido.

domingo, 29 de agosto de 2010

Hamilton vence em Spa e é líder do mundial

Quando Hamilton virou a La Source na frente dos demais sem nenhuma ameaça, pois Webber largara mal e caíra para sétimo, percebi que a prova já estava definida. Nem os ataques de Kubica na Le Combes e o assédio de Button após a saída da primeira visita do Safety Car, não abalaram a performance de Lewis que estava intocável no traiçoeiro circuito belga.
Aliás, este foi o único adversário real de Hamilton, pois o tempo instável no início da prova e no final podia ter alijado o inglês da ponta da corrida. Principalmente quando faltavam oito voltas para o fim, uma escapada na curva Rivage quase jogou seu belo trabalho no muro de pneus. Lewis voltou para a pista, trocou pneus colocando intermediários e ainda ficou em primeiro para vencer uma prova tranquila. Pelo menos para ele.
Mesmo tendo Webber no seu encalço no final, a corrida foi boa para Hamilton que reassumiu a liderança do mundial de pilotos com 182 pontos contra 179 de Mark. Para este último à prova também foi lucrativa, afinal tinha caído da pole para sétimo na largada, mas a lambança de Vettel e o abandono de Button o ajudaram bastante. No fim superou Kubica nos boxes e assim pode garantir importantes 18 pontos. Com Button e Alonso ficando de fora e Vettel não marcando pontos, facilitou ainda mais e isso deixa ambos como únicos favoritos para a conquista do campeonato.
Mas Vettel deu uma mãozinha a eles ao tirar Button da prova durante uma disputa pela segunda posição, acertando o carro do inglês na lateral esquerda após um erro na freada da chicane. Com mais este erro, suas chances de tentar vencer a prova e encostar no mundial de pilotos se complicaram. Ainda teve que pagar um Drive & Through como punição pelo acidente e para completar, o pneu traseiro esquerdo furou após um toque numa disputa contra Liuzzi. Teve que fazer uma volta inteira pelo circuito em três rodas. Terminou em 15º numa das piores atuações dele na categoria. Alonso também ficou de fora ao rodar e bater quando estava em décimo, a oito voltas do fim. Mas teve um acidente que arruinou sua prova, quando foi acertado por trás pela Williams de Barrichello na freada da chicane. O brasileiro, que completou seu GP de número 300, abandonou na primeira volta e Alonso ainda voltou se recuperou e abandonou. E o campeonato para estes três, já era.
Kubica foi brilhante ao lutar contra carros muito melhor que o seu Renault e ficou em terceiro, após ter ficado maior parte do tempo em segundo. Massa ficou quietinho e fechou em quarto. Ótimos duelos de Rosberg vs Petrov, Schumi vs Kobayashi e De La Rosa vs Hulkenberg deixaram a prova ainda mais interessante.
Sobre as entradas do Safety Car, li um bocado de reclamações disso, entendo que não foi pelas chuvas do início e fim de prova (que foram, de certa forma, fracas e passageiras), mas sim pela segurança em retirar os carros de Barrichello e Alonso. No de Rubens, o trator estava num trecho verde que divide a pista da entrada dos boxes e ali, com a pista molhada que estava naquele momento, um carro poderia rodar e bater embaixo do trator. Já com Fernando, o seu Ferrari ficou atravessado na pista mas os comissários foram rápidos e o tiraram de lá e mesmo assim o Safety ainda demorou duas voltas para sair e nesta reclamação eu concordo.
Mais uma vez Spa nos brindou com uma bela prova, que na minha visão, decidiu quem será os dois homens a disputar o título deste ano. Hamilton está absoluto na Mclaren e eles vão trabalhar para que ele consiga. Webber na Red Bull não é unanimidade, mas após as cagadas que Vettel aprontou e vem aprontando é hora deles apoiarem o australiano. Se isso não acontecer, já podem entregar a taça para Hamilton.
A largada de Hamilton foi perfeita e aproveitando a má saída de Webber, assumiu a ponta para não perder mais.


Vettel acaba de acertar o carro de Button: o jovem alemão vem pagando caro pela sua imaturidade nesta temporada, que a rigor, deveria ser dele. Button abandonou em seguida com o radiador furado e Sebastian ficou em 15º.

O GP 300 de Barrichello terminou no final da segunda volta quando acertou o carro de Alonso por trás. Ele acabou errando a freada no traçado já molhado naquele trecho.


Alonso abandonaria bem mais tarde, na volta 36, quando rodou e bateu na curva Malmedy.


RESULTADO FINAL
Grande Prêmio da Bélgica- Spa Francorchamps
13ª Etapa- 29/08/2010

1. Lewis Hamilton (GBR/McLaren Mercedes): 44 voltas
2. Mark Webber (AUS/Red Bull Renault): +1s5
3. Robert Kubica (POL/Renault): +3s4
4. Felipe Massa (BRA/Ferrari): +8s2
5. Adrian Sutil (ALE/Force India Mercedes): +9s0
6. Nico Rosberg (ALE/Mercedes GP): +12s3
7. Michael Schumacher (ALE/Mercedes GP): +15s5
8. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber Ferrari): +16s6
9. Vitaly Petrov (RUS/Renault): +23s8
10. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India Mercedes): +34s8
11. Pedro de la Rosa (ES/Sauber Ferrari): +36s0
12. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso Ferrari): +39s8
13. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso Ferrari): +49s4*
14. Nico Hulkenberg (ALE/Williams Cosworth): +1 volta
15. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull Renault): +1 volta
16. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus Cosworth): +1 volta
17. Lucas di Grassi (BRA/Virgin Cosworth): +1 volta
18. Timo Glock (ALE/Virgin Cosworth): +1 volta
19. Jarno Trulli (ITA/Lotus Cosworth): +1 volta
20. Sakon Yamamoto (JAP/Hispania Cosworth): +2 voltas

Abandonaram:
Fernando Alonso (ESP/Ferrari)
Jenson Button (GBR/McLaren Mercedes)
Bruno Senna (BRA/Hispania Cosworth)
Rubens Barrichello (BRA/Williams Cosworth)

* punido após a prova com acréscimo de 20 segundos por ultrapassagem irregular

Volta Mais Rápida: Lewis Hamilton (Mclaren) 1min49s069

sábado, 28 de agosto de 2010

Na sorte, Webber é pole em Spa

A pista seca deu a Webber a chance que ele e a Red Bull precisavam em Spa: uma volta limpa, sem imprevistos para marcar a quinta pole do australiano na temporada e a 12ª dos touros vermelhos neste ano. Assim que marcou seu tempo de 1min45s778, a chuva desabou no circuito e quem vinha logo em seguida, como Hamilton, por exemplo, não pode roubar a pole de Mark. Mas não acho que ele possa sair vencedor desta prova. As condições climáticas para amanhã apontam chuva o dia todo e isso me leva a crer, como já havia comentado no twitter na última quinta quando soube da previsão para Spa, que Hamilton pode sair vencedor da prova de amanhã. Ele sai em segundo e como sempre é um ótimo largador, e assim é bem possível que ele já vire a La Source à frente de Mark.
Em terceiro aparece Kubica, que creditou a ótima performance desde de sexta ao duto frontal  do Renault. Mas seu talento também contou e muito para chegar a este posto. Vettel e Button aparecem em quarto e quinto, vendo de longe, o sucesso de seus companheiros de equipe. Mas o inglês pode fazer melhor que alemão nesta corrida. Massa conseguiu ficar na frente de Alonso, aproveitando um deslize dos muitos que o espanhol cometeu este ano, quando saiu e marcou seu tempo com a pista ainda seca e Fernando deixando para sair com o traçado já totalmente comprometido pela chuva, marcou apenas o décimo tempo. Para a sorte deles, Spa tem ótimos pontos de ultrapassagens.
Barrichello sai em sétimo no seu GP de número 300 e nisso, quem sabe, beliscar alguns pontos ou até mesmo, dependo da sorte, um pódio. Em oitavo sai Sutil com a bom carro da Force India que se comportou mais uma vez bem em Spa. Caso não fosse o tempo instável, poderia estar mais a frente no grid. Hulkenberg sai em nono num bom treino dos Williams.
Senna, que marcou o 20º tempo, ganhou duas posições de presente com as punições de Schumacher (que perdeu dez posições como punição ao incidente de hungaroring com Barrichello) e de Glock, que perdeu cinco posições por obstruir Yamamoto durante o classificatório. De repente o Yamamoto podia marcar a pole, vai saber... . Buemi também foi punido, pela mesma manobra, quando bloqueou Rosberg durante a Q2. O alemãozinho da Mercedes também perdeu cinco posições, mas por ter trocado o câmbio. E com a corrida com chuva, como deve ser amanhã, punições vão rolar à solta.

RESULTADO- GRID DE LARGADA PARA O GRANDE PRÊMIO DA BÉLGICA- 13ª ETAPA

Q1
1. Mark Webber (AUS/Red Bull Renault): 1min45s778
2. Lewis Hamilton (GBR/McLaren Mercedes): 1min45s863
3. Robert Kubica (POL/Renault): 1min46s100
4. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull Renault): 1min46s127
5. Jenson Button (GBR/McLaren Mercedes): 1min46s206
6. Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min46s314
7. Rubens Barrichello (BRA/Williams Cosworth): 1min46s602
8. Adrian Sutil (ALE/Force India Mercedes): 1min46s659
9. Nico Hulkenberg (ALE/Williams Cosworth): 1min47s053
10. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min47s441
Q2
11. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso Ferrari): 1mins48s267
12. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India Mercedes): 1min48s680
13. Sebastien Buemi (Toro Rosso Ferrari): 1min49s209
14. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus Cosworth): 1min50s980
15. Jarno Trulli (ITA/Lotus Cosworth): 2min01s491
16. Nico Rosberg (ALE/Mercedes GP): 1min47s885*
17. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber Ferrari): 2min02s284
Q3
18. Bruno Senna (BRA/Hispania Cosworth): 2min03s612
19. Sakon Yamamoto (JAP/Hispania Cosworth): 2min03s941
20. Timo Glock (ALE/Virgin Cosworth): 1min52s049*
21. Michael Schumacher (ALE/Mercedes GP): 1min47s874**
22. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber Ferrari): 2min05s294
23. Lucas di Grassi (BRA/Virgin Cosworth): 2min18s754
24. Vitaly Petrov (RUS/Renault): sem tempo

* Foi punido e perdeu cinco posições no grid
** Foi punido e perdeu dez posições no grid

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Alonso marca o melhor tempo no instável treino de Spa

Com uma volta em 1min49s032 Alonso foi o dono do dia em Spa, onde as condições metereológicas foram mudanças constantes. A chuva contribuiu para uma loteria neste treino e assim como hoje, amanhã a previsão é a mesma: chuva!
Sutil confirmou as suas expectativas e da equipe e marcou o segundo tempo. Acabou por ser uma lavada sobre seu companheiro Liuzzi, que marcou apenas o 16º tempo. Completando os dez primeiros Hamilton apareceu em terceiro, Kubica quarto, Massa quinto, Vettel sexto, Button sétimo, Rosa oitavo, Barrichello nono e Kobayashi em décimo. Mark Webber ficou apenas em 18º. Di Grassi fechou em 21º e Senna em 22º.

RESULTADO- TREINOS LIVRES PARA O GRANDE PRÊMIO DA BÉLGICA- 13ª ETAPA

1. Fernando Alonso (ESP/Ferrari): 1min49s032
2. Adrian Sutil (ALE/Force India Mercedes): 1min49s157
3. Lewis Hamilton (GBR/McLaren Mercedes): 1min49s248
4. Robert Kubica (POL/Renault): 1min49s282
5. Felipe Massa (BRA/Ferrari): 1min49s588
6. Sebastian Vettel (ALE/Red Bull Renault): 1min49s689
7. Jenson Button (GBR/McLaren Mercedes): 1min49s755
8. Pedro de la Rosa (ESP/Sauber Ferrari): 1min50s081
9. Rubens Barrichello (BRA/Williams Cosworth): 1min50s128
10. Kamui Kobayashi (JAP/Sauber Ferrari): 1min50s200
11. Vitaly Petrov (RUS/Renault): 1min50s251
12. Michael Schumacher (ALE/Mercedes GP): 1min50s341
13. Nico Rosberg (ALE/Mercedes): 1min50s382
14. Jaime Alguersuari (ESP/Toro Rosso Ferrari): 1min50s682
15. Nico Hulkenberg (ALE/Williams Cosworth): 1min50s831
16. Vitantonio Liuzzi (ITA/Force India Mercedes): 1min51s520
17. Sebastien Buemi (SUI/Toro Rosso Ferrari): 1min51s523
18. Mark Webber (AUS/Red Bull Renault): 1min51s636
19. Heikki Kovalainen (FIN/Lotus Cosworth): 1min53s480
20. Jarno Trulli (ITA/Lotus Cosworth): 1min53s639
21. Lucas di Grassi (BRA/Virgin Cosworth): 1min54s325
22. Bruno Senna (BRA/Hispania Cosworth): 1min55s751
23. Sakon Yamamoto (JAP/Hispania Cosworth): 1min56s039
24. Timo Glock (ALE/Virgin Cosworth): 2min03s179

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Spa Francorchamps 1967

O belo circuito belga, entremeado por pequenas aldeias como Malmedy, Francorchamps e Stavelot brindava os pilotos com um  traçado extremamente veloz e desafiador. Mas também sua paisagem verde com as fazendas que ali se localizavam, deixava a prova com um visual ainda mais atraente e o contraste da correria anual da F1 e outras grandes provas com a vida pacata daquele local tornava a corrida ainda mais especial. O vídeo que será postado, mostra ótimas imagens deste GP de 43 anos atrás.
Dan Gurney venceria aquela prova de 1967, tornando-se o segundo piloto a vencer uma prova com seu próprio carro (o Eagle Weslake) após um infortúnio das Lotus de Hill e Clark que apresentaram problemas.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

E Frentzen pára

Heinz Harald Frentzen vai abandonar o automobilismo em definitivo. Jurava eu, no alto da minha ingnorância, que este já havia encerrado a carreira há muito tempo pois faz alguns anos que não vejo nenhuma nota sobre ele.
Sinceremante nunca foi um piloto brilhante. Por mais que tenha sido um dos melhores no programa de jovens talentos do time júnior da Merecedes no Mundial de Esporte Protótipos no início dos anos 90, quando competia contra Michael Schumacher e Karl Wendlinger, na F1 nunca foi sombra do que se tinha dito sobre seu talento.
Em dez anos de F1 correu em 156 GPs (estreando pela Sauber em 94) e quando teve um carro que poderia, enfim, mostrar seu talento tão comentando, não passou de uma magra vitória no GP de San Marino de 1997 quando estava ao volante da Williams FW20. Neste mesmo ano fechou em segundo no mundial logo atrás de seu comepanheiro Jacques Villeneuve, mas esta posição só foi conquistada após a desqualificação de Schumi que havia cometido mais uma das suas ao jogar o seu Ferrari contra o Williams de Villeneuve em Jerez, na última prova do ano.
Ainda pilotou pela Williams em 98 e em 99 viveu seu melhor momento na F1 quando, pilotando um Jordan 199 -Mugen Honda, chegou a ter pretensões de discutir o título contra Hakkinen e Irvine. Naquele ano venceu os GPs da França e Itália, mas a durabilidade do seu Jordan não lá grande coisa e assim ele ficou em terceiro no mundial. Ainda se arrastou por mais quatro temporadas, correndo por Jordan (2000/01), Prost (2000), Arrows (2002) e Sauber (2002/03).
Entre 2004 e 2006 correu na DTM pilotando para Opel e Audi, sem obter grandes resultados e em 2008 participou do Speedcar (categoria que utiliza o mesmo chassi dos carros da NASCAR) no Oriente Médio. Desde então tem participado somente por diversão em algumas provas.
No final do ano correria na Supercar V8 australiana numa prova festiva, que terá outros grandes nomes do automobilismo mundial como Will Power, Jacques Villeneuve, Sebastian Bourdais, Andy Priaulx entre outros. A prova será disputada entre os dias 23 e 24 de outubro em Surfers Paradise, na Austrália.
“Não tenho competido muito nos últimos tempos e já não estou no meu melhor ritmo. Não quero ser motivo de desvantagem para ninguém. Agora é isso, não vou correr novamente. É hora de dizer adeus. Já o deveria ter feito quando parei de pilotar no DTM. Desde então, só tenho competido para me divertir” Frentzen, que está com 43 anos, também entende que não é mais competitivo para disputar de igual para igual contra pilotos mais jovens.
Seria uma mensagem subliminar ao um outro piloto alemão??
Nos tempos do Team Mercedes Junior: era destacado o melhor, mas foi o da frente que fez história. Você reconhece ele??


A melhor das suas três vitórias na F1: venceu de forma magistral o GP da França de 1999 que fora disputada debaixo de um dilúvio. E por pouco não levou a Jordan ao título daquele ano

 Em 2008 disputando a SpeedCar no Oriente Médio


domingo, 22 de agosto de 2010

Alfred Neubauer (1891-1980)

A mão de ferro com que conduzia a equipe Mercedes e sua figura obesa eram as marcas registradas de Alfred Neubauer, o mais conhecido dos chefes de equipes da história do automobilismo.
Nascido a 29 de março de 1891 na cidade de Neutitschein, Neubauer começou seu envolvimento com os carros como reparador dos veículos da Primeira Guerra Mundial. Ao témino desta, com ajuda de Ferdinad Porsche, passou a ser o piloto de testes da Austro-Daimler e assim também participou de algumas provas sem obter sucesso algum. Com Porsche de saída para a fábrica da Daimler em Stuttgart em 1923, levou consigo Alfred que esticou sua carreira de piloto até 1926. Como nunca foi um piloto de grande porte, acabou sendo nomeado por Ferdinand chefe de equipe, função até então inexistente nas provas de automóvel.
No comando da equipe Mercedes, desde então, se revelou um comandante e dos bons. Levou a equipe à vitórias com os modelos SS e SSKL em várias provas. A Mercedes tinha se retirado em 1929 devido a depressão econômica e entregou a Alfred os SSKL. Ele comandou estes carros a vitória nas Mille Miglia de 1931, quando Rudolf Caracciola venceu a corrida com o modelo SSKL, levando a Mercedes a ser a primeira equipe alemã a vencer a prova italiana. Voltou em 1934 com a equipe reformulada e bancada pelo nazismo, assim  como sua rival Auto Union. De 34 até 39 ambas fábricas dominaram o cenário automobilistico mundial, vencendo todos campeonatos e as grandes corridas. Com o estouro da Segunda Guerra Alfred foi designado a trabalhar, assim como na Primeira Guerra, na reparação dos automóveis como supervisor geral.
Com a Mercedes voltando as provas no início dos anos 50, Alfred comandou mais uma vez a equipe nas vitórias da Carrera Panamericana e 24 Horas de Le Mans no ano de 1952. Dois anos mais tarde a equipe estreou na F1 no GP da França, em Heims, truscidando a concorrência com a dobradinha Fangio-Kling pilotando os W196. Venceram aquele mundial e em 55 voltaram a ganhar, todos com Fangio, mas a tragédia interrompeu o sucesso quando Levegh, pilotando uma das 300SL durante as 24 Horas de Le Mans, vôou na arquibancada após ter se chocado no Jaguar de Lance Macklin matando mais de oitenta pessoas. A Mercedes se retirou das competições ao final daquele ano e Neubauer se aposentou do seu cargo de chefe de equipe.
Alfred era um grande contador de histórias e a mais famosa delas é de quando mandou lixar as Mercedes para que a tinta branca fosse removida, pois os carros estavam 1kg acima do regulamento da Fórmula 750kg. Sem a tinta os carros pesaram os certeiros 750kg regulamentar e estando em alumínio puro, nascia ali as Flechas de Prata. Também revolucionou a comunicação box-piloto, ao usar placas informativas aos pilotos na prova de Solitude de 1926. Além disso aperfeiçoou as táticas de box e de provas.
Alfred Neubauer faleceu em Stuttgart a 22 de agosto de 1980 com 89 anos.

sábado, 21 de agosto de 2010

Duas jóias de Gilles Villeneuve em Mônaco

Circuito de Mônaco é conhecido por ser um traçado complicado de se ultrapassar, claro, seu layout citadino ajuda para que isto não aconteça com frequência. Mas Gilles Villeneuve sabia e muito bem como fazer isto.
Em 1979, durante uma disputa com Niki Lauda, emparelhou com o austríaco na reta (?) dos boxes efetuando a ultrapassagem antes da entrada da Saint Devote.


A outra foi em 1980, quando perseguia René Arnoux na disputa pela sexta posição. Gilles saiu colado no câmbio do Renault do piloto francês e na entrada da Saint Devote, mergulhou por dentro pegando René no susto. Arnoux teve que abrandar o ritmo para não dar de frente na barreira de pneus. Assim Jan Lammers, que vinha logo atrás, também passou pelo Renault Turbo. Villeneuve fechou aquela prova em quinto e Emerson, que terminou em sexto, marcou seu último ponto e da equipe Fittipaldi na F1.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

GP do Brasil de 1973

O saudoso Canal 100, famoso por imagens imortais dos grandes jogos do futebol brasileiro, destacou em 1973 a vitória de Emerson Fittipaldi com sua Lotus, a primeira dele em solo brasileiro pilotando um F1. A narração é do inconfundível Cid Moreira.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Nelson Piquet, 58 anos

Apenas para homenagear o grande tri-campeão Nelson Piquet, que completa hoje seus 58 anos de vida, um vídeo exibido pela TV Cultura contando a história dos três pilotos brasileiros na F1. Em especial este, que conta a passagem do Nelsão.


(Desculpem, mas este post era para ter sido publicado ontem, mas a minha internet se rebelou e ficou para hoje)

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O que ele quer é mais dinheiro

As criticas que Bernie Ecclestone desferiu contra o autódromo de Interlagos na semana do GP da Hungria, soa mais como uma pressão por mais dinheiro do que apenas uma melhoria.
Desta vez ele reclamou abertamente sobre as instalações do autódromo paulistano, principalmente da parte de trás dos boxes, o paddock. O aperto que ali se encontra em dias de corrida é imenso. Num ponto até concordo. Já andei por ali ao final das corridas da F1 e realmente você têm que dividir espaço com mecânicos desmontando as tralhas, empilhadeiras andando por todo lado e numa dessa pode atropelar alguém a qualquer momento, pessoas da imprensa correndo de um lado para outro atrás de informações finais para fechar suas edições, curiosos, personalidades... É um local complicado de se transitar. E não é apenas em dias de F1. Corridas de GT3, Stock Car, Fórmula Truck e até mesmo em um simples regional, as coisas são complicadas naquele setor. Porém Bernie está atrás de mais grana. Suas ameaças de não renovar com Interlagos é apenas uma pressão para que a prefeitura gaste os tubos para uma reforma grandiosa.
No inicio da década passada, Interlagos e Ímola, em San Marino, eram classificados como os dois piores circuitos da categoria devido as suas instalações antiquadas e com pouca acomodação para a crescente F1. Ímola colocou todo o complexo dos boxes no chão em 2007 e hoje tem umas das melhores instalações dos autódromos europeus. Interlagos não tem um espaço físico que privilegie isto, e o pior, uma reforma dessa dimensão deixará as provas aqui de São Paulo paradas por meses.
O aparecimento desenfreado de novos circuitos com suas construções faraônicas, também atiçam Ecclestone a pressionar por mais dinheiro locais onde realmente não se pode tirar mais. O problema é que sempre esse tipo de conduta acaba por sepultar um GP legal. Foi assim em 83 quando ele pressionou Chris Pook, o organizador do GP de Long Beach, por mais dinheiro para que a prova fosse realizada no ano de 84. Chris ameaçou assinar um contrato com a CART caso Bernie continuasse a pressioná-lo. Quando foi procurar o organizador, este já havia assinado com a categoria americana.
Ecclestone se apóia na realização da Copa do Mundo de 2014 e nas Olimpíadas de 2016, que serão realizadas aqui no Brasil, sugerindo que o autódromo também siga o caminho e se modernize.
A pista paulistana já tem seus planos para revitalizar parcialmente ou totalmente seu velho layout, o que deixaria a pista com, pelo menos, três traçados alternativos. O prefeito Kassab também já tem em pauta uma grande reforma para tentar segurar a prova no calendário.
Nisso tudo o que mais me impressiona é cara de pau do Bernie em chamar o autódromo de o “pior da F1”. Concordo que as instalações, como eu já disse aqui, não são das melhores, porém ainda têm um traçado maravilhoso que não é comparado ao velho de quase 8 km, mas que têm seus desafios. Os pilotos gostam daqui e acho que a perda de Interlagos tiraria um pouco do brilho do campeonato, que só tem sofrido com a entrada de circuitos (esses sim são grandes porcarias) sem graça alguma e muito dinheiro para ser gasto por anos a fio. Bahrein, China, Coréia do Sul, que estréia seu circuito este ano, Malásia, que foi o primeiro protótipo destes circuitos porcarias, Cingapura, com sua prova noturna, Abu Dhabi e a Índia no próximo ano, despejaram rios de dinheiro pelas próximas temporadas. Enquanto isso circuitos tradicionais, como Spa, por exemplo, já se preocupa se o seu GP será realizado em 2013, devido o assédio de outros países, lotados de grana, em realizar uma corrida de F1. E o que Bernie quer é dinheiro e quanto mais, melhor.
O paddock de Interlagos que foi o alvo das criticas de Ecclestone

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Quando José Froilan Gonzalez derrotou as Mercedes na Copa Perón, 1951



Ainda quando se reerguia dos escombros do que tinha restado pós segunda guerra mundial, os alemães da Mercedes decidiram voltar às corridas de Grand Prix. Esta decisão tinha sido tomada quando a fábrica percebeu que as Alfas 158, construídas em 1938, ainda estavam em forma e desde quando voltaram a competir não haviam sido derrotadas em nenhuma prova em que estivessem participando. Assim a Mercedes ressuscitou seus W154/163 que haviam dominado a temporada de 1939 e que em algumas provas, havia batido as mesmas Alfas 158 com certa tranqüilidade. Se apoiando nisso, eles acreditavam que seus carros também podiam fazer igual ou melhor que os carros italianos.

A volta da Mercedes as corridas se deu na Copa Perón realizada em fevereiro de 51, na Argentina, em duas provas disputadas nas ruas de Buenos Aires chamada de “circuito do Litoral Norte”. A fábrica alemã era a única estrangeira na lista de inscritos para a disputa da Copa Perón, o restante eram da Argentina. Para essa prova eles trouxeram 3 carros, destinados a Hermann Lang, Karl Kling e Giuseppe Farina, mas este último foi substituído por Fangio. A ACA (Automóvel Clube da Argentina) exigiu que um dos carros fosse pilotado por Fangio, assim Farina reclamou junto a FIA contra a ACA pelo acontecido. Mas nada foi feito e o piloto argentino pode pilotar um dos poderosos W154.

Abaixo segue a lista de inscritos para a primeira e segunda provas:
2- Juan Manuel Fangio- (ARG) Mercedes-Benz W154/163
4- Hermann Lang- (ALE)- Mercedes-Benz W154/163
6- Karl Kling- (ALE)- Mercedes-Benz W154/163
8- Oscar Galvez- (ARG)- Ferrari 166 FL
10- Jose Froilan Gonzalez- (ARG)- Ferrari 166 FL
12- Jose Felix Lopes- (ARG)- Simca Gordini T-15
14- Luis Alberto de Deus- (ARG)- Simca Gordini T-15
16- Alfredo Pian- (ARG)- Maserati 4CL
18- Victorio Rosa- (ARG)- Maserati
20- Hector Niemitz- (ARG)- Alfa Romeo
22- Pascual Puopolo- (ARG)- Maserati
24- Clemar Bucci- (ARG)- Alfa Romeo 12C-37
26- Alberto Crespo- (ARG)- Maserati
28- Carlos Menditeguy- (ARG)- Alfa Romeo 8C 308
30- Onofre Marimon- (ARG)- Maserati
32- Roberto Mieres- (ARG)- Maserati
34- Eitel Cantoni- Maserati 4CLda
36- Jorge Daponte- (ARG)- Maserati 4CL
?- Viannini- (ARG)- Maserati 4CL

Cartaz das provas da Copa Perón

A largada do GP Presidente Perón, dia 18: Fangio (Nº 2) a direita na foto e Lang (Nº 4) 

 Gonzalez já a frente de Lang


Um dos vários problemas que a Mercedes enfrentou nas duas provas na Argentina: nesta foto, Kling com sérios problemas no motor se defende como pode de Carlos Menditeguy


Traçado do circuito de Costanera, onde foi disputado a Copa Perón


A primeira vista, os Mercedes eram os favoritos e uma vitória de Juan Manuel Fangio batalhando lado a lado contra o campeão europeu de 1939, Hermann Lang, seria o ponto alto de não só apenas nesta corrida inaugural, denominada “V Grand Premio General Juan Perón y de La Ciudad de Buenos Aires”, mas também para a segunda prova que seria disputada na semana seguinte no mesmo traçado. Nem a presença de outros heróis argentinos como Oscar Galvez, Onofre Marimon e Jose Froilan Gonzalez fez a opinião popular mudar. Mas Froilan Gonzalez mudou a lógica ao mostrar sua classe.

Os treinos tiveram inicio numa quinta com domínio absoluto das Mercedes que se estendeu até o sábado, quando Fangio confirmou o favoritismo ao marcar a pole com o tempo de 2m1s7, contra 2m3s7 de Lang. Froilan Gonzalez aparecia em terceiro, na frente do outra Mercedes de Kling. Mas o piloto argentino caiu para quarto após um erro na cronometragem no tempo das voltas e assim Kling completou a trinca da Mercedes.

No domingo, dia 18, o circuito do Litoral Norte estava lotado com o público esperando um grande duelo entre as Mercedes durante as 45 voltas pelos 3.5 Km do traçado e já com a presença do Presidente Perón e sua esposa Eva, a prova teve seu inicio as 17h00. Froilan Gonzalez pulou de quarto para segundo e já estava na cola de Lang na disputa pela primeira posição. Fangio despencou de primeiro para terceiro, mas na quarta volta ele recuperaria a posição junto a Gonzalez subindo para segundo. Kling também perdera posições, caira para 5º, e agora estava a lutar contra Menditeguy (4º) e Bucci (6º).

A Mercedes dominava a prova com a dobradinha Lang-Fangio, mas o piloto argentino entrou as pressas nos boxes com a roda dianteira direita avariada. Isso lhe custou mais de trinta segundos nos boxes e quando voltou, estava em oitavo sem grandes chances de tentar a vitória. Na frente continuava Lang, mas no seu encalço já se encontrava Froilan Gonzalez com sua Ferrari. Esta cena se manteve até a 25ª volta quando o piloto alemão foi para os boxes e o argentino passou para primeiro.
Froilan Gonzalez pilotou como nunca e conseguiu salvar mais de 30s de diferença para Lang e na volta 34 ele fez sua parada nos boxes para reabastecer, pois havia uma rachadura no reservatório de seu Ferrari e a fuga de combustível era considerável. As últimas voltas foram angustiantes, com Froilan a ser pressionado por Lang e Fangio se sustentando em terceiro com falhas no motor. Gonzalez conseguiu se manter a frente do piloto da Mercedes para passar e vencer a corrida. Fangio ficou em terceiro e Oscar Galvez fechou em quarto.

A segunda prova foi realizada na semana seguinte, no dia 24 de fevereiro, levando o nome de “V Grand Premio Extraordinário Eva Duarte Perón” e como na semana anterior, a primeira fila ficou com as Mercedes de Fangio e Lang. Menditeguy se colocou em terceiro, seguido por Kling, Froilan e Daponte. Estava um dia frio no circuito de Costanera (Litoral Norte), mas o publico compareceu em peso que acreditava em mais uma vitória de um piloto local.
Quem baixou a bandeira ordenando a largada foi Eva Perón, que em seguida saiu correndo. Fangio e Lang sustentaram suas posições, mas Froilan mais uma vez surpreendeu a todos ao sair de quinto para terceiro. Fangio abdicou da primeira posição por problemas de carburação em seu Mercedes (isso que a equipe havia feito um teste rigoroso com os carros de Fangio e Lang na sexta no mesmo tempo que a prova seria executada e o problema, aparentemente, estava resolvido) e assim Lang subiu para primeiro. Na volta 5, Lang se atrapalhou em um trecho do circuito e Froilan Gonzalez apareceu para assumir a liderança da prova.

Ao contrário da última corrida, que tinha sido trabalhosa para ele, Gonzalez aumentou o ritmo sobre Lang, que também enfrentava problemas no seu carro. Fangio abandonou a corrida com o carburador avariado na volta 9 e Lang fez o que pode para chegar em terceiro. Froilan Gonzalez mais uma vez passou para vencer a prova, seguido por Karl Kling com Mercedes.


A largada da segunda prova, o GP Eva Perón, disputado a 24 de fevereiro: Fangio vai a frente, seguido por Lang. Froilan Gonzalez aparece em terceiro, contornando por fora.

 Fangio com a Mercedes: problemas de carburador o forçaram abandonar a prova

José Froilan Gonzalez caminhando para a segunda vitória na Copa Perón: desempenho magnifíco de "El Cabezon"
Foram duas vitórias maiúsculas de Froilan Gonzalez. Todos sabiam que a força da Mercedes, mesmo com carros de 12 anos antes e que já algum tempo estavam sem uso, ainda podiam fazer frente a máquinas um tanto mais novas que eles (afinal os W154 tinham cerca de 500hp contra 310 da Ferrari). E sem contar, claro, com o virtuosismo de Lang e a finesse do mestre Fangio que acabaram sendo traídos pelos problemas de idade dos carros alemães. Mas isso não tirou em nada o brilho das conquistas de Gonzalez, que passou a ter seu nome respeitado no automobilismo europeu.
As provas também foram lucrativas para a ACA, que pode recuperar boa parte do dinheiro gasto na temporada de 1950 no apoio aos seus pilotos na temporada européia.

Para a Mercedes, mesmo tendo a mão de ferro de Alfred Neubauer, isso não foi o bastante. Pois além das derrotas na Argentina, testes realizados posteriormente em Nurburgring não foram convicentes e assim fábrica decidiu adiar sua volta ao Grand Prix por mais três anos, quando reapareceu no GP da França de 1954. Acredita-se que o não envolvimento de Rudolf Uhlenhaut, projetista chefe da Mercedes, tenha sido fundamental para tal fracasso.

Voltando para Froilan Gonzalez, alguns meses depois de suas grandes apresentações na Copa Perón, ele ainda teve o gosto de levar a Ferrari pela primeira vez a uma vitória no campeonato mundial de pilotos, em Silverstone, no se caracterizou na primeira derrota da Alfa Romeo 158 após seu retorno as pistas.

E agora os europeus tinham que venerar mais um argentino. Foi o inicio da era de ouro da Argentina na F1.

Com a coroa de flores Jose Froilan Gonzalez, no meio Fangio e Eva Perón de braços cruzados: a grande festa do automobilismo argentino 


O pódio com a presença de Froilan Gonzalez e Fangio


O semanário "Autódromo" exautando a vitória de Gonzalez sobre as Mercedes


Fonte: http://www.jmfangio.org/

Fotos: Revista Autos de Época, Augé Bacqué, Alfredo Parga, Revista Corsa,
Gravura que abre este post:  Alfredo De La Maria

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